O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (26) ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que ainda confia na possibilidade de uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia.
"Apesar de a operação militar [russa na Ucrânia] estar se desenvolvendo, continuamos tendo esperanças na capacidade de alcançar acordos pela via diplomática. Estamos negociando, não rejeitamos [negociar]", disse Putin a Guterres, que visita Moscou.
Sentado em frente a Guterres diante de uma longa mesa, Putin afirmou que as negociações saíram do curso devido às acusações de atrocidades que a Rússia teria cometido na localidade de Bucha, perto de Kiev, capital da Ucrânia.
"Houve uma provocação em Bucha, com a qual o Exército russo não teve nada a ver. Sabemos quem organizou essa provocação, através de quais meios e quais foram as pessoas que a realizaram", acrescentou.
A fala do presidente da Rússia em tom apaziguador se contrapõe à posição do vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, que nesta segunda-feira (25) se mostrou contra um cessar-fogo imediato.
"Não achamos que um cessar-fogo seja uma boa opção no momento, porque a única vantagem que ofereceria seria a possibilidade de as forças ucranianas se reagruparem e fazerem mais provocações", explicou Polyanskiy.
Horas antes do encontro com Putin, Guterres já havia se posicionado a favor de um cessar-fogo o mais breve possível. Para o chefe da ONU, é preciso encontrar caminhos para diminuir o sofrimento dos civis ucranianos.
"O que nos interessa muito é encontrar os meios para criar as condições de um diálogo eficaz, criar as condições para um cessar-fogo o mais rápido possível", declarou Guterres. "Embora a situação na Ucrânia seja complexa, com diferentes interpretações do que está acontecendo lá, é possível ter um diálogo sério sobre como agir para minimizar o sofrimento do povo."
R7 com AFP
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