A Rússia alertou para a ameaça "real" de uma Terceira Guerra Mundial antes de uma reunião, nesta terça-feira (26), entre os Estados Unidos e seus aliados para discutirem o envio de mais armas à Ucrânia.
A invasão pela Rússia de seu vizinho gerou amplo apoio ocidental à Ucrânia, que recebeu armas para ajudá-la a travar uma guerra contra as tropas russas. Mas as potências ocidentais têm relutado em aprofundar seu envolvimento por medo de desencadear um conflito com a Rússia, que possui armas nucleares.
Falando a agências de notícias russas, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que o risco de uma Terceira Guerra Mundial "é sério" e criticou a abordagem da Ucrânia nas negociações de paz vacilantes.
"É real, você não pode subestimar", disse Lavrov.
Durante meses, o presidente Volodmir Zelenski pediu a seus aliados ocidentais armas pesadas, como artilharia e caças, na esperança de virar a maré da guerra com mais poder de fogo.
Sua mensagem começou a ressoar em vários países da Otan, que prometeram enviar armas e equipamentos pesados, apesar dos protestos de Moscou.
Em uma viagem histórica a Kiev, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se encontraram com Zelenski e prometeram 700 milhões de dólares em nova ajuda à Ucrânia.
"A primeira coisa para vencer é acreditar que você pode vencer", disse Austin aos repórteres após se encontrar com o presidente ucraniano. "Eles poderão vencer se tiverem um bom equipamento, o suporte certo", acrescentou.
A convite dos Estados Unidos, 40 países realizarão uma cúpula de segurança na Alemanha nesta terça-feira para discutirem o envio de mais armas à Ucrânia, além da segurança do país após o fim da guerra.
Entre os países convidados estão aliados europeus de Washington, assim como Austrália e Japão, que temem que uma vitória da Rússia na Ucrânia abra um precedente que alimentaria as ambições territoriais da China. Também foram convidadas a Finlândia e a Suécia, países historicamente neutros que consideraram ingressar na Otan depois da invasão da Ucrânia.
Do lado russo, o presidente Vladimir Putin deve conversar nesta terça-feira com seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, disse seu porta-voz à RIA Novosti.
R7 com AFP
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