Novembro 23, 2024

Donald Trump diz que governo da China enviou soldados à fronteira com Hong Kong e pede calma

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tuitou nesta terça-feira (13) que foi informado de que o governo da China enviou militares à fronteira com Hong Kong em meio à crise na região.

"Todos devem manter calma e ficar em segurança!", pediu Trump.

O norte-americano também replicou uma publicação que mostra o movimento de veículos supostamente militares se movimentando em Shenzhen, perto da fronteira chinesa com Hong Kong. Não se sabe, porém, se o vídeo mostrado tem relação com a crise entre os dois países.

Até o momento, os governos de China e Hong Kong não se manifestaram.

Trump também afirmou que ele e os EUA são acusados "pelos problemas que ocorrem em Hong Kong". "Não imagino por quê", escreveu o presidente.

Crise em Hong Kong
Trump se manifestou horas depois de a polícia de Hong Kong entrar no aeroporto da cidade, ainda durante a noite (horário local). Segundo a Reuters, a polícia usou spray de pimenta contra os manifestantes, que ocupam o local há cinco dias. Vários veículos policiais foram bloqueados em meio à confusão, diz a agência.

Mais cedo, também nesta terça (13), a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu uma "investigação imparcial" sobre o uso de gás lacrimogêneo contra manifestantes de maneiras proibidas pela lei internacional na repressão das manifestações pró-democracia em Hong Kong.

Em um comunicado, Bachelet afirmou que as forças de segurança foram vistas “jogando bombas de gás lacrimogêneo em áreas fechadas e lotadas e diretamente em manifestantes individuais em várias ocasiões, criando um risco considerável de morte ou ferimentos graves".

Protestos violentos
Os protestos, cada vez mais violentos, mergulharam o centro financeiro asiático em sua mais séria crise política em décadas, representando um desafio para o governo central em Pequim.

As manifestações populares começaram depois que o governo local apresentou um projeto de lei – atualmente suspenso – que permitiria a extradição de cidadãos de Hong Kong para a China continental.

O governo recuou do projeto, mas os manifestantes ampliaram a pauta de reivindicações e dizem que lutam contra a erosão do arranjo "um país, dois sistemas" - que confere certa autonomia a Hong Kong desde que a China retomou o território do Reino Unido em 1997.

Os manifestantes querem barrar a influência de Pequim, que eles consideram crescente, e impedir a redução das liberdades dos cidadãos que vivem no território semiautônomo. Eles também passaram a pedir a renúncia da governante de Hong Kong, Carrie Lam, acusada de não defender os interesses internos. Apoiada pela China, ela diz que permanecerá no poder.

Sem um líder, os manifestantes utilizam as redes sociais para coordenar os protestos e, até agora, conseguiram poucas concessões do poder político. Eles já invadiram o Parlamento local, decretaram uma greve geral que travou os transportes públicos e fizeram um protesto pacífico utilizando canetas com laser.

G1
Portal Santo André em Foco

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