O Senado da Itália decidiu não votar nesta terça-feira (13) a moção de desconfiança que pode derrubar o governo de coalizão. Os parlamentares escolheram convocar o atual primeiro-ministro, Giuseppe Conte, para discursar na próxima semana, em 20 de agosto, antes de iniciar a votação.
Liderado pelo ministro do Interior, Matteo Salvini, partido A Liga – que inclusive integrava a coalizão governista com o Movimento 5 Estrelas – entrou com moção de desconfiança para forçar novas eleições.
Partidos conservadores e nacionalistas apoiaram o pedido para que a decisão fosse debatida ainda na quarta-feira. Entretanto, segundo a agência Reuters, o Movimento 5 Estrelas conseguiu apoio da oposição formadas por parlamentares de centro-esquerda para derrubar a votação.
Racha na Itália
Salvini, líder do partido A Liga e atual ministro do Interior, afirma que a coalizão com o Movimento 5 Estrelas não mais se sustenta. Apesar de os dois partidos terem crescido sob retórica contra o sistema político italiano, há diferenças programáticas entre ambas as legendas. A Liga, porém, tem mais parlamentares no Congresso do que o Movimento 5 Estrelas.
"Já que não há maioria no governo, demos rapidamente a palavra aos eleitores", declarou Salvini em um comunicado.
Em uma entrevista concedida nesta segunda-feira (12) ao jornal "Giornale", Salvini negou a imagem de cavaleiro solitário em caso de eleições antecipadas e anunciou que se reunirá com Silvio Berlusconi e a líder do partido nacionalista Irmãos da Itália, Giorgia Melone, para propor um pacto eleitoral.
Uma aliança com essas duas formações - 6-8% dos votos - daria uma maioria sólida.
G1
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