Novembro 27, 2024

Macron se reúne com Putin na Rússia antes de viajar à Ucrânia

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, Emmanuel Macron, se reuniram nesta segunda-feira (7) em Moscou para discutir a escalada de tensão na fronteira com a Ucrânia.

Macron é o maior líder ocidental a visitar a Rússia desde que o país começou a reunir tropas na fronteira (mais de 100 mil soldados russos já estão perto da Ucrânia). O presidente francês deve buscar a reeleição em abril e tenta se posicionar como mediador da crise.

O dia será de reuniões entre líderes mundiais para debater o tema. Após a reunião em Moscou, Macron viaja para Kiev, capital da Ucrânia.

Já o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, vai a Washington para se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, República Tcheca, Eslováquia e Áustria também viajarão a Kiev.

O encontro em Moscou
Macron disse a Putin que busca uma resposta "útil" e que "permita evitar a guerra e construir tijolos de confiança, estabilidade e visibilidade".

O presidente russo, por sua vez, disse que ambos compartilham "uma preocupação comum sobre o que está acontecendo na esfera de segurança na Europa". "Vejo quantos esforços a atual liderança da França e o presidente pessoalmente estão aplicando para resolver a crise".

O governo russo havia afirmado, antes do encontro, que não tinha expectativas de um avanço decisivo nas conversas entre Putin e Macron, mas que espera que o francês proponha maneiras de aliviar as tensões na Europa.

"A situação é muito complexa para esperar avanços decisivos no decorrer de uma reunião", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Macron afirmou a repórteres, em sua chegada a Moscou, que estava "razoavelmente otimista". "Mas não acredito em milagres espontâneos". Na véspera, havia dito que "o objetivo geopolítico da Rússia hoje claramente não é a Ucrânia, mas esclarecer as regras de coabitação com a Otan e a UE".

Entenda a escalada de tensão
Os EUA veem a possibilidade de uma nova invasão da Rússia à Ucrânia, mas o governo Putin nega. Em meio à troca de acusações entre as potências mundiais, a Ucrânia tentou no domingo (6) minimizar as previsões americanas de um possível ataque em grande escala.

A Rússia mobilizou mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia, mas diz que está apenas fazendo exercícios militares em seu território e buscando garantias para sua segurança.

O governo russo alega que o leste europeu é sua área de influência e exige que os EUA e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) parem de avançar sobre a região (desde o fim da União Soviética, vários países passaram a fazer parte da aliança militar e/ou da União Europeia).

Por isso, Putin exige que a Otan não permita a entrada da Ucrânia no bloco — o que os EUA e seus aliados se negam a fazer e consideram inaceitável. Os russos também querem que tropas ocidentais sejam retiradas de países próximos à sua fronteira, como Romênia e Bulgária.

g1
Portal Santo André em Foco

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