O governo da Rússia acusou nesta quinta-feira (3) o dos Estados Unidos de aumentar as tensões na Europa e pediu ao país que pare de alimentar a crise sobre a Ucrânia.
A declaração foi dada um dia após o Pentágono anunciar o envio de mais 3 mil soldados ao leste europeu.
"É óbvio que não são medidas destinadas a diminuir as tensões, mas, pelo contrário, são ações que levam ao aumento da tensão", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
"Pedimos constantemente aos nossos colegas americanos que parem de agravar as tensões no continente europeu", disse o porta-voz russo. "Infelizmente, os americanos continuam a fazê-lo".
A Ucrânia diz que a Rússia já reuniu 115 mil soldados perto de suas fronteiras, alimentando temores de um ataque ou invasão iminente.
O governo russo nega que vá invadir o país vizinho, mas exige dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que proíba a entrada da Ucrânia na aliança político-militar do Ocidente.
Os russos também exigem que os países ocidentais diminuam a sua influência sobre nações do leste europeu, que eram da área de influência da extinta União Soviética.
Troca de acusações
O governo americano afirma que o envio das tropas são apenas para defesa, não para atacar, e que não haverá tropas de combate da Ucrânia que não faz parte da Otan.
Na terça-feira (1º), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou pela primeira vez em mais de um mês sobre o aumento das tensões.
Ele afirmou que o Ocidente ignorou as principais preocupações de seu país em relação à segurança na região e alegou que os americanos tentam arrastar os russos para um conflito.
“Sua tarefa mais importante é conter o desenvolvimento da Rússia”, afirmou Putin sobre os EUA. "A Ucrânia é apenas um instrumento para atingir esse objetivo".
g1
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