O presidente Jair Bolsonaro discursou nesta terça-feira (26) na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Foi a terceira vez que Bolsonaro discursou como presidente do Brasil – o representante do país é encarregado de abrir oficialmente a fala dos presidentes mundiais desde 1947.
Veja abaixo como foi a repercussão da fala na imprensa internacional:
'The New York Times' (EUA)
O jornal americano "The New York Times" destacou o tom "desafiador" do presidente brasileiro ao rebater críticas sobre seu governo. A reportagem também deu ênfase ao discurso favorável de Bolsonaro para o uso de medicamentos não eficazes contra a Covid-19 e a forma com que ele lidou com a pandemia no país.
"O presidente do Brasil liderou uma das respostas mais criticadas do mundo à pandemia", afirma a publicação. "Bolsonaro minimizou repetidamente a ameaça que o vírus representava, criticou as medidas de isolamento e foi multado por se recusar a usar máscara na capital."
'Diário de Notícias' (Portugal)
O site do português "Diário de Notícias" chamou a fala de Bolsonaro na ONU de "discurso radical" e avaliou que o presidente brasileiro tentou agradar, "sobretudo, à sua base de apoio interna". A publicação ressaltou, no entanto, o trabalho de agências de checagem que desmentiram trechos do discurso.
"Dados positivos na economia, no meio ambiente de no número de manifestantes na celebração recente do 7 de Setembro, dia da Independência do país, apresentados durante o discurso têm sido, entretanto, desmentidos por agências de verificação", sublinhou o jornal.
'The Washington Post' (EUA)
O site do jornal americano "The Washington Post" relembrou as falas de Bolsonaro contra a vacinação e disse que ele parece ter quebrado o "sistema de honra" das Nações Unidas para a vacinação.
A ONU não barrou a entrada de pessoas não-vacinadas durante a Assembleia Geral mas pediu, sob o que chamou de um "sistema de honra" que todos os participantes estivessem vacinados.
A publicação destacou que o presidente brasileiro não comentou sobre seu status vacinal durante o discurso, mas que ele usou máscara de proteção enquanto transitava pela sede das Nações Unidas.
'The Guardian' (Reino Unido)
O site do jornal britânico "The Guardian" publicou em uma transmissão em tempo-real do discurso de Bolsonaro que o presidente brasileiro se provou uma "figura controversa" durante a pandemia, minimizando os impactos do vírus e recusando-se a ser vacinado.
Além disso, o jornal destacou a fala de Bolsonaro sobre o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19 no que ele chama de "tratamento precoce".
'Clarín' (Argentina)
O jornal argentino "Clarín" publicou em seu site que o presidente brasileiro "mirou contra [o ex-presidente] Lula em seu discurso para a ONU" ao dizer que o Brasil estava "à beira do socialismo".
A reportagem também falou sobre a forma com que Bolsonaro tem lidado com a pandemia da Covid-19 e relatou um "negacionismo evidente" do mandatário quando, na véspera, ele se reuniu com o premiê britânico Boris Johnson que elogiou a vacina enquanto o brasileiro diz não ter tomado.
A rede de notícias americana CNN avaliou que Bolsonaro fez um discurso desafiador, mas isolado, nesta 76ª Assembleia Geral da ONU. Segundo a reportagem publicada em seu site, o mandatário brasileiro apresentou uma versão "muito diferente do país devastado pelo coronavírus" e "fustigado pelos incêndios na Amazônia".
g1
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