Novembro 26, 2024

EUA poderão exigir que funcionários públicos se vacinem contra a Covid

Com a situação da pandemia da Covid-19 se agravando nos Estados Unidos devido à variante delta e uma queda nos índices de vacinação, o presidente Joe Biden vai anunciar nesta quinta (29) que todos os funcionários públicos do governo federal terão de ser vacinados.

A exigência afetará um grande número de pessoas em Washington. Dos 2 milhões de funcionários públicos federais, cerca de 400 mil vivem na capital americana. Aproximadamente 60% dos adultos – e mais de 80% dos idosos – que vivem na região metropolitana de Washington já estão plenamente vacinados.

A Casa Branca, entretanto, somente forçará aqueles funcionários que trabalham diretamente com pacientes em hospitais do departamento de Assuntos de Veteranos a serem vacinados.

Os outros funcionários do governo que optarem por não fazer a vacinação não serão demitidos, mas terão de ser testados frequentemente – possivelmente semanalmente – e somente poderão participar de viagens de trabalho essenciais.

Em dezembro passado, Biden havia dito que a vacinação não seria obrigatória. A maior parte das críticas à obrigatoriedade da vacinação vem da oposição, que diz que a exigência é autoritária e inconstitucional.

Porém, o departamento de Justiça diz que empregadores podem, de fato, impor vacinações como uma condição para o vínculo empregatício. No entanto, alguns médicos, apesar de serem, de modo geral, a favor da imunização, também questionam a medida.

Eles dizem que é preciso levar em conta que, em alguns casos, como pessoas com determinadas doenças ou que talvez já tenham anticorpos contra a Covid-19, a vacinação pode não ser recomendada.

Americanos aguardam aprovação pelo FDA
Até o momento, as vacinas que estão sendo distribuídas nos Estados Unidos – Pfizer, Moderna e Janssen –somente são aprovadas para uso de emergência pela Food and Drug Administration (FDA), a agência encarregada da regulamentação de medicamentos.

Isso contribui com a hesitação que algumas pessoas têm em relação à imunização, especialmente no caso de vacinação de menores de idade. Muitos pais preferem aguardar a aprovação das vacinas pela FDA antes que seus filhos sejam vacinados.

Até meados de julho, apenas 35% dos jovens americanos de 12 a 24 anos haviam sido totalmente imunizados contra a Covid-19.

Segundo uma pesquisa da Kaiser Permanente Foundation, cerca de 16% dos americanos não imunizados contra o coronavírus acham que a vacina ainda é muito nova para se saber se é realmente segura.

Recentemente, Biden disse que acredita que as vacinas que estão sendo distribuídas nos EUA – Pfizer, Moderna e Janssen – serão aprovadas pela FDA no fim de agosto ou poucas semanas depois disso.

Apesar de Biden poder impor a medida também a militares, ele provavelmente quer evitar uma controvérsia dentro do seu próprio governo.

O secretário de defesa, Lloyd Austin III, já disse que não quer obrigar a vacinação de militares enquanto a vacina não for aprovada pela FDA. Isso serve para despertar ainda mais desconfiança entre os americanos não vacinados.

Esta semana, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention, CDC) divulgou novas diretrizes, especialmente para combater a disseminação da variante Delta.

As novas diretrizes incluem a volta da recomendação de uso de máscaras, mesmo para as pessoas vacinadas, dentro de lugares fechados em áreas onde o índice de infecção seja alto.

Além disso a agência recomenda o uso de máscara para professores, alunos e pessoal de administração de escolas, desde o jardim de infância até o ensino médio, independentemente de serem vacinados ou não.

Muitos veem as novas medidas do governo federal como uma forma de punição e até coerção para que sejam imunizadas. A maioria dos americanos, no entanto, aceita que as medidas de saúde pública precisam reagir aos dados mais atuais.

E a variante delta tem se manifestado com força, especialmente em estados como a Flórida e a Carolina do Sul. No entanto, não há dúvida de que as novas diretrizes e medidas causaram um desânimo geral em uma população que queria acreditar que a pandemia já tinha chegado ao fim.

Nova York oferece recompensa
A cidade de Nova York vai oferecer um incentivo financeiro de US$ 100 dólares (R$ 512) para aqueles que se vacinarem contra a Covid-19. O anuncio foi feito nesta quarta-feira (28) prefeito, Bill de Blasio.

A medida tem por objetivo dar um novo impulso à campanha de vacinação. As autoridades sanitárias já aplicaram cerca de 10 milhões de doses em Nova York, mas observam uma queda no índice de aceitação das vacinas.

RFI
Portal Santo André em Foco

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