O promotor José Domingo Pérez, membro da equipe especial do Ministério Público que investiga o caso Lava Jato no Peru, solicitou nesta quinta-feira (10) que Keiko Fujimori, que concorre à presidência, volte a cumprir com uma prisão preventiva.
“Foi determinado novamente que a acusada Fujimori Higuchi não cumpre com a restrição de não se comunicar com testemunhas", diz o requerimento enviado por Domingo ao juíz Víctor Zúñiga, responsável pelo caso.
A candidata do partido de direita Fuerza Popular responde a acusações por lavagem de dinheiro durante suas campanhas em 2011 e 2016, e já havia sido detida temporariamente, mas conseguiu liberdade condicional antes do início da campanha presidencial, ainda em 2020.
O pedido de prisão acontece em um cenário eleitoral ainda bastante acirrado. Keiko e o candidato de esquerda Pedro Castillo disputam com uma diferença ínfima de votos. Castillo está à frente, mas Keiko parece não aceitar o resultado e denunciou fraudes na eleição, sem apresentar provas.
O pedido de liberdade, aprovado em abril de 2020, condicionava que a candidata cumprisse com uma série de restrições. Caso fosse comprovado o não cumprimento das medidas previstas, ela poderia ser revogada à pedido do Ministério Público.
Segundo a imprensa peruana, o juiz Víctor Zúñiga Urday, deve convocar uma audiência ainda nesta quinta para definir se Fujimori, acusada de receber dinheiro ilegal da Odebrecht para campanhas eleitorais, continua em liberdade condicional ou deve voltar à prisão.
A equipe especial do caso Lava Jato no Peru investiga os casos de corrupção relacionados à Odebrecht, que envolvem os ex-presidentes Alejandro Toledo, preso nos Estados Unidos; Ollanta Humala, preso durante 9 meses; Alan García, morto em 2019, e Pedro Pablo Kuczynski, preso em 2019.
G1
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