Novembro 26, 2024

Promotores investigam suposta interferência da Ucrânia nas eleições dos EUA de 2020, diz jornal

Promotores federais dos Estados Unidos investigam uma suspeita de interferência ilegal de autoridades da Ucrânia nas eleições presidenciais americanas de 2020, informou uma reportagem do jornal "The New York Times" nesta quinta-feira (27).

Nessa interferência, segundo o jornal, agentes da Ucrânia teriam usado Rudolph Giuliani, então advogado de Donald Trump, para espalhar acusações sobre Joe Biden, candidato do Partido Democrata que acabou vencendo a eleição. Veja no fim desta reportagem por que a Ucrânia se tornou um ponto de tensão nas eleições de 2020.

A investigação criminal está a cargo de promotores federais do Brooklyn, em Nova York, e começou nos últimos meses de Donald Trump na presidência. As eleições ocorreram em novembro de 2020, e Biden tomou posse em janeiro de 2021.

Segundo o "New York Times", ainda não é possível dizer quais conclusões do inquérito, nem se algum funcionário público ucraniano será formalmente processado.

O inquérito não tem relação com outras investigações que recaem sob Giuliani nem com outra ação contra criminal as empresas de Trump em Nova York.

Ucrânia, Biden e Trump
A Ucrânia se tornou tema de disputa entre Biden e Trump antes mesmo das eleições americanas: no segundo semestre de 2019, foi divulgado o conteúdo de um telefonema entre o então presidente dos EUA com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Na ligação, Trump pede a Zelensky que investigasse Hunter Biden, filho do atual presidente, sobre suposta corrupção envolvendo a empresa ucraniana Burisma. Hunter trabalhou nessa companhia do país europeu.

O teor do telefonema fez Trump sofrer um processo de impeachment no Congresso entre 2019 e 2020. O pedido passou na Câmara, mas o Senado votou contra a cassação do republicano.

As acusações contra Hunter Biden voltaram à tona na reta final das eleições presidenciais de 2020, quando o jornal "New York Post" publicou um artigo afirmando ter obtido uma cópia do disco rígido de um computador que Hunter Biden teria abandonado em uma loja de conserto em Delaware. O dono da loja teria entregue o computador ao FBI em dezembro de 2019, após copiar seu conteúdo.

As mensagens e fotos que estavam dentro do disco rígido chegaram ao jornal por meio do advogado pessoal do presidente, Rudy Giuliani. Um dos e-mails recuperados, datado de abril de 2015, é atribuído a Vadim Pojarskii, membro do conselho de administração do grupo Burisma: "Caro Hunter, obrigado por seu convite para Washington e pela oportunidade de conhecer seu pai", dizia a mensagem, segundo o "New York Post". No entanto, nada que incriminasse o filho do atual presidente foi provado até o momento.

G1
Portal Santo André em Foco

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Last modified on Sexta, 28 Mai 2021 16:34

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