Novembro 26, 2024

Covid: Guedes pede cooperação internacional por 'acesso equitativo' a vacinas no mundo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (6) que o "acesso equitativo" às vacinas para promover uma vacinação rápida em todo o mundo é importante para promover um retorno maior do investimento global.

"A disponibilidade e o ritmo da vacinação são um fator-chave para acelerar a recuperação e, portanto, reequilíbrio fiscal. Diferentes ritmos de implementação de vacinas aumentam as assimetrias entre países em desenvolvimento, especialmente de baixa renda, resultando em maiores desafios", afirmou Guedes.

A declaração consta no discurso distribuído pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que realiza sua tradicional Reunião de Primavera. No texto, Paulo Guedes também afirma que a cooperação internacional é "fundamental para garantir que as vacinas se tornem adequadamente disponíveis em cada país".

"Apelamos aos setores público e privado, bem como às organizações multilaterais e à cooperação bilateral para ajudar a preencher as lacunas de financiamento e distribuição, inclusive incentivando transferência de tecnologia e licenciamento voluntário de propriedade intelectual", acrescentou.

Na avaliação do ministro, a preponderância de novas variantes de vírus e a velocidade do lançamento das vacinas, entre outros, são fatores importantes por trás do ritmo diversificado de recuperação em diferentes partes do mundo. Por conta disso, ele analisou que a recuperação tem sido "desigual e sujeita a alta incerteza".

No fim de março, Guedes disse que dali a 40 dias o Brasil teria um "novo cenário" de vacinação contra a Covid. O ministro vem cobrando publicamente um aumento no ritmo da imunização, que diz ser fundamental para a retomada econômica.

Pauta para o Brasil
No texto enviado à reunião do FMI, Paulo Guedes também traça diretrizes para a política econômica brasileira. Segundo o ministro, a abordagem para estimular o crescimento sustentável e inclusiva se baseia em três ações:

  • intensificar a vacinação em massa;
  • fornecer apoio fiscal de curto prazo (aumento de gastos públicos) juntamente com consolidação de médio prazo; e
  • dar continuidade às reformas pró-mercado.

Ao Fundo Monetário Internacional, o ministro pediu a renovação do Fundo para Redução da Pobreza (PRGT). Para ele, o FMI deveria aumentar o nível de apoio financeiro aos países elegíveis ao fundo.

"É claro, reformas precisam ser combinadas por arranjos de financiamento para garantir a sustentabilidade e solidez do PRGT. Estamos abertos para considerar um pacote de financiamento abrangente, no qual as contribuições dos doadores seriam complementadas por mecanismos para mobilizar o próprio Fundo de recursos, inclusive promovendo uma nova rodada de vendas de ouro", concluiu.

G1
Portal Santo André em Foco

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