Autoridades alfandegárias da Filadélfia, nos Estados Unidos, apreenderam em junho quase 16 toneladas de cocaína em um navio cargueiro que, segundo a CNN informou nesta quarta-feira (10), é de propriedade de um fundo administrado pelo banco JPMorgan Chase.
A apreensão é a maior já registrada nos 230 anos de história da Agência de Proteção Alfandegária e Fronteiras.
O banco, entretanto, não tem controle operacional da embarcação, o MSC Gayane, de acordo com a rede de televisão americana. Ela é administrada pela Mediterranean Shipping Company (MSC), que tem sede na Suíça.
Uma fonte próxima à investigação afirmou, também na quarta (10), que o navio é parte de um fundo ligado a meios de transporte que é administrado para a unidade de gerenciamento de ativos do Morgan Chase.
O banco não comentou o assunto, segundo a CNN. A MSC declarou, na terça-feira (9), que não é alvo das investigações do governo americano.
Em comunicado anterior, do dia 18 de junho, a empresa havia afirmado que, "infelizmente, empresas de transporte e logística são afetadas por problemas de tráfico."
Apreensões
O navio foi abordado pelas autoridades na noite do dia 16 de junho, informou a Agência de Proteção Alfandegária e Fronteiras. A droga, que estava distribuída em 15.582 tijolos, equivale a mais de 15.876 quilos, e é a maior quantidade já apreendida nos 230 anos de história da organização.
Além da cocaína, foram apreendidos, US$ 56.330 (cerca de R$ 211,6 mil) no navio, que o serviço alfandegário acredita serem provenientes de atividades ilegais. Seis pessoas foram presas e a investigação continua.
A princípio, as autoridades haviam apreendido somente a droga, mas, no dia 4 de julho, a procuradoria do Distrito Leste da Pensilvânia emitiu um mandado em 4 de julho que permitia à agência alfandegária assumir a custódia do próprio navio.
"A apreensão de uma embarcação desse tamanho é complicada e sem precedentes - mas é apropriada porque as circunstâncias também são sem precedentes", declarou na segunda-feira (8) o procurador William McSwain.
A embarcação tinha bandeira da Libéria e media cerca de 314 metros de comprimento, segundo o serviço alfandegário americano. Antes de chegar à Filadélfia, tinha passado pelo Chile, Peru, Panamá e Bahamas.
G1
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