Dois militares venezuelanos morreram em confrontos com milícias armadas da Colômbia no domingo (22), de acordo com um comunicado das Forças Armadas da Venezuela.
Segundo o texto, 32 membros do grupo colombiano foram presos.
O texto indica que "houve confrontos com grupos irregulares armados colombianos no setor de La Coromoto, no município José Antonio Páez e no estado de Apure" que deixaram como resultado "o lamentável falecimento" de um major e de um tenente, além de "vários feridos".
Dirigentes militares que não querem ser identificados afirmaram que pelo menos quatorze feridos foram transferidos para o Hospital Militar Guillermo Hernández Jacobsen, em San Cristóbal, estado de Táchira.
Durante a operação, também foram apreendidos armamento, munições, explosivos, apetrechos de guerra, veículos e drogas.
Nesses confrontos, executados como parte da chamada operação Escudo Bolivariano 2021 ordenada pelo presidente Nicolás Maduro, "um dos líderes conhecidos como 'El Nando' também foi neutralizado", acrescentou o texto assinado pelo ministro da Defesa venezuelano, o general Vladimir Padrino.
Maduro confirmou os combates no domingo na televisão pública e disse que seu governo terá "tolerância zero" com "grupos armados que venham da Colômbia no território venezuelano".
Condolências
Padrino disse em uma rede social que as Forças Armadas lamentam "a perda de 2 bravos e patriotas oficiais do Exército Bolivariano que não hesitaram em defender a pátria. A morte deles não ficará impune".
O almirante Remigio Ceballos, chefe do Comando Operacional Estratégico (Ceofanb) que coordenou a operação militar, indicou que o exército seguirá na região.
O governo do presidente colombiano Iván Duque acusa frequentemente Maduro de abrigar em seu território os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes que se afastaram do acordo de paz assinado em 2016 com a guerrilha FARC, o que Caracas nega.
No domingo, autoridades colombianas informaram que o confronto deixou vários feridos.
Etelivar Torres, prefeito do município colombiano de Arauquita, disse que uma família com uma mulher grávida teve que sair de sua casa devido à violência. A família dessa mulher e outras oito famílias solicitaram apoio de órgãos de socorro colombianos.
Apesar de compartilharem uma fronteira de 2.200 quilômetros, Colômbia e Venezuela não mantêm relações diplomáticas desde que Bogotá reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente interino em janeiro de 2019.
Embora Guaidó seja reconhecido como presidente interino por cerca de cinquenta países, com os Estados Unidos à frente, Maduro mantém o controle do país com o apoio das Forças Armadas.
France Presse
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