O Papa Francisco pediu, nesta quarta-feira (17), pelo fim da violenta repressão do Exército birmanês contra os manifestantes contrários ao golpe militar de Mianmar. Ao menos 180 pessoas morreram por conta da repressão aos protestos.
"Eu também me ajoelho nas ruas de Mianmar e peço que parem com a violência", disse o Papa.
Francisco fez referência à imagem da irmã Ann Rose Nu Twang, uma freira birmanesa que se ajoelhou em frente a soldados, abriu seus braços em cruz e implorou para que eles não atirassem contra manifestantes.
"Mais uma vez e com grande tristeza, sinto a urgência de evocar a dramática situação em Mianmar, onde muitas pessoas, especialmente jovens, estão perdendo a vida por oferecer esperança ao seu país", disse Francisco ao fim de sua Audiência Geral no Vaticano.
O Exército de Mianmar derrubou o governo eleito em 1º de fevereiro, prendeu líderes políticos, fechou o acesso à internet e suspendeu os voos ao país.
O golpe ocorreu sem atos de violência e poucas horas antes da primeira sessão do Parlamento formado nas eleições de novembro.
Os militares bloquearam as estradas, derrubaram o sinal de internet e telefonia móvel em todo o país.
Eles detiveram lideranças civis como a Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, o presidente, U Win Myint, além de ministros, governadores, opositores, escritores e ativistas.
Desde então, protestos diários acontecem nas ruas das principais cidades deste país do sudeste asiático e são fortemente reprimidos pelas forças de segurança com o uso de armamento letal.
G1
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