A Bolívia restabeleceu a obrigação de vistos para a entrada de cidadãos dos Estados Unidos e Israel, medida que havia sido abolida em 2019 pela presidente interina, Jeanine Áñez.
O atual presidente, Luis Arce e seu gabinete de ministros firmaram o decreto 4460 que "revoga" um outro de dezembro de 2019 que havia suspendido a exigência imposta originalmente em abril de 2015.
"É revogado o Decreto Supremo N° 4107, de 9 de dezembro de 2019. Se dispõe a vigência do Decreto Supremo N° 2339, de 22 de abril de 2015", diz o decreto de apenas um artigo, que tem a data de 27 de janeiro mas que se tornou conhecido apenas nesta terça-feira (2).
Em 2015, o então presidente esquerdista, Evo Morales (que renunciou em 2019 após 14 anos no poder) impôs uma obrigação de visto aos norte-americanos e israelenses que entrassem no país, alegando reciprocidade, já que ambos os países exigiam vistos dos bolivianos em suas visitas.
Sua sucessora, Áñez, anulou a exigência do visto depois de dar um giro de 180° em sua política externa.
O decreto de Arce, pupilo de Morales, indica que "não existe suficiente e nem sólida justificativa" para exonerar dos vistos os norte-americanos e os israelenses e beneficiá-los de maneira unilateral, "sem que seus países outorguem similar benefício, seguindo o princípio da reciprocidade, para com os cidadãos bolivianos".
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, em 2019, 3 milhões de turistas viajaram para a Bolívia, dos quais 53.600 eram dos Estados Unidos e 3.670 de Israel.
O turismo sofreu um forte golpe no país em 2020 com a pandemia do coronavírus, desde então os números do setor ainda não foram divulgados.
France Presse
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