O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, derrubou a proibição que seu antecessor, Donald Trump, havia colocado para transgêneros nas Forças Armadas do país. A medida adotada nesta segunda-feira (25) era uma promessa de campanha.
"O presidente Biden acredita que a identidade de gênero não deve ser uma barreira para o serviço militar e que a força da América está em sua diversidade", escreveu a Casa Branca em comunicado.
"Permitir que todos os americanos qualificados sirvam ao seu país é melhor para os militares e melhor para o país, porque uma força inclusiva é uma força mais eficaz", aponta o documento. "É a coisa certa a se fazer e é do nosso interesse nacional".
General do Exército da reserva escolhido por Biden para ser secretário de Defesa e liderar o Pentágono, Lloyd Austin afirmou em sua sabatina no Senado que apoiava a derrubada do veto.
As Forças Armadas dos EUA têm cerca de 1,3 milhão de soldados na ativa e, segundo o Departamento de Defesa. Não há dados oficiais sobre o número de trangêneros, mas o instituto de pesquisa de políticas Rand Corp, estimou em 2016 que eram cerca de 2.450 na ativa.
Decisões de Obama e Trump
O ex-presidente Barack Obama permitiu em 2016 que transgêneros servissem abertamente e recebessem cuidados médicos para a transição de sexo, mas Trump congelou o recrutamento.
Ao anunciar a decisão, Trump afirmou que os militares não poderiam ser "sobrecarregados com o tremendo custo médico e com a perturbação que a presença dos transgêneros causaria".
A medida chegou a ser suspensa pela Justiça, por considerá-la discriminatória, mas em janeiro de 2019 a Suprema Corte americana autorizou que o veto do então presidente entrasse em vigor.
A Suprema Corte não analisou o mérito do memorando de Trump, mas decidiu que ele podia ser adotado e ser alvo de processos judiciais em tribunais inferiores.
G1
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