O presidente francês Emmanuel Macron teve diagnóstico positivo para Covid-19 nesta quinta-feira (17), segundo um comunicado do governo da França.
"De acordo com as normas sanitárias em vigor, e aplicáveis a todos, o presidente da República se isolará por sete dias. Ele vai continuar trabalhando e exercendo suas atividades à distância", disse o Palácio do Eliseu, sede da presidência.
O documento não cita se a primeira-dama, Brigitte Macron, também foi testada. Com 67 anos, ela faz parte do grupo de risco para a Covid-19.
Jean Castex, primeiro-ministro francês, também esteve em contato com o presidente e entrará em um isolamento voluntário por sete dias.
Segundo o Eliseu, ainda não se sabe como Macron contraiu a doença, no entanto, ele teve diversas atividades públicas nas últimas semanas.
Na quarta-feira, Macron esteve em um evento público com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa. O governo português disse que Costa passará por um teste nesta quinta, mas que não apresenta qualquer sintoma da doença.
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou também que entrará em quarentena depois da confirmação de Macron. Os dois se reuniram na segunda-feira durante o almoço.
Na semana passada, o presidente francês esteve em Bruxelas para um encontro com diversos líderes europeus durante a Cúpula da União Europeia para a crise do coronavírus.
Continuam as restrições
Na semana passada, a França anunciou que não avançaria no plano de reabertura de museus, cinemas e teatros conforme planejado porque as taxas de infecção da Covid-19 não estão caindo tão rápido quanto o governo esperava.
O país impôs também um toque de recolher a partir das 20h, inclusive na véspera de Ano Novo. A medida tenta evitar um novo repique nos casos de coronavírus.
A situação na França havia melhorado consideravelmente desde que o país adotou um novo confinamento em 30 de outubro, que diminuiu as infecções diárias de quase 50 mil, para 10 mil.
O ritmo da queda desacelerou nos últimos dias. O primeiro-ministro Castex disse que, se os franceses baixarem a guarda, poderão enfrentar um terceiro "lockdown" nos próximos meses.
G1
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