Depois de três meses de julgamento, a Justiça da França condenou, nesta quarta-feira (16), 14 pessoas acusadas de cumplicidade nos ataques à redação da revista satírica "Charlie Hebdo" e a um mercado em Paris, em janeiro de 2015. Um deles foi condenado à prisão perpétua.
Os ataques deixaram 12 pessoas mortas e 11 feridas. Os três terroristas que cometeram os assassinatos foram mortos pela polícia durante a ação.
A Justiça concluiu que os três terroristas tiveram auxílio de outras 14 pessoas. Todas foram condenadas a penas que variam de 4 anos à prisão perpétua.
O único condenado à pena máxima, de passar a vida na prisão, foi Mohamed Belhoucine, julgado à revelia — acredita-se que ele tenha morrido na Síria. A Justiça o declarou culpado por "cumplicidade aos crimes de terrorismo".
Outro julgado à revelia foi Hayat Boumeddiene, condenado a 30 anos de prisão por financiamento ao terrorismo e associação com terroristas". Ali Rizat Polat, considerado um dos planejadores do atentados terroristas, também recebeu a mesma pena.
Ainda entre os condenados, está Hayat Boumeddiene, uma ex-parceira do terrorista Amedy Coulibaly e apelidada de "princesa do estado islâmico". Ela também recebeu a pena de 30 anos de prisão por pertencer a uma rede de terroristas e financiá-la.
Outros seis acusados receberam penas menores porque a Justiça desistiu de condená-los por ligação com o terrorismo, mas mantiveram as acusações por crimes menores pela participação nos ataques.
O atentado
Terroristas invadiram a redação do "Charlie Hebdo", em Paris, e abriram fogo contra os ocupantes do prédio. No local, 11 pessoas foram assassinadas: cinco cartunistas, uma psicanalista, um economista, um policial, um corretor, um agente de limpeza e um homem que visitava o edifício.
A perseguição aos assassinos continuou nas ruas, e eles ainda mataram um policial. No total, o ataque terrorista deixou 12 mortos e 11 feridos.
Os três assassinos são Amedy Coulibaly e os irmãos Said e Cherif Kouachi. Todos foram mortos pela polícia durante a ação.
G1
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