O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (23) que vai nomear Avril Haines para ser diretora nacional de inteligência e Alejandro Mayorkas para chefiar o DHS (Departamento de Segurança Interna, em tradução livre), a primeira mulher e o primeiro latino-americano a ocuparem os respectivos cargos.
A equipe de transição de Biden também anunciou outros nomes importantes para o primeiro escalão do governo em política externa e segurança interna: John Kerry, ex-secretário de Estado do governo Obama, será enviado especial do presidente para o clima; Antony Blinken como secretário de Estado; Jake Sullivan como conselheiro de Segurança Nacional; Linda Thomas-Greenfield como embaixadora dos EUA na ONU.
Comunicado do presidente eleito afirmou que "esses líderes experientes e testados em crises começarão a trabalhar imediatamente para reconstruir nossas instituições, renovar e reimaginar a liderança americana [...] e enfrentar os desafios definidores de nosso tempo — de doenças infecciosas a terrorismo, proliferação nuclear, ameaças cibernéticas e mudanças climáticas".
Veja os nomes anunciados nesta segunda para o gabinete de Biden:
Segundo o jornal "The New York Times", a equipe reúne altos funcionários do governo Obama e a maioria trabalhou em conjunto no Departamento de Estado e na Casa Branca. Eles compartilham a ideia de política externa do Partido Democrata, que inclui cooperação internacional, fortes alianças e cautela quanto a intervenções estrangeiras após as guerras no Iraque e Afeganistão.
A imprensa americana havia divulgado no domingo (22) que Antony Blinken deveria ser indicado para o cargo de secretário de Estado, que é equivalente ao de ministro das Relações Exteriores no Brasil. Ele substituirá Mike Pompeo, o maior braço-direito da política externa do governo de Donald Trump.
A escolha do experiente diplomata é uma decisão que pode marcar o retorno dos EUA ao multilateralismo, após o atual presidente americano ter se afastado dos aliados tradicionais do país.
Blinken, de 58 anos, é um dos principais colaboradores do democrata para política externa e foi o número dois do Departamento de Estado durante o governo de Obama, quando Biden era vice-presidente, e atuou como braço-direito de John Kerry — agora escolhido para ser o enviado especial para o clima.
O anúncio ocorre 20 dias após a eleição em que Biden derrotou Trump, embora o atual presidente ainda não tenha reconhecido a derrota.
G1
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