Novembro 25, 2024

Procurador-geral dos EUA dá ordem para que sejam investigadas 'alegações substanciais' de fraude eleitoral nos EUA

Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, pretende continuar a contestar na Justiça o resultado das eleições. O procurador-geral do país, William Barr, deu ordem nesta segunda-feira (9) à procuradoria para investigar qualquer alegação considerada "substancial" de irregularidades em votações.

Trump e seus aliados do Partido Republicano estão há dias questionando a integridade do processo eleitoral norte-americano. Eles afirmam que houve fraude em grande escala, mas não mostraram evidências disso.

Barr mandou que os procuradores não investiguem “alegações fantasiosas”, e o comunicado dele não indica que o Departamento de Justiça, de fato, encontrou alguma irregularidade. Ele afirmou, no entanto, que estava autorizando os procuradores a investigar as "alegações substanciais" de irregularidades na votação ou na contagem de votos.

Em protesto contra a ordem de Barr, o principal responsável por investigações de fraude eleitoral nos EUA, Richard Pilger, anunciou por e-mail que pediu demissão.

Pilger é contra uma nova diretriz do Departamento de Justiça. Até agora, o órgão pedia aos procuradores que só investigassem possíveis fraudes depois da certificação do resultado das eleições, o que não ocorreu desta vez.

Trump não reconheceu derrota
Trump ainda não reconheceu a derrota na disputa presidencial. No sábado, as projeções apontaram que, pelas regras das eleições nos EUA, já era possível considerar Joe Biden o vencedor, porque ele havia alcançado o número de delegados suficiente no colégio eleitoral.

A campanha do presidente Trump entrou com processos na Justiça para dizer que os resultados eram problemáticos. Os juízes desconsideraram as ações nos estados de Michigan e da Georgia. De acordo com especialistas, é pequena a chance de os resultados finais serem alterados.

Campanha de Biden questiona 'alegações fantasiosas'
A campanha de Joe Biden afirma que Barr está incentivando as alegações fantasiosas de fraude que o presidente Donald Trump faz.

“Esses são os tipos de alegações que o presidente faz todos os dias. Os processos causam risadas nas cortes”, disse Bob Bauer, um conselheiro de Biden.

Votos por correio na Pensilvânia
Biden lidera na Pensilvânia por mais de 45 mil votos. Mesmo assim, a campanha de Trump entrou com um processo para que o estado não certifique a vitória do democrata.

Ele alega que o sistema de voto por correio violou a Constituição dos EUA por criar dois parâmetros de votação: um que tem mais supervisão (presencial) e outro com menos fiscalização (por correio).

A outra ponta do processo é a secretária de Estado da Pensilvânia, Kathy Boockvar, e o conselho de eleições das regiões que são dominadas pelos democratas.

A ação é uma tentativa de desqualificar votos legais, afirmou o procurador geral da Pensilvânia, Josh Shapiro, do Partido Democrata.

A equipe de reeleição de Trump pediu paciência na segunda-feira para poder investigar se houve fraude eleitoral. “Essas eleições não acabaram, longe disso”, afirmou Kayleigh McEnany, a secretária de imprensa da Casa Branca.

Equipe de Biden estuda possibilidade de entrar na Justiça
Biden já começou a trabalhar em uma transição de governo, mas tem enfrentado oposição por parte de funcionários da gestão de Trump.

A campanha de Biden estuda a possibilidade de entrar na Justiça contra a Administração de Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês).

Geralmente, após a projeção dos resultados, o órgão decreta que há um vencedor aparente e começam os arranjos práticos para que a equipe de transição possa trabalhar. No entanto, a chefe da GSA, Emily Murphy, não assinou a carta que permite o início desses processos.

G1
Portal Santo André em Foco

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