O governo da Bélgica anunciou nesta sexta-feira (30) um lockdown para conter a segunda onda da pandemia de coronavírus no país, segundo a agência RTBF. A medida passa a valer em 2 de novembro e se estenderá até o dia 13.
O lockdown foi anunciado pelo porta-voz do Ministério da Saúde do país, Yves Van Laethems. Ele voltou a afirmar que os hospitais no país estão à beira de um colapso.
Durante o lockdown, estão proibidos quaisquer eventos que tenham refeições compartilhadas. Os funerais poderão ocorrer, porém somente com 15 pessoas.
Desde o sábado(24), todas as instalações esportivas e culturais na região de Bruxelas estão fechadas. Um toque de recolher da meia noite às 5h vigora desde segunda-feira (26).
Na terça-feira (20), a Bélgica bateu recorde de infectados: mais de 18 mil, quase 10 vezes o valor do pico da primeira onda da pandemia.
Sem leitos de UTI
O porta-voz Yves Van Laethems, informou na quarta-feira (28) que hospitais da Bélgica podem ficar sem leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em 2 semanas se o número de internações continuar a aumentar no ritmo atual. Em meio ao avanço da segunda onda de infecções do novo coronavírus na Europa, o país vê o número de pacientes em unidades de terapia intensiva dobrar a cada oito dias.
"Até o final da semana, devemos ultrapassar a marca de mil pacientes em terapia intensiva", afirmou Van Laethem. "Se a curva não mudar com o nosso comportamento, devemos atingir 2 mil pacientes em terapia intensiva em duas semanas, nossa capacidade máxima".
O país de 11 milhões de habitantes tem a segunda maior taxa de infecção da Europa, atrás somente da República Tcheca, onde os novos casos de Covid dobram a cada 13 dias.
No fim de semana, a chanceler Angela Merkel pediu aos alemães que reduzam seus contatos sociais para evitar um segundo lockdown nacional, o que colocaria em risco a recuperação da maior economia do continente.
Na Suíça, o ministro da Saúde afirmou nesta segunda-feira (26) que novas medidas contra Covid serão anunciadas na quarta-feira (28) e devem durar muito tempo. "Não estamos tomando decisões na quarta-feira para sexta-feira, estamos tomando decisões para as próximas semanas e meses", afirmou Alain Berset.
G1
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