O governo da França anunciou nesta sexta-feira (30) a convocação de 3,5 mil reservistas da Gendarmerie — a guarda militar do país — para reforçar a segurança em todo o território francês a partir de segunda. Outros 3,5 mil policiais foram convocados.
As medidas foram tomadas no dia seguinte ao atentado terrorista que deixou três pessoas mortas em uma catedral de Nice. Entre as vítimas, está a brasileira Simone Barreto, de 44 anos. Por causa do ataque, a França está no nível máximo de alerta para ações do tipo.
O homem considerado pelas autoridades como principal suspeito de ter cometido o atentado terrorista está preso. Ele é de origem tunisiana e tem 21 anos. Nesta sexta, a polícia anunciou também a prisão de um homem de 47 anos que se encontrou com o suposto assassino.
Esse reforço nas medidas de segurança coincide com o início do novo lockdown na França, que vai durar ao menos até 1º de dezembro para evitar números ainda piores da Covid-19. O país registrou novas altas de casos do coronavírus nas últimas semanas, em uma segunda onda da pandemia.
Prefeito de Nice pede 'guerra ao terrorismo'
O prefeito de Nice, Christian Estrosi, disse a uma rádio francesa nesta manhã que a Constituição da França deve ser alterada para permitir a condução de uma guerra contra o terrorismo.
"A democracia é o respeito à Constituição. Se ela não é adaptada para conduzir essa guerra, então teremos de modificá-la", disse Estrosi.
Em outra entrevista, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, defendeu a liberdade de expressão. "Eu não gosto das caricaturas, mas eu as defendo", disse à rádio France Inter.
"Eu defendo que divulguem em nome de algo que é mais importante para mim do que as caricaturas: a liberdade, a liberdade de expressão", afirmou o ministro.
G1
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