O Aeroporto Internacional de Moscou prepara 15 filhotes de cão-farejador para identificar passageiros com Covid-19 que desembarcarem na capital russa. Os cães são da raça Shalaika, desenvolvida no país especialmente para este tipo de serviço.
No início de outubro, a vice-primeira-ministra russa, Tatiana Golikova, disse que os animais estarão prontos para começar a farejar os infectados em 2021. Segundo ela, outros cães desta raça já são capazes de detectar explosivos ou mesmo pacientes com câncer apenas com base no cheiro.
Anna Popova, chefe do Rospotrebnadzor – órgão equivalente a Anvisa –, disse à agência Gazeta Russa que os farejadores ajudam a reduzir o tempo que os infectados pela Covid-19 passam no embarque e desembarque de aviões, o que reduziria os riscos para quem está por perto.
Trabalho e descanso
Cada sessão de adestramento dura 30 minutos (veja o vídeo no início da reportagem). Depois disso, os Shalaikas precisam descansar por uma hora. Durante o treino, os cães são apresentados a um novo cheiro e instruídos a farejar por ele entre as amostras de doadores saudáveis; ao identificá-los, devem latir ou abanar o rabo.
“Nossos principais institutos têm as amostras biológicas necessárias para a preparação dos animais e há uma equipe de voluntários para treinar os cães", disse Golikova. "Estamos na metade do caminho até agora.”
O treinamento dos cães é organizado pela companhia aérea russa Aeroflot e será concluído em dezembro. A unidade canina deve começar a funcionar em janeiro de 2021, mas como os cachorros irão farejar os passageiros na prática, ainda é incerto.
“No momento, estamos discutindo com nossos parceiros como vai funcionar. Pode ser pelas máscaras usadas por passageiros ou amostras de saliva pelas quais os cães identificarão as partes infectadas”, disse à Gazeta Russa, Vitáli Saveliev, presidente da Aeroflot.
G1
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