O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (26) que "odiou" ver a foto de pai e filha mortos à margem do rio Grande, na fronteira com o México.
Em resposta à correspondente da Globonews Raquel Krähenbühl, Trump ainda culpou a oposição liderada pelo Partido Democrata pela não aprovação de leis mais duras sobre pedidos de asilo nos EUA.
"Eu odiei. E eu sei que isso poderia acabar imediatamente se os Democratas mudassem a lei. Eles têm que mudar a lei!", disse.
Trump afirmou que o pai, de origem em El Salvador, "provavelmente era um cara incrível" e alertou que a travessia do rio Grande "é uma viagem muito perigosa".
"Muitas outras coisas acontecem. Mulheres têm sido estupradas em números inacreditáveis nas caravanas [de migrantes da América Central]", afirmou Trump.
O presidente norte-americano também agradeceu o México por deslocar cerca de 6 mil militares à fronteira com a Guatemala, medida anunciada pelo governo mexicano para tentar demover Trump da ideia de aplicar tarifas sobre produtos importados do país vizinho.
Um migrante salvadorenho e sua filha de quase dois anos morreram afogados enquanto atravessavam o rio Grande na cidade de Matamoros, no estado mexicano de Tamaulipas. Eles tentavam chegar à cidade texana Brownsville (EUA), na outra margem.
Os corpos foram encontrados na segunda-feira (24), no lado mexicano da fronteira. As fotos que mostram a criança com o bracinho apoiado no pescoço do pai provocaram forte comoção no país.
A família salvadorenha aguardava na cidade mexicana de Matamoros a oportunidade de solicitar asilo nos Estados Unidos. Na tarde de domingo (23), o cozinheiro Óscar Martínez Ramírez, de 25 anos, decidiu que faria a travessia do rio.
A mulher dele e mãe da menina, Tania Vanessa Ávalos, contou ao jornal mexicano “La Jornada” que ele pegou a pequena Valeria nos braços, fez a travessia e a deixou em terra firme em segurança. Porém, ele voltou para ajudar a mulher.
Ao ver o pai se afastar, a criança se jogou na água. Ele voltou e conseguiu segurá-la, mas não resistiu à forte correnteza. A mãe viu o momento em que os dois submergiram.
As buscas duraram cerca de 12 horas e os corpos foram encontrados a cerca de 500 metros do local onde foram vistos pela última vez.
G1
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