As crianças retornaram nesta terça-feira (1º) às escolas na França e Bélgica após seis meses de estudos interrompidos ou consideravelmente prejudicados por causa da pandemia de Covid-19.
Nos dois países, após dois meses de confinamento, entre março e abril, apenas alguns níveis considerados prioritários foram autorizados a retornar às aulas antes das férias de julho (verão na europa).
A situação representa um desafio para as autoridades de todo o continente, que tentam evitar que a retomada das aulas impulsione o número de novas infecções pelo novo coronavírus.
As crianças que retornaram às escolas não encontraram os centros de ensino de "antes", devido às medidas sanitárias excepcionais que envolvem a retomada das aulas presenciais.
Alemães, norte-irlandeses e escoceses retomaram as aulas em agosto.
Veja o cronograma de reabertura das escolas em alguns países:
1º de setembro
França
Cerca de 12,4 milhões de alunos de todos os níveis voltaram às escolas na França e devem respeitar as determinações das autoridades de saúde, como o uso obrigatório de máscara para os professores e estudantes a partir de 11 anos, inclusive do lado de fora dos colégios.
O ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer, considera que o novo protocolo sanitário é "simples e claro", mas alguns professores lamentam o que consideram "pontos de interrogação”, como a organização nos refeitórios ou nas áreas de recreio.
Bélgica
A Bélgica confirmou o retorno das aulas para 1º de setembro depois que a primeira-ministra Sophie Wilmès afirmou que é "fundamental que as crianças possam retomar uma vida escolar normal ou tão normal quanto possível".
A Bélgica, de 11,5 milhões de habitantes, tem um dos níveis mais elevados de mortalidade de covid-19 no mundo em relação a sua população, atrás apenas do Peru.
O país prevê medidas estritas para evitar os eventuais contágios, como a obrigação de limitar a cinco pessoas fora de casa os "contatos sociais próximos" (possíveis a menos de 1,50 metro sem máscara) até 1 de outubro.
Rússia, Polônia e Ucrânia
Na Rússia, a volta às aulas foi marcada pelo anúncio de que o país superou a marca de um milhão de casos. Os alunos da Polônia e na Ucrânia também retornaram às salas de aula nesta terça.
4 de setembro
Espanha
A volta às aulas na Espanha acontecerá de maneira gradual de 4 a 15 de setembro, dependendo das regiões. O uso de máscara o tempo todo será obrigatório para alunos com mais de seis anos.
7 de setembro
Grécia
A volta às aulas na Grécia está prevista para 7 de setembro, mas ainda pode ser atrasada em uma semana. Entre as medidas tomadas estão para evitar a propagação do vírus estão: o número reduzido de alunos por turma, tempo de aula menor, o uso obrigatório de máscara (inclusive nas creches). Os recreios serão organizados por turnos para evitar a aglomeração.
Um terço dos alunos no mundo retornarão às escolas
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) advertiu nesta terça-feira que apenas um terço dos alunos no mundo poderão retornar às escolas após o período de confinamento.
Os demais ficarão "sem escola" ou, na melhor das hipóteses, "na incerteza" provocada pela pandemia, afirmou a organização em um comunicado.
G1
Portal Santo André em Foco
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