O Irã e a Turquia fizeram críticas ao acordo de normalização das relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos (EAU), anunciado na quinta-feira (13).
O entendimento, celebrado com a mediação dos Estados Unidos, foi chamado de "estupidez estratégica", em um comunicado do ministério das Relações Exteriores do Irã.
O acordo, anunciado na quinta-feira, é uma "estupidez estratégica de Abu Dhabi e Tel Aviv que, sem dúvida, reforçará o eixo de resistência na região", afirma o ministério iraniano em sua nota oficial.
"O povo oprimido da Palestina e todas as nações livres do mundo nunca perdoarão a normalização das relações com o ocupante e o regime criminosos de Israel", completa.
O Irã, inimigo declarado de Israel, qualificou a decisão de Abu Dhabi de "vergonhosa" e fez um alerta contra qualquer interferência de Israel no Golfo.
"O governo dos EAU e os outros Estados a seu lado serão responsáveis por este acordo", destacou Teerã.
Erdogan quer que árabes sejam mais firmes contra Israel
A Turquia acusou os Emirados Árabes Unidos de "trair a causa palestina".
"Enquanto trai a causa palestina para servir a seus pequenos interesses, os Emirados Árabes Unidos se esforçam para apresentar isto como uma espécie de sacrifício pelos palestinos", afirma um comunicado do ministério turco das Relações Exteriores.
"A História e a consciência dos povos da região nunca esquecerão esta hipocrisia e nunca a perdoarão", completa a nota do ministério turco.
Fervoroso defensor da causa palestina, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, critica de maneira habitual os países árabes, que na sua visão não adotam uma atitude suficientemente firme ante Israel.
Erdogan disse que a Turquia pode até suspender relações diplomáticas com os Emirados Árabes.
Emirados Árabes Unidos e Israel anunciaram na quinta-feira a normalização das relações, como parte de um acordo histórico que converte a federação de sete emirados no terceiro país árabe com o qual o Estado israelense mantém relações diplomáticas, após os acordos assinados com Jordânia (1994) e Egito (1979).
O acordo, anunciado pelo presidente americano Donald Trump, contempla que Israel renuncie ao plano de anexação de territórios palestinos da Cisjordânia ocupada.
Porém, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não confirmou esta informação e declarou que a anexação foi "adiada", mas que Israel "não renunciou" à ideia.
France Presse
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