Os Estados Unidos registraram 1.592 mortes por Covid-19 em 24 horas, o pior balanço diário em dois meses e meio, segundo cifras da Universidade Johns Hopkins, referência no acompanhamento da pandemia, consultadas às 21h30 de Brasília desta terça-feira (28).
O país contabilizou mais de 60 mil novos contágios em um dia, depois de uma leve queda nos dois dias anteriores.
É preciso remontar a meados de maio para encontrar um balanço diário de óbitos pior que o desta terça: em 15 de maio foram contabilizados 1.680 mortos.
A Flórida é o estado que mais preocupa, com 186 falecidos em 24 horas, superando os 6 mil óbitos pelo coronavírus. Agora é o segundo estado com o maior número de casos, mais de 440 mil, atrás da Califórnia - estado mais populoso do país.
Os dois estados já superaram o número de casos detectados em Nova York, que durante semanas foi o epicentro da Covid-19 no país.
Diante da explosão no número de casos, especialistas temem que a curva de óbitos siga a mesma trajetória, com atraso, pois o consenso científico é de que a onda de mortes ocorra três a quatro semanas depois da de contágios.
Os EUA são o país com o maior número de casos da doença no mundo, 4.309.230, também segundo a Johns Hopkins. As mortes já somam 149.209.
Surtos crescentes
Um surto de coronavírus na Flórida, Califórnia e em alguns outros Estados norte-americanos muito afetados pode estar chegando ao auge, enquanto outras partes do país podem estar à beira de surtos crescentes, segundo o principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos, o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA.
Uma disparada de casos na Flórida, no Texas, no Arizona e na Califórnia neste mês sobrecarregou hospitais, forçou a reversão de medidas de reabertura econômica e provocou temores de que os esforços do país para controlar o surto não estejam bastando.
Nesta terça, no programa "Good Morning America" da rede ABC, ele disse existir um "indício muito precoce" de que a percentagem de exames de coronavírus positivos está começando a subir em outros Estados, como Ohio, Indiana, Tennessee e Kentucky.
"Este é um sinal infalível de que é preciso ser cauteloso", alertou, de acordo com a agência Reuters.
Ele exortou os Estados com taxas positivas crescentes a agirem rapidamente agora para evitar um aumento, e outros Estados a reabrirem cautelosamente seguindo diretrizes estabelecidas por autoridades e especialistas de saúde dos EUA.
G1
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