O Twitter marcou nesta sexta-feira (29) uma mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os protestos de Minneapolis por considerar que "enaltece a violência". Embora considere que o tuíte viola suas regras, a rede social decidiu que o texto não será removido.
"Este tuíte violou as regras do Twitter por glorificar a violência. No entanto, o Twitter determinou que pode ser do interesse do público que o tuíte permaneça acessível", explicou a rede social.
"Esses bandidos estão desonrando a memória de George Floyd, e eu não deixarei isso acontecer. Acabei de falar com o governador Tim Walz e lhe disse que o Exército está com ele. Qualquer dificuldade e nós assumiremos o controle, mas, quando o saque começar, o tiroteio começará. Obrigado!", afirmou Trump.
A mensagem de Trump faz referência ao 3º dia de protestos contra a morte de um homem negro, George Floyd, que estava sob custódia da polícia em Minneapolis. Nesta sexta, manifestantes invadiram uma delegacia, incendiaram carros, imóveis e fizeram saques na cidade. O governador Minnesota, Tim Walz, pediu a intervenção da Guarda Nacional.
A revolta na cidade começou após a divulgação de um vídeo que mostra a abordagem policial ocorrida do lado de fora de um supermercado em Minneapolis. Um policial branco se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava de que não conseguia respirar. Floyd morreu depois em um hospital.
Trump x Twitter
O alerta do Twitter acontece um dia depois de o presidente americano assinar uma ordem executiva que questiona as leis de proteção às redes sociais, que geralmente evitam que os sites sejam processados por moderarem publicações dos usuários. A medida tem consequências mais políticas do que propriamente altera a legislação do setor.
A decisão de Trump foi tomada após o Twitter marcar postagens de Trump com uma sugestão para que os usuários do site "checassem os fatos". As mensagens do presidente americano se referiam à votação nas eleições presidenciais de novembro deste ano. Nessas postagens, Trump insinuava que existe fraude no envio das cédulas aos eleitores pelos correios - o que é permitido pela legislação americana.
G1
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