A Corte Constitucional da Rússia decidiu, nesta segunda-feira (16), que são válidas e estão de acordo com a lei as propostas de mudança que permitem ao presidente Vladimir Putin permanecer no poder até 2036.
Na semana passada, Putin apoiou uma emenda constitucional que permite, na prática, que ele concorra a mais reeleições.
O Parlamento da Rússia havia aprovado na quarta-feira (11) mudanças na Constituição do país que permitem que Putin permaneça outros 12 anos no poder depois do fim do seu mandato atual, que acaba em 2024.
A Câmara de Deputados, conhecida como Duma, é controlada pelo governo russo. A maioria dos legisladores votou a favor de uma série de emendas constitucionais. Foram 383 votos a favor, 0 contra e 43 abstenções.
Com a medida aprovada pelo Tribunal Constitucional, o próximo passo é a uma votação nacional, agendado para o dia 22 de abril.
Os opositores do governo russo afirmaram que essa é uma manipulação, e convocaram protestos.
Putin, de 67 anos, é um ex-agente da KGB, o antigo serviço de inteligência soviético, e está no poder no país há mais de 20 anos.
Inicialmente, ele foi presidente durante dois mandatos consecutivos de quatro anos. Ao fim desse período, um aliado dele, Dmitry Medvedev, assumiu a presidência, enquanto o próprio Putin serviu como primeiro-ministro.
Durante o governo de Medvedev, o mandato passou a ser de seis anos. Putin foi eleito então em 2012 e, novamente, em 2018.
A reforma constitucional permitirá que Putin possa concorrer mais duas vezes depois de 2024.
A proposta para dar mais tempo ao atual presidente foi feita pela deputada Valentina Tereshkova. Ela foi a primeira mulher do mundo a viajar para o espaço.
Como era o mundo quando Putin chegou ao poder
Vladimir Putin virou primeiro-ministro do presidente Boris Yelstin em 10 de agosto de 1999. Todo o gabinete foi demitido para a nomeação.
Ele foi o quinto nome a ocupar o cargo em 17 meses. Em dezembro daquele ano, ele assumiu o cargo de presidente.
G1
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