Abril 21, 2025
Arimatea

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As novas regras para a apresentação e indicação de emendas parlamentares ao Orçamento, aprovadas na quinta-feira (13), em sessão do Congresso, já estão valendo. Foi promulgada nesta sexta-feira (14) a Resolução 1 de 2025 do Congresso Nacional. O texto é oriundo do Projeto de Resolução do Congresso Nacional nº 1 de 2025 e deve destravar a votação do Orçamento, que aguardava uma solução para as emendas.

O projeto, feito em conjunto pelas Mesas do Senado e da Câmara, foi apresentado após questionamentos feitos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), com relação às emendas. O texto traz medidas para aumentar a transparência e também garantir rastreabilidade na sua execução, garantindo o uso eficiente dos recursos públicos. 

Com a promulgação, será possível votar o Orçamento de 2025, cuja análise aguardava a solução das questões relativas às emendas parlamentares.  Os repasses de boa parte dos recursos das emendas estavam suspensos por decisão de Dino, que entendeu não haver respeito aos critérios de transparência na execução. Ainda não há confirmação de data para a votação do Orçamento.

Veja as principais regras promulgadas:

  • As atas de apresentação e indicação de emendas serão elaboradas no sistema eletrônico, sempre que possível. A medida busca digitalizar o processo legislativo para facilitar o controle, a rastreabilidade e o acesso às informações. 
  • As emendas devem seguir as disposições do artigo 166 da Constituição Federal, que impõe restrições para evitar a alocação descontrolada de recursos.
  • Nenhuma emenda poderá ser aprovada em valor superior ao solicitado originalmente, exceto em casos de remanejamento entre emendas do mesmo parlamentar. 
  • As emendas deverão ser apresentadas com a ata da reunião que deliberou sobre elas além de seguir um modelo padronizado. Também deverão ter caráter institucional e atender a interesses nacionais ou regionais, com o respeito à definição de ações estruturantes prevista na Lei Complementar 210, de 2024, que trata da proposição e a execução de emendas parlamentares na lei orçamentária anual.
  • Fica proibida a destinação de recursos a entidades privadas, exceto quando incluídos em programações previamente estabelecidas no projeto. A justificativa de cada emenda deverá conter elementos que permitam avaliar os benefícios sociais e econômicos da política pública proposta. 
  • Cada comissão poderá apresentar até seis emendas de apropriação (cujo valor necessário para inclusão vem da anulação equivalente na reserva de recursos ou em outras dotações definidas no parecer preliminar) e duas emendas de remanejamento (cujo valor necessário para inclusão vem da anulação de dotações constantes do projeto de lei, exceto as da reserva de contingência).
  • As sugestões de emendas das comissões deverão ser encaminhadas exclusivamente pelo sistema eletrônico. Um relator será designado para cada conjunto de emendas a fim de garantir um acompanhamento eficiente da tramitação. 

A maior parte das regras já entrou em vigor com a publicação da resolução. Algumas delas, no entanto, passarão a valer após a aprovação da Lei Orçamentária de 2025, já que o processo de apresentação e de indicação das emendas já ocorreu em 2024.

Agência Senado
Portal Santo André em Foco

Há 40 anos, após uma madrugada de agonia, apreensão e negociações em Brasília, o maranhense José Sarney assumiu de forma interina a Presidência da República. O ato encerrou o período em que o país foi comandado por uma ditadura militar (1964-1985) e marcou o início da redemocratização do país.

Sarney, então com 54 anos, chegou ao Congresso Nacional na manhã da sexta-feira, 15 de março de 1985, como vice-presidente eleito. Prestou o juramento constitucional e foi empossado como vice-presidente. Depois, rumou ao Palácio do Planalto, onde deu posse aos novos ministros.

Tancredo Neves, o presidente eleito pelo colégio eleitoral, foi hospitalizado na véspera da posse com fortes dores abdominais e precisou passar por uma cirurgia.

Avisado durante a madrugada que tomaria posse e ficaria à frente do governo até a recuperação de Tancredo, Sarney fez um discurso breve no Planalto.

“Eu estou com os olhos de ontem”, afirmou, em referência à noite insone, ao iniciar o discurso de pouco mais de 200 palavras em sua fala de posse do gabinete de ministros escolhidos por Tancredo.

“Os nossos compromissos, meus e dos senhores agora empossados, são os compromissos do nosso líder, do nosso comandante, do nosso grande estadista, e a bandeira que reúne neste instante o país e as nossas vontades, que é a bandeira que se chama Tancredo de Almeida Neves”, discursou.

A internação de Tancredo deixou o país atônito e iniciou a sequência de 39 dias de apreensão que terminou com a morte do presidente, em 21 de abril, aos 75 anos, sem que ele tivesse tomado posse.

Primeiro na linha de sucessão, Sarney assumiu de forma definitiva a Presidência da República e governou até março de 1990. Foi o primeiro civil a presidir o Brasil em 21 anos – o último havia sido João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.

A redemocratização
A volta da democracia foi um processo cauteloso, que exigiu negociações entre as elites política e militar do país. A abertura “lenta e gradual” teve início no governo do general Ernesto Geisel (1974-1979) e prosseguiu com o general João Baptista Figueiredo (1979-1985), ambos do Exército Brasileiro.

Um dos marcos do esforço da sociedade civil em busca da democracia foi a campanha das "Diretas Já" para aprovar no Congresso a chamada emenda Dante de Oliveira, que modificava a Constituição e determinava a volta da eleição para presidente pelo voto direto dos brasileiros.

Em 1984, apesar da emenda não ter sido aprovada, a mobilização nas ruas reforçou o sentimento de que a ditadura se aproximava do fim. A eleição do novo presidente foi realizada no colégio eleitoral, com os votos de deputados e senadores, em 15 de janeiro de 1985.

Candidato da oposição, Tancredo Neves costurou um acordo político denominado de Aliança Democrática incluindo seu partido, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), outras siglas de oposição e políticos da Frente Liberal, que depois veio a se tornar o Partido da Frente Liberal (PFL). Tratava-se de uma dissidência do Partido Democrático Social (PDS), partido que sucedeu a Arena no apoio ao regime militar.

Ex-presidente do PDS, Sarney era senador pelo Maranhão, já havia sido governador do mesmo estado e deixou a legenda para se filiar ao MDB e ser o vice na chapa da oposição. Ex-governador de Minas Gerais, político de perfil conciliador, Tancredo Neves superou o candidato governista Paulo Maluf (PDS) na eleição do colégio eleitoral.

A vitória gerou a expectativa de grandes mudanças no país que se redemocratizava e cuja população sofria com a inflação acima de 200% ao ano. A posse de Tancredo seria o ponto inicial da Nova República, como o retorno do poder a um presidente civil ficou conhecido à época.

Madrugada de negociações
A internação e a cirurgia de Tancredo colocaram em risco o começo da Nova República. Ao longo da noite de quinta-feira, 14 de março, e da madrugada da sexta, dia 15, pairou o receio de que os militares poderiam se negar a entregar o poder.

Como a chapa eleita ainda não tinha sido empossada pelo Congresso, havia dúvida sobre quem assumiria até que Tancredo deixasse o hospital: o vice-presidente eleito ou o presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães (MDB-SP). Os dois nomes não agradavam a uma parcela dos militares.

Na madrugada, Ulysses foi até a Granja do Ipê, onde morava Leitão de Abreu, ministro da Casa Civil do governo que se encerrava. Leitão, embora civil, era parente do general Aurélio de Lira Tavares, que em 1969 integrou a junta militar que impediu a posse de Pedro Aleixo como presidente e governou o Brasil após problemas de saúde do general Costa e Silva.

Ulysses Guimarães estava acompanhado do presidente do Senado, José Fragelli (MDB-MS), e do general Leônidas Pires Gonçalves, escolhido por Tancredo para ser o ministro do Exército. O encontro pacificou o entendimento para Sarney assumir de forma interina, posição costurada também com líderes dos partidos do Congresso.

Sarney foi comunicado da decisão ainda antes do dia nascer. Em entrevista ao Senado, em 2015, ele relatou que passava das 3h quando recebeu ligações de Fragelli e Leônidas. Ficou marcada na memória do político a forma como o general se despediu: “Boa noite, presidente”.

Às 10h12 do dia 15, Fragelli abriu a sessão do Congresso e informou a ausência de Tancredo. Foi lido um atestado médico, assinado pelo médico Gustavo de Arante Pereira, diretor do Hospital de Base, em Brasília, informando que o presidente eleito passara por cirurgia, seguia internado e não poderia se locomover temporariamente.

Sarney fez o juramento constitucional, foi empossado como vice-presidente e ficou como presidente em exercício diante da expectativa de que Tancredo estivesse apto a tomar posse em uma semana.

“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, jurou.

A ditadura militar estava oficialmente encerrada. No Palácio do Planalto, não houve passagem da faixa presidencial. Figueiredo se recusou a entregar o símbolo do poder a Sarney, a quem considerava um traidor, e deixou o palácio por uma porta de serviço.

A ditadura militar
Sarney substituiu João Figueiredo, o último dos cinco generais que governou o país durante os 21 anos de ditadura.

O regime militar teve início em 1964 com a deposição de João Goulart, vice-presidente eleito em 1960 e que assumiu o governo em 1961 após a renúncia de Jânio Quadros.

Humberto Castelo Branco (1964-1967) foi o primeiro presidente da ditadura, sucedido por Costa e Silva (1967-1969), Emílio Medici (1969-1974) e Ernesto Geisel (1974-1979).

A ditadura teve um período de crescimento, chamado de milagre econômico, porém terminou com inflação em alta e dívida externa em crescimento.

O período foi marcado pela ausência de eleições diretas para Presidente e repressão violenta aos opositores, com fases nas quais o Congresso foi fechado, políticos foram cassados, houve censura à imprensa, tortura e assassinato de adversários políticos.

Governo Sarney (1985-1990)
Sarney governou de março de 1985 a março de 1990, quando foi sucedido por Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde Jânio Quadros, em 1960.

O governo Sarney foi marcado pela convocação e realização da Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou a atual Constituição Brasileira, em 1988. A Carta, em vigor até hoje, ampliou direitos civis, sociais e políticos, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), marcando um avanço na redemocratização do país.

Com o slogan “Tudo pelo social”, Sarney fracassou ao enfrentar a inflação e a recessão econômica. Sucessivos planos não conseguiram conter a alta de preços, e a inflação bateu 1.782% em 1989 (em 2024, foi de 4,83%). O presidente ainda suspendeu o pagamento da dívida externa.

Na área internacional, Sarney buscou uma política mais aberta, se aproximou de países da América Latina e lançou as bases que levaram à criação do Mercosul – bloco atualmente formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

Após deixar a Presidência, Sarney elegeu-se senador três vezes consecutivas pelo Amapá e presidiu o Senado por quatro vezes, tornando-se um político relevante nos governos Fernando Henrique (1995-2002), Lula (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016).

Sarney decidiu não disputar a reeleição em 2014 e, desde então, não concorreu mais a cargos públicos. Próximo de completar 95 anos, que serão completos em 24 de abril próximo, passa maior parte do tempo em Brasília.

Na última semana, esteve no Planalto para posse de Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha como ministros das Relações Instituições e Saúde, respectivamente.

g1
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta quinta-feira (14) pela rejeição dos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa questionava a imparcialidade dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento do caso que investiga a tentativa de golpe de Estado.

Segundo a PGR, os argumentos apresentados pelos advogados do ex-presidente não atendem aos critérios legais para afastamento dos magistrados, já que não há incompatibilidade com as regras previstas no Código de Processo Civil (CPC) e no Código de Processo Penal (CPP).

Sem novos fundamentos
A Procuradoria argumenta que a defesa repetiu alegações já rejeitadas anteriormente, sem apresentar elementos novos que justificassem a reanálise da questão.

“A situação fática e jurídica que autorizou a negativa de seguimento à arguição de impedimento mantém-se inalterada, não havendo nas razões recursais fundamento novo capaz de modificar o entendimento já estabelecido pelo eminente Ministro presidente na decisão de 28.2.2025”, destacou a PGR.

Além disso, o parecer reforça que o STF não admite interpretações ampliadas das regras sobre impedimento de magistrados, reforçando que o pedido da defesa não se enquadra nas hipóteses legais que justificam o afastamento de ministros.

Com essa manifestação da PGR, caberá agora ao Supremo decidir se mantém ou rejeita os recursos da defesa de Bolsonaro.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja ao Japão e ao Vietnã entre os dias 24 e 29 de março. No Japão, Lula vai negociar a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira, demanda histórica do Brasil. Além disso, o presidente buscará avançar nas negociações para um acordo comercial entre o gigante asiático e o Mercosul.

No Vietnã, o presidente Lula debate um plano de ação para elevar o país ao nível de Parceiro Estratégico do Brasil, tipo de relação superior à que os dois países mantêm atualmente. Entre as nações do Sudeste Asiático, apenas a Indonésia é um parceiro estratégico do Brasil.

O primeiro destino da viagem do presidente é o Japão, onde Lula chega no dia 24 de março. Esse encontro tem sido tratado pelo Itamaraty como prova do prestígio que o governo japonês concede ao país. Isso porque os japoneses restringem as visitas de chefes de Estado estrangeiros há apenas uma por ano.

Além disso, desde 2019 não havia uma visita oficial de chefe de Estado ao Japão. A última foi a do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Isso dá uma indicação da importância dessa relação que já completa 130 anos”, comentou o embaixador Eduardo Paes Saboia, atual secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores.

O Japão é o segundo maior parceiro do Brasil na Ásia, atrás apenas da China, e o 11º maior parceiro comercial do Brasil no mundo. Além disso, o Japão abriga a quinta maior comunidade de brasileiros no exterior, com 200 mil pessoas. O país é ainda o nono que mais investe no Brasil, com estoque de US$ 35 bilhões em 2023, aumento de 23% em relação ao ano anterior.

Carne bovina e Mercosul
De acordo com o Itamaraty, um dos objetivos da viagem é conseguir um compromisso político do Japão para que envie ao Brasil uma missão técnica das autoridades sanitárias japonesas para inspecionar as condições da produção de carne bovina do país. Esse seria um dos passos necessários para o Brasil acessar o mercado de carne bovina japonês.

Em maio de 2024, quando o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, esteve no Brasil, o presidente Lula reforçou a reinvindicação para ter acesso a esse mercado.

O Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, o que representa cerca de US$ 4 bilhões ao ano. Desse total, 80% são importados dos Estados Unidos e da Austrália, históricos aliados do país asiático. O Itamaraty conta que, desde 2005, o Brasil tenta, sem sucesso, entrar no mercado japonês de carne bovina.

O embaixador Eduardo Saboia acrescentou que outro objetivo da viagem é avançar nas negociações para um acordo Mercosul-Japão.

“A visita do presidente tem o interesse de avançar nessa área. Claro que não depende apenas do Brasil, depende também do Japão. Os parceiros do Mercosul têm sido bastante favoráveis a esse acordo”, destacou Saboia.

Vietnã
Saindo do Japão, o presidente Lula segue para o Vietnã, onde aterrissa no dia 28 de março. O país do sudeste asiático se tornou o quinto maior consumidor dos produtos agropecuários brasileiros.

Um dos objetivos da viagem é consolidar as etapas necessárias para elevar o Vietnã a parceiro estratégico do Brasil.

“A elevação das relações diplomáticas com o Vietnã ao nível de parceria estratégica possibilitará aprofundar o diálogo político, reforçar a cooperação econômica, intensificar o fluxo de comércio e os investimentos”, explicou o Itamaraty.

Desde que Lula assumiu o terceiro mandato, este é o terceiro encontro entre o presidente brasileiro e o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh. Os dois se reuniram em setembro de 2023, em Brasília, e em novembro de 2024, na cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Em 2024, Brasil e Vietnã registraram um volume de comércio de US$ 7,7 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 415 milhões. Em 2002, na última visita de Lula ao país, o comércio entre as duas nações era de apenas US$ 500 milhões.

“A ideia é chegar a meta de US$ 15 bilhões em volume. A expectativa é de abertura desses mercados e isso se dá em um contexto mais amplo de aproximação do Brasil com nações do sudeste asiático”, completou o embaixador Saboia.

R7
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O preço mundial do café subiu 38,8% em 2024 na comparação com a média do ano anterior, apontou relatório publicado nesta sexta-feira (14) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Essa alta é causada, principalmente, pelos problemas climáticos, que prejudicam a oferta e corroem os estoques globais.

O preço do café arábica, por exemplo, se elevou em 70% na bolsa Intercontinental Exchange (ICE) no ano passado e mais de 20% até agora neste ano.

Os valores devem se manter altos. Segundo o relatório, apesar de o encarecimento levar cerca de um ano para chegar aos consumidores ao redor do globo, o impacto deve durar pelo menos quatro anos.

De acordo com a FAO, cerca de 80% desses aumentos de preços serão repassados aos consumidores ao longo de 11 meses na União Europeia, enquanto nos Estados Unidos 80% dos aumentos serão repassados ao longo de 8 meses.

No Brasil, a inflação do café foi de 66,18% no acumulado dos 12 meses em fevereiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça (12).

É provável que os aumentos de preços para os consumidores sejam muito menores do que o aumento do custo dos grãos crus, pois há outros fatores que contribuem para os preços do café no varejo, como transporte, torrefação, embalagem, certificação e margens de lucro no varejo.

De acordo com o relatório da FAO, um aumento de 1% no custo do grão cru na UE se traduz em um aumento de 0,24% no preço de varejo após 19 meses, "com o choque persistindo por vários anos".

Em termos de países produtores, o órgão da ONU disse que os preços para os produtores de café em grão subiram 17,8% na Etiópia, 12,3% no Quênia, 13,6% no Brasil e 11,9% na Colômbia -- muito longe dos ganhos observados em mercados negociados internacionalmente, como a ICE.

Para a FAO, os preços de exportação do café podem aumentar ainda mais em 2025, se as principais regiões produtoras sofrerem novas reduções significativas na oferta.

O que deixou o café mais caro?
Alguns fatores que prejudicaram a produção e elevaram os preços do café, segundo especialistas entrevistados pelo g1, foram:

☕Calor e seca: no ano passado, o clima gerou um estresse na planta, que, para sobreviver, teve que abortar os frutos, ou seja, impedir o seu desenvolvimento. Mas problemas, como geadas e ondas de calor, vêm acontecendo há 4 anos. No período, a indústria teve um aumento de custos de 224% com matéria-prima e, para os consumidores, o café ficou 110% mais caro.

☕Maior custo de logística: as guerras no Oriente Médio encareceram o embarque do café nas vendas internacionais, elevando também o preço dos contêineres, principal meio para a exportação.

☕Aumento do consumo: o café é a segunda bebida mais consumida no Brasil e no mundo, atrás apenas da água. Os produtores brasileiros têm aberto espaço em novos mercados internacionais, o que influencia na oferta da bebida internamente.

☕Crise no Vietnã: o país, que é o maior produtor mundial do café robusta, também tem enfrentado prejuízos por causa do clima. O tempo seco prolongado causou uma queda de 20% na produção em 2023/24, com as exportações caindo 10% pelo segundo ano consecutivo.

Deste modo, não apenas o grão do tipo arábica disparou, mas o robusta também tem batido recordes. Em setembro, pela primeira vez em 7 anos, o robusta teve o preço mais elevado do que o arábica.

g1
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O governo deve aumentar o percentual de etanol anidro na gasolina para 30% ainda em 2025. A informação é do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista exclusiva à TV Globo e ao g1.

“Acho que nós temos oferta para chegar no E30 [30% de etanol] rapidamente, ainda neste ano”, declarou.

Silveira afirma que o aumento da mistura deve baratear a gasolina vendida aos consumidores.

“O etanol é bem mais barato que a gasolina, então à medida que você aumenta, não tenha nenhuma dúvida nem na questão da sustentabilidade, nem na questão econômica porque ele diminui o preço [da gasolina]”, declarou.

Para o ministro, o aumento da mistura também deve tornar o Brasil independente das importações de gasolina, uma vez que menos combustível fóssil seria usado para compor a gasolina comum –vendida nos postos com a adição do etanol.

Segundo Silveira, ao se tornar autossuficiente na produção de gasolina, o país poderá rediscutir o modelo de precificação do combustível.

?Atualmente, os combustíveis fósseis vendidos pela Petrobras levam em conta diversos fatores. Entre eles, o preço do mercado internacional, em dólar.

Estudos de viabilidade
A pasta concluiu estudos que comprovam a viabilidade técnica da mistura, elaborados pelo Instituto Mauá.

Hoje, o etanol anidro responde por 27% da gasolina vendida nos postos de combustíveis. Mas a lei do combustível do futuro, sancionada no ano passado, permite a adição de até 30% do biocombustível --patamar nunca praticado no Brasil.

“Passou com 10 [os estudos]. Aumenta a octanagem da gasolina, é extremamente seguro, não cria nenhum problema para os motores”, declarou.

Silveira disse que o combustível com 30% de etanol anidro não será um problema para os veículos flex, que já rodam com 100% de etanol hidratado.

"Agora, nós testamos na amostragem de 17% dos veículos, que são veículos que rodam a gasolina, veículos importados e nacionalizados. E o teste foi aprovado com participação ampla da indústria automobilística nacional, nos dando completa segurança na maior participação do etanol brasileiro na nossa gasolina”, completou.

?Os estudos de viabilidade serão encaminhados para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão que assessora o presidente da República. É o CNPE que deve decidir sobre o início da implementação da mistura, previsto para ainda este ano.

Movimentos contra os biocombustíveis
Nesta semana, o deputado Marcos Pollon (PL-MS) apresentou um projeto de lei para permitir que os postos de combustíveis possam vender gasolina sem adição de etanol e diesel sem adição de biodiesel.

Também nesta semana, as distribuidoras de combustíveis solicitaram à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a suspensão da adição de biodiesel no diesel fóssil por 90 dias.

“Seria destruir uma indústria que o Brasil investiu 50 anos, que é ela indústria do etanol. E também, e quero ressaltar, acho justo por parte dos distribuidores cobrar a fiscalização da ANP para que a gente tenha a mistura do biodiesel adequada no diesel [...] Mas não há que se falar da destruição completa de uma grande indústria [como a do biodiesel”, declarou Silveira.

g1
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou acreditar que "neste momento, há uma boa chance de a guerra terminar rapidamente", mas para isso será necessário que seus aliados pressionem o presidente russo, Vladimir Putin, para evitar que ele sabote as negociações de cessar-fogo.

"Agora, temos uma boa chance de encerrar esta guerra rapidamente e garantir a paz. Temos entendimentos sólidos sobre segurança com nossos parceiros europeus. (...) Agora, estamos próximos do primeiro passo para encerrar qualquer guerra – o silêncio", disse Zelensky em referência ao cessar-fogo temporário de 30 dias proposto pelos EUA e já aceito por ele.

O líder ucraniano disse que aceitou "imediatamente" a proposta americana quando foi consultado por seus representantes que foram à Arábia Saudita para negociar com o secretário de Estado, Marco Rubio, e o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, no início desta semana.

Isso porque, segundo Zelensky, a proposta dos EUA "foi além" das expectativas ucranianas. Os americanos sugeriram um cessar-fogo imediato e condicional também por terra, além do mar, e do ar.

"Não queremos brincar com a guerra. (...) É claro que pensamos em garantias de segurança. É claro que pensamos em como controlar o cessar-fogo. Mas o primeiro passo é necessário. Apoiamos nossos parceiros americanos e o presidente Trump nisso. (...) A Ucrânia está pronta para agir de forma rápida e construtiva. E já alertamos que a única parte que tentará sabotar tudo não seremos nós", afirmou Zelensky.

O presidente ucraniano admitiu nesta sexta-feira que seu Exército está em uma situação "muito difícil" em Kusrk, território russo ocupado em contra-ofensiva iniciada em agosto de 2024. Mapas de código aberto consultados pela agência de notícias Reuters mostraram que os soldados ucranianos em Kursk estão quase cercados pelas forças russas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também disse que as tropas ucranianas estão "completamente cercadas" por militares russos e pediu para Putin que "vidas sejam poupadas".

"Neste exato momento, milhares de tropas ucranianas estão completamente cercadas pelos militares russos, e em uma posição muito ruim e vulnerável. Eu pedi fortemente ao presidente Putin que suas vidas sejam poupadas. Este seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Deus abençoe a todos", escreveu.

Trump ainda falou sobre a conversa entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin e seu enviado especial, Steve Witkoff, nesta quinta-feira (13):

"Tivemos discussões muito boas e produtivas com o presidente Vladimir Putin da Rússia ontem, e há uma grande chance de que essa guerra horrível e sangrenta possa finalmente chegar ao fim".

Pouco depois do post do presidente americano, o Exército ucraniano deu uma declaração dizendo que as informações sobre o cerco são falsas e que as tropas foram recuadas para uma posição "mais favorável".

Os dados retratavam que a situação das tropas havia piorado drasticamente nos últimos três dias, depois que Washington suspendeu o compartilhamento de Inteligência com o governo ucraniano e já se especulava uma possível retirada.

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completou três anos no dia 24 de fevereiro. Em agosto do ano passado, uma contraofensiva ucraniana tomou algumas cidades de Kursk, região russa na fronteira entre os dois países.

g1
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as tropas ucranianas estão "completamente cercadas" por militares russos em um post na rede social Truth Social nesta sexta-feira (14), em meio às pressões para que a Rússia aceite a proposta de cessar-fogo aprovada pela Ucrânia em parceria com o governo americano.

"Neste exato momento, milhares de tropas ucranianas estão completamente cercadas pelos militares russos, e em uma posição muito ruim e vulnerável. Eu pedi fortemente ao presidente Putin que suas vidas sejam poupadas. Este seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Deus abençoe a todos", escreveu.

Trump ainda falou sobre a conversa entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin e seu enviado especial, Steve Witkoff, nesta quinta-feira (13):

"Tivemos discussões muito boas e produtivas com o presidente Vladimir Putin da Rússia ontem, e há uma grande chance de que essa guerra horrível e sangrenta possa finalmente chegar ao fim".

Pouco depois do post do presidente americano, o Exército ucraniano deu uma declaração dizendo que as informações sobre o cerco são falsas e que as tropas foram recuadas para uma posição "mais favorável".

Mais tarde, presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu que seu Exército está em uma situação "muito difícil" em Kusrk, território russo ocupado em contra-ofensiva iniciada em agosto de 2024.

Em pronunciamento na TV, Putin pediu que os soldados ucranianos deponham suas armas:

"Se eles entregarem as armas e se renderem, terão a garantia de vida e tratamento digno, de acordo com as normas do direito internacional e as leis da Federação Russa", disse o russo.

Na sexta-feira (7), mapas de código aberto consultados pela agência de notícias Reuters já mostravam que os soldados ucranianos em Kursk estavam quase cercados pelas forças da Rússia.

Os dados retratavam que a situação das tropas havia piorado drasticamente nos últimos três dias, depois que Washington suspendeu o compartilhamento de Inteligência com o governo ucraniano e já se especulava uma possível retirada.

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completou três anos no dia 24 de fevereiro. Em agosto do ano passado, uma contraofensiva ucraniana tomou algumas cidades de Kursk, região russa na fronteira entre os dois países.

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Os países do G7 ameaçaram a Rússia com novas sanções caso o governo Putin não chegue a um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia.

De acordo com a agência de notícias Reuters, um rascunho final da declaração foi aprovado nesta sexta-feira (14), redigido por diplomatas seniores dos países do grupo, foi aprovado pelos sete ministros das Relações Exteriores.

"Os membros do G7 pediram que a Rússia retribuísse concordando com um cessar-fogo em termos de igualdade e implementando-o integralmente. Eles enfatizaram que qualquer cessar-fogo deve ser respeitado e ressaltaram a necessidade de acordos de segurança robustos e confiáveis ​​para garantir que a Ucrânia possa dissuadir e se defender contra quaisquer novos atos de agressão", afirmaram os representantes.

O G7 é composto pelo Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos. Em coletiva de imprensa nesta sexta, após o fim de uma reunião que ocorreu em Charlevoix, o grupo ainda declarou seu apoio à Ucrânia:

"Os membros do G7 reafirmam seu apoio inabalável à Ucrânia na defesa de sua integridade territorial. Todos os ministros das Relações Exteriores do G7 concordam com a proposta de cessar-fogo dos EUA, que é apoiada pelos ucranianos, e agora estudamos e observamos a reação da Rússia. Então, no que diz respeito à Ucrânia, a bola está com a Rússia".

Nesta sexta, os países da União Europeia também aprovaram a renovação por um semestre das sanções contra 2.400 indivíduos e entidades da Rússia devido à guerra contra a Ucrânia, disseram fontes diplomáticas à agência AFP.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou também nesta sexta que as condições da Rússia para o cessar-fogo apenas "complicam e prolongam o processo".

"A Rússia é a única parte que quer que a guerra continue e que a diplomacia fracasse", disse ele na rede social X, após uma ligação com o Secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin.

A posição da Rússia
O Kremlin afirmou nesta sexta-feira (14) que há motivos para um "otimismo cauteloso" em relação à proposta dos EUA para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, mas que há muito trabalho a fazer.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres também que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma mensagem ao presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a proposta por meio do enviado especial de Trump, Steve Witkoff.

Em sua primeira declaração sobre o acordo de cessar-fogo de 30 dias na guerra na Ucrânia proposto pelos EUA, Putin afirmou na quinta-feira (13) não discordar da ideia, mas fez uma série de questionamentos e diz que precisa acertar detalhes com os americanos, autor da proposta. O enviado de Trump também transmitirá detalhes adicionais sobre a opinião de Putin. (Leia mais abaixo)

Segundo Peskov, Putin realizou negociações tarde da noite na quinta-feira com Witkoff, em Moscou. Witkoff já deixou a Rússia, afirmou a agência estatal russa Tass na manhã desta sexta-feira.

Peskov afirmou que, no geral, Putin estava "em solidariedade" com Trump sobre a Ucrânia, mas que ainda havia muito trabalho a ser feito. O representante da presidência russa disse também que os líderes de ambos os países entendem a necessidade de uma ligação telefônica entre eles, que pode ocorrer em breve.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou de "manipuladoras e previsíveis" as declarações dadas por autoridades russas na quinta-feira, e acusou Putin de arrastar propositalmente as negociações por um cessar-fogo

Negociações por cessar-fogo
Putin, que na quarta-feira visitou a região de Kursk para exigir mais rapidez das tropas russas para retomar o território dos ucranianos, afirmou que um acordo com a Ucrânia "deve levar a uma paz duradoura", e que não vê isso no atual formato.

"Concordamos com as propostas para cessar as hostilidades, mas partimos do fato de que essa interrupção [dos combates] deve ser de forma a levar a uma paz de longo prazo e elimine as causas originais desta crise", disse Putin a repórteres.
O presidente russo também afirmou que uma trégua temporária apenas daria fôlego para o Exército ucraniano se remobilizar ou até para o Ocidente enviar armas ao país. Segundo Putin, ainda há questões que o país precisa discutir com os EUA.

A Ucrânia já aceitou a proposta de cessar-fogo, durante reunião na Arábia Saudita com autoridades americanas na terça-feira. A proposta de cessar-fogo ainda precisa ser aprovada pela Rússia e formalmente assinada pelas partes envolvidas no conflito para entrar em vigor.

Depois da fala de Putin, Trump afirmou que está discutindo com a Ucrânia a concessão de territórios para Moscou, mas que a proposta está na mesa de Putin e espera que o líder russo "faça a coisa certa": "Agora vamos ver se a Rússia estará lá e, se não estiver, será um momento muito decepcionante para o mundo".


Trump chamou a fala de Putin de promissora, mas incompleta. Ele reiterou que quer ver um cessar-fogo e afirmou que está discutindo com autoridades ucranianas a concessão de territórios seus à Rússia.

Também na quinta-feira, o governo Trump ampliou sanções aos setores bancário e de petróleo e gás russos, segundo a rede de TV americana "CBS News". As sanções que entraram em vigor eram remanescentes da era Biden e não se sabe se tem relação com o atual estágio das negociações por um cessar-fogo no conflito.

O presidente americano havia afirmado que poderia pressionar o russo a aceitar a proposta, e que poderia utilizar a via econômica para isso.

Antes da reunião de Putin com Witkoff, a Rússia havia dado sinais contraditórios sobre a proposta americana. Enquanto o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o país estava "pronto" para discutir o plano, o governo russo também reiterou suas exigências para um acordo e o principal assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, criticou os termos. (Leia mais abaixo)

Ushakov disse que um cessar-fogo de 30 dias apenas daria tempo para o Exército ucraniano se reorganizar. "A proposta não nos dá nada, só dá aos ucranianos uma oportunidade de se reagrupar, ganhar força e continuar a mesma coisa. (...) Neste momento, ninguém precisa de medidas que apenas imitem ações de paz".

A Rússia afirma que quer um cessar-fogo definitivo na guerra e vê com maus olhos uma proposta de trégua temporária. Americanos e líderes europeus também já expressaram a importância e o desejo de chegar a um acordo que traga paz duradoura.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que os 30 dias de trégua poderiam ser utilizados para negociar um acordo de paz mais longevo.

Exigências e corrida contra o tempo
Oficiais de alto escalão russos afirmaram à Reuters que uma proposta de cessar-fogo sem garantias ou compromissos concretos seria improvável de ser aceita pelo presidente russo. Em meio à chegada de Witkoff, o governo russo reiterou suas exigências para um cessar-fogo:

  • Deve incluir garantias de segurança ao país;
  • Qualquer presença de tropas da Otan na Ucrânia seria inaceitável;
  • Não abrirá mão de territórios conquistados na Ucrânia;
  • A Ucrânia tem que ser impossibilitada de entrar para a Otan.

A Rússia também corre contra o tempo para buscar uma posição ainda melhor nas negociações de paz. Apesar de estar tecnicamente vencendo a guerra, o país busca conseguir retomar o máximo possível de terras na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, onde tropas ucranianas realizam contra-ofensiva desde agosto de 2024.

Putin apareceu vestindo trajes militares, vista incomum ao longo dos últimos meses do conflito, durante visita Kursk na quarta-feira. Putin ordenou que seus comandantes concluíssem rapidamente a operação.

O governo russo disse nesta quinta-feira que tropas russas retomaram o controle de Sudzha, a maior cidade de Kursk, e não haver dúvidas de que em breve retomarão toda a região.

A Ucrânia surpreendeu o mundo em 6 de agosto do ano passado ao atravessar a fronteira e capturar um pedaço do território russo. Zelensky têm usado o controle de suas tropas sobre a região de Kursk como moeda de troca em eventuais negociações.

Mapas de código aberto consultados pela Reuters mostram que as tropas ucranianas em Kursk estão quase cercadas pelas forças russas.

g1
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O Hamas afirmou que concordou em retomar as negociações da segunda fase do acordo de cessar-fogo com Israel, nesta sexta-feira (14), após receber uma proposta dos mediadores.

O grupo terrorista, que fez a última devolução de corpos de reféns mortos durante o conflito em Gaza há duas semanas, pouco antes do fim da primeira fase do acordo, também disse que irá libertar Edan Alexander, um refém israelense-americano, e liberará os corpos de outros quatro reféns, mas não revelou a data.

"Ontem (quinta-feira), a delegação do Hamas recebeu uma proposta dos mediadores para retomar as negociações. De forma responsável, o movimento respondeu positivamente e entregou sua resposta nesta manhã, indicando seu acordo com a libertação do soldado israelense Edan Alexander, que possui cidadania americana, além dos corpos de outros quatro com dupla cidadania", disse em um comunicado.

Um dirigente do Hamas especificou à agência de notícias AFP que os quatro corpos correspondem aos de reféns israelense-americanos.

Pouco depois da declaração do Hamas, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Bejamin Netanyahu, também se pronunciou e atacou o grupo:

"O Hamas não se moveu um milímetro nas negociações de cessar-fogo em Gaza. Faz manipulação e guerra psicológica".

No dia 6 de março, após o presidente dos EUA, Donald Trump, fazer ameaças contra os palestinos ao falar sobre as negociações dias antes, o Hamas criticou o americano e afirmou que a declaração dava respaldo para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desistir do cessar-fogo na Faixa de Gaza e intensificar o cerco aos habitantes do território.

Em comunicado enviado à Reuters, o porta-voz do Hamas, Abdel-Latif Al-Qanoua, disse: "O melhor caminho para libertar os prisioneiros israelenses restantes é Israel entrar na segunda fase e o obrigar a aderir ao acordo assinado sob o patrocínio de mediadores".

O acordo de cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor em 19 de janeiro, foi negociado com a participação do enviado de Trump ao lado de enviados do governo Biden. O acordo determina que os reféns restantes sejam libertados em uma segunda fase, durante a qual os planos finais seriam negociados para o fim da guerra.

A primeira fase do cessar-fogo terminou no dia 1º de março, e Israel e Hamas discordam sobre como prosseguir. Desde então, Israel impôs um bloqueio total da entrada de ajuda humanitária em Gaza para pressionar o grupo terrorista a aceitar um plano alternativo, que teria a libertação dos reféns restantes sem iniciar as negociações para acabar com a guerra.

Os palestinos dizem que o bloqueio pode causar fome aos 2,3 milhões de pessoas que vivem nas ruínas de Gaza.

g1
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