A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (27) a parcela de agosto do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 7.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 681,09. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcança 20,76 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,12 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Regra de proteção
Cerca de 2,74 milhões de famílias estão na regra de proteção em agosto. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 371,04.
Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago nesta terça-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 7. O valor foi mantido em R$ 102 neste mês.
Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,6 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como aquelas vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil
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As Forças Armadas de Israel anunciaram nesta terça-feira (27) ter resgatado um refém de origem árabe que estava sob poder do Hamas na Faixa de Gaza.
O resgatado, segundo o Exército israelense, foi identificado como Qaid Farhan Alkadi e é muçulmano. Al-Qadi é beduíno, uma minoria nômade árabe que reside em Israel (leia mais abaixo) e foi sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro de 2024, quando terrorista do grupo invadiram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 250.
Segundo a imprensa israelense, o refém foi encontrado por acaso durante uma incursão de militares no território palestino. A TV News 14 afirmou que não havia nenhum membro do Hamas vigiando o local onde Al-Qadi estava.
Em comunicado, as Forças Armadas de Israel afirmaram apenas que o resgate aconteceu em uma "operação complexa". O Hamas ainda não havia se pronunciado sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
Cerca de 110 sequestrados continuam sob poder do Hamas, segundo Israel.
Muçulmano e israelense
Embora tenha sido sequestrado por membros do Hamas que invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, Alkadi também é muçulmano. Ele pertence à minoria beduína, uma população de cerca de 200 mil muçulmanos que vive em cidades próprias e povoados no deserto de Negev, uma das regiões atacadas pelos terroristas do Hamas na ocasião.
Alkadi trabalhava como segurança em um dos kibuts invadidos pelo grupo terrorista. Seu estado de saúde era bom, mas ele internado para monitoramento em um hospital, onde reencontrou com a família -- segundo Israel, o resgato é casado com duas mulheres e tem 11 filhos.
O resgate ocorreu em paralelo à nova rodada de negociações que Israel e Hamas fazem há duas semanas para tentar chgar a um acordo de cessar-fogo e devolução de todos os reféns.
As conversas, no entanto, desaceleraram nos últimos dias, após o Hamas dizer discordar com partes do novo acordo, proposto pelos Estados Unidos. Os EUA mediam as negociações ao lado do Catar e do Egito.
Nesta terça, autoridades palestinas afirmaram que ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza mataram 18 pessoas, sendo elas oito crianças, nas últimas 24 horas.
No fim de semana, Israel disse ter feito um "ataque preventivo" a bases do Hezbollah no sul do Líbano. O grupo respondeu com bombardeios no norte de Israel, aumentando os temores de uma guerra generalizada no Oriente Médio.
g1
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Dois tempos distintos, três gols, virada e confusão. Em jogo repleto de ingredientes na noite desta segunda-feira, o Vasco venceu o Athletico por 2 a 1 em São Januário, no jogo que encerrou a 24ª rodada do Brasileirão. Os gols foram marcados por Emerson Rodríguez e Vegetti, enquanto Gabriel marcou o primeiro do Furacão. Deu Vasco no primeiro de três encontros entre os clubes - os próximos dois são pela Copa do Brasil.
Deu Vasco no "esquenta"
Esse foi o primeiro de três jogos que Vasco e Athletico vão fazer em sequência. Na próxima quinta-feira, as equipes se reencontram novamente em São Januário, às 20h (de Brasília), pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. A volta será realizada no dia 11 de setembro, em Curitiba.
Jogo termina em confusão
Depois do apito final, a temperatura subiu no gramado. Jogadores e membros das duas comissões técnicas trocaram empurrões na frente dos bancos. Betinho, segurança do Vasco, estava no meio do tumulto. Em seguida, quando todo mundo se dirigia para os vestiários, o funcionário do clube cruz-maltino voltou a se envolver em briga.
Athletico sai na frente
No primeiro tempo, o Furacão foi melhor, abriu o placar e poderia ter ido para o intervalo com vantagem mais larga. Gabriel fez o primeiro em chute de fora da área depois de bela jogada trabalhada pela equipe no ataque. Cannobio poderia ter feito o segundo, mas parou em grande defesa de Léo Jardim. A chance mais clara do Vasco na primeira etapa foi cabeçada de Vegetti na trave.
Virada do Vasco
O Vasco de Rafael Paiva voltou com outra postura do intervalo e buscou a virada. Emerson Rodríguez, que teve atuação ruim no primeiro tempo e chegou a ser alvo de protesto, foi acionado no contra-ataque e mostrou personalidade ao partir para cima de Thiago Heleno e bater de chapa no canto. Os donos da casa cresceram no jogo e chegaram a fazer o segundo com Hugo Moura, mas o gol foi anulado por impedimento de Vegetti. Mas o próprio argentino tratou de selar a vitória em cabeçada certeira no canto de Léo Linck, após cruzamento de Leandrinho.
Como ficou?
O Vasco levou a melhor no duelo direto por posição na tabela e subiu para a oitava colocação, com 31 pontos. O Athletico, por sua vez, caiu para décimo, com 29.
ge
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (27) que a Telebras (Telecomunicações Brasileiras S.A), empresa de economia mista responsável pelas políticas de conexão no Brasil, vai trabalhar a serviço da soberania nacional. “Eu vim à Telebras porque quero dar um exemplo para o Brasil. A gente vai fazer que essa empresa seja brasileira, a serviço do brasileiro, a serviço da nossa soberania, a serviço do nosso conhecimento tecnológico, a serviço da nossa inteligência artificial, da concentração do nosso banco de dados, e para prestar serviços ao povo brasileiro, que está precisando de ter o melhor,” disse.
O Sistema Telebras foi privatizado em 1998, sob o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em abril do ano passado, Lula retirou a empresa do processo de privatização. Em agenda na sede da empresa, em Brasília nesta terça, o petista criticou privatizações de empresas públicas e defendeu que o Estado seja o detentor de alguns serviços essenciais.
“É importante colocar uma pedra no passado, porque já foi o tempo em que se acreditava que as estatais não funcionavam e que a solução seria abandonar todo o patrimônio construído ao longo de décadas pelo povo brasileiro. Nós não só refutamos essa ideia como podemos mostrar aqui o quanto compensa investir em nossas empresas”, acrescentou o presidente.
Segundo Lula, a Telebras representa uma garantia para discutir inteligência artificial. “Uma empresa como essa aqui é um ‘garante’ de que a gente pode discutir inteligência artificial sem precisar ficar subordinado a duas ou três nações que já estão na frente”, disse.
“O que é muito significativo é o interesse do nosso governo em recuperar essa empresa [Telebras]. Nós vivemos momentos no Brasil de muitos sonhos, esperanças. Depois vivemos momentos de incerteza em que tudo que era bom tinha que ser privatizado, tinha que vir do estrangeiro, ou tudo que era bom era o Brasil se abrir para o mundo”, criticou o presidente.
‘Ignorância elevada à sétima potência’
Ao comentar a retirada dos Correios e da Telebras de programas de privatização, o presidente afirmou que existem empresas que devem ser do Estado.
”No caso dos Correios e da Telebras, chegamos ao cúmulo da ignorância de que essas duas empresas estavam praticamente proibidas de vender serviços ao Estado. Elas não poderiam vender serviços ao Estado mesmo que oferecesse preço fosse mais barato. É ignorância elevada à sétima potência, um Estado que não se respeita, um governo que não tem visão de Estado, pessoas que não pensam no Brasil. Porque têm coisas que têm que ser inexoravelmente do Estado. É assim na Alemanha, na França, nos Estados Unidos. Muita gente foi levada pela famosa teoria de que tem que abrir o mercado para todo mundo, que o importante é livre acesso ao comércio e tal. Livre acesso ao comércio quando é para ele venderem o produto deles aqui dentro. Quando é para a gente vender lá fora, a gente sabe a dificuldade que é a gente vender as coisas que produzimos aqui.”
R7
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Um dia após a Vale eleger seu novo presidente, Gustavo Pimenta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a gestão da mineradora, que foi privatizada nos anos 1990.
Segundo Lula, a empresa era um "orgulho nacional", mas atualmente tem a propriedade pulverizada. O presidente comparou a situação a de um cachorro com vários donos, que morre de fome ou de sede.
"A Vale, que tinha uma diretoria, eu sabia quem era o presidente da Vale, a gente sabia quem era. Hoje, nessa discussão que a gente está de fazer um acordo para receber o dinheiro de Mariana [cidade de Minas Gerais], o dinheiro que a gente está para receber, o dinheiro que prometeram para o povo, você não tem dono", argumentou o presidente.
"Uma tal de corporate que, sabe, não tem dono. Um monte de gente com 2%, um monte de gente com 3%. É que nem cachorro de muito dono: morre de fome ou morre de sede porque todo pensa que colocou água, todo mundo pensa que deu comida e ninguém colocou", prosseguiu Lula.
Procurada, a Vale informou que não vai comentar a fala do presidente.
Lula deu a declaração durante visita ao Centro de Operações Espaciais Principal da Telebras, na qual defendeu empresas estatais e criticou o ímpeto por privatizar as companhias públicas.
"É importante colocar uma pedra no passado, porque deveria ficar para trás tempo que se acreditava que as estatais não funcionavam", disse Lula. "Não só refutamos essa ideia, como podemos demonstrar aqui o quanto compensa investir em nossas empresas", acrescentou.
O presidente reforçou a defesa da Petrobras e criticou que desde a criação da empresa há a ideia de privatizá-la.
"Desde lá, sempre aparece alguém achando que tem que privatizá-la. E quando há dificuldade de privatizá-la, eles começam a vender ativos separados e vão tentando desmontar o corpo, eu vendo um braço, eu vendo uma perna, vendo uma orelha, vendo os dentes. Ou seja, quando você volta, você percebe que a empresa está totalmente desmontada e não cumprindo mais aquele seu papel", declarou.
Novo presidente da Vale
O conselho de administração da mineradora Vale elegeu na segunda-feira (26) Gustavo Pimenta como novo presidente da companhia. Ele assume o cargo em 2025.
Pimenta é o atual vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, foi eleito por unanimidade pelos conselheiros. Ele assumirá a vaga de Eduardo Bartolomeo, que está no comando da mineradora desde março de 2019.
A mineradora enfrentava, há meses, um processo turbulento de escolha do próximo presidente. O mandato de Bartolomeo venceu em maio deste ano, mas foi estendido até dezembro, após o conselho ter ficado dividido entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a escolha de uma nova liderança.
O impasse no conselho sobre a sucessão da Vale ocorreu em meio a notícias de que o governo federal estaria tentando emplacar um nome como CEO da mineradora. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi um dos cogitados.
g1
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O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse nesta segunda-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai opinar sobre a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa. A eleição para a nova presidência da Câmara está marcada para fevereiro de 2025. “Os três pré-candidatos têm o apreço do governo. Ele [Lula] colocou que não ia opinar sobre um ou outro candidato”, afirmou Guimarães após a reunião entre Lula e líderes partidários no Palácio do Planalto.
“Sobre o processo de eleição na Câmara, ele levantou que esse processo termine bem e que quem ganhar a eleição, será o primeiro a se reunir com ele para discutir o respeito e parceria institucional entre Executivo e Legislativo”, concluiu Guimarães. A reunião dos líderes com Lula ocorreu a portas fechadas e durou cerca de duas horas.
Até o momento, os principais nomes cotados para suceder Lira são o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), e os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA).
Ainda segundo o líder do governo, o presidente demonstrou interesse em estreitar a relação entre a Presidência da República e as bancadas parlamentares, mesmo em um semestre marcado pelas eleições municipais, que tradicionalmente esvaziam a Câmara dos Deputados. Os líderes sugeriram ao presidente que ele ouvisse mais as bancadas e lideranças para fortalecer as relações.
Lula também demonstrou otimismo em relação à votação da reforma tributária, e voltou a falar do desejo de ver a matéria concluída no Congresso ainda neste ano. Atualmente, dois projetos de regulamentação da Emenda Constitucional sobre a reforma tributária do consumo estão em discussão no Congresso: um na Câmara dos Deputados, onde ainda restam os destaques a serem votados, e outro no Senado, que está em fase de discussão nas comissões.
Os desafios com a segurança pública também foram pauta da reunião. Os líderes chamaram atenção de Lula para o crescimento da violência. O presidente teria dito que deve chamar os 27 governadores nas próximas semanas para sugerir um pacto para a segurança pública do país.
Emendas parlamentares
A discussão sobre as emendas parlamentares também foi abordada pelos líderes durante a reunião com o presidente Lula. O encontro ocorre em meio ao impasse causado pela suspensão do pagamento de emendas impositivas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Na semana passada, representantes do STF, do Legislativo e do Executivo chegaram a um acordo para desenvolver uma proposta que garanta mais transparência e rastreabilidade nas emendas parlamentares.
Segundo Guimarães, o clima na reunião foi “tranquilo” e o encontro foi considerado “produtivo”. No entanto, ainda não há um esboço concreto de como será o modelo para aumentar a transparência nas emendas.
R7
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O senador André Amaral (União-PB), em pronunciamento nesta segunda-feira (26), chamou a atenção sobre as recorrentes secas que afetam a Paraíba. O parlamentar lembrou da histórica "janela de seca" enfrentada pela região e a recente crise hídrica que resultou na interrupção do abastecimento de água em 44 cidades paraibanas.
— Estive com o ministro Waldez Góes [da Integração e do Desenvolvimento Regional] quando houve uma interrupção do abastecimento de água em 44 cidades da Paraíba. Fui pedir socorro a ele. E ele, muito prestativo, muito atencioso — aliás, quero parabenizar o ministro Waldez Góes pela sua altivez e pela sua pontualidade — um ministro resolutivo. Não podia ser diferente. Quando foi governador, foi brilhante — afirmou.
O senador enfatizou que apresentou uma proposta alternativa ao uso de carros-pipa para o abastecimento de água. Ele sugeriu a criação de um "vale-água" para beneficiários do Bolsa Família, que, segundo o parlamentar, garantiria água potável de qualidade e segurança hídrica para as famílias nas áreas mais atingidas pela seca.
Amaral registrou uma visita realizada à cidade de Alagoa Grande, onde se encontrou com a reitora Mary Roberta Meira Marinho para discutir a implantação do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) na região. Ele ressaltou a importância da cidade, que abriga um dos maiores redutos de quilombolas remanescentes do estado.
— Não podia deixar de fazer esse registro e pedir, de forma legítima, a primeira escola UFPB [Universidade Federal da Paraíba] do Brasil, para a região quilombola lá do Zumbi. Pedimos isso, a reitora foi bastante sensível. E o ministro Camilo Santana [da Educação], quando estivemos com ele, foi bastante sensível a essa problemática, a essa necessidade de levar educação de qualidade lá para a região dos quilombolas, que sabemos que são sofridos e excluídos e que ainda estão por ter a sua legitimidade e integração na comunidade — afirmou.
Agência Senado
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O presidente da França, Emmanuel Macron, rejeitou nesta segunda-feira (26) nomear como primeira-ministra a candidata de esquerda Lucie Castets, do bloco "Nova Frente Popular". O movimento de esquerda acusou Macron de ser autocrata e disse que irá protocolar um pedido de impeachment.
O bloco de esquerda Nova Frente Popular venceu as eleições legislativas de julho, mas não conseguiu formar uma maioria absoluta. Ao todo, o grupo conquistou 182 assentos, contra 168 da coalizão de Macron e 143 da extrema direita.
Após as eleições, o primeiro-ministro Gabriel Attal apresentou a carta de renúncia. Entretanto, a pedido de Macron, Attal continua no cargo de forma interina até que um novo governo seja formado.
Desde então, o presidente francês iniciou as negociações com os partidos para a escolha de um novo primeiro-ministro. A Nova Frente Popular apresentou a candidatura de Lucie Castets.
Nesta segunda-feira, Macron publicou um comunicado dizendo que não poderia aceitar um plano de governo que atenda somente aos interesses da Nova Frente Popular, em nome da "estabilidade institucional".
"Um governo baseado apenas no programa e os partidos propostos pela aliança com maior número de deputados, a Nova Frente Popular, seria imediatamente censurado" na Assembleia, afirmou o presidente.
Macron afirmou ainda que ouviu líderes partidários para tomar a decisão. O presidente pediu para que as lideranças políticas tenham "espírito de responsabilidade".
Com a decisão de Macron, lideranças da Nova Frente Popular disseram que vão barrar qualquer outra indicação para primeiro-ministro e apresentarão um pedido de impeachment contra o presidente.
"A gravidade do momento exige uma resposta firme da sociedade francesa contra o incrível abuso do poder autocrático de que é vítima", afirmou a aliança em um comunicado.
O líder do movimento França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, disse que Macron criou uma situação "excepcionalmente grave". O partido dele integra a Nova Frente Popular.
"A resposta popular e política deve ser rápida e firme. O pedido de impeachment será apresentado", escreveu em uma rede social.
Eleições de 2024
Macron resolveu dissolver o Parlamento francês, em junho, após o partido dele perder as eleições do Parlamento da União Europeia para a extrema direita. Com isso, o presidente convocou eleições nacionais, que aconteceram no dia 7 de julho.
À época, o presidente disse que a ascensão de nacionalistas é um perigo para a Europa. "O resultado das eleições da União Europeia não é bom resultado para o meu governo", afirmou o presidente.
As eleições foram marcadas por uma reviravolta. O partido de extrema direita Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, iniciou a disputa como favorito. No entanto, a formação de uma união entre os candidatos da esquerda garantiu uma virada.
A Nova Frente Popular venceu as eleições, mas sem garantir a maioria absoluta de 289 assentos. Já o "Juntos", de Macron, ficou em segundo lugar. O partido de Le Pen elegeu o terceiro maior número de deputados.
Diante deste cenário, a esquerda precisaria formar uma aliança com o centro para conseguir governar, incluindo deputados do bloco de Macron. Entretanto, as duas forças políticas possuem desavenças profundas, como a reforma da Previdência aprovada em 2023.
g1
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Um dos diretores da autoridade eleitoral da Venezuela denunciou, nesta segunda-feira (26), "irregularidades" nas eleições de 28 de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em meio a alegações de fraude pela oposição.
Juan Carlos Delpino foi um dos cinco reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), representou a oposição e está escondido.
Ele falou em um comunicado divulgado através de suas redes sociais e diz que não estava presente quando os resultados foram contabilizados porque as testemunhas da oposição foram retiradas durante o encerramento das mesas receptoras com a justificativa de uma interrupção da transmissão dos resultados "devido a um suposto hacking".
"Segundo os protocolos, a transmissão dos resultados deve ser feita imediatamente ao encerramento das mesas. Porém, nesse período, a transmissão foi interrompida e justificada por um suposto hack, com um silêncio e atraso não explicados", explicou.
O "ciberataque terrorista" foi a explicação do governo para não divulgar os detalhes da votação em cada seção. Maduro foi proclamado eleito pelo CNE com 52% dos votos. A oposição liderada por María Corina Machado afirma que tem provas de que houve fraude e da vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia.
Após a publicação dos resultados pelo CNE, protestos eclodiram com 27 mortos, além de 200 feridos e cerca de 2.400 detidos, chamados por Maduro de "terroristas".
"Tudo o que aconteceu antes, durante e depois das eleições presidenciais indica a gravidade da falta de transparência e veracidade dos resultados anunciados. Lamento profundamente que o resultado e seu reconhecimento não sirvam a todos os venezuelanos, que não resolva as nossas diferenças, não promova a unidade nacional e que em seu lugar haja dúvidas entre a maioria dos venezuelanos e a comunidade internacional sobre os resultados", escreveu.
Candidato de oposição investigado
Na quinta-feira (22), após um recurso de Maduro para "certificar" as eleições por causa da intensa pressão internacional, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao governo, validou os resultados e acusou González Urrutia de "desacato" por não comparecer às audiências.
O candidato de oposição, que está sendo investigado, foi convocado pelo Ministério Público a depor nesta segunda, mas não compareceu.
Em um vídeo postado nas redes, González atacou o procurador-geral da República, Tarek William Saab:
"O procurador-geral da República tem se comportado reiteradamente como um acusador político. Condena por antecipação e agora promove uma intimação sem garantias de independência e do devido processo. O Ministério Público pretende submeter-me a uma entrevista sem especificar em que condição devo comparecer (acusado, testemunha ou especialista, segundo a lei venezuelana) e com a pré-qualificação de crimes não cometidos".
Com o não comparecimento, o Ministério Público venezuelano fez uma nova convocação para esta terça-feira (27).
"Edmundo González foi convocado pela segunda vez para comparecer nesta terça-feira ao Ministério Público", escreveu o procurador Tarek William Saab em uma mensagem à agência de notícias AFP, que acompanhou uma cópia da intimação.
O ex-candidato é investigado por suposta prática de crimes como "usurpação de funções" e "falsificação de documento público".
g1
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A Rússia fez nesta segunda-feira (26) o maior ataque aéreo à Ucrânia desde o início da guerra entre os dois países, há dois anos e meio.
Em uma ofensiva com centenas de mísseis e drones, as forças de Moscou atingiram Kiev e as principais cidades ucranianas. Na capital ucraniana, ao menos sete explosões foram registradas, e moradores lotaram estações de metrô para se abrigar dos bombardeios.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o comandante da Força Aéra da Ucrânia disseram que a ofensiva desta segunda foi o maior ataque áereo da Rússia ao território ucraniano. Zelensky também pediu ajuda aos países europeus para derrubar drones e mísseis lançados pela Rússia.
"É crucial que nossos parceiros cumpram os compromissos que fizemos juntos, em particular com relação aos sistemas de defesa aérea, mísseis para eles. E, além disso, devemos finalmente nos unir em nossos esforços para abater mísseis e drones russos", declarou.
Canais do Telegram informaram explosões em outras regiões do país, incluindo a cidade de Lutsk, no noroeste, onde as autoridades anunciaram que um bombardeio atingiu um prédio de apartamentos.
Os governadores das regiões de Odessa e Zaporizhzhia, no sul, e de Kharkiv, no nordeste, também relataram explosões e determinaram que os moradores procurassem refúgio.
Cinco pessoas ficaram feridas na região de Poltava, centro, em ataque contra uma área industrial, informou o governador Filip Pronin.
A operadora ucraniana DTEK anunciou cortes na rede de energia elétrica.
A Ucrânia é alvo frequente de ataques russos desde que Moscou iniciou uma operação militar contra o país vizinho em fevereiro de 2022.
France Presse
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