Uma mulher de 55 anos morreu após ser atingida por tiros em uma tentativa de assalto no bairro do Alto Roger, na noite de domingo (26). Segundo informações da Polícia Militar, a vítima, identificada como Cleuma Moreira da Silva, conhecida como Cléo Silva, foi atingida pouco depois de entrar em um carro de um motorista por aplicativo.
De acordo com depoimento do motorista, Cléo Silva entrou no veículo rapidamente pedindo para que o motorista saísse rápido do local porque dois homens em uma motocicleta estavam se aproximando e iriam assaltá-los. O motorista relatou que chegou a dar partida no carro e um dos assaltantes tentou abrir a porta.
O assaltante não conseguiu abrir e atirou contra o vidro do carro. Um dos tiro atingiu as costas de Cléo Silva. O motorista tentou socorrer a vítima, mas nas imediações da avenida Botto de Menezes, no bairro de Tambiá, ele parou próximo a um bar para pedir ajuda. As pessoas solicitaram uma ambulância do Samu, mas Cléo Silva não resistiu e morreu no local.
Conforme a Polícia Militar, os suspeitos fugiram do local do tiroteio sem levar nada. A PM fez buscas, mas até o início da manhã desta segunda-feira (27) nenhum dos suspeitos tinha sido localizado. Cléo Silva tinha dois filhos.
G1 PB
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Um tribunal em Bagdá, no Iraque, condenou à morte o quarto cidadão francês em dois dias por fazer parte do Estado Islâmico (EI): Mustafa Mohammed Ibrahim recebeu a sentença nesta segunda-feira (27), diz a agência de notícias Associated Press. Outros três homens haviam sido condenados no domingo (26).
Ibrahim, de 37 anos, de origem tunisiana, saiu da França para a Síria em 2015 para se juntar ao grupo, e alegou ter sido vítima da propaganda do Estado Islâmico — que prometeu a ele uma vida boa, incluindo dinheiro, trabalho e uma casa. Sem emprego na Europa, Ibrahim foi para a Síria através da Turquia, onde teve aulas de religião e treinamento de armas. Ele então se casou com uma viúva marroquina que tinha 4 filhos e que, mais tarde, deu à luz seu filho.
Quando o juiz perguntou a Ibrahim se ele era culpado, sua resposta foi: "Eu não sou culpado de cometer nenhum crime. Sou culpado porque eles fizeram lavagem cerebral em mim. Eu sou vítima do Estado Islâmico. Eu não sou culpado. Estou pronto para ajudar a França na luta contra o terrorismo", afirmou.
Os que são condenados à morte podem apelar da decisão em no máximo um mês, diz a AP.
Além de Ibrahim, outros 4 franceses foram a julgamento nesta segunda-feira. Eles estavam entre os 12 combatentes franceses do Estado Islâmico que as Forças Democráticas da Síria entregaram ao Iraque em janeiro. O grupo, chefiado pelos curdos, liderou a luta contra os terroristas na Síria e entregou ao Iraque centenas de supostos membros do EI nos últimos meses.
Os outros 3 franceses tiveram o julgamento adiado para a próxima segunda-feira (3).
De acordo com as leis iraquianas de antiterrorismo, só o fato de pertencer ao grupo terrorista já é suficiente para uma sentença de morte ou de prisão perpétua. Grupos de direitos humanos, entretanto, criticam a forma com que o país lida com julgamentos relacionados ao Estado Islâmico — acusando as autoridades de confiarem em evidências circunstanciais e extraírem confissões, frequentemente, sob tortura.
Nadim Houry, diretor do programa de contraterrorismo da Human Rights Watch, disse: "Há poucos direitos para a defesa e graves problemas de processo devido — isso é profundamente preocupante, especialmente quando combinado com a pena de morte".
Houry acrescentou que ninguém deveria ser transferido para um país onde há risco de tortura. "Nós visitamos as prisões iraquianas e temos visto torturas desenfreadas, geralmente para extrair confissões", disse.
A França disse que o tribunal iraquiano tem jurisdição para decidir sobre os casos, apesar de uma porta-voz ter reiterado a oposição do governo francês à pena de morte.
Associated Press
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A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner compareceu à segunda audiência do julgamento por suposta formação de quadrilha e fraude na concessão de obras públicas durante o período em que governou o país, de 2007 a 2015.
Hoje senadora e candidata a vice-presidente, ela chegou ao tribunal federal de Buenos Aires às 9h15 desta segunda (27). Não havia militantes em frente ao órgão, ao contrário do que aconteceu na primeira audiência, na terça-feira passada.
A Justiça havia autorizado Kirchner a não comparecer às primeiras audiências, quando são lidas as acusações, se ela tivesse alguma obrigação como senadora. Não há sessão no Senado nesta segunda, no entanto.
Cristina sentou-se ao lado do advogado Carlos Beraldi na última fileira, longe dos demais acusados. Entre eles estão o empresário Lázaro Báez; o ex-ministro de Planejamento Federal Julio De Vido e o ex-secretário de Obras Públicas José López, todos acompanhados dos respectivos advogados de defesa.
Nessas primeiras audiências, que ocorrerão nas segundas-feiras, o Ministério Público, o Escritório Anticorrupção e a Unidade de Informação Financeira, partes acusadoras, vão ler as acusações.
Acusação é a de direcionar obras públicas para empresário
Cristina, que em 18 de maio anunciou a candidatura à vice-presidência para as eleições de outubro, é julgada por fraude na concessão de obras públicas na província de Santa Cruz - onde o ex-marido, Néstor Kirchner, nasceu e desenvolveu grande parte da carreira na política - a favor de empresas de Lázaro Báez, amigo do casal e atualmente detido.
Segundo a acusação, nos 12 anos em que os Kirchner estiveram no poder, Báez ganhou mais de 50 licitações, 80% do total, e muitas ficaram inacabadas, tiveram preços acima do comum ou eram desnecessárias.
EFE
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O Papa Francisco recebeu no Vaticano, nesta segunda-feira (27), o líder indígena Raoni Metuktire, que atua no combate à devastação da Amazônia.
A audiência faz parte da preparação para a Assembleia Especial do Sínodo (Encontro) dos Bispos para a região Panamazônica, que vai ser realizada de 6 a 27 outubro, segundo o porta-voz do papa, Alessandro Gisotti. O tema do encontro será: “Amazônia: Novos caminhos para a Igreja e para Ecologia”.
O líder indígena denuncia a devastação da Amazônia, que está ameaçada pelo desmatamento e pressionada pelo agronegócio e pela indústria madeireira.
O líder caiapó, que viaja acompanhado de outros três líderes indígenas do Xingu, começou em 12 de maio uma viagem de três semanas pela Europa, onde marchou com jovens por medidas contra mudança climática e foi recebido por chefes de Estado, como o presidente Emmanuel Macron (França). O líder indígena também aproveitou sua passagem pelo tradicional festival de cinema de Cannes, no sul da França, para pedir apoio para o seu projeto de proteção da Amazônia.
Devastação da Amazônia
Em 2015, Francisco publicou a encíclica "Laudato Si" (Louvado Seja), em que ataca um modelo de desenvolvimento injusto e convida os católicos a tomarem ações concretas para frear a exploração insensata do meio ambiente.
O pontífice denunciou os problemas enfrentados pelos moradores da região amazônica quando visitou Puerto Maldonado em janeiro de 2018, uma cidade rural no sudeste do Peru, cercada pela floresta.
Essa é a primeira vez que a Igreja Católica apoia oficialmente atividades concretas em favor do cuidado ambiental, inclusive nas paróquias.
O cardeal brasileiro Cláudio Hummes, que será o relator geral do sínodo, reconheceu recentemente em Roma que a defesa da Amazônia gera muitas "resistências e incompreensões".
"Os interesses econômicos e o paradigma tecnocrático são contrários a qualquer tentativa de mudança e estão prontos a se imporem com força, violando os direitos fundamentais das populações no território e as normas de sustentabilidade e proteção da Amazônia", declarou Hummes.
A Amazônia é habitada por 390 povos com uma identidade cultural e línguas próprias, e tem cerca de 120 aldeias livres em isolamento voluntário, segundo dados da France Presse.
Este território, compartilhado por nove países e habitado por cerca de 34 milhões de pessoas, abriga 20% da água doce não congelada do mundo, 34% das florestas primárias e 30-50% da fauna e flora do planeta.
G1
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou nesta segunda (27) que está pronto para participar das negociações em Oslo entre o governo da Venezuela e a oposição, caso todas as partes achem produtivo.
A Noruega informou no sábado (25) que representantes do governo da Venezuela e da oposição retornariam a Oslo em continuidade a uma rodada de conversações preliminares sobre como lidar com a crise política do país.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo declarou que recebia bem a notícia de que as negociações continuariam, mas alertou contra quaisquer forças exteriores que tentem impor ultimatos à liderança da Venezuela.
Oposição na Venezuela aceita, mas quer eleições livres
Um documento assinado por Juan Guaidó afirma que vai aceitar o convite norueguês para "explorar uma possível saída negociada da ditadura e desta grave crise". No texto, o autoproclamado presidente pede eleições livres:
"A negociação é aquela que nos leve ao fim da usurpação, transição e eleições livres", escreveu Guaidó.
Nicolás Maduro publicou em uma rede social uma mensagem de agradecimento ao governo da Noruega "pelos esforços para avançar pelos diálogos de paz e estabilidade na Venezuela".
G1
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A montadora Fiat Chrysler (FCA), de capital italiano e americano, apresentou nesta segunda-feira (27) um projeto de fusão com a francesa Renault, o que criaria a terceira maior montadora mundial do setor.
De acordo com a proposta da FCA para a Renault, o novo grupo pertenceria em 50% aos acionistas da empresa ítalo-americana e em 50% aos acionistas da montadora francesa.
O conselho de administração da Renault se reuniu nesta segunda após receber a proposta da FCA e decidiu que vai "estudar com interesse a oportunidade". Ainda sem tomar uma decisão sobre o negócio, a montadora francesa disse que informará os resultados das negociações no futuro.
Caso o acordo se concretize, a Renault poderia contribuir com sua tecnologia para o desenvolvimento de motores elétricos, enquanto a Fiat Chrysler entraria com sua forte presença no mercado norte-americano, além do portfólio de veículos 4x4 e picapes.
A FCA acredita que a atual aliança formada entre a montadora francesa e as japonesas Nissan-Mitsubishi possa continuar mesmo com a nova fusão. De acordo com a Fiat Chrysler, o trabalho em conjunto entre todas as marcas renderia uma economia de 5 bilhões de euros por ano.
Apesar disso, a FCA indica que a fusão não irá resultar em cortes de empregos e nem no fechamento de fábricas das empresas. Nissan e Mitsubishi ainda não se posicionaram sobre a continuidade da aliança, caso a Renault aceite o negócio.
"Com base na experiência com a Chrysler nos últimos 10 anos, estou muito animado com o que poderíamos conseguir com a Renault nos próximos anos", disse o presidente da FCA, John Elkann, a jornalistas durante um evento nesta segunda.
Fusão criaria 3ª maior montadora
A Fiat Chrysler destacou que, baseado nos números de 2018, a fusão com a Renault criaria o terceiro maior grupo automotivo do mundo e teria "uma forte presença em regiões e segmentos chave".
Somadas, Fiat Chrysler e Renault venderam 8,7 milhões de veículos no ano passado. O novo grupo ficaria atrás de Volkswagen (10,6 milhões) e Toyota (10,59 milhões).
De acordo com a agência France Presse, uma fonte próxima às negociações afirmou que não se espera uma decisão nesta segunda-feira, o que deve "demorar dias, até semanas". O conselho de administração da Renault definirá apenas se estuda a proposta.
As ações teriam cotações nas Bolsas de Nova York e Milão, explica a Fiat Chrysler em um comunicado. Os papéis dos dois grupos operavam em alta após o anúncio. O título da FCA chegou a registrar avanço de 18% na Bolsa de Milão. A ação da Renault subiu 13%.
Negociações
O governo francês, que possui 15% da Renault, é favorável à aliança, mas diz que "é necessário que as condições da fusão sejam favoráveis ao desenvolvimento econômico da Renault e evidentemente aos funcionários da Renault", afirmou a porta-voz do governo francês, Sibeth Ndiaye.
A Fiat Chrysler indicou que a linha de produção das duas empresas é "ampla e complementar, e daria uma cobertura completa ao mercado, do segmento de luxo até o segmento voltado para o grande público".
Fiat Chrysler e Renault produzem automóveis de nível intermediário e populares, o que significa que poderiam compartilhar os avanços tecnológicos, afirmam analistas.
De acordo com uma fonte que acompanha o processo, o anúncio seria o resultado de "negociações iniciadas com Carlos Ghosn", o ex-presidente da montadora francesa, investigado no Japão por supostas fraudes financeiras.
Ghosn foi detido no fim de novembro em Tóquio, o que provocou uma crise entre a Renault e a parceira japonesa Nissan, que apontou indícios de irregularidades.
Aliança com Nissan-Mitsubishi
O projeto da FCA para a fusão com Renault deixa "a porta aberta a Nissan" para integrar a operação, afirmou outra fonte.
Com os aliados Nissan e Mitsubishi, a Renault constitui o maior grupo automobilístico mundial em termos de volume de vendas, com quase 10,76 milhões de unidades comercializadas ano passado, à frente de Volkswagen (10,6 milhões) e Toyota (10,59 milhões).
Em caso de acréscimo dos números da Fiat Chrysler, a aliança estabeleceria uma grande distância para os rivais, com quase 16 milhões de veículos.
A Renault vendeu no ano passado 3,9 milhões de veículos, a Nissan 5,65 milhões e a Mitsubishi Motors 1,22. A Fiat Chrysler, que tem 13 marcas (incluindo Jeep, Alfa Romeo, Dodge, Ram ou Ferrari), vendeu 4,8 milhões de veículos em 2018.
Fiat já tentou fusão com GM e Volks
A fusão entre o grupo FCA e outra grande montadora era o sonho do antigo líder da empresa, Sergio Marchionne, que morreu em 2018. O ex-presidente da Fiat Chrysler chegou a fazer propostas para GM e Volkswagen, mas os negócios não foram concluídos.
G1
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O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (27) que a balança comercial registrou superávit de US$ 5,192 bilhões na parcial de maio, até este domingo (26).
Quando as exportações superam as importações, o resultado é de superávit. Quando acontece o contrário, o resultado é de déficit.
De acordo com o governo, as exportações no período somaram US$ 17,047 bilhões (alta de 8,9% na comparação com maio de 2018).
Nesta comparação, houve aumento nas vendas de produtos manufaturados (+35,2%), semimanufaturados (+20,1%) e queda de 1,9% na exportação de produtos básicos.
As importações, ainda segundo o governo, totalizaram US$ 11,855 bilhões (aumento de 10,4% na mesma comparação).
Aumentaram os gastos com adubos e fertilizantes (+38,4%), combustíveis e lubrificantes (+23,7%), equipamentos eletroeletrônicos (+15,6%), químicos orgânicos e inorgânicos (+13,8%) e equipamentos mecânicos (+12,2%).
Parcial do ano
No acumulado de 2019, até este domingo (26), a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 21,576 bilhões, segundo dados oficiais.
Embora o saldo acumulado do ano seja positivo, houve queda de 8,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit chegou a US$ 23,598 bilhões.
De acordo com o governo federal, no acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 89,196 bilhões – média diária de US$ 901 milhões (queda de 1,7% na comparação com o mesmo período do ano passado).
As importações, ainda segundo o governo, somaram US$ 67,620 bilhões no acumulado de 2019 – média diária de US$ 683 milhões (alta de 0,3% em relação ao mesmo período de 2018).
Ano de 2018 e projeções
No ano passado, a balança comercial registrou superávit de US$ 58,3 bilhões. Com isso, o saldo positivo, assegurado principalmente pela exportação de produtos básicos, ficou 13% abaixo do de 2017.
A expectativa do mercado financeiro para este ano é de nova queda do saldo comercial. Segundo pesquisa realizada pelo Banco Central na semana passada, a previsão para 2019 é de um saldo positivo de US$ 50,25 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.
O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 40 bilhões para este ano, com exportações em US$ 247 bilhões e importações no valor de US$ 207 bilhões.
O Ministério da Economia estima um superávit (exportações menos importações) de US$ 50,1 bilhões neste ano, com US$ 245,9 bilhões de exportações e US$ 195,8 bilhões de compras do exterior.
G1
Portal Santo André em Foco
Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 5,8 bilhões de janeiro a abril deste ano, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC).
Com isso, registraram queda de 10,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando totalizaram US$ 6,47 bilhões.
Dólar alto
A queda dos gastos de brasileiros lá fora acontece em um momento em que o dólar tem ficado em patamar alto.
Nos quatro primeiros meses do ano, a moeda norte-americana subiu 1,21%, fechando abril em R$ 3,9211. Nas últimas semanas, chegou a bater em R$ 4,10, mas, nesta segunda-feira, opera ao redor de R$ 4,02.
Com o dólar em patamar elevado, as viagens de brasileiros ao exterior ficam mais caras. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira. O papel moeda também fica mais caro.
Além da taxa de câmbio, o nível de atividade, que tem impacto no emprego e na renda do brasileiro, também é outro fator que influencia o nível de gastos no exterior.
Mês de abril
Somente no mês de abril, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,493 bilhão. Com isso, foi registrada uma queda de 2,9% frente ao mesmo período de 2018, quando as despesas lá fora somaram US$ 1,538 bilhão. Também foi o menor valor, para meses de abril, desde 2017 (US$ 1,324 bilhão), ou seja, em dois anos.
Gastos de estrangeiros no Brasil
Em abril deste ano, informou o Banco Central, os estrangeiros gastaram US$ 472 milhões no Brasil, com queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2018 (US$ 499 milhões).
Já nos quatro primeiros meses de 2019, informou a instituição, as despesas de estrangeiros no Brasil totalizaram US$ 2,283 bilhões, contra US$ 2,433 bilhões no mesmo período do ano passado.
Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou recentemente um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.
G1
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Os lançamentos de imóveis residenciais cresceram 4,2% no primeiro trimestre de 2019, na comparação anual, para 14.680 unidades, conforme levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgado nesta segunda-feira (27), em evento em São Paulo. Em relação ao quarto trimestre, porém, houve queda de 62,5%.
No trimestre, as vendas aumentaram 9,7%, para 28.676 unidades, ante o mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre, as vendas caíram 18,9%. A oferta final de imóveis encolheu 8,6%, em relação ao primeiro trimestre de 2018 e 6% ante o último trimestre do ano passado, para 120.422 unidades. Da oferta final de imóveis no fim de março, 24% se referem a unidades na planta, 47% a imóveis em construção e 29% a unidades prontas.
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, há tendência clara de aumento de lançamentos e vendas de unidades residenciais. Segundo ele, o levantamento trimestral da entidade apontou que o setor imobiliário vem apresentando crescimento “lento, gradual, mas constante desde 2017”. O representante setorial ressaltou que as reformas são fator decisivo para mercado imobiliário. “As pessoas postergam a decisão de compra diante das incertezas”, disse.
Por outro lado, “ainda não há confiança dos empresários de colocar, no mercado, todos os produtos que têm nas prateleiras. Com isso, a oferta final vem sendo reduzida”, segundo o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, Celso Petrucci. Atualmente, são necessários 11,6 meses para escoamento da oferta disponível, de 120.422 unidades.
Para Petrucci, a expectativa é sair, em 2019, de cinco anos negativos do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro trimestre, o aumento real do preço de imóveis em relação ao Índice Nacional da Construção Civil (INCC) ficou em torno de 3%.
Valor Online
Portal Santo André em Foco
Em meio às dificuldades de reação da economia brasileira e problemas estruturais de produtividade, o país também tem perdido a atratividade para investidores estrangeiros. Além do menor nível de fluxo de recursos para investimentos no Brasil e persistentes incertezas sobre o ambiente de negócios, também tem chamado a atenção a frequência de anúncios de empresas internacionais indo embora ou decidindo encerrar operações por aqui.
Entre essas companhias, estão a Ford Caminhões, os laboratórios Roche e Eli Lilly, a gráfica RR Donnelley, o aplicativo Glovo, a Nikon, a cervejaria Brasil Kirin, e redes de varejo como Lush e Kiehl's. Relembre mais abaixo empresas que deixaram ou estão deixando o país nos últimos anos.
Embora as razões apresentadas por elas não sejam necessariamente as mesmas, e também estejam relacionadas a novas estratégias globais das companhias, em comum está a dificuldade de conseguir os resultados esperados, a decepção com o ritmo de crescimento da economia brasileira e a elevada imprevisibilidade em relação ao médio e longo prazos.
Diante das dificuldades de gerar a receita esperada e de expandir os negócios, a saída encontrada por essas empresas foi vender a operação para concorrentes já estabelecidos ou simplesmente fechar as portas. Outras recusaram-se a desistir, mas decidiram encerrar a produção local, passando a atuar somente com distribuição de importados. Consequentemente, fecharam postos de trabalho e colocaram mais pessoas na fila do desemprego.
E se alguns estão indo embora, outros estão desistindo ou adiando a vinda. Segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil caiu 12% em 2018, para US$ 59 bilhões. Com a queda, o Brasil passou da 4ª para a 9ª colocação entre os principais destinos no mundo. Em 2011, o montante chegou a US$ 96 bilhões.
O indicador é considerado como o melhor termômetro de "bom investimento", uma vez que os recursos vão para o capital produtivo (construção de fábricas, infraestrutura, empréstimos e fusões e aquisições).
Levantamento divulgado neste mês consultoria A.T.Kearney mostrou que o Brasil deixou o ranking dos 25 mais confiáveis para investimento estrangeiro. Foi a primeira vez que o país ficou fora da lista desde que o ranking foi desenvolvido, em 1998.
"Embora o Brasil seja uma economia emergente, a taxa de crescimento nos últimos 10 anos foi muito menor em relação ao que era projetado. Hoje, o foco no mundo inteiro está no retorno ao investidor. Então, a empresa acaba eventualmente preferindo absorver um prejuízo e encerrar suas atividades no país a correr o risco de uma perda ainda maior", afirma o economista Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV.
Menor apetite pelo Brasil
O ano de 2019 começou com a expectativa de maior fluxo de capital estrangeiro para o país, impulsionados pela mudança de governo e reforço da agenda de concessões e privatizações, mas a percepção dos analistas e economistas é que os investidores permanecem bem cautelosos em relação ao Brasil, à espera da aprovação de reformas e de uma sinalização mais clara de uma melhora das perspectivas para a economia brasileira.
Pelos dados do Banco Central, que utiliza uma metodologia diferente da ONU para mensurar esse fluxo de aportes, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 21,1 bilhões no 1º trimestre, praticamente o mesmo volume do mesmo período de 2018 (US$ 20,9 bilhões).
O professor de economia do Insper Otto Nogami afirma que, no Brasil, "o longo prazo é sempre difícil de ser avaliado", e que nos últimos meses houve uma piora das expectativas em relação ao ritmo de recuperação da economia diante das preocupações com a articulação política do governo Bolsonaro para a aprovação de reformas estruturais como a da Previdência no Congresso.
"Está tudo nebuloso. À medida em que se tem um cenário econômico complexo, com piora das expectativas, o investidor começa a ver que a recuperação da economia tende a vir só daqui 2, 3, 4 anos, o que pode comprometer toda uma estratégia que ele tinha em mente", avalia Nogami.
Participação de estrangeiros em compras de empresas no Brasil
Levantamento da consultoria PWC sobre fusões e aquisições de empresas no Brasil mostra que o apetite dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil permanece bem abaixo do registrado no período pré-recessão.
De um total de 228 operações de compras de controle ou de participação em empresas realizadas de janeiro a abril, apenas cerca de 30% (68 transações) foram lideradas por estrangeiros. Nos 4 primeiros meses de 2015, o número de aquisições feita por estrangeiros foi praticamente o dobro (126), com o capital internacional à frente de 53% dos negócios anunciados.
O indicador é um bom termômetro para o fluxo de investimento estrangeiro no país uma vez que a compra do controle ou participação de empresas já estabelecidas costuma ser a principal estratégia de entrada de grandes grupos em um outro país.
"Temos conversado com muitos fundos de investimento estrangeiros, e o que eles dizem é que têm planos de investimento no Brasil, mas aguardam algumas mudanças estruturais importantes, em particular, muito comentada, a reforma da Previdência", diz Leonardo Dell'Oso, sócio da PwC Brasil.
"A partir do momento em que o governo demonstrar um ajuste fiscal nas suas contas que possa trazer uma estabilidade econômica maior e também a criação de um marco regulatório mais robusto, o investimento certamente vai voltar a chover no Brasil", acrescenta.
Para Viktor Andrade, sócio da consultoria EY, afastadas as incertezas, o país tende a voltar a atrair um fluxo maior de investimentos. "O Brasil continua sendo opção na mesa dos investidores e tem se mantido um destino consistente dos fluxos globais, o que é surpreendente diante de todas dificuldades e da perda do grau de investimento do país. É um país grande, com instituições sólidas, e isso faz com que acaba se destacando frente a pares como Rússia e índia", afirma.
Entraves e desvantagens competitivas
Além do baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) nos últimos anos e das conhecidas desvantagens competitivas do Brasil (complexidade tributária, baixa produtividade e infraestrutura precária), há outros entraves que fazem com que o país seja considerado mais difícil e menos atrativo para o investidor estrangeiro.
"A complexidade da operação, com custo de produção muito alto e qualidade de mão de obra muito ruim comparativamente, acaba tirando a atratividade do mercado brasileiro apesar do contingente de consumidores. Por isso, quando se trata de alta tecnologia, muitas empresas preferem produzir lá fora e só distribuir aqui", afirma Nogami.
Os analistas destacam, entretanto, que em alguns casos o fracasso da operação decorre mais do erro de avaliação do investidor e da falta de um estudo mais aprofundado sobre o mercado brasileiro e diferenças regionais.
"O mercado brasileiro do ponto de vista de PIB é grande, mas sob a ótica do PIB per capita não é tão expressivo quanto parece. Quem olha de fora, se não fizer um estado detalhado, pode pensar que para o seu produto existe um gap de consumo que não necessariamente existe", afirma Teixeira.
"A empresa traça uma estratégia para vir para cá, acreditando em alguns casos ter uma proposta que é imbatível, mas não tem conhecimento de como a renda é distribuída dentro do país, não consegue entender a cultura e as diferenças entre as regiões", acrescenta.
G1
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