O mau tempo impediu que o ministro de Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se encontrasse com o presidente paraguaio, Mário Abdo Benítez, nesta segunda-feira, 3, para discutir ações conjuntas contra o narcotráfico na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Conforme sua assessoria, o presidente não conseguiu decolar da capital, Assunção, para o local do encontro, em Pedro Juan Caballero, que divide a fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã.
Pela mesma razão, a ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, cancelou a ida ao encontro. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que levava o ministro Moro também não conseguiu chegar ao aeroporto de Pedro Juan e aterrizou em Dourados, a cerca de 120 quilômetros.
O ministro decidiu fazer o percurso de carro, escoltado pela Polícia Federal. Ele foi recebido pelo ministro paraguaio Arnaldo Giuzzio e visitou a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
Moro acompanhou o desenvolvimento da Operação Nova Aliança, que teve início em 30 de maio, no lado paraguaio da fronteira, e reúne forças da Polícia Nacional do Paraguai e da Polícia Federal brasileira. Além da eliminação do cultivo de maconha e apreensão da droga, materiais usados na comercialização também serão apreendidos.
O ministro disse que a operação enfraquece o crime organizado. “Queremos intensificar as ações, agora com o interessa da Argentina em participar, prendendo os líderes das organizações, identificando e confiscando patrimônio, apreendendo drogas e erradicando plantações, como ocorreu agora”, afirmou.
Em entrevista coletiva, Moro disse que as ações de inteligência e investigação têm colaborado para o crescimento das apreensões. “Estamos investindo em operações que desmantelam as organizações criminosas”, ressaltou.
Conforme o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, o combate ao tráfico passa necessariamente pela ação no território do país vizinho. “Somos o corredor dessa grande produção e apenas apreender o que é transportado não resolve. Este ano, apenas nosso Departamento de Operações da Fronteira apreendeu mais de 47 toneladas de drogas.”
O diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, afirmou que a operação Nova Aliança comprova que as polícias brasileira e paraguaia podem atuar conjuntamente no combate ao crime organizado. “É de suma importância a operação, que se realiza há muitos anos com resultados positivos. Não existe outra forma de enfrentar a criminalidade transnacional se não atuarmos em conjunto.”
Em dois dias de operação, foram erradicados 61 hectares de plantação e incineradas 183 toneladas da droga. Estima-se que 80% da maconha produzida no Paraguai tenha o Brasil como destino.
Também foram destruídos cinco acampamentos e prensas usadas para preparar a droga. Nos últimos anos, organizações criminosas que atuam em presídios brasileiros, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), travam uma guerra pelo domínio do tráfico na fronteira.
Desde o início do ano passado, pelo menos 180 pessoas relacionadas com o tráfico foram assassinadas nos dois lados da fronteira. Numa das ações violentas mais recentes, seis pessoas foram mortas a tiros de fuzil, no último dia 22, em Pedro Juan Caballero – cinco paraguaios e um brasileiro. Conforme autoridades paraguaias, as duas facções já assumiram parte do controle das lavouras para verticalizar a produção da droga.
Estadão
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, defendeu na noite desta segunda-feira, 3, durante evento em São Paulo, a proposta de um pacto entre representantes dos três Poderes, como apresentado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro. Depois de rebater as críticas que tem recebido nos últimos dias, principalmente de integrantes do Judiciário, Toffoli afirmou que “também é uma função do STF ser moderador”.
A declaração foi feita durante a solenidade de posse da nova diretoria da Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Ajufesp). A presidência da entidade passou do juiz Bruno Lorencini para Otávio Martins Port. Na mesa do evento, estava presente também o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Marcelo Mendes, que divulgou uma nota na semana passada com críticas ao presidente do Supremo por apoiar o pacto entre os Poderes.
“Teve gente que até pensou que eu não vinha depois daquela nota que o Fernando soltou. O fato é que eu e o deputado Luiz Flávio (Gomes, do PSB-SP, presente no evento) subíamos no elevador e dizíamos que, depois desta pacificação, deste símbolo de pacificação, a Bolsa subiu, as relações no Congresso foram mais tranquilas. Porque é também uma função no País o Supremo Tribunal Federal ser moderador”, afirmou Toffoli durante seu discurso.
O ministro disse também que o STF tem como papel ser “mediador da sociedade e o árbitro destes grandes conflitos que ocorrem”. O presidente da Corte afirmou ainda que é preciso uma magistratura “forte, unida e independente” pela defesa da democracia.
O esboço do que foi intitulado Pacto pelo Brasil foi discutido na terça-feira passada durante café da manhã, no Palácio da Alvorada, entre o presidente Bolsonaro, Toffoli e os presidentes da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O documento deverá ser assinado em 10 de junho, quando o governo planeja realizar um grande ato no Palácio do Planalto. A data foi ratificada nesta segunda pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Críticas
A iniciativa de Bolsonaro – que considerou como base proposta anterior apresentada pelo próprio Toffoli – gerou críticas contra o presidente do Supremo e também no Congresso. No caso de Toffoli, o ataque mais forte partiu da Ajufe, para a qual pacto é “para atores políticos".
Em nota pública, os juízes federais lembram a Toffoli a necessidade de “independência” do Supremo e mandam um recado ao presidente da Corte. “Não se deve assumir publicamente compromissos com uma reforma de tal porte, em respeito à independência e resguardando a imparcialidade do Poder Judiciário, cabendo a realização de tais pactos, dentro de um estado democrático, apenas aos atores políticos dos Poderes Executivo e Legislativo”, diz o texto divulgado pela Ajufe na semana passada.
Com tom genérico, o texto preliminar do pacto fala em reforma da Previdência, modernização do sistema tributário, desburocratização administrativa, repactuação federativa e combate à corrupção. Bolsonaro disse não querer conflito na relação entre os Poderes e pediu união em torno de um cardápio de medidas para tirar o País do “fundo do poço”. O termo já foi usado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Fora do Planalto, Toffoli é o maior entusiasta da proposta. Maia disse que vai consultar deputados antes de assinar o documento. “Vou ver o que posso assinar”, disse o presidente da Câmara na semana passada. Na Casa, líderes demonstraram ceticismo. Alcolumbre, por sua vez, tem adotado um discurso protocolar sobre o entendimento.
Estadão
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Questionado na noite desta segunda-feira sobre as declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia , de que o Executivo não tem uma agenda formulada para o Brasil , o porta-voz do Palácio do Planalto declarou que o presidente Jair Bolsonaro tem "um planejamento bem definido" para desenvolver a economia e combater a corrupção, entre outros feitos. Segundo Otávio do Rêgo Barros, no entanto, Bolsonaro não comentou a fala de Maia.
O diagnóstico do deputado federal foi feito em entrevista ao GLOBO, publicada hoje. Para o parlamentar, o país está caminhando para o "colapso social". Ele voltou a insistir na necessidade da reforma da Previdência, mas alertou que só ela não resolve os problemas do Brasil.
— O presidente não comentou a afirmação do presidente da Câmara, porém, acredita que as diversas iniciativas que estão sendo desencadeadas pelos ministérios representam que o governo tem um planejamento bem definido de retomar o crescimento econômico, estimular o desenvolvimento nacional, combater a corrupção e os crimes violentos, além de resgatar valores e tradições da cultura nacional — declarou o porta-voz.
Na entrevista, Maia foi questionado se a relação com o presidente Bolsonaro melhorou ou vai ser de idas e vindas e respondeu que não sabe.
— Da minha parte é uma relação de diálogo, de construção de uma pauta que tire o Brasil do caminho que está indo, de um colapso social muito forte. Para onde a gente está indo não é bom. A gente precisa que cada um, com sua atribuição, colabore, principalmente Executivo e Legislativo, para construir pautas além da Previdência, para que a gente possa cuidar desses brasileiros que estão cada vez mais em uma situação que eu tenho chamado de colapso social. Estamos caminhando de forma muito rápida para esse colapso social.
O Globo
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O atacante Neymar foi intimado a prestar depoimento à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro para prestar esclarecimentos sobre a divulgação de conversas e imagens íntimas que seriam de uma mulher de 26 anos que o acusa de estupro.
A intimação foi entregue ao jogador nesta segunda-feira (3), na Granja Comary, onde está concentrado junto à Seleção Brasileira, que disputa amistoso contra o Catar na próxima quarta-feira (5), em Brasília.
O depoimento do jogador está previsto para a próxima semana na sede da delegacia especializada, na Zona Norte do Rio.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura se o jogador cometeu crime virtual ao divulgar conversas nas quais há imagens íntimas de uma mulher que o acusou, em São Paulo, de ter sido forçada a ter relações sexuais com ele. O suposto estupro teria sido cometido em Paris, no dia 15 de maio, mas a denúncia só foi feita no Brasil no último dia 31.
A divulgação feita por Neymar ocorreu após se tornar pública a denúncia de estupro. O jogador já estava concentrado na Granja Comary quando usou seu perfil em uma rede social para se defender da acusação feita pela mulher. Em um vídeo, ele afirmou que a relação foi consentida e mostrou conversas entre os dois.
"A partir de agora vou expor tudo, expor toda a conversa que eu tive com a menina, todos os nossos momentos, que é íntimo, mas é necessário abrir, é necessário expor pra provar que realmente não aconteceu nada demais (...) O que aconteceu em um dia foi uma relação entre homem e mulher dentro de quatro paredes, algo que acontece com todo casal, e no dia seguinte não aconteceu nada demais, a gente continuou trocando mensagem, ela me pediu uma lembrança pro filho e eu ia levar e, bom, agora fui pego de surpresa por causa disso", disse o jogador no vídeo que publicou.
Na parte da conversa que Neymar divulgou aparece apenas o primeiro nome da mulher. Nas fotos íntimas, o rosto dela foi borrado pelo próprio jogador.
O conteúdo divulgado por Neymar mostra que eles voltaram a conversar normalmente depois do dia apontado pela mulher como o do suposto estupro. Ambos marcam um segundo encontro amoroso. Ela diz que quer vê-lo e Neymar responde: “Claro que vamos transar de novo”. Em nenhum trecho aparece reclamação da mulher em relação ao jogador e ela insiste em revê-lo.
À polícia de São Paulo, a mulher contou que o estupro teria ocorrido num hotel em Paris, cidade em que Neymar mora, no dia 15 de maio. A vítima relatou à polícia que encontrou o atleta embriagado e que os dois trocaram carícias. Mas que, em determinado momento, o jogador ficou agressivo e a forçou uma relação sexual. Ela disse que ficou muito abalada e com medo de registrar o caso em outro país. Disse também que viajou a Paris com passagens e hospedagem pagas por Neymar.
Na sexta-feira, quinze dias depois do encontro, a mulher passou por exame de corpo de delito, em um hospital em São Paulo. A polícia aguarda o resultado e já juntou conversas entre os dois em redes sociais. A investigação também vai ouvir testemunhas e o próprio jogador.
O G1 entrou em contato com a assessoria do jogador, mas não obteve resposta até a publicação dessa reportagem.
Crime prevê pena de prisão
Neymar é investigado pela polícia fluminense por crime previsto no artigo 281-C do Código Penal diz o seguinte:
Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia.
O crime prevê pena de prisão de um a cinco anos, com aumento de até 2/3 da pena caso o crime seja praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação.
Como as imagens divulgadas por Neymar em seu Instagram foram editadas (algumas partes íntimas foram cobertas, assim como horários, datas e até nomes), o telefone celular do atacante terá de passar por uma perícia técnica.
G1
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O Ministério Público Federal ( MPF ) cobra na Justiça um total de R$ 4,1 bilhões do ex-governador Sérgio Cabral e outras 29 pessoas físicas e jurídicas por desvios nas obras do Maracanã, Metrô, Arco Metropolitano e PAC das Favelas. Alguns desses processos de improbidade correm em segredo de Justiça e têm entre os réus empresas como a Delta, a OAS, a Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa, além dos ex-secretários Wilson Carlos (Governo), Hudson Braga (Obras) e Régis Fichtner (Casa Civil).
A força-tarefa da Lava-Jato no Rio entrou com quatro ações, cada uma referente a uma obra. Ao todo, são réus 20 pessoas físicas e dez jurídicas que terão, em caso de condenação, que pagar juntos o total demandado pelo MPF. Como são processos na área cível, eles foram distribuídos a outros juízes e não serão julgados pelo juiz Marcelo Bretas, responsável por julgar os casos da Lava-Jato no Rio. O MPF excluiu da ação delatores e empresas que fizeram acordo de leniência.
O valor pedido pelos procuradores é maior do que os valores que foram bloqueados de investigados, repatriados do exterior ou pagos por delatores ao longo da Lava-Jato no Rio, que somam, juntos, R$ 2,7 bilhões. Desse montante, quase R$ 354 milhões voltaram aos cofres do estado e foram usados para pagar servidores, reformar escolas e adquirir peças para viaturas do Bope, entre outras destinações. O restante ainda está em conta judicial.
Cálculo dos valores
Para chegar ao cálculo do valor a ser cobrado, o MPF levou em consideração a propina paga ao grupo de Cabral e o lucro das construtoras que participaram das obras, informado pelo governo do estado. Juntos, esses valores formam o que os procuradores chamam de ilícito. Com base nisso, foi aplicada multa (três vezes o valor do ilícito) e ressarcimento por danos morais (duas vezes o valor do ilícito). Para se ter uma ideia, o valor cobrado pelo MPF do grupo é maior do que o orçamento para 2019 aprovados pelas Câmaras de Vereadores de cidades como Niterói (R$ 3,2 bilhões), na Região Metropolitana do Rio, e Duque de Caxias (R$ 3,8 bilhões), na Baixada Fluminense.
Esses quatro processos de improbidade se juntam às 29 ações criminais que Cabral responde na Justiça Federal. O emedebista está preso desde novembro de 2016 e já foi condenado a quase 200 anos de prisão em ações que incluem esquemas envolvendo essas obras. De acordo com as investigações, o ex-governador cobrava propina de 5% do valor dos contratos.
Depois de dois anos afirmando que apenas usava sobras de caixa dois em benefício pessoal, o emedebista passou a confessar, desde fevereiro deste ano, que recebia vantagens ilícitas de empresários. Ainda não houve sentença depois que Cabral adotou a postura de confessar os crimes, mas a defesa busca a redução das penas.
MPF: No metrô, a maior propina
De acordo com o MPF, o valor mais alto de propina pago ao grupo do ex-governador foi na obra da linha 4 do metrô: R$ 157,2 milhões. Essa foi a obra mais cara feita para os Jogos Olímpicos de 2016. O contrato de licitação original da obra previa investimentos de R$ 1,1 bilhão e, após quatro termos aditivos assinados (três deles na gestão de Cabral e uma na do sucessor, Luiz Fernando Pezão, também preso na Lava-Jato por envolvimento no esquema), passou para R$ 9,2 bilhões.
O Globo
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Celebrado nas manifestações pró-governo realizadas no último dia 26, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , deparou-se, na semana passada, com um paradoxo. Após ter conquistado o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e visto a Câmara aprovar sua devolução ao Ministério da Economia , ele acabou pedindo a senadores que não tentassem reverter a decisão.
Diante do apoio popular ao ministro, senadores cogitaram fazer a mudança ao votar a Medida Provisória (MP) 870. Nesse caso, o texto teria que voltar à Câmara e a MP corria o risco de perder a validade, devido ao esgotamento do prazo para a sua votação. Com isso, a reforma administrativa feita no governo Bolsonaro iria por terra.
Mesmo senadores que apoiam Moro reconhecem que seu recuo no caso do Coaf mostrou uma curva de aprendizado na arte da política. Dizem também que, agora, ele se mostra parte de um governo e tem aprendido que não pode agir sozinho.
É o caso de Marcos Rogério (DEM-RO), que afirma que os protestos fortaleceram o ministro, mas que isso não o exime de fazer política.
— Agora, ele é parte do governo, é parte do corpo ministerial. O ministro tinha a intenção de trazer para o Ministério da Justiça o Coaf. Mas ele, ao longo desse processo, acabou conhecendo mais da política. Na política, uma hora você ganha, uma hora você perde. Depende do ambiente, depende do momento — avalia o senador.
Para o senador Alessandro Vieira (PPS-SE), Moro está se adequando a uma nova realidade em que, apesar de dispor da simpatia das ruas, tem menos autonomia no Executivo do que tinha como juiz.
— O ministro Moro está começando a ver como é difícil trabalhar no Executivo. Um magistrado tem garantias e uma autonomia que integrantes do Executivo não têm. Ele é obrigado a compor com uma equipe.
Apoio nos protestos
Para o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-Rio, o fato de Moro ter apoiado os protestos de 26 de maio — definidos por ele como uma “festa da democracia”— marcam um novo momento para seu papel no governo.
— É a indicação de que ele entrou no governo para ficar, não para passar um tempo e ir embora. Ele não é mais juiz, é ministro de Estado, faz parte de um governo — disse Ismael.
Auxiliares de Moro acreditam que as manifestações terão impacto positivo na tramitação do pacote anticrime e de outras propostas de interesse da pasta. A avaliação interna é a de que a voz das ruas teve forte impacto na votação da reforma administrativa no Senado.
— O ministro não pediu apoio de ninguém (no Senado). Quando viu que a proposta já estava derrotada na Câmara, entendeu que era fato consumado. Mesmo assim, alguns senadores trabalharam muito pela aprovação da medida. Claro que isso aconteceu por causa das manifestações — disse um interlocutor próximo ao ministro.
A expectativa é que o efeito se repita no andamento do pacote anticrime, a mais alta aposta do ministro nestes primeiros cinco meses de governo. Segundo um assessor, no entanto, as manifestações favoráveis não mudam a rotina do ministro ou da pasta. Um deles lembra que Moro conta com respaldo popular em grandes protestos de rua desde o segundo ano da Operação Lava-Jato, o que fortalece o apoio à agenda do ministério.
A última pesquisa Datafolha, de abril, mostra Moro com aprovação superior à do presidente da República: 59% avaliaram a gestão do ministro como boa ou ótima. No caso de Bolsonaro, esse porcentual foi de 32%.
A voz das redes seguiu a mesma direção. Segundo o programa de análise de dados TalkWalker, as menções ao ministro Moro tiveram um pico durante os protestos — 65% delas eram positivas. No caso de Bolsonaro, não houve aumento significativo de menções — e apenas 23% eram positivas.
O Globo
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira (3) que, se a medida provisória (MP) que trata das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não for aprovada, haverá “dificuldade” para tirar da reforma da Previdência a questão da aposentadoria dos trabalhadores rurais.
A MP, que passou pela Câmara na semana passada, corre o risco de perder a validade se não for votada e aprovada pelo Senado até esta segunda-feira, prazo final da sua vigência.
“Essa medida provisória é fundamental. Ela que nos dá tranquilidade para tirar da PEC [proposta de emenda à Constituição] da Previdência a aposentadoria rural. Se não aprovar essa medida provisória, fica com dificuldade de tirar a aposentadoria rural da reforma previdenciária”, afirmou Maia ao chegar à Câmara.
Editada pelo governo Bolsonaro, a MP alterou as regras de concessão dos benefícios previdenciários, incluindo a aposentadoria rural, com o objetivo de combater fraudes. A medida também impôs a revisão de benefícios pagos atualmente pelo INSS.
Nos cálculos da equipe econômica, se aprovado, o texto poderá trazer uma economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões em 12 meses.
Paralelamente, a reforma da Previdência, em tramitação na Câmara, também prevê mudanças que endurecem as regras para a obtenção das aposentadorias rurais, com aumento da idade mínima e do tempo de contribuição para o regime. A meta é diminuir o déficit causado pelos rurais na Previdência Social.
No entanto, diversos partidos já se posicionaram contra esse ponto da proposta enviada pelo governo e a retirada desse item tem amplo apoio no Congresso por considerarem as mudanças muito duras. Com isso, ficariam mantidas as regras atuais para os aposentados rurais.
Para Maia, a MP, ao combater as fraudes na concessão das aposentadorias rural, irá corrigir a distorção de haver um número de aposentadorias maior do que a quantidade de habitantes no campo, compensando a retirada dessa parte da PEC.
“Ela [MP] é que vai quebrar um elo que, do nosso ponto de vista e, principalmente, dos técnicos, tem atrapalhado. Hoje, do regime geral, a aposentadoria rural representa 35% das despesas. E o aposentado no campo não representa, em tese, 10% dos habitantes no campo. Então, há uma distorção que os técnicos da Previdência entendem que essa medida provisória pode resolver”, afirmou Maia.
O presidente da Câmara disse ainda que, com a aprovação da MP, a questão da aposentadoria rural seria resolvida sem tirar “direito de ninguém” ou “prejudicando o verdadeiro produtor rural, mas organizando a contabilidade, os números, a prestação de contas dos aposentados rurais, através do INSS”.
G1
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O secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho, afirmou nesta segunda-feira (3) que o governo está confiante na aprovação da medida provisória que estabelece o programa de combate a fraudes no INSS.
A MP, que perde a validade nesta segunda-feira, altera regras de concessão dos benefícios, entre os quais auxílio-reclusão, pensão por morte e aposentadoria rural. Prevê, ainda, a revisão de benefícios pagos atualmente pelo INSS.
Após reunião com o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Marinho afirmou que não é preciso plano B. "Não precisa [de plano B]. Tenho certeza que o Senado vai aprovar a medida", disse.
Ele afirmou que se reunirá com senadores na tarde desta segunda-feira para tirar qualquer dúvida sobre a MP. "Essa medida provisória é importante para o país, mas pela complexidade do tema isso certamente suscita algumas dúvidas", disse.
Nos cálculos do governo, se aprovado, o texto da MP poderá trazer uma economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões em 12 meses. O secretário Marinho tem dito que a economia ainda vai crescer nos anos seguintes, mas sem fazer uma previsão exata do montante.
O líder do governo no Senado afirmou que espera ter pelo menos 60 senadores no plenário por volta de 17h30 para a votação. "Estamos confiantes sim de que teremos quórum. Esperamos ter, por volta de 17h, 17h30, 60 senadores no plenário do Senado", disse.
O senador disse que passou o fim de semana falando com líderes e que o retorno foi positivo, por isso confia na aprovação da MP.
Reforma da Previdência
Sobre a reforma da Previdência, Marinho afirmou que o governo vai continuar defendendo a inclusão de estados e municípios no texto, mas que o relator da proposta, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), tem autonomia para apresentar o relatório que ele achar mais adequado.
“O governo defende a inclusão por entender que o problema não é só do governo federal, mas também de estados e municípios. Mas vamos aguardar a decisão do relator”, disse.
Em entrevista à rádio CBN na manhã desta segunda-feira (3), o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que os governadores deveriam vir à Brasília nesta semana e pressionar os deputados para que os estados não sejam excluídos da reforma da Previdência.
"Eu acho assim: qualquer governador deveria estar nesta semana em Brasília pressionando, conversando, dialogando, mostrando a importância deles ficarem na reforma da Previdência. Isso vale pera qualquer governador do Brasil, seja do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte, ou do Nordeste", declarou Mansueto.
G1
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A venda de veículos novos subiu 21,6% em maio, informou a associação das concessionárias, a Fenabrave, nesta segunda-feira (3).
Foram emplacados 245.466 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no período, contra 201.864 unidades no mesmo mês de 2018.
O desempenho mensal foi o melhor de 2019 até agora. Comparado a abril, quando 231.939 emplacamentos foram registrados, a alta foi de 5,83%.
No acumulado do ano, o setor tem 1.084.975 unidades vendidas, o que representa uma alta de 12,47%. No mesmo período do ano passado, o total de 964.664 veículos haviam sido emplacados até maio.
Marcas e modelos
Entre as fabricantes, a Renault se destacou, ocupando a quarta colocação entre as fabricantes, com 8,83% de participação no acumulado.
Ela deixou para trás Ford (8,34%), Toyota (8,29%) e Hyundai (8,01%). Considerando o número de unidades, as quatro fabricantes estão separadas por menos de 10 mil veículos.
Entre os modelos, mais uma vez o Chevrolet Onix conseguiu vender mais do que segundo e terceiro colocados, juntos.
O hatch da Chevrolet emplacou 22.279 exemplares, contra 10.111 Hyundai HB20 e 9.484 Ford Ka. Completam o "top 10", Renault Kwid (8.661), Volkswagen Gol (8.317), Chevrolet Prisma (7.509), Fiat Strada (7.136), Volkswagen Polo (6.199), Fiat Toro (5.853) e Jeep Renegade (5.754).
Em seu primeiro mês cheio de vendas, o Volkswagen T-Cross emplacou mais de 3 mil unidades. Com isso, ele superou o Ford EcoSport, e foi o 5º SUV compacto mais vendido, atrás de Renegade, Kicks, HR-V e Creta.
G1
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O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vai ofertar 59.028 vagas em 76 instituições públicas de ensino em todo o país no segundo semestre deste ano. As inscrições começam amanhã (4) e podem ser feitas até sexta-feira (7), na página do programa.
O número de vagas aumentou em relação ao ano passado, quando foram ofertadas, no segundo semestre, 57.271. O número de instituições participantes também cresceu, eram 68. Nesta edição, de acordo com o Ministério da Educação, estão disponíveis 64 cursos a mais para os candidatos.
Os estados com mais vagas são Rio de Janeiro, com 12.937, Minas Gerais, com 8.479, Bahia, com 6.745, e Paraíba, com 5.990.
O resultado da chamada regular será divulgado no dia 10 de junho. As matrículas devem ser realizadas de 12 a 17 de junho. O prazo para aderir à lista de espera é 11 a 17 de junho.
Podem participar do Sisu os estudantes que fizeram prova do Exame Nacional do Ensino Médio em 2018 e obtiveram nota na redação acima de zero.
Agencia Brasil
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