Novembro 24, 2024
Arimatea

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O dólar opera em queda nesta terça-feira (4), com investidores na expectativa pela fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que pode oferecer alguma sinalização sobre corte de juros nos Estados Unidos, e monitorando avanços na agenda econômica interna.

Às 14h43, a moeda norte-americana caía 0,59%, vendida a R$ 3,8644. Na mínima, atingiu R$ 3,8558, e na máxima, R$ 3,8891.

Na véspera, a moeda norte-americana encerrou o dia em baixa de 0,95%, vendida a R$ 3,8873. Foi a menor cotação desde 15 de abril, quando a moeda fechou a R$ 3,8686.

Juros nos EUA
A cena doméstica fica em segundo plano, destaca a Reuters, com investidores aguardando uma fala de Powell, em meio a recentes declarações de outras autoridades monetárias de que chegou o momento de se cortar juros nos EUA.

Na véspera, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, disse que um corte de juros nos EUA "pode ser justificado em breve" devido ao aumento do risco de crescimento econômico e à fraca inflação nos EUA.

Após os comentários de Bullard na segunda-feira, os juros futuros dos EUA mostravam que operadores veem quase 98% de chances de o Fed cortar os juros em dezembro, ante 97% pouco antes dos comentários do presidente do Fed de St. Louis.

"O pessoal quer ouvir o Powell falar para ver se ele está alinhado com discursos de outros membros do Fomc. Se ele falar que tem pensado nisso (corte de juros), muita coisa vai mudar", afirmou o sócio-fundador do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

Segundo ele, uma sinalização nesse sentido ajudaria a valorizar o real, uma vez que moedas emergentes são beneficiadas por cortes de juros norte-americanos.

Cenário local
No plano interno, Laatus avalia à Reuters que houve uma expressiva melhora no sentimento com a aprovação de medidas importantes no Congresso, como a da MP 871, que combate fraudes no INSS, no Senado na segunda-feira.

Guedes participará de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que tem como pauta os impactos econômicos e financeiros da reforma da Previdência.

Sobre a reforma da Previdência, mais notadamente, o relator na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou na segunda-feira que deve apresentar seu parecer sobre a proposta entre a quinta-feira desta semana e a próxima segunda-feira.

O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.

G1
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A produção industrial brasileira registrou em abril uma alta de 0,3%, na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo divulgou nesta terça-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do crescimento, o avanço foi insuficiente para recuperar a perda de 1,4% de março. Nos 4 primeiros meses de 2019, o setor industrial passou a acumular uma queda de 2,7% frente ao mesmo período de 2018.

Na comparação com abril do ano passado, a produção da indústria caiu 3,9%.

Trata-se do pior resultado para um mês de abril desde 2017, quando a indústria registrou alta de 0,2% ante março e queda de 4,5% ante o mesmo mês do ano anterior.

O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, reforçando a leitura de estagnação da economia. A mediana das estimativas de 21 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data apontava para um avanço de 0,7% da indústria na passagem de março para abril.

A perda de ritmo do setor fica mais evidente na análise do resultado acumulado em 12 meses, que passou de -0,1% em março para -1,1% em abril, permanecendo na trajetória descendente iniciada em julho de 2018.

"Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 17,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011", informou o IBGE.

Setor extrativo tem queda de 9,7%, o 4º recuo mensal seguido
Mais uma vez, a produção geral do país foi fortemente impactada pelo desempenho das indústrias extrativas (-9,7%), que registrou o quarto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período uma queda de 25,7%, na esteira dos desdobramentos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) na produção da mineradora. Em relação a abril de 2018, o recuo foi de 24%.

“Há um efeito de queda em sequência do setor por conta de Brumadinho, e isso vem trazendo impactos negativos na indústria como um todo”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo. Segundo ele, o crescimento na indústria geral seria de 1,2% se o setor extrativo não fosse considerado na pesquisa.

A produção do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis também caiu em abril (-2,0%), no segundo recuo seguido, acumulando perda de 5% em dois meses.

Segundo o IBGE, 20 das 26 atividades econômicas pesquisadas registraram expansão em abril, na comparação com março. Os principais destaques positivos foram registrados por veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, o destaque foi a produção de bens de consumo duráveis (3,4%). Bens de capital e bens de consumo semi e não-duráveis assinalaram crescimentos de 2,9% e 2,6%, respectivamente. Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários teve queda de 1,4% e marcou o quarto recuo seguido, acumulando uma redução de 4,2% no período.

“O sobe e desce da indústria se deve a uma indústria que não tem uma recuperação consistente. Ainda temos demanda doméstica longe de ser boa, com muita gente fora do mercado de trabalho, exportações perdendo fôlego, nível de confiança de empresas e famílias também fragilizados. Isso ajuda entender uma produção volátil”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.

Economia estagnada
A indústria foi o setor com o pior desempenho no 1º trimestre sob a ótica da oferta, puxando a queda do PIB (Produto Interno Bruto), que recuou 0,2% na comparação com o 4º trimestre, a primeira retração da economia desde 2016.

A atividade da indústria teve queda de 0,7% no 1º trimestre, impactada principalmente pelo recuo de 6,3% da indústria extrativa, refletindo os desdobramentos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). O setor também tem sido afetado pela desaceleração do comércio global e pela crise econômica da Argentina, que é um importante importador de produtos manufaturados do Brasil.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) voltou a cair em maio, retornando ao patamar de março e ao nível mais baixo do ano.

De acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central, o mercado reduziu a projeção de alta do PIB em 2019 de 1,23% para 1,13%. Foi a 14ª queda consecutiva do indicador. Para a produção industrial, a previsão ainda é de um resultado um pouco melhor do que o PIB geral, de alta de 1,49% no ano.

G1
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Um homem foi preso na segunda-feira (3) suspeito de estuprar a filha, de 10 anos, em Esperança, no Agreste da Paraíba. De acordo com o delegado seccional da Polícia Civil, Danilo Orengo, responsável pelo caso, os abusos aconteciam desde que a menina tinha 4 anos.

Segundo o delegado, o suspeito, de 32 anos, foi preso próximo à casa dele, após mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. As investigações da Polícia Civil começaram após a menina relatar ao Conselho Tutelar da cidade os abusos que sofria pelo pai.

“Esse é um crime bárbaro. Após as investigações da polícia, foi constatado que a criança estava sendo abusada sexualmente pelo pai desde os 4 anos. Hoje a menina tem 10 anos e consequentemente, diante da situação, a Polícia Civil deu cumprimento ao mandado de prisão pelo crime de estupro de vulnerável”, explicou Danilo Orengo.

Conforme o delegado, a mãe da menina mora no Rio de Janeiro. A criança vive com os avós maternos. O pai tinha direito de visitar a filha uma vez por mês. “O Conselho Tutelar veio até mim com a criança e a menina me relatou os abusos. Ela me pediu que não deixasse mais o pai visitá-la porque ele abusava dela desde os 4 anos”, relatou.

Suspeito foi agredido dentro da cadeia
Ao ser preso, o homem foi encaminhado para a Cadeia Pública de Esperança. Ainda de acordo com o delegado, ao dar entrada na cadeia, o suspeito foi agredido por dois detentos, na madrugada desta terça-feira (4). “Assim que ele entrou na cadeia, ele foi agredido. Se ele ficasse lá iriam matá-lo. Então o jeito foi transferir pra um presídio de Campina Grande”, contou Danilo Orengo.

Antes de ser transferido para a Penitenciária Raimundo Asfora (Serrotão), o suspeito foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde foi atendido e, em seguida, liberado.

Ainda na manhã desta terça, o delegado informou que o homem passou por audiência de custódia e que agora permanece no presídio à disposição da Justiça. A menina, de 10 anos, está sendo acompanhada por psicólogos do Conselho Tutelar de Esperança.

G1 PB
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O vigilante de uma farmácia foi morto a tiros na noite desta segunda-feira (3), no município de Santa Rita, na Grande João Pessoa. O homem, identificado como Carlos Alberto Menezes de Coelho Júnior, de 36 anos, era filho de um policial.

O crime aconteceu em uma área comercial no bairro Alto das Populares Segundo a Polícia Civil, as primeiras investigações dão conta que o crime se tratou de uma execução.

Ainda conforme a Polícia Civil, as relações interpessoais da vítima serão investigadas. A perícia identificou que houve cinco disparos, sendo dois na cabeça. Também esclareceu que a vítima estava parada no momento dos disparos e que houve reação nem tentativa de fuga. Até as 6h15 desta terça-feira (4), nenhum suspeito havia sido localizado.

G1 PB
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Uma família foi feita refém na noite desta segunda-feira (3), durante um assalto em uma chácara no sítio Cachitu, no município do Conde, Litoral Sul da Paraíba. De acordo com informações da polícia militar, três homens armados participaram da ação.

Com os rostos cobertos, os suspeitos renderam e colocaram a família trancada em um dos quartos da chácara. Além disso, eles amarraram o caseiro do local e o deixaram fora da casa.

Os suspeitos conseguiram roubar uma quantia em dinheiro, cujo valor não foi divulgado pela PM, três celulares e um relógio. As vítimas não souberam repassar informações sobre o veículo utilizado pelos suspeitos. Até as 5h54 desta terça-feira (4), nenhum dos homens suspeitos do assalto foi localizado.

G1 PB
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O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, hoje (4), uma resolução para fomentar a livre concorrência na atividade de abastecimento de combustível no Brasil, por meio do estímulo à entrada de novos agentes econômicos. A ideia é, por meio de mais espaço para empresas concorrentes, estimular mais investimentos e, em consequência, empregos no país.

A fim de viabilizar esse processo, o conselho definiu um prazo de 180 dias para que algumas metas sejam cumpridas por autoridades do setor. “Ao Ministério da Economia caberá avaliar a implementação da monofasia tributária para a livre concorrência”, disse, por meio de nota o CNPE, após a reunião de hoje (4), no Ministério de Minas e Energia.

Também conhecida por tributação concentrada, a tributação monofásica é um mecanismo similar à substituição tributária, no sentido de atribuir a um determinado contribuinte a responsabilidade pelo tributo de toda uma cadeia de produto ou serviço.

Quanto à venda direta de etanol, segundo o CNPE, é necessário, antes, a aprovação de uma lei que estabeleça a monofasia tributária federal.

Ainda segundo a resolução aprovada hoje, caberá ao Ministério de Minas e Energia preparar estudos sobre modelos de negócios e arranjos societários entre agentes regulados, de forma a subsidiar a formulação de medidas voltadas para a ampliação da competitividade do setor, bem como a articulação, junto aos órgãos pertinentes, visando o combate à sonegação e à adulteração de combustíveis, práticas que, segundo o CNPE, distorcem a concorrência no setor.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ficará encarregada de concluir os processos de tomada pública de contribuição sobre as atividades de distribuição e de revenda de combustíveis no país.

Foi dado à ANP o prazo até 240 dias para avaliar outros temas atinentes ao abastecimento de combustíveis que, por ventura, não tenham sido mencionados na tomada pública de contribuição.

Agência Brasil
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O Senado aprovou na segunda-feira (3) a Medida Provisória 871, que prevê pente-fino nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entretanto, mesmo que seja sancionada pelo presidente, a revisão dos benefícios ainda depende de recursos que só serão liberados com alteração no Orçamento. Essa previsão orçamentária depende ainda de aprovação do Congresso.

O governo trabalha em duas frentes para combater as fraudes nos pagamentos dos benefícios: uma analisa os benefícios que tenham indícios de irregularidade, como pensão por morte e auxílio-reclusão, e outra revisa benefícios por incapacidade que não passam por perícia há mais de 6 meses, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

Além disso, a MP 871 estabelece novas regras nas concessões de alguns benefícios como aposentadoria rural, auxílio-reclusão e salário-maternidade. Nesse caso, as mudanças não dependem de verba extra e já valem a partir da sanção do presidente (veja ao final da reportagem abaixo as principais mudanças da MP).

Como será o pente-fino
As análises dos benefícios serão feitas dentro de dois programas criados pela MP.

1) Programa Especial para Análise de Benefícios

O Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade terá o Grupo de Trabalho para Acompanhamento e Avaliação, que fará o levantamento de benefícios irregulares e determinar a prioridade nas análises.

O objetivo é analisar, até o fim de 2020, suspeitas de irregularidades, além de gastos desnecessários e indevidos na concessão de benefícios. O programa poderá ser prorrogado até 2022.

Entre outros pontos, o Programa Especial considera como irregularidade:

  • acúmulo de benefícios, desde que indicado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU);
  • pagamento indevido de benefício identificado pelo TCU e pela CGU;
  • processos identificados pela Força-Tarefa Previdenciária, composta pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Polícia Federal (PF) e pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia;
  • suspeita de óbito do beneficiário;
  • Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago com indícios de irregularidade, desde que identificados em auditorias do TCU e da CGU;
  • processos identificados como irregulares pelo INSS, devidamente motivados;
  • benefícios pagos em valores superiores ao teto previdenciário adotado pelo Regime Geral de Previdência Social.

2) Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade

Haverá ainda o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade, que também tem duração até o fim de 2020, podendo ser prorrogado até 2022.

O foco do programa são os benefícios por incapacidade pagos sem realização de perícia há mais de 6 meses.

No governo Temer, foi feita fiscalização no auxílio-doença e na aposentadoria por invalidez. Em dois anos, o pente-fino cancelou 80% dos benefícios de auxílio doença revisados e 30% das aposentadorias por invalidez.

O Programa de Revisão considera como irregularidade:

  • benefícios por incapacidade mantidos sem perícia pelo INSS por período superior a seis meses e que não tenham data prevista de encerramento ou indicação de reabilitação profissional;
  • outros benefícios de natureza previdenciária, assistencial, trabalhista ou tributária.

Quem fará o pente fino
Em abril, o Ministério da Economia informou que, ao todo, 11.038 analistas e técnicos do INSS se inscreveram para fazer a análise de benefícios. Eles receberão o bônus de desempenho de R$ 57,50 por processo concluído dentro do Programa Especial. Os treinamentos já estão acontecendo de forma presencial em etapas regionalizadas nas cinco regionais do INSS no país.

Haverá ainda peritos trabalhando, que terão bônus de desempenho no valor de R$ 61,72 por perícia extraordinária realizada em benefícios por incapacidade.

O G1 questionou novamente o INSS e o Ministério da Economia sobre o total efetivo de funcionários que trabalharão nos dois programas e aguarda resposta.

Falta orçamento para pente-fino funcionar
Mesmo com a aprovação da MP pela Câmara e pelo Senado, o governo não pode colocar o pente-fino em prática imediatamente porque precisa de dinheiro para pagar os bônus para os funcionários que participarão das análises dos benefícios. Essa verba está dentro de um projeto que o Congresso precisa aprovar que autoriza gastos extras para o governo, o chamado crédito suplementar. O INSS não informou se poderá remanejar recursos de outras áreas para destravar o pente-fino.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse na semana passada que o governo terá problemas e estará em uma situação "difícil" se o Congresso Nacional não aprovar o projeto em até 15 dias.

A aprovação do projeto é necessária para a chamada "regra de ouro" não ser desrespeitada. Trata-se de uma norma constitucional que admite o endividamento do governo somente para fazer investimentos, e não para gastos correntes como despesas de ministérios e pagamentos de salários de servidores.

Mesmo com a necessidade de gasto para fazer o pente-fino funcionar - a previsão do governo é gastar R$ 339 milhões em 2019 e 2020 para colocar em prática o trabalho de revisão dos benefícios -, o governo trabalha com a expectativa de economizar R$ 10 bilhões nos primeiros 12 meses com o cancelamento dos pagamentos e maior rigor na concessão do governo. O objetivo é revisar 6,4 milhões de benefícios já no primeiro ano.

Entenda o que muda para quem recebe benefícios
Benefícios por incapacidade

Os aposentados por invalidez e beneficiários de auxílio-doença que não passam por perícia há mais de 6 meses serão convocados para uma nova avaliação. Isso não quer dizer que o benefício será cancelado, e sim que deverá ser feita nova perícia para constatar se ainda se encontra incapaz para o trabalho.

No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), quando o benefício é destinado a pessoas com deficiência, o prazo será de 2 anos sem perícia realizada.

De acordo com o advogado previdenciário João Badari, sócio do Aith, Badari e Luchin Advogados, caso seja constatada irregularidade, o prazo de apresentação de defesa é de 30 dias para o segurado urbano e de 60 dias para o trabalhador rural. Se não houver defesa no prazo ou se ela for considerada insuficiente, o benefício será suspenso, cabendo recurso da suspensão em 30 dias.

Com a MP, continua isento de fazer nova perícia o aposentado com mais de 60 anos, mas passa a ser obrigatória a quem tem mais de 55 anos e 15 anos de trabalho.

Auxílio-reclusão

Será devido apenas em caso de recolhimento do segurado no regime fechado do cumprimento da pena, e não mais o regime semiaberto.

Antes da MP era apurado como limite de renda para o recebimento do auxílio-reclusão o valor do último salário do segurado que foi preso. Agora serão considerados os 12 últimos salários para enquadrar como baixa renda.

Reclusos não terão mais direito a receber pensão por morte nem salário-maternidade. Além disso, quem recebia o auxílio-doença terá o benefício suspenso por 60 dias e, se continuar preso após esse período, o benefício será cancelado.

Carência maior para receber benefícios

Para ter direito ao auxílio-reclusão, o segurado preso terá direito ao benefício se contribuir por 24 meses. A carência para quem recebe auxílio-doença é de 12 meses. Já a do salário-maternidade será de 10 mensalidades.

Quem perde a qualidade de segurado tem que voltar a contribuir com metade das contribuições exigidas para voltar a ter direito aos benefícios do INSS. Exemplo: se o auxílio-doença tem prazo de carência de 12 meses, será preciso contribuir por 6 meses.

Pensão por morte

A MP estabelece que terão direito à pensão por morte os dependentes do segurado que faleceu, sendo ele aposentado ou não. O benefício pode ser solicitado para filhos menores de 16 anos em até 180 dias após a morte, e, para outros dependentes, em até 90 dias.

União estável

A prova de união estável e de dependência econômica exige prova material dos fatos, não sendo admitida apenas provas testemunhais.

Atividade rural

A declaração de sindicatos rurais não será mais válida para comprovar o tempo de trabalho rural. A MP estabelece que deverá ser feita uma autodeclaração ratificada por órgão público ou entidade credenciada. E, a partir de 2023, o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) validará o tempo de serviço. Ou seja, o trabalhador terá de estar inscrito no sistema.

O CNIS já existe e contém todos os vínculos trabalhistas e previdenciários do segurado. No cadastro, é possível encontrar informações como nome do empregador, período trabalhado e remuneração recebida, além das contribuições realizadas em Guia da Previdência Social (GPS).

Auxílio-acidente

Quem recebe auxílio-acidente deve contribuir ao INSS para manter seus direitos previdenciários.

Violência doméstica

Agressor terá que ressarcir despesas da Previdência Social com vítimas de violência doméstica.

Em caso de parentesco ou vínculo com a vítima, a pessoa perderá direito à pensão por morte se for condenada como autora, coautora ou participante de homicídio doloso ou tentativa de homicídio.

Ressarcimento

As empresas terão de ressarcir as despesas da Previdência Social com trabalhadores acidentados ou doentes se houver negligência às normas de segurança.

G1
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Três inquéritos foram abertos pelo Ministério Público Federal na Paraíba para investigar irregularidades em licitações e contratos firmados pelas prefeituras de Santana de Mangueira, Monteiro e Sumé. As investigações iniciada anteriormente foram transformadas em inquérito civil e publicadas no Diário Eletrônico do MPF desta terça-feira (4).

O G1 entrou em contato com a três prefeituras, mas até a publicação desta reportagem, nenhuma resposta havia sido enviada a respeito dos inquéritos instaurados pelo Ministério Público Federal.

Na cidade de Santana de Mangueira, a 482 km de João Pessoa, o MPF investiga um contrato de R$ 180 mil firmado em dezembro de 2017 para compra de medicamentos e materiais necessários para funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. A investigação é encabeçada pelo procurador Anderson Danillo Pereira Lima.

No caso da prefeitura de Monteiro, cidade localizada a 305 km de João Pessoa, o alvo da investigação é um convênio firmado entre o executivo município e o Ministério do Turismo em 2008. O convênio nº 962/2008 (Siafi 629845) havia sido firmado para realização da festa de emancipação política de Monteiro, com execução de shows artísticos, no valor total de R$ 105 mil.

Desse valor, R$ 5 mil era a contrapartida da prefeitura, que supostamente não cumpriu com o acordo, segundo relatório do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), mas utilizou o dinheiro repassado pelo governo federal. A investigação está sob responsabilidade da procuradora Janaína Andrade de Sousa.

Por fim, na prefeitura de Sumé, um inquérito foi instaurado para apurar possíveis irregularidades na execução do processo de licitação nº 02/2017, na modalidade tomada de preços. Janaína Andrade de Sousa também está à frente do inquérito na cidade de Sumé.

G1 PB
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Duas agências dos Correios terão serviços encerrados em João Pessoa no dia 5 de julho, de acordo com a assessoria do órgão, na Paraíba. Em todo o país, 161 agências também serão fechadas até o dia 5 de julho. Os motivos são "readequação da rede de atendimento e da força de trabalho".

Em João Pessoa, será fechada a agências que fica localizada na avenida Monteiro da Franca, no bairro de Manaíra. A agência sede, que fica na praça Pedro Américo, no Centro de João Pessoa, um guichê terá o seu funcionamento encerrado.

De acordo com o superintendente estadual dos Correios na Paraíba, Alfredo Fernandes, a despesa com o aluguel do prédio foi um dos motivos para o fechamento. "Estamos reduzindo as despesa com a locação do prédio e estamos disponibilizando quatro outras agências que podem e devem atender muito o público que antes era da avenida Monteiro da Franca", ressaltou.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba, Tony Sérgio, no entanto, disse que o fechamento e o encerramento dos serviços vão causar impacto. "O problema para população vai ser que vai ter um acesso de serviço mais distante, além das questões que estão inseridas no projeto da privatização dos Correios", disse.

G1 PB
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As capacidades dos principais açudes paraibanos foram atualizadas pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e Agência Nacional das Águas (ANA). O trabalho em conjunto utilizou tecnologia avançada com medições a laser e revelou que dos nove reservatórios avaliados, seis comportam mais água do que apontavam os cálculos anteriores.

O açude Coremas, localizado na cidade de mesmo nome, comporta 744 milhões de metros cúbicos, 25,77% acima do registrado no sistema de medição anterior. Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, comporta 293 milhões, 15,14% a mais que o esperado. No açude do município de Santa Inês, o ganho foi de 13,67 %.

A atualização das chamadas CAV’s (sigla para cota, área e volume) também revelou que o reservatório Epitácio Pessoa, em Boqueirão, é capaz de reter 466 milhões de metros cúbicos. Um volume de água 13,32% maior que o registrado no antigo sistema de medição. Nos açudes Jatobá II e Lagoa do Arroz, as diferenças também foram positivas: 11,43% e 0,21, respectivamente.

A maior divergência apontada pela atualização ocorreu no reservatório de Pilões. Localizado no município de São João do Rio do Peixe, o açude tem 39,32% menos capacidade do que o esperado: 7,8 milhões de metros cúbicos. Em Sousa, o São Gonçalo comporta 40 milhões de metros cúbicos, uma diferença negativa de 9%. Mãe d’Água, em Coremas, suporta 545 milhões de metros cúbicos, ou seja, menos 4,05%.

Secom-PB
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