Novembro 26, 2024
Arimatea

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O consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos de frutas adoçados artificialmente, está vinculado a um risco maior de desenvolvimento de certos tipos de câncer, advertiram cientistas em um estudo publicado nesta quinta-feira (11). O estudo foi conduzido por pesquisadores franceses e divulgado em artigo da revista médica BMJ.

A equipe de pesquisadores na França quis avaliar as associações entre o consumo de bebidas açucaradas e os riscos de câncer em geral, assim como alguns tipos específicos de tumores malignos, como de mama, próstata e intestino.

Eles pesquisaram mais de cem mil adultos, com idade média de 42 anos, sendo 79% mulheres.

Os participantes, que foram acompanhados por um período máximo de nove anos, preencheram pelo menos dois questionários sobre sua dieta em 24 horas, validados online, calculando seu consumo diário de açúcar e bebidas adoçadas artificialmente, assim como 100% de sucos de frutas.

Os cientistas mediram a ingestão diária de bebidas açucaradas em relação a bebidas diet e compararam os dados aos casos de câncer nos registros médicos dos participantes do estudo durante o período de acompanhamento.

Resultados da pesquisa
Eles descobriram que uma ingestão de apenas 100 ml por dia de bebidas açucaradas estava associada a um aumento de 18% no risco de câncer e um aumento de 22% no risco de câncer de mama. Tanto bebidas adoçadas quanto sucos de fruta tiveram associação de risco similar.

Durante o acompanhamento, os pesquisadores descobriram 2.193 casos de câncer diagnosticados, com idade média de diagnóstico aos 59 anos. Os autores do estudo reforçaram que seu trabalho se baseou em observação e, portanto, não poderiam estabelecer a causa dos prognósticos de câncer.

Mas o tamanho da amostra foi grande e eles a ajustaram para um número de outros fatores de influência. Segundo os autores, com base em suas descobertas, taxar as bebidas açucaradas poderia ter um impacto significativo nos índices de câncer.

"Este estudo amplo e bem desenhado se soma à evidência existente de que o consumo de bebidas açucaradas podem estar associadas com um aumento do risco de alguns cânceres", afirmou Graham Wheeler, estatístico sênior do Cancer Research UK, a respeito do estudo.

A ingestão desse tipo de bebida explodiu no mundo todo nas últimas décadas. Em estudos anteriores, estes produtos altamente calóricos já tinham sido associados a um risco elevado de obesidade, que por si só já é reconhecida como um dos principais fatores de risco de desenvolvimento de diferentes tipos de câncer.

France Presse
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O prazo para as instituições de ensino interessadas em participar do Programa Ciência na Escola (PCE) apresentarem suas propostas termina às 23h59 desta sexta-feira (12). O cadastro das propostas tinha se encerrado em 24 de junho, mas foi prorrogado até hoje.

O programa tem por finalidade aprimorar a qualidade do ensino de ciências nos cursos fundamental e médio das escolas públicas, estimulando alunos para as carreiras científicas e qualificando os professores para esse tipo de disciplina, além de fortalecer a interação entre instituições de educação superior e escolas de ensino fundamental e médio.

“Temos milhões de crianças neste país que têm potencial e só precisam de um empurrãozinho para se tornarem um cientista, um empresário de sucesso, uma pessoa feliz, um cidadão produtivo para o país. Como é que se faz isso? Bom, usamos o que temos para ajudar essa garotada a ter um futuro promissor. É colocar nas mãos deles a possibilidade de estudar, possibilidade de conhecer”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, ao lançar o programa em abril passado.

Serão disponibilizados R$ 100 milhões para instituições apresentarem projetos visando a estimular essa temática nos bancos escolares. Poderão concorrer a esses recursos redes de instituições que envolvam escolas, universidades, centros de ciência e espaços de desenvolvimento científico e inovação. As verbas serão distribuídas em diferentes escalas de projetos, como estadual (R$ 4 milhões), interestadual (R$ 10 milhões) e regional (R$ 20 milhões).

Entre as medidas está prevista também uma chamada pública para destinar recursos a pesquisadores com estudos relacionados ao tema, com foco no ensino de matérias dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. O Objetivo é disseminar a prática científica e aproximar universidades, instituições científicas e tecnológicas e escolas públicas.

Os ministérios vão implementar uma plataforma que ganhou o nome de “Ciência é 10”, voltada à qualificação de professores em assuntos vinculados à área. Professores poderão fazer especialização a distância em ensino de ciências. Além disso, outra plataforma foi desenvolvida pela Rede Nacional de Pesquisa para facilitar o acompanhamento das ações do conjunto do programa.

Agência Brasil
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Termina hoje (12) o prazo para que os candidatos pré-selecionados no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) complementem a inscrição no site do programa na internet.

Para garantir a vaga, o candidato deve prestar informações como nome do fiador, caso seja necessário, e o percentual de financiamento.

A relação com os pré-selecionados já está disponível no site do Fies desde a última terça-feira (9).

Caso o candidato perca o prazo, as vagas ficarão disponíveis na lista de espera para todos os candidatos não contemplados na primeira fase.

A lista serve para que esses estudantes tenham a oportunidade de preencher vagas que não forem ocupadas. Essa etapa ocorre de 15 de julho a 23 de agosto.

Para a segunda edição do ano, 46,6 mil vagas foram ofertadas em 1.756 instituições de ensino privadas de todo o país.

Com financiamento a juro zero, o Fies é voltado para estudantes com renda familiar mensal bruta por pessoa de até três salários mínimos.

Para concorrer ao financiamento, o candidato precisa ter feito qualquer uma das últimas dez edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ter alcançado média igual ou superior a 450 pontos nas questões e não ter zerado a redação.

P-Fies
O resultado para o Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies) foi divulgado no último dia 9.

Diferentemente do Fies, no P-Fies os juros são variáveis e as condições são definidas pela instituição de ensino e pelo banco.

Para participar, o estudante precisa ter renda familiar mensal bruta por pessoa de até cinco salários mínimos.

Os aprovados no P-Fies devem comparecer à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição com a qual fecharão o contrato para validar suas informações.

O P-Fies é por chamada única, sem lista de espera.

Agência Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (12) que o secretário do Trabalho, Alexander Acosta, vai deixar o cargo em sete dias. A notícia vem depois de críticas à maneira como Acosta tratou de um acordo judicial com o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de abusar sexualmente de dezenas de garotas menores de idade.

Acosta, que ocupa o cargo desde 2017, afirmou que deixar o posto era a decisão certa. Ele vem sendo questionado sobre o acordo judicial que fechou com Epstein, em 2007, quando era procurador federal em Miami.

"Meu ponto aqui hoje é que temos uma economia incrível e o foco precisa estar na criação de empregos", disse Acosta na sexta-feira (12). Ele afirmou não achar certo que a forma com que lidou com o caso Epstein tirasse a atenção da sua atuação como secretário do Trabalho.

"Odeio ver isso acontecer", declarou Trump, que não pediu a saída de Acosta de seu gabinete, cuja função é aconselhar o presidente.

O presidente, que havia defendido o agora ex-secretário do Trabalho, disse que olharia "muito de perto" a forma com que ele fechou o acordo feito há mais de dez anos.

O caso Epstein
Epstein, de 66 anos, chegou ao acordo para encerrar, secretamente, uma investigação federal sobre abuso sexual envolvendo pelo menos 40 adolescentes, das quais ele teria abusado desde 1999. As acusações contra ele poderiam tê-lo sentenciado a prisão perpétua, segundo a Associated Press.

O bilionário se declarou culpado por uma acusação menor, de prostituição, sob as leis da Flórida. Passou apenas 13 meses na prisão, pagou ressarcimentos a vítimas e se registrou como criminoso sexual.

Nesta segunda-feira (8), procuradores federais em Nova York fizeram novas acusações semelhantes às primeiras, o que trouxe à tona o papel de Acosta no acordo fechado em 2007. Parlamentares democratas e candidatos presidenciais exigiram a demissão dele.

Acosta tentou limpar seu nome e realizou uma coletiva de imprensa - encorajada por Trump - para defender suas ações. Em uma fala de 50 minutos, ele argumentou que tinha conseguido o melhor negócio possível na época e estava trabalhando no melhor interesse das vítimas.

"Fizemos o que fizemos porque queríamos ver Epstein ir para a cadeia", declarou, recusando-se a pedir desculpas por suas ações. "Acreditamos que procedemos adequadamente".
Questionado se tinha algum arrependimento, Acosta repetidamente sugeriu que as circunstâncias haviam mudado desde então.

"Agora temos 12 anos de conhecimento e retrospectiva e vivemos em um mundo muito diferente", disse. "O mundo de hoje trata as vítimas de maneira muito diferente".

Depois que os procuradores anunciaram as novas acusações contra Epstein esta semana, Acosta escreveu no Twitter que estava "satisfeito" com a decisão.

"Os crimes cometidos por Epstein são horríveis", tuitou Acosta. "Com as evidências que estavam disponíveis há mais de uma década, os procuradores insistiram que Epstein fosse preso, se registrasse como criminoso sexual e avisasse o mundo de que ele era um predador sexual".

"Agora que novas evidências e depoimentos adicionais estão disponíveis, a procuradoria de Nova York oferece uma importante oportunidade para levá-lo de forma mais completa à Justiça", disse.

G1
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A Rússia começou a entregar, nesta sexta-feira (12), um sistema avançado de mísseis de defesa antiaérea S-400 à Turquia, informou a agência de notícias Reuters. A medida pode trazer sanções vindas dos Estados Unidos e ameaçar a aliança militar do Ocidente, a Otan, que considera que o sistema não deveria ser usado por um membro da organização.

A entrega, anunciada pelo Ministério da Defesa turco e pelo seviço russo de cooperação militar, foi feita em uma base aérea militar perto da capital, Ankara.

Os Estados Unidos dizem que o equipamento militar fabricado na Rússia não é compatível com os sistemas da Otan, e que a aquisição pode levar à expulsão da Turquia de um programa de caça a jato F-35. Washington vem tentando evitar a negociação há meses, segundo a Reuters.

Já uma fonte anônima da Otan afirmou à agência France Presse, sob condição de anonimato, que a organização está "preocupada" com a entrega à Turquia.

"A interoperabilidade de nossas Forças Armadas é essencial na condução de nossas operações e missões", disse, instando Ankara a continuar desenvolvendo sistemas de defesa aérea com aliados da Otan.

A Turquia assinou um contrato de fornecimento dos mísseis com a Rússia em abril de 2017, embora ainda não tenha anunciado quando terminará a instalação deles nem quando estarão operacionais.

"A entrega de peças pertencentes ao sistema continuará nos próximos dias", disse o diretório da Indústria de Defesa da Turquia. “Uma vez que o sistema esteja completamente pronto, ele começará a ser usado de maneira determinada pelas autoridades competentes.”

A Turquia insiste que está no seu direito de adquirir o material necessário para garantir sua segurança, e que a compra do sistema russo foi decidido após o fracasso da tentativa de adquirir os Patriot dos EUA, diante da urgência de ter um sistema de defesa antiaérea.

Os investidores no país, entretanto, ficaram incomodados com o acordo, o que se refletiu na desvalorização da lira, a moeda turca, nesta sexta (12). Também há preocupações sobre o impacto de possíveis sanções americanas sobre a economia turca, que entrou em recessão depois de uma crise monetária no ano passado.

Acordos entre Trump e Erdogan
A Turquia diz que o sistema é uma exigência estratégica de defesa, particularmente para garantir a segurança de suas fronteiras ao sul, com a Síria e o Iraque. O país afirma que, quando fez o acordo com a Rússia para os S-400, os Estados Unidos e a Europa não apresentaram uma alternativa viável.

Depois de se encontrar com o presidente americano, Donald Trump, na cúpula do G20 em junho, o presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou que os Estados Unidos não planejavam impor sanções a Ankara pela compra dos S-400.

Trump disse que a Turquia não foi tratada de maneira justa, mas não descartou as sanções. Autoridades americanas disseram, na semana passada, que o governo ainda planeja impor sanções ao país, que variam desde a proibição de vistos até as opções mais duras, de bloqueio de transações com o sistema financeiro dos EUA e a negação de licenças de exportação.

A aquisição dos S-400 é uma das várias questões que afetaram os dois aliados, incluindo uma disputa pela estratégia na Síria a leste do rio Eufrates — onde os Estados Unidos são aliados das forças curdas, que a Turquia considera adversárias.

A detenção da equipe consular dos EUA na Turquia também estremeceu as relações, juntamente com divergências sobre as políticas do Irã, Venezuela e Oriente Médio. A Turquia há muito exige que Washington entregue um clérigo muçulmano que Ankara responsabiliza por uma tentativa de golpe em 2016.

France Presse
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O balanço da colisão entre dois trens na região central do Paquistão aumentou para 23 mortos e 73 feridos, anunciaram as autoridades locais. O acidente aconteceu na quinta-feira (11), no distrito de Rahim Yar Khan, na província de Punjab.

Um trem de passageiros vindo da cidade de Lahore bateu em uma composição de transporte de carga que estava estacionada.

O porta-voz do Ministério das Ferrovias, Ali Nawaz Malik, afirmou que o acidente foi provocado pela "negligência humana" e por "falha na sinalização".

Acidentes de trens são frequentes no Paquistão, país que herdou da época da colonização britânica sua rede ferroviária, atualmente em péssimas condições, após décadas de gestão inadequada, falta de investimentos e casos de corrupção.

O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, pediu ao ministro a adoção de "medidas de emergência para contra-atacar décadas de negligência da infraestrutura ferroviária", ao mesmo tempo que expressou pêsames aos parentes das vítimas.

France Presse
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O volume de crédito rural contratado na safra 2018/2019 teve alta de 4% sobre a anterior, informou a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura nesta quinta-feira (11).

De julho de 2018 a junho passado foram financiados R$ 176 bilhões para custeio, industrialização, comercialização e investimento. No período anterior, foram R$ 169,5 bilhões.

O volume de 2018/19 equivale a 81% do que foi disponibilizado pelos programas no Plano Safra (R$ 217,7 bilhões, em valores atualizados em janeiro).

As contratações para custeio somaram R$ 99 bilhões (alta de 7%), dos quais R$ 19,9 bilhões (24% a mais) foram realizados por médios produtores (Pronamp). Os pequenos produtores contrataram R$ 12 bilhões ou 2,5% a mais do que na safra anterior.

Para os investimentos, os desembolsos alcançaram R$ 43,63 bilhões, alta de 9%, com destaque para os programas de investimentos realizados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) com incremento de 18%, ou seja, R$ 15 bilhões aplicados.

Entre os programas de investimentos estão o Moderfrota, para aquisição de máquinas e implementos agrícolas (R$ 8,8 bilhões); Moderagro, para projetos de modernização e expansão da produtividade nos setores agropecuários (R$ 857 milhões); PCA, para a construção e ampliação de armazéns (R$1,1 bilhão); e o Prodecoop, para as cooperativas investirem na modernização dos sistemas produtivos e de comercialização (R$ 1,36 bilhão).

G1
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A produção industrial recuou em oito dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de abril para maio deste ano, acompanhando o recuo de 0,2% da indústria nacional no período. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (12), a maior queda foi observada no Espírito Santo (-2,2%).

Outros estados com queda na produção foram Rio Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%), Minas Gerais (-1%), Ceará (-0,9%), Mato Grosso (-0,7%) e Pernambuco (-0,6%) a seguir. A Região Nordeste, que tem a produção industrial de seus nove estados calculada em conjunto, recuou 0,9%.

Sete estados tiveram aumento na taxa, com destaque para o Pará, que teve uma alta recorde de 59,1%, devido à retomada do setor extrativo mineral no estado. Outros locais com alta foram o Rio de Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), o Amazonas (1,2%), a Bahia (1,1%), o Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%).

Outras comparações
Na comparação com maio do ano passado, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram alta, com destaques para os três estados do Sul: Paraná (27,8%), Rio Grande do Sul (19,9%) e Santa Catarina (19,3%). Entre os três locais com queda, o recuo mais intenso foi no Espírito Santo (-17,4%).

No acumulado do ano, oito locais tiveram alta, com destaque também para os três estados do Sul: Paraná (10,4%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Santa Catarina (6,1%). Sete locais tiveram queda, a maior delas no Espírito Santo (-11,8%).

No acumulado de 12 meses, oito locais pesquisados tiveram altas, com destaque, mais uma vez para Rio Grande do Sul (9,2%), Paraná (6,3%) e Santa Catarina (5%). Dos sete locais em queda, o maior recuo foi observado no Espírito Santo (-4,1%).

Agencia Brasil
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O governo reduziu a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 1,6% para 0,81%. A revisão foi anunciada nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Economia.

Esse foi o terceiro corte nas previsões do governo para crescimento da economia. O orçamento desse ano foi elaborado prevendo que a economia cresceria 2,5%. Em março essa previsão caiu para 2,2% e em maio para 1,6%.

Para 2020, a previsão de crescimento do PIB caiu de 2,5% para 2,2%. Já a previsão de inflação para 2019 foi revisada de 4,1% para 3,8%.

A meta central deste ano para a inflação é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

As previsões divulgadas ficaram próximas as do último relatório Focus divulgado pelo Banco Central (BC). O relatório, feito com base em informações de analistas do mercado financeiro, prevê um crescimento de 0,82% para o PIB de 2019 e uma inflação de 3,8%.

Segundo o documento divulgado pelo Ministério da Economia, indicadores mensais disponíveis para o segundo trimestre de 2019 indicam que a recuperação econômica continua lenta. Esses indicadores mais fracos de atividade econômica levaram à revisão da previsão de crescimento da economia.

Previsão de PIB

  • Brasil: 0,8%
  • Agropecuária: 0,5%
  • Indústria: -0,1%
  • Serviços: 1%

Reforma da Previdência
O documento aponta, ainda, que a aprovação da reforma da Previdência terá um papel protagonista para a retomada do crescimento econômico.

"A retomada do crescimento da economia brasileira deverá passar necessariamente por um conjunto de reformas de reequilíbrio fiscal, onde a nova Previdência assume papel de protagonismo, bem como reformas pró-mercado", informa o documento.

O subsecretário de política macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles, afirmou durante a coletiva que a não aprovação da reforma da Previdência teriam um impacto catastrófico em termos de crescimento do PIB e que o governo teria que reduzir brutalmente a projeção de crescimento, o que levaria a uma recessão.

“Você pode até não aumentar a sua projeção de crescimento, mas se não aprovar você teria que reduzir de forma brutal a previsão de crescimento, inclusive para o ano corrente e o ano que vem. Provavelmente você entraria em uma recessão”, disse.

Segundo ele, a aprovação da reforma não deve ter um impacto grande nesse ano, mas impactará mais a previsão de crescimento a partir do próximo ano. “É possível que tenha impacto este ano, mas não substancial”, disse.

Já com relação a 2020, a Secretaria de Política Econômica avalia que a redução da previsão de crescimento se deve "substancialmente ao efeito base, ou seja, o menor patamar do PIB neste ano afetará o desempenho do PIB em 2020".

Durante a coletiva para apresentar as novas previsões, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que a aprovação da reforma da Previdência tem potencial para aumentar em 0,5 ponto percentual por ano o crescimento anual do PIB.

Ou seja, se o PIB fosse crescer 1% no ano, a aprovação da nova Previdência tem potencial para elevar esse crescimento para 1,5%.

Políticas econômicas
O secretário de políticas macroeconômicas do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que o país paga hoje por políticas econômicas erradas feitas durante os anos de 2006 a 2016.

Sachsida afirmou ainda que a aprovação de reformas pró-mercado é essencial para que o país tenha crescimento sustentável e de longo prazo. “Não existe mágica. Equilíbrio fiscal e reformas, esse é o caminho de um crescimento econômico sustentável e de longo prazo”, disse.

G1
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O dólar opera em queda na tarde desta sexta-feira (12), com os investidores acompanhando o andamento da votação da reforma da Previdência na Câmara e atentos às mudanças ao texto principal.

Às 15h32, a moeda norte-americana caía 0,52%, vendida a R$ 3,7308. Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 3,7303 e, na máxima, a R$ 3,7633.

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,16%, vendida a R$ 3,7503 – menor patamar de fechamento desde 27 de fevereiro (R$ 3,7295).

Em julho, o dólar acumula queda de 2,32%. No acumulado do ano, o recuo é de 3,20%.

Investidores continuam monitorando o andamento do texto da reforma da Previdência na Câmara. Os deputados iniciam nesta sexta o quarto dia de análise em plenário. A "maratona" dos deputados começou na última terça (9).

Após a aprovação do texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) na última quarta-feira (10), foram aprovadas três mudanças na proposta entre esta quinta e sexta-feira. Outros oito itens que podem modificar a matéria ainda precisam ser votados.

As PECs precisam ser aprovadas em pelo menos quatro votações, duas na Câmara e duas no Senado, com o apoio de pelo menos 60% dos parlamentares em cada Casa.

Exterior
A queda do dólar nesta sessão se deve em parte também às evidências de que o chair do Federal Reserve (o Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, deve adotar uma política monetária mais frouxa, destaca a Reuters. As posições mais recentes de Powell têm respaldado apostas de corte de juros nos Estados Unidos, movimento que poderia atrair capital ao país.

Porém, analistas ainda citam riscos relacionados à guerra comercial entre EUA e China e à desaceleração econômica global. Por isso, alguns preferem operar real contra outras moedas, aponta a agência.

G1
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