Um brasileiro arrancou aplausos de transeuntes depois de salvar uma criança que se pendurou do lado de fora de uma sacada na cidade de Alicante, na Espanha.
De acordo com a imprensa local, Felipe David Souza, de 29 anos, é um pintor brasileiro e estava terminando o serviço quando viu um menino no apartamento vizinho colocando a perna para fora da grade que delimita a varanda.
A cena foi filmada por uma das testemunhas que estavam na rua. Após colocar uma perna por cima da grade, a criança hesita. Felipe, então, aparece se segurando do lado de fora para empurrar de volta o garoto, enquanto é aplaudido.
O episódio ocorreu na última segunda-feira (19), mas ganhou notoriedade na mídia ao longo da semana.
"Eu o fiz sem pensar", disse Felipe, a repórteres espanhóis. "Eu fiquei olhando o menino pra mantê-lo calma, para que ele não se movesse. Foi uma distância curta, mas pareceu um caminho muito longo."
Segundo os pais do menino, ele aproveitou a distração deles para abrir, a porta da sacada em questão de segundos. De acordo com vizinhos, a família é de turistas franceses que alugaram o apartamento para uma temporada de férias.
Felipe disse à midia local que mora na Espanha há nove anos. Ele afirma já ter sofrido episódios de racismo.
A Câmara dos Vereadores de Alicante já trata o brasileiro como herói e planeja condecorá-lo por bravura em uma cerimônia até o fim do ano.
g1
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O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), a mais alta corte do país, declarou nesta quinta-feira (22) reconhecer a vitória do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nas eleições do país ocorridas em 28 de julho.
A sentença proibiu ainda a divulgação das atas eleitorais e acusou o candidato da oposição, Edmundo González, de ter desacatado a Justiça e, por isso, estar "sujeito a sanções". Segundo o próprio TSJ, a decisão da Corte é "inapelável".
Com a decisão, a Corte, considerada um braço do chavismo no Judiciário, referendou —25 dias depois— o resultado da eleição anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o equivalente à Justiça eleitoral do país e também comandada por um aliado de Maduro. O CNE havia proclamado a vitória de Maduro no dia seguinte à votação, em 29 de novembro, e uma outra vez no início do mês. No entanto, as atas eleitorais não foram publicadas até o momento.
A oposição contestou a decisão do tribunal. O candidato oposicionista, Edmundo González, publicou em suas redes sociais uma montagem com a palavra "nula" em cima de uma sentença do TSJ. "A soberania reside intransferivelmente no povo", declarou. A equipe de María Corina Machado disse ao g1 que está estudando como e quando responderá à sentença.
Antes da sentença, o Conselho de Direitos Humanos da ONU afirmou haver "falta de independência e imparcialidade de ambas as instituições (TSJ e CNE)".
A sentença é a conclusão de uma suposta auditoria que o Supremo fez com base nas atas eleitorais -- documentos que registram os votos e resultados em cada local de votação da Venezuela -- e a pedido do próprio Nicolás Maduro, após a oposição, a ONU e governos de diversos países contestarem a proclamação da vitória do presidente venezuelano sem a divulgação das atas.
As atas, até agora não divulgadas, também não foram publicadas pelo tribunal, que determinou também, na mesma sentença, que "todo o material eleitoral (incluindo as atas eleitorais) ficará sob controle do Tribunal Supremo".
O presidente do tribunal afirmou que a decisão é irreversível. Ou seja, não cabem recursos à sentença desta quinta. Quem a contestar, disseram os juízes, não poderão concorrer nas próximas eleições.
"O material eleitoral avaliado está certificado de forma inquestionável, e os resultados da eleição presidencial de 28 de julho divulgados pelo Conselho Eleitoral Nacional, nos quais Nicolás Maduro foi eleito presidente da república, estão validados", diz a sentença.
Sanções a Edmundo González
Os juízes também disseram entender que, como não compareceu a audiências convocadas pelo tribunal, o candidato oposicionista, Edmundo González, desacatou a Justiça ao não comparecer a audiências às quais havia sido convocado e, por isso, estará sujeito a sanções.
A juíza Caryslia Rodríguez, que leu a sentença, não informou se e quai sanções serão aplicadas a González. Na ocasião, o oposicionista alegou que não foi formalmente notificado das audiências e que temia que seria preso ao chegar ao tribunal.
Rodríguez disse ainda que os juízes também constataram que houve de fato um ataque cibernético ao sistema que registra os votos da Justiça eleitoral, o que, segundo o tribunal, atrasou a divulgação das atas eleitorais.
Há duas semanas, o Centro Carter, instituto norte-americano convidado para participar como observador nas eleições venezuelanas, afirmou não ter visto indícios de um ataque hacker após inspeção ao sistema de votação.
A coalizão opositora da Venezuela já havia informado no dia anterior (21) que não reconheceria nenhuma decisão da Suprema Corte do país acerca do resultado da eleição ocorrida no último dia 28 de julho.
De acordo com a oposição, "a Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça não pode atribuir a si mesma as funções e faculdades do órgão eleitoral, pois não lhe competem".
Com base em contagens rápidas e em uma contagem independente das atas, González e a coalizão opositora se declararam vencedores das eleições. A comunidade internacional e observadores apontaram a falta de transparência do processo de apuração da Venezuela e pressionaram o regime Nicolás Maduro pela divulgação oficial das atas.
A líder opositora María Corina Machado, que foi impedida de concorrer à Presidência e apoiou González, também se manifestou antes do anúncio da corte: "TSJ: se esforcem mais", escreveu, na rede social X.
"O país e o mundo conhecem sua parcialidade [do TSJ] e, por extensão, sua incapacidade de resolver o conflito; sua decisão só agravará a crise", escreveu González, na mesma rede.
A ONU alerta para a influência indiscriminada de Maduro e de Diosdado Cabello, homem forte do chavismo, no TSJ. Ela aponta também que a presidente da corte é membro do partido de Maduro, e que o atual presidente do CNE é um ex-membro da mesma sigla.
Validação das atas
Na última segunda-feira, magistrados da Suprema Corte da Venezuela, acompanhados por especialistas e observadores internacionais, compareceram às instalações do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas, para iniciar a suposta validação das atas de votação das eleições presidenciais de 28 de julho.
Em uma rede social, a oposição da Venezuela disse que partidos que compõem a unidade não foram informados da perícia e não estiveram presentes no local onde o processo é feito.
Segundo a agência de notícias Reuters, as autoridades foram levadas à área de gestão do Centro de Totalização, onde, com o apoio de técnicos do CNE, começaram a verificar se as atas eleitorais coincidem com os registros digitais para verificar se os resultados estão corretos.
O processo, registrado pela TV governamental venezuelana, começou um dia depois que a oposição política da Venezuela e seus apoiadores se reuniram em cidades por todo o país para exigir o reconhecimento do que eles dizem ser a vitória retumbante de seu candidato na eleição.
Um dia depois da votação, o CNE, autoridade eleitoral do país, anunciou que o presidente Nicolás Maduro conquistou seu terceiro mandato na disputa com pouco menos de 52% dos votos.
A Suprema Corte, considerado pela oposição um braço do chavismo, disse que ainda está verificando os resultados, mas que a oposição não apresentou evidências de suas contagens.
Pressão internacional
Em uma carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 30 ex-chefes de Estado afirmam que Nicolás Maduro está buscando ganhar tempo e se aproveita do controle que tem sobre as autoridades venezuelanas para permanecer no poder. Além disso, o grupo rejeitou a ideia de novas eleições no país.
O documento foi assinado na sexta-feira (16) por integrantes do grupo Ideia. Entre os membros da organização estão os ex-presidentes Álvaro Uribe, da Colômbia, Guillermo Lasso, do Equador, e Maurício Macri, da Argentina.
"É possível repetir eleições ou promover a convivência dos venezuelanos, um povo decente e vítima das suas forças democráticas, com os responsáveis pela execução de crimes contra a humanidade investigados e em fase final pelo Tribunal Penal Internacional?", afirma o grupo.
A ideia de novas eleições foi ventilada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e apoiada por Gustavo Petro, da Colômbia. Biden foi questionado sobre a sugestão e chegou a dizer que concordava. Depois, a Casa Branca esclareceu que o norte-americano não tinha entendido a pergunta.
Na carta, os ex-chefes de Estado elogiaram a decisão de Biden de não reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, além de não ter aceitado a proposta de um novo pleito.
O grupo denunciou que o regime de Maduro está reprimindo as forças democráticas e o povo venezuelano de forma indiscriminada, o que representa um "verdadeiro ataque ao direito democrático interamericano".
No dia 5 de agosto, os ex-chefes de Estado também enviaram uma carta a Lula, pedindo para que o presidente assegure o compromisso com a democracia na Venezuela e pressione Caracas.
Também na sexta-feira, a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou uma resolução exigindo que a Venezuela publique as atas com o resultado das eleições e um grupo composto por Estados Unidos, União Europeia e mais 21 países publicou uma declaração conjunta para pedir a divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou nesta quinta-feira (22), em Brasília, a Medalha do Exército Brasileiro à judoca Beatriz Souza, campeã dos Jogos Olímpicos de Paris. Bia conquistou o ouro na categoria para atletas acima de 78 quilos e o bronze na disputa por equipes.
Lula também entregou à homenagem ao judoca Guilherme Schmidt e à jogadora de vôlei Natália Araújo, a Natinha, que ganharam medalhas de bronze na França. Bia, Schmidt e Natália integram o programa de atletas de alto rendimento do Exército e têm a patente de terceiro-sargento.
Os medalhistas olímpicos participaram da cerimônia alusiva ao Dia do Soldado, no quartel-general do Exército, em Brasília, que reuniu militares, autoridades, ministros do governo federal e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
A Medalha Exército Brasileiro, criada em 2016, reconhece a atuação de civis, militares e instituições que prestaram serviços considerados relevantes para o Exército.
Após o evento, Beatriz Souza falou com a imprensa e destacou a importância do programa do Exército na sua vida. Segundo ela, participar da iniciativa a ajudou a focar no esporte.
Ela também disse que Lula a agradeceu pela conquista e a parabenizou ao entregar a medalha.
No X, antigo twitter, o presidente Lula destacou o orgulho dos atletas brasileiros em uma mensagem.
"Tive a honra de condecorar nossos medalhistas olímpicos Beatriz Souza e Guilherme Schimidt, do judô, e Natália Pereira, do vôlei, neste Dia do Soldado. Orgulho dos nossos atletas que lutaram com garra para trazer medalhas para o Brasil", escreveu.
Atuação dos soldados
Durante a cerimônia, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, leu uma ordem do dia alusiva ao Dia do Soldado. Na mensagem, ele destacou os trabalhos realizados pelos militares e citou restrições orçamentárias.
Paiva mencionou a atuação de soldados em ações contra o garimpo e de proteção aos yanomami, no combate às queimadas no Pantanal, no socorro aos atingidos pelas cheias no Rio Grande do Sul e na proteção da faixa de fronteira.
"Esse espírito perseverante e de doação integral à carreira é mantido incólume, mesmo sob os efeitos das restrições orçamentárias que atingem a todos", declarou.
"Apesar disso, não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e de mais mísseis, meios militares imprescindíveis, que foram adquiridos de forma responsável e transparente e foram agregados à dotação de material da Força, aumentando nossa capacidade de cumprimento de missão", acrescentou.
O comandante frisou em mais de um momento a missão do Exército de cumprir suas funções constitucionais e afirmou que os " verdadeiros soldados" atuam pelo exemplo.
"Esses são os soldados que o País quer: cidadãos brasileiros comprometidos com as leis e defensores da nossa Constituição", declarou.
g1
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Foi preso na manhã desta quinta-feira (22) um primeiro suspeito de participação no assassinato de Erick Rodrigues, de 23 anos, que era mais conhecido por Jhonny. A prisão foi realizada pela Polícia Civil da Paraíba e as investigações indicam que o homem preso serviu como um facilitador para o homicídio.
Jhonny foi executado na noite de terça-feira (20) dentro da pizzaria onde ele trabalhava, no município de Cabedelo, Grande João Pessoa. Ele levou cinco tiros e morreu na hora.
De acordo com os investigadores, o suspeito teria apontando para os executores o momento exato em que a vítima deixaria o estabelecimento comercial, indicando assim o melhor momento para o cometimento do crime.
Além disso, logo após o crime ter sido cometido, o suspeito teria retornado ao interior da pizzaria para ter certeza que a vítima estaria mesmo morta. Ainda de acordo com a investigação, tudo foi registrado em imagens e áudios gravados na cena do crime.
A Polícia Civil da Paraíba, no entanto, ainda não informou qual seria a motivação para o crime. Disse, contudo, que segue para a conclusão do inquérito policial e que outras pessoas ainda devem ser presas pelo crime.
g1 PB
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Um homem de 67 anos foi preso em flagrante nesta quarta-feira (21) no Sítio Serrote, zona rural de Sossego, agreste paraibano, suspeito de abusar sexualmente de um menor de 15 anos com deficiência mental.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima sofre de deficiência intelectual com limitações e não se comunicar bem com o ambiente social.
Em depoimento, o irmão do menor informou que o suspeito chegou ao local por volta das 9h e chamou o garoto para ir até uma cocheira. Lá, ele teria tirado a roupa da vítima e cometido os abusos. Apesar de ter sido testemunha ocular, o irmão disse que ficou sem reação no momento.
Quando a vítima saiu do local, os fatos foram relatados ao irmão. O adolescente afirma que tentou correr, porém o suspeito o conteve. O exame sexológico realizado na vítima posteriormente confirmou o abuso.
Ao ser ouvido na delegacia de Barra de Santa Rosa, o homem suspeito negou os fatos. Na tarde desta quarta-feira, após ser realizada a audiência de custódia, o homem de 67 anos levado para a Cadeia Pública de Cuité depois que o judiciário aceitou a sua prisão preventina.
g1 PB
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Foi preso na noite dessa quarta-feira (21) no município de Bayeux, na Paraíba, um homem suspeito de ser uma importante liderança de um grupo criminoso do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, ele seria do Complexo do Alemão e estaria na Paraíba para tentar aumentar a atuação de sua organização no estado.
A ação foi coordenada pelo Núcleo de Homicídios de Bayeux, que cumpriu um mandado de prisão expedido pela Justiça. O suspeito é considerado de "altíssimo grau de periculosidade" e seria conhecido pelo apelido de Tande.
Segundo as investigações, ele seria responsável pelos crimes de homicídios e tráfico de drogas e também por provocar expulsões de moradores do bairro do Multirão.
O que ajudou a identificar o suspeito foi um vídeo em que ele aparece, junto a outros criminosos, portando fuzis no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, isso indicaria "o seu absoluto comprometimento com a organização criminosa atuante naquele estado".
g1 PB
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Acusados de homicídios, roubos, tráfico de drogas e outros crimes foram alvos de uma operação policial na manhã desta quinta-feira (22) em municípios da Grande João Pessoa e também de Pitimbu. AO todo, 30 mandados de prisão foram expedidos e 25 deles já tinham sido cumpridos segundo um balanço publicado por volta de 6h30.
A ação é realizada em conjunto pela Polícia Militar da Paraíba e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba e foi batizada de Força Total.
De acordo com a PM paraibana, os trabalhos se estenderam por vários bairros de João Pessoa e também pelos municípios de Bayeux, Cabedelo e Pitimbu. Na capital, a maioria dos alvos foram presos na Zona Sul.
Além das prisões, três armas de fogo e drogas já tinham sido apreendidas. No cumprimento de mandato em Cabedelo, houve troca de tiros, mas a Polícia não deu mais detalhes sobre o caso.
Uma entrevista coletiva programada para a manhã desta quinta-feira (22) promete dar mais informações sobre a operação.
g1 PB
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A população da Paraíba deve diminuir significativamente a partir de 2045, conforme dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam para um futuro marcado pelo envelhecimento populacional, já que a idade mediana dos paraibanos, que atualmente é de 34,1 anos, deve subir para 51,3 anos em 2070.
A idade mediana é um indicador que permite acompanhar o envelhecimento de uma população, que significa a idade na qual é possível dividir uma população entre dois grupos: os 50% mais jovens e os 50% mais velhos. Na prática: metade (50%) da população está abaixo da idade mediana e a outra metade (50%) está acima da idade mediana. Quanto maior a idade mediana, mais envelhecida é a população.
O aumento na idade mediana da Paraíba é reflexo direto da redução contínua da taxa de fecundidade no estado, que era de 2,59 filhos por mulher em 2000, e caiu para 1,62 em 2023.
Outro dado que chama a atenção é a diminuição da mortalidade infantil na Paraíba. Ainda conforme o IBGE, em 2000 a taxa era de 15,8 óbitos a cada mil nascidos vivos, enquanto em 2023 esse número caiu para 13,3.
A situação da Paraíba espelha a realidade brasileira, mas ainda está acima da média, já que a inflexão do crescimento populacional nacional deve ocorrer em 2042.
Idade mediana por raça na Paraíba
De acordo com o último Censo do IBGE, na Paraíba, entre a população preta, a idade mediana é de 39 anos, enquanto que a da população parda é 33, da população branca 34 anos e da população indígena 29 anos.
Além disso, o índice de envelhecimento é maior na população negra, chegando em 146,3, ou seja, as pessoas pretas, na Paraíba, são mais envelhecidas que o restante da população.
Já em relação à razão de sexo, no geral, há mais mulheres do que homens quando há a distinção por cor ou raça, com exceção das pessoas pretas, quando a razão de sexo é de 109,7, indicando que há uma quantidade maior de homens do que de mulheres.
g1 PB
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A esperança de vida do brasileiro ao nascer, também conhecida como expectativa de vida, passou a ser de 76,4 anos. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de novas projeções populacionais, divulgadas nesta quinta-feira (22).
Os dados mostram que as expectativas de vida no país, para quem nasceu em 2023, são de 79,7 anos para as mulheres e de 73,1 anos para os homens.
O IBGE também divulgou dados revisados para a expectativa de vida referentes a anos anteriores. De acordo com o IBGE, em 2019, um ano antes da pandemia de covid-19, por exemplo, a estimativa era de 76,2 anos, de acordo com os dados revisados pelo instituto.
Pandemia
Em 2020, a esperança de vida ao nascer recuou para 74,8 anos, caindo ainda mais em 2021, para 72,8 anos, ou seja, uma perda de 3,4 anos em relação a 2019. Em 2022, houve a primeira recuperação da expectativa de vida, que passou a ser de 75,4 anos, ainda abaixo de 2019.
Em 2023, a expectativa conseguiu, portanto, superar a estimativa de 2019. De acordo com as projeções do IBGE para as próximas décadas, a expectativa de vida deve chegar 77,8 anos em 2030, a 79,7 anos em 2040, a 81,3 anos em 2050, a 82,7 anos em 2060 e a 83,9 anos em 2070.
Para as mulheres, as projeções são de 81 anos em 2030, 82,6 anos em 2040, 84 anos em 2050, 85,2 anos em 2060 e 86,1 anos em 2070. Para os homens, as estimativas seriam de 74,6 anos em 2030, 76,7 anos em 2040, 78,6 anos em 2050, 80,2 anos em 2060 e 81,7 anos em 2070.
“A gente teve esse choque externo de mortalidade, que foi a pandemia. Observamos o efeito disso em 2021 e 2022 e, após esse período, a gente já está observando um retorno à tendência histórica. A gente projeta que a esperança de vida ao nascer vá aumentando ao longo do tempo e diminuindo o diferencial entre homens e mulheres, principalmente relacionado com uma diminuição dos óbitos por causas externas”, explica a pesquisadora do IBGE Cíntia Agostinho.
O aumento da expectativa de vida, associada à redução da taxa de fecundidade, leva a um envelhecimento da população. De acordo com o IBGE, a proporção de idosos (com 60 anos ou mais) no país passou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023.
Em 2070, espera-se que 37,8% dos habitantes do país sejam idosos, ou seja, mais do que o dobro de hoje.
Idade média e mortalidade infantil
A idade média da população, que era de 28,3 anos em 2000, subiu para 35,5 anos em 2023 e deve atingir os 48,4 anos em 2070.
A taxa de mortalidade infantil, que era de 28,1 por mil nascidos vivos, em 2000, passou para 12,4 por mil em 2022, sendo 13,4 para meninos e 11,4 para meninas. A projeção é de que, nas próximas décadas, a taxa continue caindo e, em 2070, atinja 5,8 por mil, sendo 6,1 para meninos e 5,4 para meninas.
Agência Brasil
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A população brasileira começará a diminuir a partir de 2042, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Portanto, em 2041, o Brasil deverá atingir seu número máximo de habitantes, estimado em 220,43 milhões de pessoas.
De acordo com o IBGE, a previsão é de que a taxa de aumento populacional, que em 2024 deverá ser de cerca de 0,4%, diminua gradativamente até 2041. A partir de 2042, o índice de queda da população também deve cair de forma gradual e se aproximar de 0,7% ao ano em 2070, quando o total de habitantes do país deverá alcançar 199,23 milhões.
“No início dos anos 2000, a gente tinha uma taxa de crescimento acima de 1%. Estamos nos aproximando de zero. Em se tratando de Brasil, isso se dá principalmente pelo saldo de nascimentos e mortes. Nesse ponto [em 2042], o número de óbitos superaria os nascimentos”, afirma o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi.
Três estados já devem começar a perder população ainda nesta década: Alagoas e Rio Grande do Sul (em 2027) e Rio de Janeiro (em 2028). Dois estados ainda devem manter crescimento populacional até a década de 2060: Roraima e Santa Catarina (até 2063). A população de Mato Grosso deverá continuar crescendo pelo menos até 2070 (o IBGE não projeta além desta data).
A previsão anterior, de 2020, era de que a população brasileira só começasse a cair em 2048, depois de atingir o pico de 233,23 milhões de pessoas em 2047 – ou seja, quase 13 milhões a mais e seis anos mais tarde do que a nova projeção).
As projeções divulgadas nesta quinta-feira se baseiam nas novas estimativas populacionais feitas pelo IBGE, com base nos dados do Censo 2000, 2010 e 2022, na Pesquisa de Pós-Enumeração do Censo (PPE, que corrigiu inconsistências do levantamento demográfico de 2022) e nos registros de nascimento, mortes e migração no pós-pandemia.
Estima-se, por exemplo, que a população do Brasil era de 210.862.983, em 1º de julho de 2022, acima dos 203 milhões calculados inicialmente pelo Censo 2022, um ajuste de 3,9%.
Reposição
De acordo com Minamiguchi, a queda de população tem relação com a redução da taxa de fecundidade da mulher brasileira. Em 2023, a taxa chegou a 1,57 filho por mulher, bem abaixo da taxa considerada adequada para a reposição populacional (2,1 filhos por mulher).
Em 2000, o Brasil superava essa taxa, com 2,32 filhos por mulher, o que indicava a perspectiva de crescimento populacional para as décadas seguintes. Cinco anos depois, a taxa já havia caído para 1,95 filho, passando para 1,75 em 2010, 1,82 em 2015 e 1,66 em 2020.
Em 2000, apenas a região Sudeste estava ligeiramente abaixo da taxa de reposição, com 2,06 filhos por mulher. Em 2015, apenas a região Norte mantinha-se acima dessa taxa, com 2,16 filhos por mulher. Em 2020, já não havia nenhuma região com taxa acima de 2,1.
“Essa queda da fecundidade tem um histórico mais longo. Ela ganhou força na metade da década de 1960. Para a gente ter uma ideia, essa taxa, em 1960, era de 6,28 filhos por mulher”, disse a pesquisadora do IBGE Marla França.
Entre as unidades da federação, apenas Roraima ainda mantém taxa de fecundidade acima do nível de reposição em 2023, com 2,26 filhos por mulher. A menor taxa estava no Rio de Janeiro (1,39).
A projeção é de que a taxa de fecundidade no país continue a cair até 2041, quando deverá atingir a 1,44 filho por mulher, apresentando, depois disso, ligeiro aumento até 2070, quando chegará a 1,5.
O número de nascimentos, por ano, que era de 3,6 milhões em 2000, passou para 2,6 milhões em 2022 e deve chegar a 1,5 milhão em 2070.
Maternidade
As novas projeções do IBGE também indicam aumento da idade média da maternidade. Em 2000, as mulheres tinham filhos com 25,3 anos, em média. Vinte anos depois, essa idade média passou para 27,7 anos. A previsão é de que, em 2070, chegue a 31,3 anos.
“Ao longo do tempo, a gente percebe que a fecundidade está envelhecendo. Hoje a gente tem a maior parte das mulheres tendo filhos de 25 a 29 anos. Isso se deve ao adiamento da maternidade que essas mulheres têm feito”, ressalta a pesquisadora do IBGE Luciene Longo.
Agência Brasil
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