As eleições municipais de 2024 no Brasil revelam um aumento nos gastos de campanha. Apenas o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) disponibilizou R$ 4,96 bilhões aos partidos políticos. O montante é mais do que o dobro do oferecido nas eleições de 2020, cerca de R$ 2 bilhões.
A distribuição do FEFC, também conhecido como Fundo Eleitoral ou Fundão, entre os partidos é feita conforme critérios definidos por resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):
2%: igualmente entre todos os partidos com estatutos registrados no TSE.
35%: entre os partidos com pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição.
48%: conforme o número de representantes na Câmara dos Deputados, considerando as legendas dos titulares.
15%: conforme o número de representantes no Senado Federal, considerando as legendas dos titulares.
Nas eleições municipais deste ano, os partidos com mais recursos do FEFC são o PL com R$ 886,8 milhões, o PT com R$ 619,8 milhões e União Brasil, PSD e PP, respectivamente, com R$ 536,5 milhões, R$ 420,9 milhões e R$ 417 milhões.
A distribuição dos recursos do FEFC entre os candidatos é uma decisão interna das legendas, que devem respeitar apenas os limites de gastos previstos para o cargo (vereador e prefeito) e o tamanho do município, além da cota mínima para candidaturas de mulheres e de negros.
Em municípios pequenos, por exemplo, o limite de gastos para candidaturas é de R$ 15,9 mil para vereador e de R$ 159,8 mil para prefeito. Em São Paulo, maior metrópole do País, o limite de gastos para candidaturas a vereador pode alcançar R$ 4,7 milhões, podendo passar de R$ 67 milhões nas candidaturas a prefeito. No Rio de Janeiro, os respectivos limites para candidaturas a vereador e prefeito são de R$ 2 milhões e R$ 29,3 milhões. Esses gastos podem aumentar em caso de segundo turno.
Outras fontes
Conforme a legislação, além do FEFC, os candidatos também podem financiar suas campanhas por meio de doações de pessoas físicas, incluindo as feitas pela internet e transferências bancárias. Doações de empresas não são permitidas.
Vaquinhas
Nas eleições municipais deste ano, as doações de pessoas físicas para candidaturas a prefeito somam R$ 251 milhões, uma redução de 56,5% em comparação com o volume doado em 2020 (R$ 577 milhões). Os candidatos têm recebido menos também por meio de sites de financiamento coletivo. O valor arrecadado com as chamadas vaquinhas virtuais somam neste ano R$ 6,5 milhões, uma queda em relação aos R$ 14,7 milhões arrecadados em 2020.
Os candidatos a prefeito receberam ainda quase R$ 258 milhões de doações por PIX - modalidade que não estava disponível nas eleições passadas.
Especialista em Direito Político e Econômico, Antonio Minhoto afirma que a dificuldade de estímulo das pessoas físicas para doarem está ligada a questões culturais e de desconfiança em relação ao uso dos recursos. “Existe um receio sobre quais são as restrições legais e o que será feito do dinheiro doado. Isso gera uma desconfiança que ainda torna tímidas as doações individuais, especialmente de pessoas físicas”, explica.
A legislação eleitoral estabelece como gastos de campanha diversas despesas, incluindo a produção de material publicitário, propaganda, aluguel de locais para eventos e remuneração de serviços prestados a candidatos ou partidos.
Agência Câmara
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Estabelecido pela reforma tributária com o objetivo de desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, o Imposto Seletivo será tema audiência pública interativa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) agendada para terça-feira (8), às 14h.
A reunião faz parte de um ciclo de debates solicitado pelo presidente da comissão, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), para apoiar o grupo de trabalho coordenado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) na avaliação dos projetos de regulamentação da reforma tributária (Emenda Constitucional 132).
O projeto em análise (PLP 68/2024), entre outros temas, prevê a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por três: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo, que vai incidir sobre produtos como bebidas alcoólicas, cigarros, bebidas com alto teor de açúcar e veículos a combustão. A reforma tributária permite ainda a cobrança de 1% do Imposto Seletivo na extração de recursos naturais não renováveis, como minérios e petróleo. A regulamentação do Imposto Seletivo poderá também diminuir ou zerar as alíquotas a algum tipo de produto específico, que serão determinadas por posterior lei ordinária.
Foram convidados para a audiência pública:
Agência Senado
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A agência Fitch não deve elevar a classificação de risco de crédito do Brasil no curto prazo devido a dúvidas de que o país será capaz de melhorar significativamente suas contas públicas, apesar do crescimento econômico melhor do que o esperado, disse à Reuters Todd Martinez, codiretor de riscos soberanos das Américas da Fitch.
A agência atualmente classifica o crédito do Brasil como BB, com perspectiva estável, dois níveis abaixo do chamado grau de investimento.
"Para elevar a classificação de crédito do Brasil, precisaríamos ter mais confiança na capacidade do governo de gerar superávits primários", disse Martinez em entrevista na quinta-feira.
No início desta semana, a agência Moody's elevou a classificação de crédito do Brasil para apenas um nível abaixo do grau de investimento, em um voto de confiança para o país, que perdeu seu status de baixo risco há quase uma década.
A Fitch, no entanto, está mantendo uma postura mais conservadora do que a Moody's, que elevou as classificações de emissor de longo prazo e títulos sêniores sem garantia do Brasil para Ba1, de Ba2, com perspectiva positiva.
Martinez, da Fitch, observou que a atividade econômica no Brasil continuou a surpreender positivamente. Atualmente, os economistas esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 3% em 2024.
"Mas as contas públicas continuam sendo um ponto fraco, com repercussões na confiança, nas taxas de câmbio e, portanto, no crescimento", disse ele.
Por outro lado, Martinez elogiou os esforços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para melhorar a situação fiscal, com mudanças em suas regras tributárias e um acordo recente para reverter as isenções da folha de pagamentos.
Apesar destes movimentos, a Fitch ainda vê o déficit primário subindo para 1,0% do PIB em 2025, de 0,6% neste ano, antes de cair para 0,8% em 2026. Com base nas expectativas atuais da agência para crescimento e taxas de juros, isso elevaria a relação entre dívida bruta e PIB de 77,8% este ano para 83,9% até 2026.
Assim como a Fitch, a agência de classificação de risco Standard & Poor's mantém o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento, com classificação BB e perspectiva estável.
Mas Lula e sua equipe econômica sonham com o Brasil recuperando o grau de investimento perdido em 2015. No fim de setembro, em visita a Nova York, o presidente se encontrou com representantes das três agências de classificação de risco para discutir a nota de crédito do Brasil.
Reuters
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O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta sexta-feira (5) que Israel "não durará muito" e convocou "todos os muçulmanos" a lutar contra o país.
Khamenei falou pela primeira vez desde a escalada de tensões entre Israel e Irã. Ele defendeu o ataque com mísseis do Irã ao território israelense nesta semana e a invasão do Hamas ao sul de Israel há um ano, quando os terroristas mataram 1.200 pessoas, dando início à guerra em Gaza.
O líder supremo classificou os dois ataques de "atos legítimos". Também chamou Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah morto por Israel em um ataque ao Líbano no fim de semana, de "irmão".
"A resistência da região não vai recuar inclusive com a morte de nossos líderes", declarou.
Khamenei discursou durante as orações semanais do islã em Teerã. Pela primeira vez em cinco anos, ele comandou a cerimônia, em homenagem Nasrallah.
Reação do Líbano
Três dias após Israel invadir o território libanês, as Forças Armadas do Líbano reagiram nesta quinta-feira (3) pela primeira vez à ofensiva e dispararam contra soldados israelenses.
Segundo as Forças Armadas do Líbano, militares libaneses reagiram depois que um grupamento de Israel atacou um posto militar do Exército libanês. O ataque deixou um soldado do Líbano morto.
Na prática, trata-se uma escalada do conflito. Desde que invadiu o Líbano, no início desta semana, Israel vinha enfrentando apenas integrantes do Hezbollah, o grupo extremista libanês financiado pelo Irã.
"Um soldado morreu depois que o inimigo israelense atacou um posto militar na área de Bint Jbeil, no sul, e os militares responderam com disparos", disse o Exército libanês, em comunicado.
Desestruturado e enfraquecido após duas guerras e em meio a uma das maiores crises econômicas internas no mundo atualmente, o Exército do Líbano sofre com falta de equipamentos, fundos e contingentes. Por isso, tem poucas condições de enfrentar o Exército israelense, na avaliação de especialistas.
Já o Hezbollah, financiado pelo Irã, tem um arsenal maior que o do Exército libanês.
As Forças Armadas de Israel ainda não haviam confirmado se atiraram contra o posto militar libanês nem se manifestado sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
O governo israelense vinha afirmando que os bombardeios e as incursões por terra no país vizinho não têm como alvo o Estado do Líbano, mas sim estruturas específicas do Hezbollah dentro do território libanês.
Mais de 1.900 mortos
Em menos de duas semanas, os bombardeios de Israel ao Líbano já deixaram 1.974 pessoas mortas, afirmou nesta quinta-feira (3) o Ministério da Saúde libanês.
Desse total, 127 eram crianças, ainda de acordo com o ministério.
Mais de 6 mil pessoas também ficaram feridas em decorrência dos bombardeios.
O número ultrapassou o balanço total de mortos na guerra do Líbano em 2006 — quando Israel também invadiu o país vizinho para lutar contra o Hezbollah. Em pouco mais de um mês, o conflito teve um total de 1.191 mortos, entre civis, soldados e membros do Hezbollah.
No conflito atual, as Forças Armadas de israelenses começaram a bombardear o território libanês em 20 de setembro, dias depois de anunciar uma nova fase da guerra, com foco no norte de Israel, perto da fronteira com o sul do Líbano. A região é o reduto do Hezbollah
No último dia 30, Israel invadiu o Líbano por terra. Nesta quinta-feira, dois novos ciclos de bombardeios atingiram o centro de Beirute, matando nove pessoas e ferindo outras 14.
Crise humanitária grave
Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira (2), o representante interino do Líbano na ONU, Al-Sayyid Hadi Hashim, afirmou que o país foi empurrado para uma crise humanitária grave, com milhares de pessoas desabrigadas.
Segundo Hashim, um milhão de libaneses precisaram deixar suas casas por causa do conflito. O país também abriga 2 milhões de sírios deslocados, além de 500 mil palestinos refugiados.
"O que está acontecendo agora, com essas mortes, pessoas desabrigadas e destruições sem precedentes, não pode ser mais tolerado ou ignorado. As crianças dos subúrbios do sul de Beirute estão dormindo nas ruas", afirmou.
Do lado de Israel, 50 soldados morreram em confrontos diretos com membros do Hezbollah no sul do Líbano, segundo as Forças Armadas israelenses. Oito deles foram mortos na quarta-feira (2) em uma emboscada do grupo extremista em um vilarejo no sul.
O representante de Israel na ONU, Danny Danon, disse que o país enfrenta ataques diretos à própria existência. "Essa é a realidade que enfrentamos todos os dias: terror nas fronteiras, mísseis sobre nossas cabeças, balas nas ruas. O Conselho [de Segurança da ONU] precisa entender o cenário em que Israel é forçado a viver", disse.
O representante do Líbano rebateu o argumento de Israel e disse ser "mentira" que as forças israelenses tenham feito ataques precisos e "cirúrgicos".
"Os prejuízos aos civis e à infraestrutura civil são imensos", afirmou Hashim. "Hoje, o Líbano está preso entre a máquina de destruição de Israel e a ambição de outros na região. As pessoas do Líbano rejeitam essa fórmula fatal. O Líbano merece vida."
O governo do Líbano pediu ao Conselho de Segurança da ONU o envio de ajuda humanitária urgente e apelou por um aporte financeiro de US$ 426 milhões (R$ 2,3 bilhões). O país também pediu para que outras nações pressionem Israel para a aprovação de um cessar-fogo de 21 dias proposto por França e Estados Unidos.
"O Conselho de Segurança deve tomar as medidas para evitar uma implosão do Oriente Médio", afirmou Hashim.
Entenda o conflito
Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas.
Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade ao Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah.
O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes acontecimentos:
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O Fluminense venceu o Cruzeiro por 1 a 0, com gol do colombiano Jhon Arias, e saiu da zona de rebaixamento no começo da 29ª rodada ao chegar aos 30 pontos. A posição final será definida na sequência dos jogos que acontecem neste final de semana.
A partida marcou o reencontro do Tricolor com o técnico Fernando Diniz, que assumiu recentemente o Cruzeiro.
Começo celeste
Fluminense e Cruzeiro protagonizaram uma primeira etapa muito aberta no Maracanã em um duelo de um time que tentava pressionar alto e outro que buscava sair jogando de trás, respectivamente. Foi justamente quando conseguiu fazer essa pressão de forma mais efetiva que o Fluminense criou as melhores oportunidades, duas vezes em erros de Villalba. Mas quem foi mais perigoso foi o Cruzeiro. Saindo bem com a bola de trás, o time mineiro criou pelo menos três grandes oportunidades de gol, uma delas salva por Thiago Santos em cima da linha.
Craques decidem
A volta do intervalo mostrou um jogo menos intenso. O Cruzeiro cometia muito erros na saída de bola. Um deles originou o gol tricolor. Cássio tentou sair rapidamente e mandou pela lateral. Samuel Xavier cobrou rápido, a construção começou de trás com Martinelli até chegar a Ganso. O camisa 10 tocou para Arias, recebeu de volta e lançou o camisa 21 na área. Arias bateu cruzado e abriu o placar. Em vantagem, o Tricolor tentou esfriar o jogo com muitas faltas, enquanto os cruzeirenses tentavam se lançar à frente com pouca organização e muitos erros. O único lance de perigo foi uma cabeçada de Matheus Henrique defendida por Fábio de forma espetacular. Vitória garantida e saída momentânea do Z-4.
Seca histórica
A vitória tricolor mantém uma escrita de mais de uma década do Fluminense sobre o Cruzeiro. A última vitória celeste sobre o adversário no Rio de Janeiro foi há 12 anos, em 2012 no Nilton Santos, e no Maracanã há 16 anos, em 2008.
Tom de despedida?
Autor do gol da vitória, Jhon Arias desconversou ao ser perguntado se vai deixar o Fluminense no fim do ano. O colombiano se disse "100% focado em livrar o clube do rebaixamento e em criar a filha".
Erros em excesso
O Cruzeiro cometeu muitos erros na saída de bola, marca registrada de Fernando Diniz e que vira motivo de elogios e críticas ao treinador. William criticou os erros da equipe, especialmente no segundo tempo.
Situação da tabela
A vitória coloca o Fluminense com 30 pontos e garante a saída momentânea do Z-4. O Tricolor subiu para a 16ª colocação, passando Vitória e Corinthians, que ainda jogam na rodada. O Cruzeiro segue na 8ª posição, não vai ser ultrapassado por nenhuma equipe, mas pode ver o G-6 se distanciar.
Próximos passos
Os dois times agora ganham descanso de duas semanas durante a Data Fifa antes de voltar em campo. O Fluminense enfrenta o Flamengo no dia 17 de outubro, às 20h, no Maracanã. No dia seguinte, o Cruzeiro recebe o Bahia no Mineirão, às 21h30.
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No duelo entre catarinenses e goianos contra o rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro, o Criciúma levou a melhor e venceu o Atlético-GO por 2 a 0 na noite desta quinta-feira. O time comandado por Cláudio Tencati balançou a rede com Rodrigo e Fellipe Mateus e viu o Z-4 ficar mais longe com o triunfo no Estádio Heriberto Hülse, enquanto o Dragão segue na lanterna.
COMO FICA?
Com a vitória diante da torcida, o Criciúma somou os três pontos, chegou aos 35 e pulou para o 11º lugar na tabela, abrindo sete pontos da zona de rebaixamento. Do outro lado, o Atlético-GO, com 21, está em último.
PRIMEIRO TEMPO!
A etapa inicial foi marcada por um Criciúma tenso e um Atlético-GO com espaços e mais lances de perigo. Porém, foi o time da casa que passou a comandar a partida após os 25 minutos. Allano, por exemplo, protagonizou dois momentos que fizeram a torcida carvoeira levantar da arquibancada. Aos 28 minutos, o atacante mandou a bola no travessão do Dragão. Na sequência, aproveitou a falha do goleiro Pedro Rangel, mas acabou finalizando por cima do alvo. Quando o relógio marcava 41, Matheusinho levantou na área, e o zagueiro Rodrigo apareceu livre no segundo pau para cabecear direto na rede.
SEGUNDO TEMPO!
A etapa final começou como o primeiro tempo terminou: com gol do Criciúma. Allano recebeu a bola na área e cruzou rasteiro para Fellipe Mateus. O camisa 7 chegou batendo de primeira e conseguiu encobrir Pedro Rangel e ampliar o placar. Bolasie, em seguida, teve nos pés a chance de fazer o terceiro, mas desperdiçou. O atacante saiu cara a cara com o goleiro do Dragão, que levou a melhor na disputa individual. Atrás no marcador, o time visitante pouco criou para buscar a igualdade no Majestoso.
AGENDA DO TIGRE!
O próximo compromisso do time catarinense na Série A será contra o Botafogo, pela 30ª rodada. A partida acontece no dia 18 de outubro (sexta-feira), às 20h (de Brasília), no Maracanã.
AGENDA DO DRAGÃO!
O Atlético-GO entra em campo novamente no dia 18 de outubro (sexta-feira), às 19h (de Brasília), contra o Cuiabá, no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia, também na 30ª rodada do Brasileiro.
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O governo brasileiro decidiu adiar em 24 horas a decolagem do primeiro voo que sairia de Beirute, capital do Líbano, para repatriar brasileiros que querem deixar as áreas de conflito no país.
Com isso, a previsão é de que o avião da Força Aérea Brasileira deixe o país apenas às 14h deste sábado (5), pelo horário de Brasília.
A decisão foi tomada por razões de segurança, segundo o governo informou aos próprios brasileiros no Líbano. As informações foram confirmadas à TV Globo por autoridades envolvidas na missão de repatriação.
"Informamos que, por considerações de segurança, o voo de repatriação precisou ser adiado. Você será avisado oportunamente. Sairá possivelmente amanhã, 05/10", diz a mensagem enviada aos brasileiros por volta das 4h desta sexta (horário de Brasília).
Horas depois, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota confirmando o adiamento.
"Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia", informou o Itamaraty.
O avião da FAB, um KC-30 com capacidade para cerca de 220 pessoas, está em Lisboa, Portugal – e só deve seguir para o Líbano quando houver condições de decolar novamente.
O território libanês tem sido alvo de ataques israelenses em uma ofensiva do país liderado por Benjamin Netanyahu contra o grupo extremista Hezbollah.
Na noite desta quinta (horário do Líbano), Israel bombardeou as proximidades do aeroporto de Beirute. Antes da confirmação do adiamento, Mauro Vieira foi questionado por jornalistas sobre a segurança para o pouso do avião da FAB.
"O que eu queria dizer é que as garantias serão dadas pelas autoridades legais. Se houver algum episódio que não permita a aterrissagem claro que será adiado. Isso será resultado dos constantes encontros, reuniões e consultas com autoridades", disse o ministro.
A aeronave, modelo KC-30, está em Lisboa, Portugal, onde aguardas definições para continuar a operação.
Operação Raízes do Cedro
O avião que faz parte da operação de resgate batizada de Raízes do Cedro decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira (2) e chegou a Portugal na manhã do mesmo dia.
A previsão é que, neste primeiro voo, 220 brasileiros sejam retirados do território libanês, afetado pelo conflito entre Israel e o Hezbollah.
A prioridade será para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidade de assistência médica.
"Primeiros brasileiros não residentes, depois brasileiros residentes. E, dentro dessas categorias, são estabelecidos por lei, idosos, gestantes, crianças, pessoas com deficiência e doentes de toda forma", explicou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Segundo uma fonte do Itamaraty, quase 3 mil pessoas demonstraram disposição para voltar ao Brasil. A maioria é de moradores do Vale do Bekaa e da capital, Beirute.
O brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, disse que o Brasil tem capacidade para buscar 500 pessoas por semana no Líbano.
A decisão por uma missão oficial foi tomada após uma conversa do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira, no México, onde eles estavam no início desta semana para acompanhar a posse da nova presidente Claudia Sheinbaum.
A embaixada em Beirute está fazendo consultas desde terça-feira da semana passada e a procura tem aumentado dia após dia.
Em paralelo a isso, estão sendo montadas listas com as pessoas que devem deixar o país com a ajuda oficial.
Segundo fonte do Itamaraty, os números tendem a oscilar porque algumas famílias desistem, outras conseguem sair por conta própria e outras podem entrar na lista em decorrência do aumento dos riscos.
Em 2006, última grande crise militar entre Israel e Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros deixaram o Líbano.
Conflito armado
O Líbano tem sido alvo de bombardeios aéreos do Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah em território libanês.
Os ataques têm atingido também civis, e dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação dos ataques a partir do dia 20 de setembro. Nesta segunda (30), houve registro de invasão por terra.
Mauro Vieira levou a Lula elementos da situação em Beirute, capital do Líbano, e das conversas que teve em Nova York.
No sábado (28), o chanceler do Brasil se reuniu com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib. Os dois avaliaram o atual momento do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah e discutiram as chances de uma repatriação de brasileiros no país.
Desde a segunda-feira passada (23), o Itamaraty discute a necessidade de uma operação de repatriação. O grande ponto era a opção por qual rota seria usada para o resgate.
Além do uso do próprio aeroporto de Beirute, que até o momento continua aberto, o governo brasileiro também mapeia a possibilidade de usar bases aéreas operadas pela Rússia dentro do território da Síria.
Há duas mais próximas da fronteira com o Líbano: em Hmeymim, ao norte do Líbano e em Shayrat, a noroeste do Líbano.
Não está descartada uma outra opção, tida como mais complexa. A retirada dos brasileiros pelo Chipre.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que esperou um "milagre de Deus" para que o avião presidencial que teve um incidente no México esta semana não caísse.
O presidente afirmou que pensou muito sobre a vida durante as cerca de cinco horas em que a aeronave ficou voando em círculos para queimar combustível e ficar mais leve para pousar, na última terça-feira (1º).
"Eu vou dizer a vocês, eu pensei na minha porque eu fiquei quatro horas e meia dentro de um avião, sabe, esperando um milagre de Deus para que o avião não caísse. Eu pensei muito na minha vida", afirmou Lula.
A declaração do presidente foi dada durante uma transmissão ao vivo em uma rede social com o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), candidato a prefeito da capital paulista.
Na terça-feira (1º), com problemas técnicos, o avião de Lula fez 50 voltas no céu do México até pousar. A aeronave ficou quase 5 horas sobrevoando a Cidade do México para perder combustível e voltar ao solo em segurança.
A falha não foi detalhada e a comitiva precisou usar o avião 'reserva' para retornar.
Compra de novo avião
Também nesta quinta-feira (3), o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, defendeu a compra de um novo avião presidencial.
“Um país como o nosso, do tamanho do Brasil, merece ter um avião de maior porte para transportar o presidente”, afirmou.
"Pessoalmente eu defendo [a compra de uma nova aeronave]. Esse avião completa 20 anos em 5 de janeiro. O avião é seguro, mas além disso ele tem autonomia que nos atende em parte. Acho que um país como o nosso, uma potência mundial, entre as dez maiores economia do mundo deve ter um avião maior, que tenha mais autonomia e mais espaço para levar o mandatário do país”, disse Damasceno.
Investigação
Damasceno afirmou que não houve desligamento da turbina e do motor do avião e que as causas da falha seguem em investigação pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Não há prazo para divulgação do relatório preliminar.
Segundo ele, não foram encontrados sinais de “ingestão de pássaros” e outras hipóteses são consideradas.
“Nós não temos indicação de ingestão de pássaros, não há ainda. Normalmente quando o pássaro é grande fica pena, sangue, mas pode ser. Sempre que há uma vibração no motor e dá uma trepidação na estrutura, no airframe [corpo] do avião, sempre é uma indicação de que às vezes o desprendimento de uma peça, ou uma ingestão de pássaros ou as vezes uma coisa quase absurda a ingestão de um outro alimento que sai de outro avião", afirmou o comandante.
g1
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A Polícia Federal apreendeu R$ 300 mil, em notas de R$ 100 e R$ 200, durante uma ação no final da manhã desta quinta-feira (3), no bairro de Tambaú, em João Pessoa. A suspeita é de que a quantia seria usada para a compra de votos.
De acordo com a Polícia Federal, a quantia foi apreendida em um veículo onde estavam dois homens. Junto com o dinheiro, no carro também havia adesivos e santinhos de um candidato. O nome do candidato não foi divulgado pela PF.
Após a apreensão, tanto a soma em dinheiro quanto os homens foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal. Os celulares dos suspeitos também foram apreendidos.
g1 PB
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (3/10) que o governo federal tratará os impactos das bets como uma questão de dependência. Ele convocou uma reunião ministerial nesta tarde para discutir medidas a serem apresentadas para reduzir o endividamento e o impacto social das casas de aposta.
“Tem muita gente se endividando, muita gente gastando o que não tem, e nós achamos que isso tem que ser tratado como uma questão de dependência. Ou seja, as pessoas estão dependentes, as pessoas estão viciadas”, declarou o petista na abertura do encontro, que começou por volta das 15h. “Daqui nós vamos tirar uma decisão, e depois vocês vão saber qual foi a decisão que o governo vai apresentar”, acrescentou o chefe do Executivo.
O avanço das bets no país e o endividamento causado por elas acendeu um alerta no governo federal. Lula pediu a seus ministros, na semana passada, que estudem medidas para conter os impactos negativos das apostas, como proibir o uso do Bolsa Família e acompanhar o endividamento por CPF.
Participam do encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, bem como os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), André Fufuca (Esportes) e Rui Costa (Casa Civil), além do advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Também estão presentes técnicos da Fazenda, incluindo o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, e o secretário de Prêmios e Apostas Esportivas da Fazenda, Régis Dudena.
Governo Bolsonaro "não fez absolutamente nada"
Lula destacou ainda que a legalização das bets ocorreu durante o governo de Michel Temer, em dezembro de 2018, e afirmou que o governo seguinte, de Jair Bolsonaro, “não fez absolutamente nada”. Também argumentou que sua gestão resolveu tratar do tema no começo do mandato.
“Quando nós entramos, já no primeiro semestre a gente começou a fazer uma avaliação do setor pelo Ministério da Fazenda. Depois, ainda em julho de 2023, nós fizemos já a primeira medida provisória. Depois tem um processo, que o Haddad vai falar, uma sequência do que aconteceu até o dia de hoje”, disse o presidente.
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