Teve "sangue, suor e lágrimas", mas o Santa Cruz saiu vencedor em um Arruda cheio, neste domingo. Contra o Campinense, que jogou bem e ainda teve dois gols anulados por impedimento, o Tricolor venceu a Raposa por 1 a 0, com gol de Ítalo Melo, marcado ainda no primeiro tempo, e saiu com os três pontos na Série D. Em um duelo, diga-se, marcado por discussões no campo, xingamentos e até expulsão.
Como fica?
O triunfo, válido pela terceira rodada da Série D, fez o time coral subir uma posição na tabela do grupo 3 do Brasileiro. Agora, está com seis pontos, na terceira posição, mesmo somatório do líder Sousa. Já a Raposa, após o revés - que quebra uma sequência de duas partidas sem derrotas do clube paraibano -, cai para o último lugar do G-4, com quatro pontos conquistados.
Agenda
As equipes voltam a campo no próximo domingo, pela Série D. O Santa Cruz joga contra o Nacional de Patos, dia 28, fora de casa, às 16h; no mesmo horário, o Campinense visita o Sousa.
Teve de tudo
Se o final de jogo foi de festa para a torcida do Santa Cruz, fora do campo tivemos cenas lamentáveis entre organizadas, queda de torcedora no canal da Beberibe - repetindo o velho problema de operação de jogo - e muita confusão até mesmo no andamento do duelo contra o Campinense. A apoteose da vez ficou por conta de um irritado Luan Carlos, treinador da Raposa. O comandante acabou expulso pelo árbitro e não gostou nada: fez gestos obscenos a rodo para a torcida e até atletas do banco de reservas.
Segue o tabu
A vitória sobre o Campinense também manteve uma escrita: a do Santa Cruz nunca ter perdido para o rival jogando em seu estádio. Agora, são 10 partidas disputadas entre as equipes, com sete vitórias tricolores e três empates.
Primeiro tempo
Empurrado pela torcida, o Santa Cruz demorou a acordar. Tinha o domínio da bola, mas sem conseguir articular bem as jogadas. Por isso, arriscou chutes de fora da área. Como no de Fabrício Bigode, que obrigou o goleiro do Campinense a espalmar. Chiquinho, também de fora da área, mandou a bola por cima do gol de Gleibson. Nadson também desperdiçou boa chance, de cabeça, fraco, para o arqueiro do Campinense segurar. Mas a Raposa, apesar da pressão, reagiu à altura. Escuro arriscou de longe uma bomba e Michael Fracaro se esticou todo para evitar o primeiro gol no Arruda. Minutos depois, Gilvan fez jogada individual e mandou por cima. Mais solto no jogo, o Campinense ainda teve boa oportunidade com Jefferson Victor, que titubeou na hora de finalizar para o gol tricolor, a bola bateu na mão de Marcus Vinícius, mas o árbitro mandou a partida seguir. No fim, veio o gol do Santa Cruz. Após lambança na pequena área do time paraibano, Ítalo Melo mandou para o fundo das redes. A vantagem, no entanto, quase se transformou em dor de cabeça: Maicon Assis voou mais alto que todo mundo e empatou para os visitantes. O gol, no entanto, foi anulado - gerando bate boca entre as equipes e até na comissão técnica. As cenas lamentáveis, no entanto, acabaram com punição: o técnico Luan Carlos, do Campinense, terminou expulso pelo árbitro e não poupou gestos obscenos.
Segundo tempo
O Campinense voltou melhor e assustando o Santa Cruz. E novamente com gol anulado pelo bandeirinha. Gilvan mandou bola na trave após passe de Thiago Ennes, enganou Michael Fracaro e Matheus Lagoa só teve o trabalho de mandar para o fundo das redes. Acontece que o camisa sete da Raposa estava adiantado. A oportunidade de perigo não se resumiu apenas a este lance, no entanto. A Raposa tinha espaços e se postava quase que completa no campo de defesa do Santa Cruz - que, embora tivesse tido chance clara com Fabrício Bigode, desperdiçou. Guilherme Escuro, destaque do time paraibano, mandou falta na medida e Michael Fracaro se jogou no canto para salvar. Até que, numa escapada após falha de iniciação do Campinense, o Santa Cruz acordou, quase marcando um golaço do meio da rua com Pipico. O camisa 9 tricolor viu Gleibson adiantado e tentou por cobertura. Por pouco. Também por pouco o Campinense não empatou nos minutos finais. Michael Fracaro se adiantou em batida de escanteio e bola parou no travessão. Ou quando Gilvan, sozinho na pequena área, ele e o arqueiro tricolor, cabeceou para baixo, para fora.
ge
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.