Novembro 25, 2024

Neymar reverencia Pelé, fala de cobranças e diz que pode jogar sua última Copa

Neymar vai disputar a sua terceira Copa do Mundo. E, mais uma vez, chegará ao torneio como principal referência da seleção brasileira. Agora, com 30 anos, 121 jogos e 75 gols com a amarelinha, o camisa 10 do Brasil terá a oportunidade de chegar à competição sem percalços e as lesões que o atrapalharam nas edições passadas.

- Acho que é mais do que imaginava, do que eu sonhava. Nunca pensei em números, nunca quis ultrapassar ninguém, bater recorde. Sempre quis só jogar futebol.

- Esse era o meu sonho, o que eu projetava para mim. Claro que jogar pela seleção brasileira era o meu sonho. Só de jogar pela seleção é algo surreal. Era um sonho que eu não estava realizando só para mim, mas para os meus amigos, que não conseguiram jogar profissionalmente, para o meu pai, para o meu avô, para a minha família.

Em 2014, no Mundial do Brasil, após boas atuações, ele acabou sofrendo uma pancada nas costas do volante Zuñiga, da Colômbia, e sofreu uma fratura na coluna. O Brasil passou pelos rivais nas quartas de final, mas na semifinal, sem Neymar, perdeu de 7 a 1 para a Alemanha. O time ficou na quarta colocação. Quatro anos depois, antes da Copa da Rússia, o jogador quebrou o quinto metatarso do pé direito e chegou ao torneio sem o melhor de suas condições.

Na entrevista concedida na Ásia, em junho, durante os amistosos contra Coreia do Sul e Japão, o atacante estava solto, feliz e pronto para mostrar que estava focado para a Copa do Mundo. Porém, o jogador lamentou o que considera críticas injustas em alguns momentos de sua carreira e respondeu se é ou não difícil ser Neymar.

- Depende do ponto de vista, do jeito que você olha. Para mim, não. Tem muitas cobranças? Tem. Tem cobranças injustas? Tem. Tem coisas que são fundamentais e te fazem bem? Tem. Eu pego para mim. Mas também existem injustiças por você ser o Neymar. Por ser eu hoje na seleção brasileira. Escuto coisas na minha carreira e escuto até hoje que olho e penso, sem sentido isso. Não posso estar alcançando números hoje sem ter me cuidado na minha carreira, sem ter treinado, sem ter batalhado para conquistar isso tudo. Não posso estar batendo recordes a todo momento, a cada dia que passa. A cada jogo que passa eu bato um recorde à toa? Não é à toa. Trabalhei para isso, treinei para isso, deixei de fazer muita coisa para isso. As críticas injustas, nesse sentido, me ferem muito porque ninguém conhece a realidade que eu passo. Ninguém sabe do meu dia a dia, ninguém tá ali comigo pra isso. As pessoas que estão ao meu redor, que são mais próximas de mim, realmente sabem o que eu faço para estar bem, para estar 100%, para não sofrer lesão. As lesões acontecem, fazem parte do atleta, do jogador de futebol. Infelizmente elas vem em momentos que você não quer. Faz parte. Não é uma coisa que eu escolho. Eu me cuido todo dia, me preparo para isso, faço as coisas que eu tenho que fazer para exercer um bom futebol no jogo. O dia que eu não quiser mais me cuidar, eu não vou jogar futebol. Não é para isso, não é assim. As pessoas tem que entender que a minha vida não é do jeito que elas imaginam. Ela é do jeito que eu quero que ela seja. Estou aqui para isso, para bater recordes, para tentar construir uma história na Seleção. Já construí uma longa história na Seleção e, com certeza, eu quero finalizar ela muito bem.

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Portal Santo André em Foco

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