O Palmeiras vai voltar a encarar uma maratona até o fim da temporada. Afinal, no período de pouco mais de um mês, a equipe alviverde tem, além dos 11 jogos restantes pelo Campeonato Brasileiro, mais dois compromissos pela frente para decidir a Copa do Brasil contra o Grêmio e a esperada final da Libertadores contra o Santos, no Maracanã.
Portanto, em uma desgastante temporada, achatada por conta dos quatro meses de paralisação após início da pandemia do novo coronavírus, o Palmeiras vai precisar colocar a questão física em primeiro plano – especialmente pensando na decisão da Libertadores, marcada para o dia 30 de janeiro na capital carioca.
O próprio técnico Abel Ferreira admite que as próximas semanas vão servir para um Palmeiras diferente. A força será a máxima, assim como a competitividade, promete o treinador. No entanto, diante da primeira final de Libertadores em 20 anos, a prioridade será física, a começar pelo duelo desta sexta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Grêmio, pelo Brasileirão.
– A sorte é que jogamos um jogo de cada vez, se fossem os três juntos seria difícil. Gerir energia para estar na máxima força a cada jogo. É isso que temos feitos, essas informações que vamos tirando, viagens longas, gramados diferentes que têm impactos físicos. É verdade que estamos nas três competições, ainda bem – declarou Abel Ferreira.
– É duro, exige uma capacidade de superação enorme, mas prefiro estar lá disputando do que assistindo no sofá. É para isso que trabalhamos, que somos treinadores, jogadores. Mas como disse o Renato, todas as equipes querem o mesmo, mas só uma ganha. É impossível ganhar sempre no futebol. O importante é sabermos o que temos que fazer – acrescentou o treinador.
Antes mesmo da classificação contra o River Plate, o Palmeiras passou a observar mais a questão física para escalar os jogadores. Rony, com edema na coxa, chegou a desfalcar o time no Campeonato Brasileiro para reunir as melhores condições no torneio sul-americano.
Contra o Sport, no último fim de semana, Abel deu descanso a Matías Viña, Gustavo Gómez, que desfalca o Palmeiras nesta sexta-feira, Luiz Adriano e Marcos Rocha. Todos desgastados pela sequência palmeirense desde o retorno do futebol. Foram 49 jogos desde 22 de julho.
A maratona, contudo, é valorizada (e comemorada, obviamente) dentro do próprio Palmeiras. Afinal, o campeão paulista de 2020 entra na reta final da temporada com a possibilidade de ganhar mais duas taças e podendo até brigar por algo maior no Brasileirão, caso siga embalado – se vencer o Grêmio serão três vitórias consecutivas.
– Se estivéssemos só em uma competição estariam a dizer, agora que estamos, também estão falando. É melhor estar lá. Precisamos usar todos os recursos que temos. O jogador precisa entender que precisamos gerir energia para estar com a força máxima nos jogos – sentenciou.
– É difícil, muito duro, ainda mais em um contexto de pandemia. Quando me disseram isso não acreditei, teremos que fazer jogos com um dia de intervalo. Mas se tivermos que fazer, vamos fazer. Temos que encarar sem desculpas – encerrou Abel Ferreira.
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