Não precisava ser com tanta emoção, mas, depois de quase 100 minutos (nove de acréscimo no segundo tempo!), o Palmeiras sobreviveu ao seu pior jogo sob comando de Abel Ferreira e está na final da Copa Libertadores depois de 20 edições. A derrota por 2 a 0 para o River Plate, na noite desta terça-feira, no Allianz Parque, só não foi desastrosa porque o Verdão havia vencido o jogo de ida por 3 a 0, na Argentina. Em um duelo à altura da Libertadores, o time de Marcelo Gallardo dominou do início ao fim, fez dois gols no primeiro tempo e teve outro anulado pelo VAR no segundo. O Palmeiras resistiu como pôde mesmo depois de ter um a mais em campo – Rojas foi expulso – e, aliviado, comemorou a classificação. Agora é esperar Santos ou Boca para a finalíssima do dia 30 de janeiro.
VAR em ação
O árbitro de vídeo atuou duas vezes no segundo tempo em lances capitais: primeiro, detectou impedimento de Borré no início da jogada que seria a do terceiro gol do River. Depois, retirou um pênalti de Empereur em Matías Suárez que havia sido marcado pelo árbitro uruguaio Esteban Ostojich. Nos dois lances, o árbitro foi à beira do campo, analisou os lances e voltou atrás nas decisões. No fim, nova polêmica: um possível pênalti a favor do River foi analisado, mas nada marcado. Tensão total até o último minuto.
Como fica?
O Palmeiras, agora, aguarda o vencedor de Santos x Boca Juniors nesta quarta-feira para saber quem enfrenta na decisão do próximo dia 30 de janeiro, no Maracanã. O jogo de ida entre os rivais terminou 0 x 0, na Bombonera.
Mais uma final!
A classificação diante do River leva o Palmeiras à sua quinta final de Copa Libertadores. Nas outras quatro finais, o Verdão conquistou um título, em 1999, e foi vice três vezes – 1961, 1968 e 2000. Nova chance depois de quase 21 anos.
Primeiro tempo
Foram 45 minutos de amplo domínio do River, que não mostrou as falhas que teve no jogo de ida, manteve a posse de bola e fez o Palmeiras se retrair. Ainda que as chances mais claras tenham demorado a sair, o time argentino soube dominar o rival sem sofrer muito. O Verdão apostou nas transições rápidas, mas só teve uma no início – lançamento para Rony que terminou em ótima saída do gol de Armani. Nervoso e com a bola “queimando” nos pés, o Palmeiras viu o River rondar cada vez mais a área e abrir o placar na bola aérea, com Rojas vindo de trás e subindo sozinho. O Verdão ainda respondeu em outra escapada de Rony que terminou em chute para fora de Zé Rafael, mas a pressão do River levou ao segundo gol, de Borré, após a bola cruzar a área e passar por Luan, que havia entrado no lugar do lesionado Gustavo Gómez.
Segundo tempo
A pressão do River Plate continuou e deu resultado logo aos nove minutos, quando Montiel apareceu sozinho na área e completou para as redes um cruzamento vindo da esquerda. O 3 a 0, porém, não se confirmou porque o VAR entrou em ação e detectou impedimento do próprio Borré no início do lance. Sem encontrar respostas, Abel Ferreira lançou Emerson Santos e Raphael Veiga para dar outra dinâmica ao meio de campo, mas não funcionou. Nem a expulsão de Rojas, aos 27, deu sossego ao torcedor palmeirense. O time continuou sofrendo em campo, viu o VAR atuar novamente para anular pênalti de Empereur em Suárez e teve de conviver com o suspense até o último minuto, quando o árbitro foi novamente ao vídeo analisar (mas não marcar) possível pênalti para o River. O apito final encerrou o sufoco alviverde.
Próximos jogos
O Palmeiras mal terá tempo para descansar e volta seu olhar para o Brasileirão: enfrenta o Grêmio nesta sexta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque, pela 30ª rodada.
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