O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta sexta (31) as regras para o Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2019. Os interessados em solicitar a ajuda devem se inscrever no site do Fies (http://fies.mec.gov.br) de 25 de junho a 1° de julho.
O primeiro resultado (pré-seleção ou pré-aprovação) será divulgado no dia 9 de julho. A ordem de classificação seguirá as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O Fies é um programa de financiamento para estudantes cursarem o ensino superior em universidades privadas.
Poderá participar do financiamento:
Fies 2º semestre 2019
G1
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As inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2019 terminam nesta sexta-feira (31). O exame é voltado a jovens e adultos que não terminaram os estudos na idade esperada e desejam obter um certificado. A participação é gratuita.
Após inscritos, os estudantes deverão fazer a prova, que será aplicada no dia 25 de agosto em 611 municípios do país, pela manhã e pela tarde.
Quem quiser obter certificado do ensino fundamental precisa ter mais de 15 anos. A certificação para o ensino médio é para candidatos acima de 18 anos.
Encceja 2019
G1
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O vulcão do monte Agung, na ilha indonésia de Bali, entrou em erupção nesta sexta-feira (31), expelindo uma nuvem de cinzas e fumaça de mais de 2 mil metros de altura, diz a France Presse. Não há registro de feridos e, apesar da altura, não houve cancelamento de voos, informou a agência geológica da Indonésia.
Mesmo assim, o Agung permaneceu no segundo nível mais alto de alerta de perigo – 3 numa escala de 4 – e há uma zona de exclusão de 4km ao redor da cratera.
É a segunda vez que o vulcão entra em erupção nos últimos seis dias: no último sábado (25), mais de dez voos foram cancelados no país por causa da nuvem de cinzas que a atividade do vulcão causou.
O monte Agung vem entrando em erupção periodicamente desde que voltou à vida em 2017, quando causou a retirada em massa de milhares de pessoas do local. No ano passado, quando o vulcão entrou em erupção mais uma vez, 3 aeroportos da Indonésia foram fechados, com 446 voos afetados.
A última grande erupção do vulcão, em 1963, matou cerca de 1,6 mil pessoas.
A Indonésia está situada no "Anel de Fogo" do Pacífico, uma vasta zona de instabilidade geológica onde a colisão de placas tectônicas causa sismos frequentes e grande atividade vulcânica. A ilha de Bali, famosa pelo surfe, praias e templos, atrai 5 milhões de visitantes por ano.
G1
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O presidente americano, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (30) que agentes da Patrulha de Fronteira detiveram o maior maior grupo de migrantes ilegais já apreendido de uma vez.
"Ontem, agentes da Patrulha de Fronteira apreenderam o maior grupo de estrangeiros ilegais já detido: 1.036 pessoas que cruzaram a fronteira ilegalmente em El Paso por volta das 4h00", anunciou Trump em um tuíte, acompanhando sua mensagem com um vídeo de mais de dois minutos que mostra dezenas de silhuetas cruzando uma barreira.
Ainda na noite desta quinta, Trump anunciou que vai taxar todos os produtos importados do México em 5% até que o país vizinho elimine ou reduza drasticamente a entrada de imigrantes clandestinos em território norte-americano. A medida começa a valer em 10 de junho.
O Escritório de Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP, na sigla em inglês) disse em comunicado que o grupo cruzou o Rio Grande no setor de El Paso, Texas, e foi detido "imediatamente".
Todos os integrantes -- 934 membros de famílias, 63 menores de idade desacompanhados e 39 adultos solteiros -- eram de Guatemala, Honduras e El Salvador.
O CBP informou que grandes grupos foram encontrados previamente nessa área, a última vez na segunda-feira, quando os agentes detiveram 430 pessoas.
Os 1.036 presos nesta quarta-feira se somam aos mais de 530 mil estrangeiros detidos ou encontrados nos postos de entrada na fronteira sudeste desde 1 de outubro de 2018.
"Os democratas devem apoiar a nossa incrível Patrulha Fronteiriça e finalmente acertar os vazios legais de nossa Fronteira!", acrescentou Trump em seu tuíte.
Mais cedo, em declarações a jornalistas na Casa Branca, Trump acusou a oposição, que controla a Câmara Baixa do Congresso, de bloquear qualquer iniciativa sobre a fronteira e de não apoiar a legislação para pôr fim ao que classificou de "ridícula" política americana sobre solicitantes de asilo.
France Presse
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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta sexta-feira (31) que responderá com grande prudência às ameaças tarifárias feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu que os mexicanos se unam para lidar com esse desafio.
"Eu digo a todos os mexicanos que tenham fé, vamos superar essa atitude do governo dos EUA, eles farão retificações porque o povo mexicano não merece ser tratado dessa maneira", disse López Obrador.
Trump ameaçou impor tarifas punitivas em 10 de junho caso o México não interrompa o fluxo de imigração ilegal da América Central para os EUA.
Durante uma entrevista coletiva de rotina, López Obrador disse que o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, vai a Washington para tentar convencer o governo norte-americano de que as medidas de Trump não atendem aos interesses de nenhum dos países.
Trump anunciou que vai impor uma tarifa de 5% em todos os bens importados do México a partir do dia 10 de junho. A alíquota, segundo o presidente dos EUA, vai aumentar gradualmente até que o fluxo de imigrantes sem papéis na fronteira entre os dois países chegue a um fim.
No dia 1 de julho, a tarifa subirá para 10%, se a situação na fronteira não mudar. A escalada seguirá, diz Trump, a um ritmo de cinco pontos percentuais, até atingir o teto de 25%.
O calendário será o seguinte:
Trump afirma que o México não trata os EUA de maneira justa. O governo mexicano teria meios legais de parar o fluxo de imigrantes rumo ao território norte-americano de maneira fácil e rápida, de acordo com o texto da Casa Branca.
"Se a crise de imigração ilegal for aliviada com atitudes eficazes tomadas pelo México, as tarifas serão removidas. Se o México falhar em agir, as taxas vão continuar no nível alto [25%], e as empresas localizadas no México podem começar a retornar aos Estados Unidos para fabricar seus bens e produtos", escreveu Trump.
Ele ainda afirma que as companhias que se mudarem de volta aos Estados Unidos não vão pagar tarifas.
Trump culpa os democratas
Em um texto publicado em uma rede social, Trump afirmou que as leis de imigração são ruins e que o México ganha uma fortuna em cima dos EUA há décadas. "Eles podem consertar esse problema de forma fácil. É hora de eles finalmente fazerem o que precisa ser feito!", afirmou.
As ameaças foram feitas por Trump em meio a uma discussão sobre como devem ser as relações comerciais entre os dois países. No Congresso, parlamentares republicanos protocolaram o projeto para aprovar um novo acordo, que substituirá o Nafta.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse que pretende ver o acordo aprovado até setembro.
Reuters
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O papa Francisco desembarcou nesta sexta-feira (31) na Romênia, onde permanecerá por três dias, para reiterar a vontade de diálogo com os ortodoxos, mas também para recordar a repressão soviética e demonstrar sua proximidade com o povo cigano.
Francisco foi recebido no aeroporto de Bucareste pelo presidente romeno, Klaus Iohannis, um pró-europeu de confissão luterana, que na quinta-feira (29) manifestou satisfação com o encontro "cristão ortodoxos, católicos romanos e greco-católicos" em seu país.
"Venho como peregrino e irmão", anunciou o pontífice argentino em um vídeo ao povo romeno divulgado na quinta-feira.
Última visita de um papa à Romênia foi há 20 anos
Esta é a 30º viagem ao exterior em seis anos de pontificado e acontece 20 anos depois da visita de João Paulo II, o primeiro papa a visitar um país de maioria ortodoxa.
Francisco percorrerá em três dias boa parte da Romênia, um país de 20 milhões de habitantes e composto por um mosaico de religiões e línguas, com 18 minorias oficialmente reconhecidas.
O pontífice "deseja visitar todas as regiões do país, que representam a riqueza étnica, cultural e religiosa da Romênia", afirmou o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti.
No sábado (1), o papa visitará o santuário mariano de Sumuleu Ciuc (centro do país), frequentado principalmente pela minoria húngara, assim como Iasi (nordeste), o maior centro de católicos latinos. No domingo seguirá para Blaj (centro), sede da igreja greco-católica.
"O desafio do papa é demonstrar à comunidade ortodoxa que a igreja de Roma não quer latinizá-la" explicou à AFP o bispo Pascal Gollnisch, diretor geral da Obra do Oriente.
"A unidade que se busca não é institucional, não pretende reunir todos os cristão sob a etiqueta de católicos, e sim que todos se reconheçam como cristãos", completou.
Vínculo da Igreja com a Romênia se rompeu depois da Segunda Guerra
Situada entre a Europa oriental e ocidental, a Romênia estabeleceu relações diplomáticas com a Santa Sé em 1920, mas os vínculos se romperam depois da Segunda Guerra Mundial, com a chegada dos comunistas ao poder.
Na atualidade, 85% dos romenos se declaram ortodoxos. Os católicos são 7%, cerca de 1,4 milhão de fiéis, inclusive os 200 mil que pertencem à igreja greco-católica ou uniata.
A partir de 1948, esta comunidade minoritária foi integrada à igreja ortodoxa e, oficialmente, desapareceu. Sacerdotes e fiéis foram presos, e alguns, executados. Parte deles, no entanto, conservou os rituais em sigilo até a queda do líder comunista Nicolae Ceausescu, em 1989, que governou o país com mão de ferro.
Para honrar a memória desses católicos, no domingo, o papa beatificará sete bispos uniatas que foram detidos e torturados por agentes do regime comunista em 1948, morrendo em isolamento.
Outro momento importante será a missa de sábado no santuário de Sumuleu Ciuc, na Transilvânia, onde são esperadas 200 mil pessoas. O ato é considerado um reconhecimento da identidade húngara desta região pelas autoridades locais .
O papa completará a viagem com uma visita à comunidade romani, o povo cigano.
France Presse
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A Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU) assinaram nesta sexta-feira (31) um acordo de leniência com a Braskem, empresa investigada na Operação Lava Jato. Pelo acordo firmado, a empresa pagará um total de R$ 2,87 bilhões até janeiro de 2025.
Nesse tipo de acordo, a empresa reconhece os danos causados à administração federal por meio de práticas de corrupção, e se compromete a reparar os danos causados, além de colaborar com as investigações.
Após o cumprimento do acordo, a empresa pode ter benefícios como redução da multa em até 66%, voltar a receber subsídios e empréstimos do governo federal, além de poder fechar novos contratos com a administração pública.
Cerca de R$ 2 bilhões serão repassados à União e R$ 800 milhões à Petrobras. Até agora, a empresa já depositou R$ 1,33 bilhão. O restante, R$ 1,54 bilhão, será dividido em seis parcelas anuais entre 2020 e 2025.
Pagamentos previstos no acordo:
Segundo a CGU, a Braskem colaborou com informações e provas sobre atos ilícitos cometidos por mais de 60 pessoas físicas e jurídicas.
Até o momento, AGU e CGU já firmaram acordos com 7 empresas, com ressarcimento de R$ 8,93 bilhões. De acordo com o advogado-geral da União, André Mendonça, o governo deve assinar mais três acordos de leniência em 2019.
G1
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As contas do setor público consolidado, que englobam o governo federal, os estados, municípios e empresas estatais, registraram um superávit primário de R$ 6,637 bilhões em abril, informou o Banco Central nesta sexta-feira (31).
Isso significa que as receitas de impostos e contribuições do governo superaram as despesas. A conta não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.
O resultado das contas do setor público em abril deste ano representa melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o saldo positivo somou R$ 2,9 bilhões.
Ao decompor o resultado de abril:
Em todo ano de 2018, as contas do setor público tiveram um déficit primário R$ 108 bilhões, ou 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o quinto ano seguido de rombo nas contas públicas.
Parcial do ano e meta fiscal
De acordo com o BC, as contas públicas registraram um superávit primário de R$ 19,974 bilhões no acumulado dos quatro primeiros meses deste ano.
No mesmo período do ano passado, o saldo positivo nas contas públicas foi menor: R$ 7,291 bilhões.
Este também foi o maior superávit, para os quatro primeiros meses de um ano, desde 2015 (+R$ 32,4 bilhões).
O resultado positivo nas contas do setor público consolidado, no acumulado do ano, favorece o cumprimento da meta fiscal para este ano, ou seja, do resultado prefixado para as contas públicas.
Para 2019, o setor público (governo federal, estados, municípios e estatais) está autorizado a registrar déficit (despesas maiores que receitas) de até R$ 132 bilhões. Esse valor também não inclui os gastos com juros da dívida.
Após despesas com juros
Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta, no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional, houve déficit de R$ 28,048 bilhões nas contas do setor público consolidado em abril.
Em 12 meses até abril de 2019, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 485,071 bilhões, o equivalente 6,98% do PIB - ainda alto para padrões internacionais e, também, para economias emergentes.
Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto dos juros básicos da economia (taxa Selic), fixados pelo Banco Central para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 6,50% ao ano, na mínima histórica.
As despesas com juros nominais somaram R$ 34,685 bilhões no mês passado e R$ 389,496 bilhões em doze meses até abril de 2019 (5,6% do PIB).
Dívida bruta em quase 80% do PIB
A dívida bruta do setor público, uma das principais formas de comparação internacional (que não considera os ativos dos países, como as reservas cambiais), subiu em abril. Esse indicador é acompanhado mais atentamente pelas agências de classificação de risco.
Em março deste ano, a dívida bruta estava em 78,5% do PIB (R$ 5,430 trilhões), avançando para 78,8% do PIB em abril, e somando R$ 5,479 trilhões. De acordo com o Banco Central, esse valor representa novo recorde histórico.
O valor da dívida bruta não considera os títulos públicos na carteira do Banco Central, ao contrário do critério utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Por esse critério, a dívida bruta brasileira estaria em 86,3% do PIB em abril deste ano.
A dívida bruta brasileira está acima da média das nações emergentes que, ainda de acordo com o FMI, seria de pouco mais de 50% do PIB.
Já a dívida líquida do setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais) passou de R$ 3,755 trilhões em março deste ano, ou 54,3% do PIB, para R$ 3,769 trilhões em abril – o equivalente a 54,2% do PIB.
A dívida líquida considera os ativos do país como, por exemplo, as reservas internacionais – atualmente ao redor de US$ 380 bilhões.
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O dólar opera em queda sexta-feira (31), chegando a bater R$ 3,90, com melhora na cena política local, em meio a um dia de perdas para a moeda no exterior.
Às 16h19, a moeda norte-americana caía 1,31%, vendida a R$ 3,9252. Na mínima da sessão, chegou a R$ 3,9093, e na máxima, a R$ 3,9980.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,05%, vendida a R$ 3,9774. No mês, até quinta-feira, o dólar subia 1,7% e, no ano, 2,9%.
Cenário local
O real se fortalecia ante o dólar com investidores buscando começar junho em novo patamar, sob uma percepção mais otimista com a agenda de reformas, mais notadamente a da Previdência.
"Por mais que haja ainda ruído político, a expectativa do mercado com relação à Previdência é muito boa", disse à Reuters um operador de uma corretora nacional.
Ele afirmou ainda que a postura do presidente Jair Bolsonaro de buscar um pacto com os presidentes das Casas do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) no início da semana deu confiança a agentes financeiros.
O BC vendeu nesta sexta-feira todos os 5,05 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.
Em 22 operações, o BC já rolou US$ 5,555 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
Cenário externo
Do lado externo, segundo a Reuters, há aversão ao risco depois que, na noite de quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu impor tarifas sobre todos os produtos oriundos do México, começando em 5% e crescendo à medida que o governo mexicano não atuar para impedir a imigração ilegal.
As tarifas mais elevadas começarão em 5% no dia 10 de junho e aumentarão mensalmente até atingirem 25% em 1º de outubro, a menos que o México adote ações imediatas para combater a imigração, disse Trump.
Com exceção do peso mexicano, afetado diretamente pela ameaça de tarifas da parte do governo norte-americano, as demais moedas de risco se apreciavam.
De acordo com a Reuters, também contribuía para o sentimento de aversão ao risco dados chineses que mostraram uma contração mais forte que o esperado da atividade industrial em maio, aumentando a pressão para que Pequim adote mais medidas de estímulo para sustentar a economia.
As encomendas de exportação ampliaram o recuo pelo 12º mês seguido. As encomendas de importação também contraíram a um ritmo mais forte, refletindo o enfraquecimento da demanda em casa apesar de uma série de medidas de suporte ao crescimento.
G1
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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,5% no trimestre encerrado em abril, atingindo 13,2 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se a primeira queda após 3 altas seguidas e um leve recuo ante a taxa de 12,7% registrada no trimestre encerrado em março. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (12,9%), a taxa de desemprego caiu 0,4 ponto percentual.
Segundo o IBGE, a população ocupada no país somou 92,4 milhões de pessoas, ficando estável na comparação com o trimestre móvel anterior e aumentando 2,1% (mais 1,9 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre do ano passado (90,4 milhões de pessoas).
Na comparação com o trimestre terminado em março, a população ocupada cresceu em 502 mil pessoas, mais que o dobro da queda da população desempregada, que foi de 210 mil pessoas. Além disso, 32 mil pessoas entraram para o desalento, ou seja, desistiram de procurar emprego. Esses movimentos – aumento da população ocupada e aumento do desalento – proporcionaram um recuo na taxa de desocupação.
De acordo com o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, “foi uma surpresa” a estabilidade da população ocupada na comparação com o trimestre móvel anterior, após quedas expressivas nos últimos meses. “A gente não esperava essa estabilidade na população ocupada. Não fosse isso, a situação estaria ainda mais crítica”, disse.
Azeredo lembrou que dos quase 2 milhões de pessoas que entraram na população ocupada no último ano, 48% foram da categoria trabalhador por conta própria. "Ou seja, a ocupação segue crescendo por conta da informalidade", resumiu.
Apesar da queda do desemprego no trimestre encerrado em abril, a população subutilizada atingiu 28,4 milhões, número recorde da série histórica iniciada em 2012.
O grupo de trabalhadores subutilizados reúne os desempregados, aqueles que estão subocupados ou fazendo bicos (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos.
A taxa de subutilização da força de trabalho subiu para 24,9%, ante 24,2 % no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019. Isso significa que 1 em cada 4 brasileiros em condições de trabalhar está desempregado, trabalhando menos horas do que gostaria ou simplesmente desistiu de procurar emprego.
O número de pessoas desalentadas chegou a 4,9 milhões no trimestre encerrado em abril, alta de 4,2% em 1 ano (mais 199 mil pessoas), e também número recorde na série histórica do IBGE.
Já contingente de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas chegou ao número recorde de 7 milhões, alta de 3,3% (mais 223 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e aumento de 11,9% (mais 745 mil na comparação interanual.
Emprego com carteira assinada cresce
A boa notícia, segundo o IBGE, foi que o número de empregados no setor privado com carteira assinada cresceu 0,8% (mais 270 mil pessoas) na comparação com o trimestre móvel anterior, para 33,1 milhões de pessoas, quase meio milhão a mais que o registrado no mesmo trimestre do ano passado, quando chegou a 32,7 milhões, o menor contingente de toda a série histórica da pesquisa.
De acordo com o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, após 16 trimestres, o Brasil voltou a gerar vagas com carteira de trabalho assinada. “Foram 13 trimestres em queda e três com estabilidade. Esta é a primeira vez que a gente vê aumento”, afirmou.
"É uma luz no fim do túnel? Talvez, vamos ter que esperar as próximas divulgações", avaliou. “Embora tenha aumentado, ainda está 3,4 milhões abaixo do recorde já registrado, que foi de 36,5 milhões em julho de 2014. Esse é um número que a gente não vai recuperar tão cedo”, acrescentou.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na semana passada pelo Ministério da Economia mostraram que o país criou 129.601 empregos com carteira assinada em abril, melhor resultado para meses de abril desde 2013. No ano, porém, o ritmo segue abaixo do registrado no ano passado.
O número de empregados sem carteira assinada (11,2 milhões de pessoas) ficou praticamente estável (-0,3%) frente ao trimestre anterior, segundo o IBGE, e subiu 3,4% (mais 368 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Já a categoria dos trabalhadores por conta própria (23,9 milhões de pessoas) também ficou estável (0,2%) frente ao trimestre anterior e cresceu 4,1% (mais 939 mil pessoas) em 12 meses.
“Nós temos que comemorar o aumento da população ocupada em relação ao ano passado, o aumento da carteira de trabalho depois de 16 trimestres corridos, mas a subutilização no mercado de trabalho brasileiro ainda é um pesadelo”, afirmou o pesquisador do IBGE.
Renda estagnada
O rendimento médio real habitual do brasileiro (R$ 2.295) recuou 0,4% frente ao trimestre móvel anterior e avançou 0,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o que na avaliação do IBGE representa uma estabilidade.
Segundo o IBGE, o rendimento médio dos trabalhadores com carteira assinada foi de R$ 2.175, um valor 60% maior do que a média daqueles não têm carteira (R$ 1.364). Já a renda média dos trabalhadores por conta própria foi de R$ 1.667.
“Essa estabilização da renda é reflexo do mercado de trabalho informal. Com a entrada da carteira [de trabalho assinada], isso pode, futuramente, ter uma reação positiva, da renda voltar a subir”, disse Azeredo.
Ele ponderou que, apesar da renda estar estagnada, a massa rendimentos aumentou puxada pelo maior nível de ocupação. “Você tem mais pessoas trabalhando e sendo remuneradas e é isso que vai colocar o mercado de trabalho num círculo virtuoso”, disse.
A massa de rendimento real habitual (R$ 206,8 bilhões) também ficou estável contra o trimestre anterior e cresceu 2,8% em relação ao mesmo trimestre de 2018.
Economia estagnada
Na véspera, o IBGE divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil caiu 0,2% no 1º trimestre, a primeira contração desde 2016, em meio a um tombo dos investimentos e desaceleração do consumo das famílias. Com o fraco resultado da atividade econômica observado entre janeiro e março, passou a ganhar força entre os analistas um cenário de que o crescimento do Brasil neste ano possa ser inferior a 1%.
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