O dólar opera em queda sexta-feira (31), chegando a bater R$ 3,90, com melhora na cena política local, em meio a um dia de perdas para a moeda no exterior.
Às 16h19, a moeda norte-americana caía 1,31%, vendida a R$ 3,9252. Na mínima da sessão, chegou a R$ 3,9093, e na máxima, a R$ 3,9980.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,05%, vendida a R$ 3,9774. No mês, até quinta-feira, o dólar subia 1,7% e, no ano, 2,9%.
Cenário local
O real se fortalecia ante o dólar com investidores buscando começar junho em novo patamar, sob uma percepção mais otimista com a agenda de reformas, mais notadamente a da Previdência.
"Por mais que haja ainda ruído político, a expectativa do mercado com relação à Previdência é muito boa", disse à Reuters um operador de uma corretora nacional.
Ele afirmou ainda que a postura do presidente Jair Bolsonaro de buscar um pacto com os presidentes das Casas do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) no início da semana deu confiança a agentes financeiros.
O BC vendeu nesta sexta-feira todos os 5,05 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.
Em 22 operações, o BC já rolou US$ 5,555 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
Cenário externo
Do lado externo, segundo a Reuters, há aversão ao risco depois que, na noite de quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu impor tarifas sobre todos os produtos oriundos do México, começando em 5% e crescendo à medida que o governo mexicano não atuar para impedir a imigração ilegal.
As tarifas mais elevadas começarão em 5% no dia 10 de junho e aumentarão mensalmente até atingirem 25% em 1º de outubro, a menos que o México adote ações imediatas para combater a imigração, disse Trump.
Com exceção do peso mexicano, afetado diretamente pela ameaça de tarifas da parte do governo norte-americano, as demais moedas de risco se apreciavam.
De acordo com a Reuters, também contribuía para o sentimento de aversão ao risco dados chineses que mostraram uma contração mais forte que o esperado da atividade industrial em maio, aumentando a pressão para que Pequim adote mais medidas de estímulo para sustentar a economia.
As encomendas de exportação ampliaram o recuo pelo 12º mês seguido. As encomendas de importação também contraíram a um ritmo mais forte, refletindo o enfraquecimento da demanda em casa apesar de uma série de medidas de suporte ao crescimento.
G1
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