Novembro 27, 2024
Arimatea

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A Bolívia venceu a Venezuela por 4 a 0, nesta quinta-feira, em jogo da sétima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. No Estádio Municipal de El Alto, os bolivianos abriram o placar com lindo chute de Ramiro Vaca, aos 13 minutos. No último lance do primeiro tempo, Algarañaz aumentou, cobrando pênalti. Na segunda etapa, Terceros marcou o terceiro gol ainda no primeiro minuto. Já no fim da partida, aos 44, Monteiro decretou o placar final.

A VANTAGEM DA ALTITUDE
A seleção boliviana atuou, pela primeira vez nesta edição das eliminatórias, no estádio Municipal de El Alto. O estádio boliviano é a arena de futebol com maior altitude do mundo, localizada a 4.150m do nível do mar. Neste nível de altitude, a dificuldade de respiração e a diferença de movimentação da bola são fatores que influenciam na partida.

OLHO NA TABELA
Com a vitória, a Bolívia salta da penúltima para a sétima posição, somando agora seis pontos, ocupando a colocação que dá vaga na repescagem mundial. Já a Venezuela segue em quarto lugar, com nove pontos conquistados até aqui.

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Interlocutores de Lula afirmaram ao blog nesta sexta-feira (6) que o presidente da República chamou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para confirmar a denúncia de que houve assédio ou importunação sexual por parte do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

As denúncias contra Silvio Almeida foram publicadas em reportagem do Metrópoles. Segundo a publicação, uma das vítimas foi a ministra Anielle Franco. A ONG Me Too Brasil confirmou ter recebido as denúncias e informou que as vítimas pediram anonimato. Anielle não chegou a se pronunciar sobre o caso.

“Se ela confirmar, a situação dele no governo é insustentável”, diz um desses interlocutores de Lula.

Além de Anielle, Lula também quer ouvir Silvio Almeida, confirmou um aliado. O governo busca mais informações das outras denúncias relatadas na reportagem.

Mesmo sem a confirmação oficial, aliados de Lula afirmam que a situação do ministro é grave dentro do governo porque arrasta o desgaste para o colo do presidente Lula. Eles acreditam que o ideal seria Almeida se afastar até provar sua inocência. O ministro negou ter cometido assédio e publicou um vídeo em que diz que denúncias buscam atingir suas causas (veja abaixo).

Há uma preocupação por parte do Planalto de que o ministro “não saia passivamente” e “saia atirando”, nas palavras de um colega da Esplanada.

Um fato que reforça de que lado o governo está é a foto publicada pelo perfil da primeira-dama, Janja, beijando Anielle na testa.

Dois ministros ouvidos pelo blog afirmam que as histórias eram conhecidas nos bastidores desde o ano passado, mas que não houve denuncia na Controladoria-Geral da União (CGU), por exemplo. E que a denúncia teria de ser por importunação sexual, pois não há relação de hierarquia entre os dois ministros.

Dentro do governo, para além da investigação do caso, o governo vê como uma tragédia o episódio pelo simbolismo que carrega, envolvendo a figura de Silvio Almeida. E já espera a exploração do episódio pela oposição.

PF quer ouvir envolvidos
A Polícia Federal vai chamar para depor todos os citados na reportagem do Metrópoles sobre a existência de denúncias de assédio.

Entre os que devem ser ouvidos, estão o ministro Silvio Almeida, como denunciado, e a ministra Anielle Franco, na condição de possível vítima.

O blog apurou que, quando os primeiros boatos correram Brasília, foi levantada por assessores de Lula uma costura para que Silvio Almeida pedisse para sair e preservasse o governo.

A entrada da PF no caso foi confirmada nesta sexta-feira (6), pelo próprio diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues, ao jornalista Nilson Klava, da Globonews.

"[Vamos iniciar a investigação] por iniciativa própria, ainda não recebemos representação", disse Passos ao Em Ponto.

Ministro nega acusações
O ministro Silvio Almeida publicou uma nota dizendo que repudia as denúncias e que nega os assédios.

"Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", afirmou Sílvio Almeida.

Pouco depois de divulgar a nota, o ministro divulgou um vídeo em que repete os termos da nota e reforça que não cometeu assédio. Ele também ressaltou, no vídeo, que as denúncias visam atingir as causas que ele representa (veja abaixo).

Comissão de Ética da Presidência vai investigar
Em nota, o Palácio do Planalto informou que a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração sobre o caso.

Segundo o comunicado, o ministro foi chamado na noite desta quinta para "prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, por conta das denúncias publicadas pela imprensa contra ele".

"O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem", afirmou o Planalto.

Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2023, no início do governo. Formado em Filosofia e Direito, doutor e pós-doutor pela Universidade de São Paulo, é uma das referências no país em questões raciais.

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Nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado dos ministros da Cultura, Margareth Menezes; da Educação, Camilo Santana; das Cidades, Jader Filho; e da primeira-dama, Janja da Silva, participou da abertura da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Na cerimônia, ele assinou o decreto que regulamenta a Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE). No evento também foi celebrado o Protocolo de Intenções entre os ministérios da Cultura e das Cidades para a implementação de bibliotecas comunitárias em empreendimentos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV).

“A literatura, assim como o cinema, a música, o teatro, o circo, a dança, as artes plásticas, alimentam a alma de um povo. Um dos nossos objetivos é fazer do Brasil um país de leitores e leitoras. Os livros são fundamentais para a nossa formação e compreensão do mundo. Ler é também um ato político. É um grito de liberdade contra todas as formas de arbítrio. Nada é mais livre do que ler. Ler e viajar”, afirmou Lula.

Em seu discurso, a ministra Margareth Menezes destacou a importância das ações anunciadas. “Com a regulamentação da Política Nacional de Leitura e Escrita e o PNLD Literário temos a possibilidade de concretização de um esforço coletivo para a implementação de estratégias permanentes e estruturantes para a promoção, incentivo e fortalecimento das políticas públicas para o livro, a leitura, a escrita, a literatura e as bibliotecas”.

Livros literários
Na solenidade, o ministro Camilo Santana assinou a suplementação de R$ 50 milhões para a compra de livros literários para que os ministérios da Cultura e da Educação abasteçam as bibliotecas comunitárias de todos os municípios e estados do país.

“Nós estamos retomando e ampliando o investimento financeiro e o apoio técnico para que em todo o país a educação e a cultura ajudem a transformar a vida das crianças, dos adolescentes, dos jovens e das suas famílias. As pesquisas internacionais mostram que o investimento das políticas públicas para o livro, para a leitura e para a expansão das bibliotecas movimenta a economia e acelera o desenvolvimento do país. Mas, além disso, nós também sabemos do impacto do acesso à leitura na vida das pessoas. A leitura acelera e amplia o desenvolvimento integral das pessoas”, destacou o ministro Camilo Santana.

O Decreto nº 12.021/2024 ampliou a abrangência do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), executado pelo MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Agora ele inclui as bibliotecas públicas e comunitárias mapeadas no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), do MinC, que passam a receber regularmente obras literárias para a atualização de seus acervos.

O Programa beneficiará mais de 10 mil bibliotecas em todo o país, com a inclusão de 600 títulos aos seus acervos.

Leitura e escrita
Sancionada pela Lei n° 13.696, de 12 de julho de 2018 , a PNLE é uma estratégia permanente para promover o livro, a leitura, a escrita, a literatura e as bibliotecas de acesso público no Brasil. Será implementada conjuntamente pelos ministérios da Cultura e da Educação, em cooperação com os estados, Distrito Federal e municípios com a participação da sociedade civil e de instituições privadas.

A Política traz em seu artigo 4º a obrigatoriedade da elaboração do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) a cada dez anos. MinC e MEC, em consonância com o Plano Nacional de Cultura (PNC) e o Plano Nacional de Educação (PNE), têm o desafio de atualizar o PNLL e torná-lo mais eficaz frente às demandas contemporâneas.

Minha Casa, Minha Vida
O acordo entre os ministérios da Cultura e das Cidades prevê a instalação de bibliotecas comunitárias em empreendimentos habitacionais das linhas de atendimento de provisão subsidiada de unidades habitacionais novas em áreas urbanas com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), integrantes do Minha Casa, Minha Vida.

O ministro das Cidades, Jader Filho, enalteceu a iniciativa. “Nesse novo ciclo do Minha Casa, Minha Vida, as preocupações vão além de garantir apenas a moradia. É nosso dever também garantir o acesso à cultura, lazer e a qualidade de vida do nosso povo. As bibliotecas agora serão obrigatórias em todos os condomínios do Programa. É o sonho da casa própria junto com o sonho da educação, da cultura, do lazer saudável e educativo”.

Estima-se que 1.500 novas bibliotecas sejam implementadas nos empreendimentos, totalizando um acervo de 600 mil livros.

A ação busca aprimorar a qualidade urbanística dos empreendimentos, diversificando os espaços de convívio e de encontro dos moradores, e reforça o compromisso do Governo Federal com a democratização do acesso à infraestrutura cultural.

Ao MinC caberá a produção de cartilha para orientar os participantes da linha de atendimento, como as empresas do setor da construção civil e as entidades organizadoras, sobre as diretrizes para a implementação de bibliotecas nos empreendimentos do MCMV, além da curadoria de material de leitura para as salas dos empreendimentos habitacionais.

Também estiveram presentes na solenidade o ministro das Culturas, das Artes e dos Saberes da Colômbia, Juan David Correa; o embaixador da Colômbia, Guilhermo Rivera; a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra; e a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sevani Matos.

Sobre a Bienal
Um dos maiores eventos literários da América Latina, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo reúne autores, editores, livreiros e leitores. A Colômbia é o país convidado de honra da edição 2024, que tem como tema “Quem Lê faz Grandes Amigos”, sobre o poder transformador do livro.

A edição 2024 contará com a presença de mais de 700 autores e 227 expositores. O evento é realizado em uma área de 75 mil m², no Distrito Anhembi. A expectativa é que a Bienal receba cerca de 600 mil pessoas de 6 até 15 de setembro.

Agência Gov
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A Copa do Nordeste 2025 deverá seguir o mesmo formato dos anos anteriores, como já antecipou o ge. Com isso, já estão definidos, seguindo o Ranking Nacional de Clubes da CBF, quais serão os confrontos da preliminar, que é a fase que define quais times vão complementar as chaves do regional. Isso, é claro, se nenhuma equipe desistir da disputa.

A pré-Copa do Nordeste é uma fase eliminatória que conta com 16 times que se enfrentam em três fase de mata-mata até a definição dos últimos quatro classificados para a fase de grupos. Sete estados têm direito a dois representantes nesta etapa. Sergipe e Piauí são os únicos que terão apenas um.

O chaveamento do pré-Nordestão será definido em três fases de jogos únicos. Os confrontos são estabelecidos de acordo com as posições dos clubes no ranking da CBF de 2024, divulgado no fim do ano passado.

Confrontos da Pré-Copa do Nordeste 2025

  • CSA (42) x Barcelona de Ilhéus (200)
  • ABC (43) x Santa Cruz RN (153)
  • Ferroviário (51) x Maracanã (153)
  • Botafogo-PB (53) x Maranhão (103)
  • Retrô (65) x Treze (99)
  • Juazeirense (73) x ASA (79)
  • Santa Cruz (80) x Fluminense-PI (83)
  • Moto Club (86) x Sergipe (88)

Times participantes da Pré-Copa do Nordeste

  • CSA (via ranking da CBF)
  • ASA (via estadual)
  • Juazeirense (via ranking da CBF)
  • Barcelona de Ilhéus (via estadual)
  • Ferroviário (via ranking da CBF)
  • Maracanã (via estadual)
  • Botafogo-PB (via ranking da CBF)
  • Treze (via estadual)
  • Santa Cruz (via ranking da CBF)
  • Retrô (via estadual)
  • ABC (via ranking da CBF)
  • Santa Cruz de Natal (via estadual)
  • Sergipe (via ranking da CBF)
  • Fluminense-PI (via ranking da CBF)
  • Moto Club (via ranking da CBF)
  • Maranhão (via estadual)

Times participantes diretamente na fase de grupos

  • Altos (campeão piauiense)
  • América-RN (campeão potiguar)
  • Ceará (campeão cearense)
  • Confiança (campeão sergipano)
  • CRB (campeão alagoano)
  • Sousa (campeão paraibano)
  • Sport (campeão pernambucano)
  • Vitória (campeão baiano)
  • Sampaio Corrêa (campeão maranhense)
  • Bahia (via ranking da CBF)
  • Fortaleza (ranking da CBF)
  • Náutico (via ranking da CBF)

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Uma reunião em São Paulo na noite desta quarta-feira (5) selou uma aliança entre União Brasil e PSD para o lançamento de um candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, na eleição de fevereiro de 2025.

Estavam no encontro o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o deputado Elmar Nascimento (União-BA) – que foi preterido como candidato do atual presidente da Câmara, Arthur Lira.

Em dado momento, Antonio Brito, pré-candidato à presidência da Câmara pelo PSD, entrou na conversa pelo viva-voz.

O grupo não definiu, na reunião, quem será o candidato. Mas quem estiver mais viável até o final do ano, irá comandar o grupo, segundo o pacto dos dois presidentes.

A reunião é uma reação à definição de Lira e do Republicanos de apostar na candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para o comando da Câmara.

Segundo relatos da reunião, o União Brasil se sente traído e não irá mais compor o bloco apoiado por Lira.

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As contas do governo registraram déficit de R$ 9,3 bilhões em julho, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (5).

O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.

Segundo os números do Tesouro Nacional, houve melhora frente ao mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 35,9 bilhões.

O resultado foi influenciado pelo valor recorde na arrecadação em julho — que somou R$ 231 bilhões, novo recorde histórico para esse mês.

De acordo com o governo, a receita líquida total somou R$ 183,5 bilhões no mês retrasado, enquanto a despesa alcançou R$ 192,8 bilhões.

No acumulado em 12 meses, o déficit até julho é de R$ 233,3 bilhões – o equivalente a 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB).

Previdência Social
A Previdência Social registrou um déficit de R$ 22,4 bilhões em julho e de R$ 220,7 nos sete primeiros meses deste ano.

Na comparação com a parcial de 2023, o rombo previdenciário cresceu 1,9% em termos reais, ou seja, acima da inflação.

"Em termos reais, no acumulado até julho, a receita líquida registrou aumento de 8,7% (+R$ 99,6 bilhões), enquanto a despesa cresceu 7,8% (+R$ 95,4 bilhões)", informou o governo.

Parcial do ano
O déficit acumulado no ano, no período de janeiro a julho, somou R$ 77,9 bilhões, de acordo com dados oficiais.

Isso representa pequena melhora em relação ao resultado do mesmo período do ano passado, quando o rombo somou R$ 79,2 bilhões.

Para este ano, a meta é de zerar o déficit das contas públicas.

  • Entretanto, pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões.
  • Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público.

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Com a assinatura da maioria dos contratos associados ao 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, a fase de exploração passa a contabilizar 426 blocos sob contrato.

A assinatura de 177 contratos até o final de agosto de 2024 representa um aumento de 70% no número de blocos em relação a maio de 2024, mês anterior ao início da assinatura dos contratos, quando havia 251 blocos sob contrato. Desde a implantação da ANP ocorrida no ano de 1998, esse é o maior número de áreas na fase de exploração.

Os contratos de E&P são divididos em duas fases. A primeira é a fase de exploração , na qual as empresas realizam estudos e atividades (como sísmicas, perfuração de poços etc.) para identificar a presença ou não de petróleo e gás e, caso identifique, avaliar se as descobertas são ou não comerciais.

A assinatura dos contratos associados ao 4º Ciclo da Oferta Permanente concede amplo destaque à bacia terrestre Potiguar, que passa a contabilizar 151 blocos sob contrato. Outro ponto positivo são os 41 contratos assinados na bacia de Pelotas. Nesse caso, a bacia de Pelotas passa a ser a bacia marítima com o maior número de blocos sob contrato , todos resultantes do 4º Ciclo da Oferta Permanente.

A previsão de R$ 18,3 bilhões de investimentos para a fase de exploração até o ano de 2027 será incrementada considerando as campanhas exploratórias associadas aos novos contratos.

O cenário reforça a importância da continuidade das ofertas de áreas no regime de concessão e o impacto significativo das atividades reguladas pela ANP na economia país. Por outro lado, reflete-se na ampliação dos desafios relacionados ao acompanhamento e à fiscalização das atividades previstas nos planos de trabalho associados aos contratos de exploração e produção (E&P) na fase de exploração.

Mas informações sobre a fase de exploração podem ser obtidas no Painel Dinâmico da Fase de Exploração , no Painel Dinâmico de Previsão de Atividades e Investimentos na Fase de Exploração e no Relatório Anual de Exploração 2023 .

Fase de exploração e dinâmica dos contratos de E&P
Os contratos de E&P são divididos em duas fases. A primeira é a fase de exploração , na qual as empresas realizam estudos e atividades (como sísmicas, perfuração de poços etc.) para identificar a presença ou não de petróleo e gás e, caso identifique, avaliar se as descobertas são ou não comerciais. Nessa fase, as áreas são chamadas de blocos exploratórios .

Ao final dessa fase, a empresa decide se irá devolver o bloco à ANP ou se irá apresentar uma declaração de comercialidade e reter uma área de desenvolvimento (dando início à segunda fase, a fase de produção ). No momento da declaração de comercialidade, a empresa pode decidir reter apenas uma parte do bloco exploratório para transformá-la em área de desenvolvimento. Neste caso, o restante do bloco é devolvido à ANP. Após a aprovação do Plano de Desenvolvimento pela ANP, a área de desenvolvimento transforma-se em um campo .

Por ANP
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (5/9) os resultados completos das Estatísticas da Produção Pecuária para o 2° trimestre de 2024. Os dados mostram que o abate de bovinos cresceu 17,5% em comparação com o 2° trimestre de 2023 e 6,7% frente ao 1° período de 2024. O total de cabeças abatidas chegou a 9,96 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 1997.

Em relação ao mesmo período de 2023, foram abatidas 1,48 milhão de cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2024, com altas em 26 das 27 unidades da federação (UFs). O abate de fêmeas aumentou 20,8% em relação ao 2º período de 2023, influenciado pela queda do preço dos bezerros no comparativo anual, enquanto o abate de machos subiu 14,8%. Segundo o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, “o abate de bovinos estava em um ciclo de retenção entre 2019 e 2021 e passou para o ciclo de expansão a partir de 2022. O preço de bezerros reduziu, refletindo-se no aumento do abate de fêmeas, principalmente".

O abate de 1,61 bilhão de cabeças de frangos representou um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2023 e acréscimo de 1,0% na comparação com o 1° trimestre de 2024. Este resultado é o segundo maior na série histórica iniciada em 1997, superado apenas pela marca alcançada no 1° trimestre de 2023 (1,61 bilhão de cabeças).

Já o abate de 14,57 milhões de cabeças de suínos representou aumento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2023 e alta de 3,9% na comparação com o 1° trimestre de 2024. O abate de 358,72 mil cabeças de suínos a mais no 2º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 17 das 24 unidades da federação.

As exportações de bovinos no trimestre atingiram o patamar inédito de 612,44 mil toneladas, aumento de 30,0% na comparação anual, com recordes para abril e maio (SECEX/MDIC). A ampla oferta de animais também impactou os preços da arroba do boi, que sofreu retração no período (CEPEA/Esalq). Os volumes exportados de carne suína voltaram a crescer, alcançando volumes recordes para os segundos trimestres. As exportações brasileiras de carne de frango também retomaram a trajetória de crescimento no 2° trimestre de 2024 e alcançaram um novo recorde na série histórica da Secex.

“O mercado interno é o que mais absorve essas proteínas. No caso dos bovinos, houve redução de preços da carne, que estimulou o mercado interno, e no caso de frangos, há uma alta demanda por conta dos preços mais acessíveis", explicou Viscardi

Produção de ovos de galinha recorde
A produção de ovos de galinha alcançou 1,16 bilhão de dúzia no 2º trimestre de 2024, um aumento de 9,8% em relação ao mesmo trimestre em 2023 e de 5,6% em relação ao trimestre anterior, alcançando novo recorde na série histórica.

"A produção de ovos também foi recorde por ser uma proteína com preços acessíveis e ter uma alta demanda no mercado interno. O aumento foi mais expressivo na produção de ovos voltados para alimentação humana", pontuou Viscardi

Foram produzidas 103,38 milhões de dúzias de ovos a mais em comparação com o 2º trimestre de 2023. Mais da metade das granjas, 1.094 (54,5%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 82,4% do total de ovos produzidos, enquanto 913 granjas (45,5%) produziram ovos para incubação, respondendo por 17,6% do total de ovos produzidos.

Couro e leite
Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro, no 2º trimestre de 2024, receberam 10,08 milhões de peças. Esse total representa aumentos de 16,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e alta de 8,1% em comparação com o 1º trimestre de 2024.

Já a aquisição de leite cru foi de 5,83 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 0,8% em relação ao 2° trimestre de 2023, e decréscimo de 6,2% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. O acréscimo de 43,80 milhões de litros de leite captados em nível nacional, comparado ao mesmo período de 2023, é proveniente de aumentos registrados em 16 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite.

“A atividade teve aumento na comparação anual pela segunda vez consecutiva, desde as quedas de 2021 e 2022. Em relação ao preço do leite, houve aumento em relação ao 1º trimestre de 2024, por conta da seca sazonal", acrescentou Bernardo Viscardi.

Com o avanço da seca em diversas regiões produtoras, o preço médio do leite pago ao produtor teve um comportamento de alta ao longo do trimestre, variando de R$ 2,45 em abril a R$ 2,71 em junho. Considerando a média dos três meses (R$ 2,60), o preço apresentou retração de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e alta de 15,6% em relação ao 1º trimestre de 2024.

Impactos das cheias do Rio Grande do Sul
A cheia do Rio Guaíba, iniciada no fim do mês de abril, ocasionou prejuízos para as atividades agropecuárias e para a infraestrutura do Rio Grande do Sul, refletindo na redução de 40,45 mil cabeças de bovinos abatidas no 2° trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. No comparativo anual, abril apresentou alta de 6,1% nos abates de bovinos, porém maio e junho apresentaram retrações de, respectivamente, 19,8% e 16,8% no volume de cabeças de bovinos abatidas.

"As enchentes afetaram a produção e principalmente a logística e infraestrutura do estado, pois não permitiram escoar os produtos e levar os animais para o abatedouro, gerando um problema logístico que afetou a cadeia", explicou o porta-voz da pesquisa.

Para os suínos, apesar do aumento de 23,10 mil cabeças abatidas no Rio Grande do Sul no 2º trimestre de 2024, o estado registrou o menor patamar de atividade dos últimos 4 anos para o mês de maio. “O abate de suínos cresceu no estado comparado com o ano anterior, influenciado pelos resultados de abril. Já de abril para maio, houve uma queda acentuada", reiterou Viscardi.

Em relação ao abate de frangos, a pesquisa registrou o melhor mês de abril da série histórica, porém, no Rio Grande do Sul, nos meses de maio e junho, o volume de cabeças de frangos abatidas foi o menor nos últimos 12 anos.

O Rio Grande do Sul respondeu por 6,5% da produção nacional de ovos de galinha, ocupando o 5º lugar do ranking das UFs. Apesar das enchentes, o estado apresentou alta de 2,4% na comparação anual, influenciado pelo resultado de abril (+8,5%). Porém, em maio, mês em que os efeitos da cheia foram mais impactantes, a produção sofreu retração de 1,5% frente ao mesmo mês do ano anterior e de 1,7% em comparação a abril de 2024. Em junho, o total de ovos produzidos apresentou alta de 0,6% na comparação anual e queda de 4,1% em comparação ao mês precedente.

As cheias também impactaram a cadeia do couro, que refletiu na queda de 71,29 mil peças adquiridas (-5,6%) nesse estado. Em relação à aquisição de leite, o Rio Grande do Sul apresentou a maior retração do período entre os estados (-72,56 milhões de litros).

Mais sobre a pesquisa
A pesquisa fornece informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos (bois, vacas, novilhos e novilhas), suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que, para cada trimestre do ano civil, os dados são discriminados mês a mês.

A partir do primeiro trimestre de 2018, atendendo solicitações de usuários para acesso mais rápido às informações da conjuntura da pecuária, passaram a ser divulgados os "Primeiros Resultados" da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para o nível Brasil, em caráter provisório. Eles estão disponíveis cerca de um mês antes da divulgação dos "Resultados Completos”. Os dados podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação dos resultados completos, relativos ao 3º trimestre de 2024, será em 5 de dezembro.

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O candidato republicano à presidência Donald Trump disse nesta quinta-feira (5) que Elon Musk liderará uma "Comissão de Eficiência do Governo" em eventual 2º mandato. O anúncio da nova comissão consolida a aproximação entre Trump e o bilionário, dono do X e da SpaceX.

"Vou criar uma comissão de eficiência governamental encarregada de realizar uma auditoria financeira e de desempenho completa de todo o governo federal e fazer recomendações para reformas drásticas", disse Trump.

Segundo o republicano, o objetivo da "Comissão de Eficiência do Governo" seria identificar maneiras de eliminar fraudes e pagamentos indevidos. No entanto, o republicano não deu mais detalhes de como a comissão funcionaria. O plano é criticado por especialistas (Leia mais abaixo)

Trump afirmou que Musk já concordou em chefiar a comissão. "Estou ansioso para servir à América, se a oportunidade surgir", disse Musk após o anúncio.

O ex-presidente vem discutindo a ideia de uma comissão de eficiência governamental com assessores há semanas, disseram à Reuters pessoas com conhecimento dessas conversas. No entanto, seu discurso no New York Economic Club, na quinta-feira, foi a primeira vez que ele endossou publicamente a ideia. Durante o evento, Trump também expôs sua visão econômica para os EUA.

Musk havia dito em um podcast em 19 de agosto que havia tido conversas com o ex-presidente sobre o assunto e que estaria interessado em servir na comissão.

Trump e Musk se aproximaram à medida que as visões políticas do dono do X se tornaram mais conservadoras. Em uma conversa recente que eles tiveram no X, o empresário sugeriu que Trump formasse uma comissão para lidar com os gastos do governo como forma de combater a inflação.

Musk começou a apoiar declaradamente Trump após o atentado que o republicano sofreu em julho, quando ele foi atingido por um tiro de AR-15 na orelha durante um comício na Pensilvânia. O bilionário prometeu doar US$ 45 milhões (cerca de R$ 245 milhões) por mês para a campanha de Trump, segundo o jornal americano "The Wall Street Journal".

Elon Musk está atualmente envolvido em uma briga no Brasil com o ministro do STF Alexandre de Moraes por conta do X. Moraes suspendeu a rede social no país após o bilionário ter se recusado a nomear um representante legal da empresa no Brasil. Desde então, Musk faz campanha no X contra o ministro e têm compartilhado publicações da extrema direita brasileira que dialogam com sua pauta de liberdade de expressão.

Críticas
A proposta de Trump para a comissão foi criticada por Everett Kelley, presidente da Federação Americana de Funcionários Públicos, um sindicato que representa cerca de 750 mil trabalhadores federais. Ele acusou Trump e Musk de quererem desmantelar o serviço público não partidário e substituir os trabalhadores demitidos por aliados.

"Não há nada de eficiente nisso", escreveu Kelley em uma declaração à Reuters.

O governo dos EUA já possui o Escritório de Contabilidade Governamental (GAO, na sigla em inglês), uma agência federal apartidária encarregada de investigar os gastos e o desempenho do governo federal.

Planos econômicos
Durante seu discurso, Trump reiterou seu plano de reduzir a alíquota do imposto corporativo dos EUA de 21% para 15%, mas apenas para empresas que fabricam produtos domesticamente. Ele também disse que abriria extensões de terras federais para construção de moradias, numa tentativa de reduzir os custos de habitação. Essas novas zonas habitacionais seriam de "baixa tributação" e "baixa regulamentação", disse Trump, sem fornecer mais detalhes.

"Vamos abrir nosso país para construir casas de maneira barata, para que os jovens e outras pessoas possam comprar casas", afirmou.

Embora Trump já tivesse dito que queria reduzir a alíquota de imposto para 15%, ele ainda não havia vinculado essa redução à manutenção da manufatura dentro do país.

Trump também defendeu a criação de um fundo soberano, em parte para financiar grandes projetos de infraestrutura, incluindo rodovias, aeroportos e centros de manufatura.

Durante a campanha, Trump frequentemente culpou a candidata democrata Kamala Harris, a vice-presidente, pelo aumento dos preços de produtos do dia a dia durante o governo do presidente Joe Biden.

g1
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O candidato da oposição venezuelana, Edmundo González, disse ter enviado uma carta nesta quinta-feira (5) ao Ministério Público do país, que pediu sua prisão na semana passada, acusando o processo contra ele de não ter bases legais.

Na semana passada, o MP pediu a prisão de González, que diz ter vencido as eleições de julho conta o presidente Nicolás Maduro, após ele faltar à terceira audiência convocada pelo MP. A Justiça acatou o pedido de prisão, mas o oposicionista está foragido.

No documento, a primeira declaração de Edmundo González desde seu pedido de prisão, ele alega não ter comparecido à audiência por o processo contra ele "não tem fundamento". González é investigado por conta do site aberto pela oposição no qual foram disponibilizadas as atas eleitorais (espécies de boletins de urna), que a Justiça eleitoral não quis tornar públicas.

O oposicionista afirma na carta já ter provado que não tem envolvimento com a criação do site e que a oposição sempre agiu dentro da lei.

"A Plataforma Unitária Democrática (bloco da oposição) ...esclareceu que não foi minha responsabilidade a digitalização, a tutela e a publicação dos exemplares das atas eleitorais que nossos representantes receberam nas mesas de votação. De qualquer maneira, considero que isso não usurpou as funções do Conselho Nacional Eleitoral (a Justiça eleitoral do país), já que o sistema e a normativa da Venezuela contemplam como uma de suas garantias de confiabilidade a entrega de exemplares das atas eleitoriais a representantes credenciados nas mesas de votação", escreveu González.

Temendo ser preso pelo regime Maduro, González está escondido há mais de um mês. O mandado de prisão emitido por um tribunal especializado em casos de terrorismo ocorreu a pedido do MP. Opositores e juristas afirmam que a justiça venezuelana opera a serviço do chavismo.

O pronunciamento de González acontece um dia depois de seu advogado ir ao Ministério Público para "responder a questionamentos". O advogado, José Vicente Haro, se reuniu com o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, no Ministério Público na noite desta quarta-feira (4) para responder a questionamentos.

Na entrada, Haro disse à imprensa que o órgão do governo, alinhado a Maduro, recusou um documento legal entregue na manhã desta quarta em que González pede para o MP "não criminalizar" a política e evitar uma "perseguição".

O documento que Haro levou ao Ministério Público e que motivou a reunião com o procurador-geral justifica as ausências de seu cliente nas três convocações emitidas pelo órgão, as quais resultaram no pedido de prisão. O advogado afirmou também que na reunião ele "atenderá às preocupações que Saab julgar pertinentes".

"Em termos gerais, [o documento] contém as razões do ponto de vista constitucional, jurídico e legal, pelas quais ele não compareceu ao Ministério Público, à representação que foi indicada", afirmou Haro mais cedo. "Há uma situação de indefensibilidade, de impossibilidade de garantir seu direito à defesa, ao devido processo."

Maduro trava uma batalha contra a oposição e a comunidade internacional, que questionam o resultado da eleição de 28 de julho, porque não houve a divulgação das atas eleitorais para comprovar o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral, e referendado pelo Tribunal Supremo de Justiça, que decretou sua reeleição. Tanto a autoridade eleitoral quanto a Corte são alinhadas ao governo.

O advogado de Gonzalez disse também que quando compareceu ao escritório do procurador-geral para apresentar a carta do opositor, ele esperou quase duas horas, foi informado de que seu documento não poderia ser recebido porque não tinha a autorização correta e, em seguida, foi informado de que o sistema estava fora do ar. Haro disse que viu outros documentos sendo aceitos.

Ele então foi solicitado a retornar à tarde, disse Haro, e não recebeu de volta a cópia do depoimento que havia tentado entregar.

"É por causa desses tipos de situações que Edmundo Gonzalez Urrutia não cumpriu com as intimações que lhe foram dadas", disse Haro. "Estamos tentando exercer nossa defesa, mas agora vocês viram as dificuldades que tivemos."

Mandado de prisão
A Justiça da Venezuela acatou um pedido do Ministério Público para emitir um mandado de prisão contra o opositor Edmundo González, que concorreu à eleição presidencial de julho.

Edmundo González é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa. O mandado de prisão formaliza a acusação contra González por esses delitos. (Veja na foto abaixo)

A prisão de González não ocorreu até a última atualização desta reportagem.

A lei venezuelana não permite que pessoas com mais de 70 anos cumpram penas em prisões, exigindo em vez disso prisão domiciliar. Gonzalez completou 75 anos na semana passada.

Segundo o MP, o pedido de prisão foi apresentado após González ignorar três intimações para prestar depoimento. O órgão é aliado do presidente Nicolás Maduro e controlado por chavistas.

O procurador-geral Tarek Saab afirmou que as intimações tinham como objetivo colher o depoimento de González sobre a publicação de atas impressas das urnas eleitorais em um site.

O mandado de prisão diz que González deve ser colocado à disposição do MP imediatamente após sua detenção.

A oposição usa os dados das atas para argumentar que Edmundo González venceu a eleição presidencial de 28 de julho. Mais de 80% de todos os documentos emitidos pelas urnas foram publicados pelo grupo opositor em um site. A líder oposicionista, María Corina Machado, que havia criticado o pedido do MP para a prisão de González, voltou a se manifestar com o mandado de prisão da Justiça:

"Maduro perdeu completamente o contato com a realidade. O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo González ultrapassa uma nova linha que apenas fortalece a determinação do nosso movimento. Os venezuelanos e as democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca pela liberdade", afirmou Corina Machado.

Saab afirma que os documentos apresentados pela oposição são falsos. Entretanto, até agora, as autoridades venezuelanas não tornaram públicas as atas eleitorais que seriam verdadeiras, mesmo diante do pedido de países como Brasil e Estados Unidos. A ONU apontou segurança nas atas divulgadas pela oposição.

O pedido de prisão contra González acontece no mesmo dia em que os Estados Unidos apreenderam um avião do governo Maduro na República Dominicana.

A Argentina rejeitou o mandado de prisão emitido pela Justiça contra Edmundo González, que chamou de "vencedor das eleições presidenciais" e emitiu um "alerta à comunidade internacional sobre uma onda de radicalização do regime que pretende criminalizar as forças democráticas venezuelanas".

Faltas
Com o temor de prisão, González faltou às convocações do MP, assim como o fez quando o Tribunal Supremo de Justiça chamou todos os candidatos da eleição para assinar um documento reconhecendo o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O CNE deu a vitória a Maduro sem apresentar as atas eleitorais. Tanto a Suprema Corte quanto o Conselho Eleitoral são alinhados ao governo Maduro.

O opositor já havia sido advertido pelo Ministério Público sobre a possibilidade de um mandado de prisão contra ele caso não comparecesse ao depoimento. A lei venezuelana prevê detenção quando há três faltas consecutivas em intimações para depoimento.

A comunidade internacional vem denunciando repressão contra opositores na Venezuela, além de afirmar que houve falta de transparência nas eleições presidenciais.

O presidente Nicolás Maduro, por exemplo, ameaça González e María Corina Machado de prisão desde a eleição, dizendo que os opositores "têm que estar atrás das grades".

"Um cidadão que respeita a democracia, a República, a Constituição e as leis jamais pode se recusar a uma convocação judicial", disse.

María Corina Machado na mira do MP
O Conselho Nacional Eleitoral afirmou que González ficou em 2º lugar nas eleições presidenciais, sendo derrotado por Nicolás Maduro. Entretanto, a oposição garante que González venceu por ampla vantagem com base nos dados das atas eleitorais.

Após o resultado das eleições, milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o resultado.

Em agosto, o procurador-geral Tarek Saab acusou a opositora María Corina Machado de ser responsável por arquitetar protestos que terminaram em mais de 20 mortes no país após as eleições presidenciais.

O procurador-geral afirmou que abriu uma investigação contra Corina Machado e outras pessoas da oposição, classificados por ele como membros da "extrema direita".

Segundo Saab, as manifestações que aconteceram após o dia 28 de julho foram ações planejadas. Milhares de pessoas foram às ruas protestar contra Nicolás Maduro, que foi proclamado reeleito para um terceiro mandato presidencial pelas autoridades eleitorais.

Para o procurador-geral da Venezuela, o país vive uma "guerra híbrida" com uma tentativa de golpe de Estado. Saab afirmou que existe uma escalada de pressões patrocinada pelos Estados Unidos desde 2017 para derrubar Maduro do poder.

"Hoje, os venezuelanos a responsabilizam [María Corina Machado] por todas essas mortes, que foram assassinados em situações que não podem ser classificadas como protestos."

Ao ser questionado se Corina Machado poderia ser acusada por homicídio, Saab afirmou que "a qualquer momento, qualquer um deles poderá ser responsabilizado como autor intelectual de todos esses acontecimentos".

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