Dezembro 04, 2024
Arimatea

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O Brasil deixou de ser um país confiável para o investimento estrangeiro. Ao menos é o que indica o ranking da consultoria A.T.Kearney, que lista os 25 países mais confiáveis – e do qual o Brasil saiu pela primeira vez desde que o levantamento foi desenvolvido, em 1998. Sem o Brasil, nenhum país da América do Sul aparece no ranking.

"A ausência de quaisquer países sul-americanos entre os 25 é notável, entretanto, dado que o Brasil foi incluído em todas as edições anteriores do ranking", aponta o estudo. Em 2018, o país já aparecia na 25ª e última posição.

O ranking é feito a partir de pesquisas com 500 executivos de companhias líderes mundiais. Ele é calculado com base em perguntas sobre a probabilidade das empresas dos pesquisados em fazer um investimento direto em mercados específicos ao longo dos três anos seguintes.

Enquanto aqui a confiança cai, os Estados Unidos seguiram na primeira posição pelo sétimo ano seguido, "provavelmente refletindo seu grande mercado doméstico, continuada expansão econômica, impostos competitivos e capacidades tecnológicas e de inovação", aponta o estudo, que ressalta, no entanto, que a recente volatilidade das políticas podem estar reduzindo a atratividade.

Alemanha aparece em segundo lugar, seguida pelo Canadá e Reino Unido. Já a China tombou no ranking, caindo para a 7ª posição – a pior desde o início do estudo.

Os países desenvolvidos ocupam 22 das 25 posições no ranking, sendo 14 deles na Europa. China, Índia e México são os únicos emergentes. A consultoria aponta, no entanto, que dados Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) mostram que os fluxos de investimento estrangeiro para mercados emergentes cresceram nos últimos anos.

"E 43% dos investidores nos dizem que estão procurando novas oportunidades em mercados emergentes", diz o estudo.
A consultoria indica também que os investidores permanecem otimistas com a economia global, com 62% dos consultados se dizendo mais otimistas que no ano anterior. Esse percentual, entretanto, é menor que os 66% da pesquisa de 2018.

G1
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A produção de veículos em abril praticamente repetiu os resultados do mesmo mês de 2018, com a fabricação de 267,5 mil unidades. Segundo o balanço divulgado hoje (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o número representa uma elevação de 0,5% em comparação a abril de 2018. Nos primeiros quatro meses do ano foram produzidos 965,4 mil veículos, uma retração de 0,1% em relação aos 965,9 mil fabricados de janeiro a abril do ano passado.

As vendas tiveram alta de 6,7% em abril na comparação com o mesmo mês de 2018, com a comercialização de 231,9 mil veículos. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os emplacamentos de novas unidades totalizaram 839,5 mil, uma alta de 10,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

As exportações registram queda de 45% no acumulado de janeiro a abril, com a comercialização de 139,5 mil unidades no mercado externo. No mesmo período do ano passado as vendas para o exterior totalizaram 253,4 mil veículos. Em abril a retração ficou em 52,3% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com a exportação de 34,9 mil veículos.

O nível de emprego teve retração de 1,2%, com 130,15 mil pessoas trabalhando no setor em abril.

Agência Brasil
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O dólar opera em alta nesta terça-feira (7), chegando a bater R$ 4 pela manhã, com o mercado na expectativa de início dos trabalhos na comissão especial da Câmara dos Deputados sobre a reforma da Previdência e monitorando desdobramentos nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Às 15h20, a moeda norte-americana subia 0,51%, vendida a R$ 3,9774. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 4.

A última vez que a divisa dos EUA bateu R$ 4 durante o pregão foi em 25 de abril. No entanto, a moeda ainda não fechou nesse patamar este ano.

A Bovespa caía forte nesta terça, também repercutindo o cenário local e externo.

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,47%, vendida a R$ 3,9574. O Ibovespa encerrou em baixa de 1,04%, aos 95.008 pontos, acompanhando os mercados internacionais.

Cenário local
Está prevista para o início da tarde a apresentação do plano de trabalho da comissão especial da Câmara, onde a proposta de reforma da Previdência se encontra atualmente.

"Do lado interno, estamos puramente aguardando a comissão especial para poder ver como vai ser, como o centrão vai se comportar... A comissão de hoje vai ajudar a traçar um pouco o cenário de como vai ser daqui para frente", afirmou à Reuters Jefferson Laatus, sócio-fundador do Grupo Laatus

Ainda nesta terça-feira, o Comitê de Política Monetária do BC começa a se reunir, sob ampla expectativa de que anunciará na quarta-feira a manutenção da Selic no atual patamar de 6,50%.

"Investidores seguem ansiosos com a sinalização por vir na quarta-feira após o fechamento, existindo motivos concretos para uma postura 'dovish', assim como para uma posição 'em cima do muro'", avaliou a corretora H.Commcor, em nota.

EUA x China
No exterior, os mercados voltavam a operar com mais tranquilidade depois que a China confirmou que o vice-primeiro-ministro, Liu He, visitará os Estados Unidos nesta semana para negociações comerciais depois de ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump.

O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, no entanto, disse que o aumento de tarifas, anunciado para sexta-feira, está mantido.

Segundo Laatus, há grande expectativa por essas negociações, uma vez que ainda não está claro qual tom a delegação chinesa adotará nas negociações após as declarações de Trump.

Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta terça-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em quatro leilões, o BC já rolou US$ 1,010 bilhão, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.

G1
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O Norte deve ser a única região que conseguirá, ainda este ano, superar de vez os estragos provocados pela crise. Ao fim de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) da região estará 0,6% maior do que o observado em 2014, último ano em que a economia do Brasil cresceu antes do começo do período recessivo.

Os dados são de um estudo da consultoria Tendências. O levantamento mostra que, além da recuperação mais rápida do Norte, há uma disparidade significativa no desempenho entre as regiões.

A economia do Nordeste, por exemplo, é a que tem apresentado a menor força de recuperação – o PIB nordestino estará quase 5% inferior ao patamar de 2014 no fim deste ano. Sudeste e Sul ainda terão queda acumulada de 3,8% e 1%, respectivamente.

Por fim, o Centro-Oeste caminha para superar os efeitos da crise, mas a economia da região ainda será 0,1% menor do que a apurada em 2014.

Quando se analisa a economia brasileira de forma geral, o PIB do país deve encerrar o ano 2,7% abaixo do patamar anterior ao início da crise.

Durante o período de recessão enfrentado pelo Brasil, a economia do Norte chegou a recuar 4,6% em 2016. A região foi fortemente afetada pelo fraco desempenho do setor de eletroeletrônico e pela restrição das contas públicas dos estados – no Norte, 31,9% dos ocupados estão no setor público, segundo a Tendências. Portanto, o desempenho de municípios e governos estaduais tem papel fundamental na dinâmica da atividade local.

Como comparação, na média do país, 20,7% dos ocupados estão no setor público.

Agora, são vários os fatores que beneficiam a região Norte, de acordo com o levantamento:

No Pará, houve a maturação de projetos de mineração, o que ajuda a dinamizar a região;

Retomada da Zona Franca de Manaus;

Com a região se tornando uma área de fronteira agrícola, a agropecuária dá sinais de força.

Em Carajás, no Pará, o complexo de mineração S11D da Vale - batizado de Eliezer Batista - começou a operar há quase dois anos. Ele pode produzir até 90 milhões de toneladas e já opera com 70% da capacidade. No segundo semestre de 2018, a produção na região superou o volume produzido em conjunto pelos sistemas Sudeste e Sul da companhia.

Já a Zona Franca de Manaus costuma acompanhar os ciclos econômicos e tem se beneficiado da volta da retomada - ainda que bastante modesta - da economia brasileira.

Recentemente, o país se viu em uma polêmica envolvendo a Zona Franca de Manaus. No fim de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou um incentivo tributário para as companhias que compram produtos da região. A decisão reconheceu o direito de contribuintes de obter créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Com a decisão, o crédito gerado na venda de insumos pode ser usado pelo contribuinte para abater outros tributos, como o Imposto de Renda. O governo estima um impacto de R$ 16 bilhões para as contas públicas.

"Entre 2017 e 2018, o Norte foi destaque por conta da indústria extrativa e também da recuperação dos setores fortemente impactados pela crise, concentrados na Zona Franca de Manaus”, aponta a economista da Tendências e responsável pelo levantamento, Camila Saito.

Os números mais favoráveis do Norte ajudam a criar um ambiente positivo para a economia da região como um todo. Neste ano, a fatia do consumo do Norte no bolo nacional será de 6,25%, segundo a consultoria IPC Marketing. É participação mais baixa entre as grandes regiões do país, mas o número esperado deve ser acima do observado em 2018, quando foi de 5,89%.

Ao todo, o potencial de consumo do Norte é estimado em R$ 282 bilhões.

"Apesar do resultado mais favorável, a economia do Norte ainda apresenta alguma instabilidade. Isso se explica pelo fato de a região ter uma extensão geográfica grande e locais com difícil acesso", afirma Marcos Pazzini, responsável pelo estudo da IPC Markteing.

Nordeste em dificuldade
Os dados da atividade econômica regionalizados mostram uma dificuldade do Nordeste em apagar os efeitos da recessão. Um quadro bastante diferente do vivenciado pela região no início dos anos 2000, sobretudo entre 2003 e 2014, quando exibia taxas de crescimentos acima da média nacional.

No período de forte crescimento, a região se beneficiou de investimentos públicos em setores como petroquímico, energia renovável, petróleo e gás. Um mapeamento da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan) com base em dados dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dá um indício dessa dessa perda de dinamismo da região. Em 2014, os desembolsos para projetos da região somaram R$ 24,3 bilhões. No ano passado, recuaram para R$ 11,9 bilhões.

"O impacto da crise econômica e política que assolou o país chegou de forma mais significativa em 2015 no Nordeste e coincidiu com a desmobilização dos investimentos", diz o economista e sócio da Ceplan, Paulo Guimarães. "O final da implantação de grande parte dos empreendimentos estruturadores e dispensa massiva de mão de obra fez a taxa de desemprego aumentar rapidamente e, obviamente, reduzindo expressivamente a renda média das famílias."

Os programas de transferência de renda e o aumento real do salário mínimo - que impacta o valor das aposentadorias - também tiveram uma contribuição importante para o crescimento do Nordeste em anos passados. Na região, segundo a Tendências, 23,8% da renda familiar tem origem no INSS e 3% vem do programa Bolsa Família.

"Os programas de assistência social, como o Bolsa Família, também são considerados importantes no dinamismo econômico local. Embora o programa seja nacional, aproximadamente metade dos beneficiários está no Nordeste", afirma Guimarães.

Na leitura dos economistas, para se recuperar, a economia do Nordeste tem como objetivo atrair a participação de agentes privados nos financiamentos de projetos - como em iniciativas que envolvam a Parcerias Público Privadas (PPPs) e em programas de concessões. "Para tanto é necessário criatividade na engenharia financeira para que se reduza o risco associado ao menor dinamismo econômico regional", diz Guimarães.

G1
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O homem de 41 anos, suspeito de estuprar uma adolescente por, pelo menos, três anos, só foi denunciado à polícia quando a vítima engravidou, segundo a Polícia Civil. Ele foi preso nesta terça-feira (7), em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa, durante o cumprimento de um mandado de prisão e busca e apreensão, na casa onde mora, pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e Secretaria de Estado e Defesa Social (Seds). No entanto, a investigação está aberta na Delegacia da Mulher há, pelo menos, um ano.

A adolescente começou a ser abusada aos 14 anos, durante uma carona para a escola. Hoje ela está com 17 anos. O homem é motorista de transporte alternativo e ofereceu carona para a vítima. No caminho para a escola, ele desviou o percurso e a levou para motel. Segundo a Polícia Civil, ele chegou a oferecer dinheiro para ela, mas a adolescente não aceitou. Foi então que aconteceu o primeiro estupro.

De acordo com a delegada Paula Monalisa, a adolescente chegou à polícia depois que engravidou do suspeito. Ela revelou as violências que sofria e que ele era o pai da criança. Ainda conforme informações da delegada, a vítima fez um aborto legal.

De acordo com o 6º promotor de Justiça de Santa Rita, Romualdo Tadeu de Araújo Dias, a prisão preventiva cumpre os requisitos de uma medida excepcional para garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal.

Os mandados tiveram como objetivo reunir mais provas que contribuam com a investigação, tendo em vista que ele pode ter feito outras vítimas. A operação do MPPB e Polícia Civil tem como finalidade identificar outros atos criminosos da mesma natureza ou de outros tipos, que podem surgir com a análise do material coletado com a busca e apreensão.

Participaram da ação uma equipe do MPPB, uma equipe da Delegacia Especializada da Mulher (Deam) e uma equipe da Polícia Militar. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara de Santa Rita, com base em inquérito policial. O preso foi encaminhado para a Deam de Santa Rita e deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira.

G1 PB
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Uma loja de baterias automotivas foi arrombada e mais de 90 produtos foram furtados na Av. Ruy Barbosa, no bairro da Torre, em João Pessoa. O crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (7). Este foi o terceiro caso semelhante registrado nas últimas duas semanas, de acordo com a polícia.

Na semana passada, também no bairro da Torre, na Av. Nossa Senhora de Fátima, suspeitos invadiram outra casa que trabalha com venda de baterias e já no fim do mês de abril outro caso aconteceu na cidade de Bayeux. A suspeita da Polícia Civil é de que se trata de um mesmo grupo especializado neste tipo de crime.

Segundo relato do proprietário da loja, ele foi avisado pelo vizinho do estabelecimento por volta das 3h e, ao chegar no local, encontrou sinais de arrombamento e grande parte do estoque de baterias furtado. Ele estima um prejuízo de quase R$ 30 mil.

A polícia foi acionada e uma perícia foi feita o local. Câmeras de segurança podem ajudar na identificação dos suspeitos. Até as 8h, nenhum suspeito havia sido preso.

G1 PB
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Um homem morreu na noite desta segunda-feira (6) depois de ser atropelado por um carro, na BR-230, no trecho que passa pelo bairro Jardim Veneza, em João Pessoa. O acidente aconteceu a cerca de 30 metros da passarela e deixou o trânsito lento no local.

O descarregador de caminhão, José Evaristo da Silva, de 57 anos, tentou atravessar a rodovia quando foi atingido, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Com o impacto, a vítima foi carregada no capô do carro por cerca de 50 metros. O homem morreu ainda no local.

O motorista do carro ficou no local, chegou a passar mal e precisou receber atendimento médico do Samu. Segundo a PRF, ele transitava na faixa da esquerda e não houve chance para frear. Ele fez o teste do bafômetro e o resultado foi negativo para consumo de álcool. Ele foi liberado. Parte da rodovia ficou interditada no sentido João Pessoa-Cabedelo, por volta das 19h.

G1 PB
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A juíza Rosimeire Ventura Leite, da comarca Soledade, no Cariri paraibano determinou a prisão preventiva de Alisson Bruno, de 21 anos de idade. Ele é suspeito de matar a namorada Ana Katarina, 17 anos, enterrar o corpo dela e depois desenterrar para queimar o cadáver. Alisson está preso desde o mês de abril após investigação da Polícia Civil, que elucidou o caso.

A prisão de Alisson ocorreu quando a Justiça determinou a prisão temporária dele. O prazo terminava no fim de semana. Após a conclusão do inquérito da Polícia Civil, o delegado que investigou o caso, Durval Barros, representou pela prisão preventiva.

Segundo a investigação, Alisson matou Ana Katarina no dia 3 de junho de 2018, quando ela havia desaparecido. Depois de matar a namorada, o acusado enterrou o corpo dela na zona rural de Soledade.

A investigação também aponta que dias depois o acusado desenterrou o corpo da namorada e queimou. A ossada da vítima foi jogada nas margens da BR-412, no município de Boa Vista, também no Cariri, e foi encontrada no dia 29 de junho de 2018.

De acordo com a Polícia Civil, além de planejar toda a morte da namorada, Alisson também tinha um plano de incriminar um jovem da cidade de Boa Vista. Ele também chegou a fazer um perfil falso em uma rede social se passando por Ana Katarina.

Alisson foi preso no dia 4 de abril deste ano. Ainda nesse mês de abril, a Polícia Civil encontrou ferramentas usadas no crime, a cova onde Ana foi enterrada e roupas da vítima.

G1 PB
Portal Santo André em Foco

A dupla Oscar-Hulk voltou a fazer a diferença para o Shanghai SIPG. Com dois gols do atacante , que recebeu uma assistência do meia, o time chinês empatou em 2 a 2 com o Kawasaki Frontale, fora de casa, nesta terça-feira, pela Liga dos Campeões da Ásia. Leandro Damião e Taniguchi marcaram para os anfitriões.

O resultado mantém chineses e japoneses em intensa disputa por uma vaga nas oitavas de final da competição. Enquanto o Ulsan, da Coreia do Sul, é líder com 11 pontos, o Shanghai vem na segunda colocação com seis pontos, um a mais que o Kawasaki. O Sydney é o quarto, com três pontos, ainda na briga. Na rodada final, o Shanghai recebe o Ulsan, e o Kasawaki vai à Austrália.

O Shanghai saiu na frente no duelo no Japão, com um belo gol de Hulk. Aos seis minutos, o camisa 10 arrancou pela esquerda, deu um "drible da vaca" no marcador e saiu livre na área. Então, driblou o goleiro e bateu forte para o gol, abrindo o placar (assista abaixo). O Kawasaki empatou sete minutos depois, com Leandro Damião, que tabelou na entrada da área, driblou a marcação e bateu firme.

No começo da etapa final, os japoneses passaram à frente com Taniguchi recebendo cruzamento e subindo sozinho para testar para o fundo das redes. Hulk apareceu cinco minutos depois para empatar a partida, bem acionado por Oscar. O meia alçou a bola na área, com precisão, e achou o atacante no segundo poste pronto para testar para o fundo das redes.

Globo Esporte
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Já passamos do tempo em que duvidaríamos da capacidade de Messi numa noite chuvosa de terça em Stoke, certo? Nem tanto. A expressão envelheceu com o rebaixamento dos Potters em 2018, mas ainda há entre os mortais quem se sinta capaz de cobrar uma transferência do argentino para a Premier League – sugerindo a necessidade de se “provar fora da zona de conforto”.

Como se se não bastasse tudo o que Messi fez nos últimos 14 anos, a terça-feira nos brindou com nova oportunidade diante de um inglês. Nesta terça, o Barcelona visita o Liverpool no Anfield, carregando enorme vantagem conquistada no jogo de ida da semifinal da Liga dos Campeões, pasmem, um 3 a 0 com dois gols dele (veja a pintura de falta abaixo). Se os catalães balançarem as redes, os Reds estarão obrigados a marcar pelo menos cinco vezes – desfalcados de Salah e Firmino por problemas médicos.

O roteiro já fora parecido nas quartas de final, com dois gols contra o Manchester United no Camp Nou. Messi também enfrentou o semifinalista Tottenham na fase de grupos e, veja só, também fez dois, mas no Wembley. Metade dos 12 gols desta caminhada veio contra alguns dos melhores times da Premier League.

Podemos e devemos ressaltar que o Barcelona também é um timaço. Foi campeão espanhol com três rodadas de antecedência e está na final da Copa do Rei – enfrenta o Valencia no dia 25. Num mundo em que a riqueza está cada vez mais concentrada em poucos clubes, é absolutamente natural Messi estar rodeado de talento. Hoje em dia não há craque que dure em time pequeno. E nem mesmo Pelé esteve mal acompanhado nos anos 60, não é (eu juro que encerro o tema por aqui)?

É fato que jogar na Inglaterra e enfrentar ingleses em competições continentais são circunstâncias diferentes. Mas não imagine que Messi fosse reforçar o Leicester, o Everton ou o Wolverhampton apenas para lhe agradar. Até mesmo boa parte do big-6 (formado por Manchester United, City, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham) não seria capaz de realizar uma contratação desse patamar ou arcar com os salários.

Num desvio de rota não tão absurdo, Messi estaria sendo comandado por Guardiola no Manchester City e marcando os seus 50 gols por temporada de média. Não consigo imaginar nada diferente num time que fez 159 gols até aqui – o Barça tem 133, sendo Messi responsável por 48, fora as assistências.

Este City, aliás, pelo segundo ano consecutivo terminará a Premier League com campanha razoavelmente superior à do Barcelona no Espanhol, onde supostamente encontra maior facilidade em virtude da disparidade financeira. O Liverpool, atual vice-líder, poderá ter a maior pontuação de um segundo colocado das grandes ligas europeias.

Seria questão de tempo para os eternos desconfiados o pedirem noutro lugar. “Haters gonna hate”, diz a famosa expressão em inglês que dificilmente envelhecerá. Numa tradução livre, quem odeia vai seguir odiando. Eles continuarão existindo, ainda que Messi tenha mostrado um rendimento espetacular contra o big-6, geralmente em confrontos decisivos.

Dentre eles, o Arsenal é a maior de suas vítimas, enquanto Tottenham e Liverpool se juntaram ao grupo neste ano. Os 26 gols significam que os ingleses estão para Messi assim como os alemães estão para Cristiano Ronaldo na Liga dos Campeões. Os dois são os carrascos oficiais dos representantes dos respectivos países – na lista do português estão Bayern (9), Borussia Dortmund (7), Schalke (7) e Wolfsburg (3).

Em dezembro, com alguns meses de Juventus, Cristiano Ronaldo entoou o coro para que Messi se juntasse a ele no futebol italiano (onde?):

- Para mim, a vida é um desafio. Gosto disso e de fazer as pessoas felizes. Eu gostaria que ele viesse para a Itália algum dia. Como eu, aceite o desafio. Mas se ele está feliz lá (no Barcelona), eu respeito – disse em entrevista à “Gazzetta dello Sport”.

O ponto a ser discutido é qual tipo de desafio oferece uma liga que tem o mesmo campeão por oito anos seguidos, desfrutando de um sucesso esportivo absoluto no país à medida que rivais mais históricos, como Inter e Milan, ainda patinam para reencontrar o rumo.

Cristiano Ronaldo está realmente provando algo na Itália ou apenas deixou o Real Madrid por desgaste e incompatibilidade com Florentino Pérez, que não quis pagar o que demandava? A pior temporada merengue em 10 anos ajuda a explicar a decisão enquanto o camisa 7 ergueu mais um troféu.

No Barcelona, Messi acabou de atingir o 600º gol (em 683 jogos!). Títulos vieram aos montes: 10 Espanhóis, com talvez a quinta Champions e a sétima Copa do Rei a caminho - além de sete Supercopas da Espanha, três Supercopas da Europa e três Mundiais de Clubes. Em mais de 80% desses torneios houve participação decisiva do camisa 10.

Quando se aposentar, Messi virará estátua no Camp Nou: por que teria de sair? Maldini sofria a mesma cobrança no Milan? Gerrard no Liverpool? Totti na Roma? Giggs no Manchester United? Todos tornaram-se entidades pelos serviços prestados e construíram lindas histórias de fidelidade com início, meio e fim. São um pouco mais do que ídolos e cada vez mais artigos raros no futebol globalizado.

Passaram pelo Barça ao longo da última década Guardiola, Henry, Eto’o, Ibrahimovic, Valdés, Puyol, Fàbregas, Daniel Alves, Xavi, Neymar, Iniesta... E por lá seguem Ter Stegen, Piqué, Alba, Busquets, Rakitic e Suárez. Num esporte coletivo como o futebol ninguém vence sozinho, inclusive Messi. Mas seria possível ganhar tanto sem o melhor jogador da nossa geração? Quem é a zona de conforto de quem?

Globo Esporte
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