Novembro 27, 2024
Arimatea

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Em discurso na noite desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse ter mais poder que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia , e prometeu usar sua caneta Bic para revogar decretos, portarias e instruções normativas que atrapalhem quem quer produzir e investir. Ele ainda voltou a defender a revogação, também por meio da "caneta Bic", de um decreto de 1988 que demarcou a estacão ecológica de Tamoios, em Angra dos Reis (RJ), transformando a região em uma nova Cancún, numa referência ao badalado balneário mexicano no Caribe.

Ele mencionou a reunião que teve pela manhã com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. O presidente relatou a conversa que teve com Maia.

— Eu disse para ele, Maia: com a caneta, eu tenho muito mais poder do que vocês, apesar de você fazer leis. Eu tenho o poder de fazer decretos. Evidente que decretos com fundamentos. E falei para ele da baía de Angra. Nós podemos ser protagonistas para que a baía de Angra seja uma nova Cancún. Nós devemos começar a tirar esse sonho do papel com uma caneta Bic, revogando um decreto, que demarcou estação ecológica de Tamoios em 1988, lá no governo Sarney — disse Bolsonaro em evento em Brasília que marcou o lançamento da Frente Parlamentar Mista da Marinha Mercante Brasileira.

Ao defender uma maior desregulamentação da economia brasileira, ele também disse que o ato de não atrapalhar já é uma ajuda. Segundo o presidente, o emaranhado de normas prejudica os investimentos.

— O que eu tenho a oferecer aos senhores é desregulamentar muita coisa. O Brasil está cheio de decretos. Uma caneta Bic resolve esse problemas. Está cheio de portarias, de cheio de instruções normativas. Outro dia tomei conhecimento da quantidade de instruções normativas só na Receita Federal, em parte inclusive eram perfeitamente descartáveis. Serviam apenas para uns poucos que usavam aquilo em causa própria para atrapalhar quem quer produzir — disse Bolsonaro.

Ele relatou ainda o caso de um empresário do Paraná que, há alguns anos, reclamou que precisava até mesmo de um parecer da Fundação Nacional do Índio (Funai) para fazer um terminal de contêineres. Segundo Bolsonaro, esse é um tipo de problema que, no seu governo, não ocorre mais.

O evento de lançamento da frente parlamentar contou também com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, do comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior, dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e de alguns parlamentares. Na plateia, porém, havia muitas cadeiras vazias.

O Globo
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O governo conseguiu na noite desta terça-feira, 28, uma vitória no Senado e aprovou sem alterações a medida provisória que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios. Senadores atenderam a um apelo do presidente Jair Bolsonaro para que mantivessem o texto da forma como foi aprovado na Câmara e deixassem o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sob a alçada do Ministério da Economia. O texto agora vai a sanção presidencial.

Parlamentares da base aliada passaram boa parte da sessão justificando o voto que tirou o Coaf do ministro Sérgio Moro. A defesa de que o órgão ficasse no Ministério da Justiça foi uma das pautas levadas às ruas por manifestantes nos atos a favor do governo no domingo passado.

Em carta, assinada em conjunto com Moro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente pediu que os parlamentares não tentassem alterar a MP, sob risco de ter que retornar a estrutura anterior da Esplanada dos Ministérios, com 29 pastas – atualmente são 22. O documento foi entregue pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni – também signatário –, ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), durante café da manhã no Palácio da Alvorada.

O pedido colocou em lados opostos o desejo inicial de Moro, de ficar com o comando do Coaf, e o interesse do governo em manter a estrutura mais enxuta, com menos ministérios, independentemente em qual ministério estará o órgão de controle financeiro.

Antes de colocar o texto em votação, Alcolumbre tentou um acordo com líderes de partidos. A reunião foi tensa e se arrastou por mais de duas horas. A portas fechadas, apelou aos colegas para que não houvesse pedidos para que a questão do Coaf fosse votada nominalmente. Encontrou resistências.

“Imagino as pessoas que foram às ruas indignadas com o acordo que o governo fez mesmo contra o interesse do ministro Sergio Moro”, afirmou Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

“É muito difícil o cidadão em casa entender que o governo dormiu domingo pensando uma coisa e acordou na segunda pensando outra. Mudar de ideia mediante convencimento é salutar. Mas mediante ameaça é covardia, fraqueza”, disse Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

O PT, que estava disposto a fazer oposição, não demonstrou empecilho para o governo na reunião. “Ver Bolsonaro, centrão e PT juntos não tem preço”, ironizou Randolfe.

Líder do PSD no Senado, Otto Alencar, também era um dos que demonstrava-se reticente em atender ao governo. Ele criticou Moro por ter assinado a carta contrariando o que o próprio ministro mesmo havia defendido. “Não quer perder o emprego e assina (a carta). Ninguém pode colocar interesses pessoais acima de história de vida”, disse o senador.

Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), decidiu ceder mais um pouco. Aceitou devolver a demarcação de terras indígenas ao Ministério da Justiça. A atribuição estava sob o comando do Ministério da Agricultura. Ruralistas não gostaram e cobraram Bezerra, que rebateu que o acordo já estava feito.

Recuo. Um dos principais defensores de devolver o Coaf ao ministro Sérgio Moro, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio, recuou após o pedido do governo e passou a defender que os colegas atendessem a vontade de Bolsonaro. Pedia que valorizassem a carta assinada pelo presidente e pelos seus ministros e chegou a elogiar a oposição por votar com o governo.

“Hoje, eu tive verdadeiras aulas de cidadania plena na reunião de líderes, onde pude testemunhar o líder Humberto Costa, do PT, na grandeza de dizer pelo País que ‘se nós quisermos, nós colocamos um kit obstrução e nós travamos o que pudermos, mas nós não estamos torcendo pelo quanto pior, melhor; nós estamos torcendo para que tenha um encaminhamento que possa ser melhor para o povo brasileiro’”, disse Olimpio.

Day after. A preocupação dos senadores ontem era, após fazer um gesto em favor do governo, qual será o próximo passo de Bolsonaro. “É preciso entender se o presidente vai realmente descer do palanque. Ele não precisa nesse momento de votos, mas de apoio político e saber dialogar com as pessoas certas”, disse Simone Tebet (MDB-MS).

“Ele tem de somar uma base no Senado e na Câmara e essa base não precisa vir de Centrão, nem de toma lá, da cá”, afirmou.

Estadão
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O corpo de Gabriel Diniz foi enterrado no Cemitério Parque das Acácias, no bairro José Américo, em João Pessoa, no fim da tarde desta terça-feira (28). Conhecido pelo hit “Jenifer”, Gabriel morreu na queda de um avião de pequeno porte junto com outras duas pessoas na tarde desta segunda, no estado de Sergipe.

O sepultamento foi restrito para parentes e amigos do cantor, mas fãs e admiradores se reuniram na entrada do local. A Polícia Militar montou uma estrutura no local e o acesso foi permitido apenas para veículos autorizados.

O enterro ocorreu após um cortejo em carro aberto do Corpo de Bombeiros, que levou o corpo do cantor do ginásio de esportes Ronaldão, no bairro do Cristo, onde o velório aconteceu, até o cemitério.

Uma missa em homenagem ao cantor Gabriel Diniz aconteceu pouco depois das 13h40, durante o velório. Familiares, amigos e admiradores do trabalho de Gabriel participaram da cerimônia celebrada por padres. O louvor foi ministrado pelo cantor Felipe Alcântara, ex-vocalista da banda Os Gonzagas.

O velório foi, inicialmente, fechado para familiares e amigos. O cantor Matheus, da dupla Matheus e Kauan, a youtuber e humorista Gkay e Renan da Resenha, também humorista, estavam entre os presentes. A cerimônia foi aberta ao público, que fazia fila desde a madrugada, às 8h.

Artistas paraibanos como Aldair Playboy, Yegor Gomez, Gil Bala e Ramon Schnayder também passaram pelo velório. À tarde, Wesley Safadão, Xand Avião e o cantor Matheus (Matheus e Kauan) compareceram ao local para se despedir do amigo. O sepultamento deverá ser realizado nesta tarde.

GD, como Gabriel Diniz era conhecido, estava no avião acompanhado de Linaldo Xavier e Abraão Farias, pilotos e diretores do Aeroclube de Alagoas. Eles faziam o trajeto entre Salvador e Maceió, para onde Diniz viajava para comemorar o aniversário da namorada, Karoline Calheiros.

Nesta manhã, Karoline se juntou a familiares e fãs e se agachou ao lado do caixão. À tarde, em um momento de discursos, ela descreveu o cantor como “o amor da minha vida” e se emocionou diante dos presentes. Ela relembrou a última música que o casal ouviu junto, uma canção gospel, que fala sobre a história bíblica de Jó, um homem que, mesmo sem motivos, decide permanecer fiel a Deus.

“Foi a última música que a gente ouviu juntos e eu acho que acaba sendo uma mensagem pra todos que estão aqui, para que a gente tenha força, apesar de tudo. Apesar dessa dor”, disse.

A queda da aeronave foi na tarde de segunda no povoado Porto do Mato, em Estância, sul de Sergipe. O corpo foi liberado às 21h do Instituto Médico Legal de Sergipe (IML), em Aracaju, e chegou por volta de 3h30 ao aeroporto Castro Pinto, na região da Grande João Pessoa.

G1 PB
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) a convocação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Pelo requerimento aprovado, Onyx terá de explicar aos parlamentares o decreto do presidente Jair Bolsonaro que mudou as regras sobre uso de armas e de munições, facilitando o porte.

Por ser convocação, Onyx Lorenzoni é obrigado a comparecer a uma sessão da CCJ, em data a ser agendada.

Procurada, a Casa Civil enviou a seguinte resposta: "Ministro se sente honrado em ser convocado pelo parlamento para tratar de um tema que sempre defendeu".

O decreto das armas foi assinado por Bolsonaro em 7 de maio e, desde então, tem gerado polêmica. O Ministério Público Federal, por exemplo, pediu à Justiça Federal de Brasília para suspender o decreto, e a Rede Sustentabilidade pediu ao Supremo Tribunal Federal para anular o ato de Bolsonaro.

No último dia 22, em meio à polêmica, o governo recuou e publicou um novo texto. Entre as alterações anunciadas, estão o veto ao porte de fuzis, carabinas ou espingardas para cidadãos comuns.

O direito ao porte é a autorização para transportar a arma fora de casa. É diferente da posse, que só permite manter a arma dentro de casa.

Argumentos
O requerimento aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça nesta terça-feira foi apresentado pelo deputado Aliel Machado (PSB-PR).

No pedido de convocação de Onyx, o parlamentar argumentou que a constitucionalidade do decreto "está em xeque".

Machado também argumentou que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) e a área técnica do Congresso entenderam o decreto tem ilegalidades.

G1
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O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que o governo vai transferir para presídios federais um grupo de presos do sistema penitenciário do Amazonas, onde uma guerra interna de uma facção deixou 55 detentos mortos na segunda-feira . O número de transferidos ainda não foi divulgado. O ministro, que está em viagem ao exterior, tem sido informado do caso por sua equipe.

Moro considera que a situação é grave. Ontem à noite, ele já havia tratado do envio de tropas da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para reforçar a estrutura de segurança do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no Amazonas .

O envio das tropas da força-tarefa foi acertado entre o ministro e o governador Wilson Lima (PSC), em conversa na tarde desta segunda-feira. “Acabei de falar com o ministro Sergio Moro, que já está mandando uma equipe de intervenção prisional para o estado do Amazonas, para que possa nos ajudar neste momento de crise e um problema que é nacional: o dos presídios. A qualquer momento a equipe de intervenção do Ministério da Justiça desembarca no Estado para nos ajudar” afirmou o governador em nota.

G1
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (28), após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e outros parlamentares, que vai pedir ao relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), para apresentar o parecer sobre a proposta antes de 15 de junho, prazo inicialmente previsto.

A proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência já passou pela Comissão de Constituição e Justiça, onde foi considerada constitucional, e agora está na comissão especial sobre o tema, na qual os deputados estão discutindo o conteúdo da proposta. Por último, será submetida a votação no plenário.

"Eu vou pedir a ele hoje que apresente o projeto antes do dia 15. Acho que a gente precisa encurtar um pouquinho esse prazo da votação, para que a gente não chegue muito no limite do final do primeiro semestre. Eu sou sempre um otimista. A gente precisa terminar essa matéria na Câmara no primeiro semestre", afirmou Maria.

Segundo ele, "seria bom" que Samuel Moreira pudesse apresentar seu relatório uma semana ou cinco dias antes de 15 de junho, a fim de se garantir um tempo maior para votação na comissão especial e no plenário.

"Senão vai ficar muito apertado. Eu tenho certeza que o relator está ouvindo a todos. O ministro Paulo Guedes e o secretário [da Previdência] Rogério Marinho estão ajudando, ouvindo os parlamentares, sentindo o ambiente da Casa, para que a gente possa garantir uma economia perto daquilo que o ministro espera [de R$ 1 trilhão em dez anos], que o Brasil espera", afirmou Maia a jornalistas.

Reunião entre os três poderes
Sobre o café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro, do qual também participaram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, na manhã desta terça, Rodrigo Maia afirmou que a discussão foi sobre um "pacto" entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

"O presidente Toffoli já tinha proposto esse pacto há uns dois meses. Agora se consolidou um texto, está bem organizado, simples, objetivo. Vou levar aos líderes [dos partidos na Câmara] para que leiam e para que eu possa, no dia 10, assinar esse documento. Eu preciso, claro, respaldar minha decisão ouvindo os líderes e, tendo a maioria dos líderes, assinar esse documento em nome da Câmara", declarou.

Manifestações
Questionado sobre as manifestações deste domingo (26), registradas em ao menos 156 cidades nos 26 estados e no Distrito Federal, em defesa do presidente Jair Bolsonaro e de medidas do governo, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que os atos mostram que a "democracia está viva".

"Toda manifestação é legitima, é democrática, mostra que a nossa democracia está viva, e todas elas vêm com uma mensagem. Cada um tem que saber avaliar as mensagens, dentro de cada um de nós, respeitando a posição de cada um, mesmo discordando. Elas mostram, tanto a [manifestação da] Educação, quanto a de domingo, mostram que a democracia vive, e os brasileiros têm todo direito de se manifestar, de criticar", afirmou.

Segundo Maia, a mensagem que foi passada para a política é que deve "estar sempre conectada com a sociedade".

"O importante é que a gente tenha no Congresso Nacional uma pauta muito bem organizada de reestruturação do Estado brasileiro. O Estado brasileiro precisa ser reestruturado, e a gente precisa garantir leis, com maior segurança jurídica para o investimento privado. É o setor privado quem vai gerar emprego neste país", afirmou.

Orçamento impositivo
Sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) do orçamento impositivo, que obriga o governo a executar as emendas parlamentares individuais, Maia afirmou que conversou com integrantes da equipe econômica e que incluirá no texto um artigo que organiza as despesas públicas, "de modo que a área econômica tenha “tranquilidade na promulgação dessa PEC”.

“Estamos negociando a inclusão de dois artigos que tratam da cessão onerosa, importante para o governo federal e para os estados e municípios”, acrescentou o presidente da Câmara dos Deputados.

O governo informou recentemente que pretende aprovar, por meio de PECs, autorizações para pagar R$ 33 bilhões à Petrobras, dos recursos do excedente da cessão onerosa, e também para dividir os valores com os estados e municípios. No leilão do excedente, previsto para 28 de outubro, o governo prevê arrecadar R$ 106,5 bilhões.

G1
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O tempo de sobrevida de pacientes com HIV mais que dobrou após o Brasil começar adotar políticas públicas de combate à doença. Estudo divulgado hoje (28) pelo Ministério da Saúde mostra que 70% dos pacientes adultos e 87% das crianças diagnosticadas entre 2003 e 2007 tiveram sobrevida superior a 12 anos. Em 1996, antes de o ministério ofertar o tratamento universal aos pacientes com HIV, a sobrevida era estimada em cerca de cinco anos.

O estudo pesquisou 112.103 pacientes adultos e 2.616 crianças de todo o país, entre 2003 e 2007. Desse total, 70% dos adultos (77.659) e 87% (2.289) das crianças permaneciam vivos até o fechamento dos dados para o estudo, em 2014. Dos adultos que foram a óbito, 27.147 morreram em decorrência da aids e 7.297 por outras causas não relacionadas à doença. Entre as crianças, 280 morreram em decorrência da aids e 47 de outras causas.

Para o resultado, a pesquisa levou em consideração outros fatores, além do tempo de vida entre o diagnóstico e o óbito, como a taxa de mortalidade de aids no período, análises estatísticas e modelos de riscos. No período do estudo, a taxa de mortalidade por aids em adultos teve queda de 89,1% e, em crianças, a redução foi de 88,8%.

Medicamento gratuito
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil foi um dos primeiros países - e o único, considerando sua dimensão populacional - a adotar a distribuição gratuita dos medicamentos para a aids no sistema público de saúde, em 1996.

Além do tratamento das pessoas diagnosticadas, o ministério faz também ações de prevenção que inclui a distribuição de preservativos masculinos e femininos, ações educativas e ampliação do acesso a novas tecnologias, como a profilaxia pós-exposição e a profilaxia pré-exposição.

Atualmente, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o vírus HIV no Brasil e a epidemia no país é considerada estabilizada, de acordo com o Ministério da Saúde.

O Estudo de Abrangência Nacional de Sobrevida e Mortalidade de Pacientes com Aids no Brasil foi financiado pelo ministério e realizado por especialistas de instituições de saúde e universidades de São Paulo.

Agência Brasil
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O mosquito Aedes aegypti é capaz de transmitir, em uma única picada, múltiplos vírus, como da dengue, zika e chikungunya. Essa foi a descoberta de um estudo da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Nature Communications.

A pesquisa sugere que coinfecções são bastante comuns em regiões endêmicas e epidêmicas dessas doenças, como o Brasil. Os resultados jogam luz sobre como ocorre uma coinfecção - quando uma pessoa é atingida por duas ou mais doenças ao mesmo tempo -, embora o mecanismo ainda não seja totalmente compreendido.

Segundo o estudo, uma abundância relativamente alta de pacientes coinfectados por dengue e chikungunya (26,3%) foi encontrada em surtos em Madagascar (10), Gabão (11) e Saint Martin (12).

Além disso, um estudo clínico realizado em 2016 na Nicarágua mostrou que 27% dos pacientes infectados pelo Aedes apresentavam vírus circulando no sangue de múltiplos agentes, incluindo todas as combinações possíveis de dengue, zika e chikungunya.

Mas observou-se que apesar do grande número de coinfecções, não houve mudanças no estado clínico ou hospitalização dos pacientes. Já outros estudos identificaram uma possível relação entre a coinfecção e complicações neurológicas.

Neste estudo da Universidade Estadual do Colorado, os pesquisadores infectaram mosquitos em laboratório com os vírus da dengue, zika e chikungunya e realizaram testes para avaliar a taxa de transmissão de cada doença.

A pesquisa concluiu que infecções por dois vírus são mais comuns do que se imagina. Já a transmissão dos três vírus simultaneamente é mais raro. Outro dado obtido é que uma coinfecção não é mais grave do que a infecção causada por um único vírus.

O próximo desafio dos pesquisadores é descobrir se existe um vírus dominante no organismo dos mosquitos e investigar também os mosquitos que transmitem a febre amarela.

R7
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Os repasses do governo federal para o programa de construção de creches e pré-escolas públicas no país, o Proinfância, atingiu o menor valor de transferência de recursos no 1º quadrimestre desde 2009.

De janeiro a abril deste ano, o governo repassou R$ 10,2 milhões aos municípios. No mesmo período de 2018, o valor era de R$ 81,6 milhões. O auge dos repasses ocorreu em 2014, quando de janeiro a abril daquele ano o governo chegou a destinar R$ 506,6 milhões ao programa.

Os números são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e foram obtidos com exclusividade pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação.

O FNDE diz que previsão de recursos está na Lei Orçamentária aprovada na gestão anterior e que estuda formas de ampliar os investimentos.

Ampliação de creches e pré-escolas
O Proinfância, Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil, foi instituído por lei em 2007 para garantir o acesso de crianças a creches e escolas do país. Os recursos são aplicados na construção de creches e pré-escolas e na compra de móveis.

Uma das metas do Plano Nacional de Educação é ter 50% das crianças em creches e escolas até 2024. Em 2017, apenas 34,1% das crianças até 3 anos tiveram acesso à educação infantil. O contato com o ensino nesta idade é importante para facilitar o processo de alfabetização e escolarização das crianças.

Orçamento aprovado na gestão anterior
Em nota, o FNDE informou que busca ampliar os recursos para o programa. “O FNDE destaca que o orçamento do programa Proinfância foi reduzido de R$ 200 milhões, em 2018, para apenas R$ 30 milhões, em todo o ano de 2019. A decisão foi tomada pelo governo passado ao aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano. No entanto, o MEC tem trabalhado junto ao Ministério da Economia para conseguir mais recursos para o programa Proinfância.”

Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, o ex-presidente Michel Temer não se manifestou.

Obras paradas
Os dados mais recentes do FNDE mostram que há 1.085 obras de creches e pré-escolas paralisadas em todo o país, que poderiam ser retomadas com os repasses do Proinfância.

Só no estado de São Paulo são 21 obras paradas. Em Guarulhos, pouco mais da metade da obra de uma creche ainda precisa ser concluída. O custo total é de R$ 2,6 milhões, mas o que está de pé se encontra tomado pela vegetação (veja vídeo no início da matéria).

Em nota, a Prefeitura de Guarulhos informou que os contratos com as empresas para execução das obras foram rescindidos em 2017 e, por isso, os recursos estão bloqueados.

“Todas as obras estão sendo retomadas e todas que apresentavam irregularidades identificadas pela gestão atual, serão encaminhadas ao Ministério Público para que sejam tomadas as devidas providências. A Prefeitura de Guarulhos informa ainda que devido essas pendências, o repasse de recursos para o município estão bloqueados pelo Governo Federal.”

Acesso à educação
De acordo com Eduardo Marino, diretor de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, especializada em primeira infância, a falta de investimento pode afetar a aprendizagem das crianças que, sem acesso à pré-escola, poderão ter dificuldades de se alfabetizar.

“Uma preocupação que o Brasil tem hoje é com alfabetização, que é muito importante, e começa com acesso à creche e à pré-escola. Então pra atingir essa meta, nós precisamos investir desde cedo nas crianças”, disse Marino.

“A cobertura de creches hoje no Brasil tá em 34%. A meta do Plano Nacional de Educação para 2024 é de 50%. O primeiro ponto é que, para atingirmos essa meta, nós precisamos ter um ritmo de investimento para que essa cobertura continue aumentando. Agora, o que se perde com isso? Tem uma perda que é da criança, e uma que é da mulher. A mulher perde em termos de acesso ao trabalho”, ponderou Marino.

A coordenadora de projetos da ONG Todos pela Educação, Thaiane Pereira, diz que a redução de recursos é esperada em ano de restrição fiscal, mas que o governo precisa priorizar onde investir. Para ela, as obras precisam ser retomadas com prioridade em locais onde as famílias mais precisam. Outra alternativa, aponta Pereira, é traçar parcerias com creches conveniadas e o setor privado para buscar formas de atender a população.

"Em um cenário de restrição fiscal é esperado que exista uma diminuição no montante dos investimentos para os programas. O que o governo federal precisa priorizar é a retomada de obras paradas e onde elas serão retomadas. Precisa ser nos lugares que mais necessitam de creches, que geralmente são os lugares mais vulneráveis. E o governo federal também precisa pensar em formas alternativas de atendimento para fazer com que todas as crianças que precisam tenham acesso à creche, por meio de creches conveniadas, parcerias com o setor privado, ou outras formas que precisam ser estudadas", afirmou.

"O que o Brasil precisa priorizar de fato é não só o acesso à creche, mas que essa creche seja de qualidade", diz Pereira.

G1
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As inscrições para o Prêmio Educador Nota 10 foram prorrogadas até as 23h59 de 3 de junho (horário de Brasília). Professores e gestores da educação infantil ao ensino médio de escolas públicas e privadas de todo o Brasil podem cadastrar as suas iniciativas no site http://www.premioeducadornota10.org/

Essa é a 22ª edição do prêmio. Podem se inscrever professores, diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais graduados em pedagogia ou licenciatura, que tenham trabalhado em instituições educacionais.

Neste ano, a novidade é a inclusão de novos componentes curriculares do ensino médio, para alinhar o prêmio à Base Nacional Comum Curricular, aprovada no fim do ano passado. Agora, poderão se inscrever projetos de artes, educação física, filosofia, língua estrangeira e sociologia no ensino médio. A relação completa dos componentes curriculares está no regulamento no site da premiação.

Para a análise dos trabalhos enviados pelos educadores, uma comissão selecionadora é composta por grandes especialistas em didáticas específicas, pesquisadores das principais universidades do país e orientadores de graduação e pós-graduação. Como parte da seleção, além da leitura dos casos, serão realizadas entrevistas com os participantes e os materiais comprobatórios dos avanços de aprendizagem dos alunos serão solicitados.

Esta comissão deverá selecionar 50 finalistas, que serão divulgados em 10 de julho. Destes, serão escolhidos dez vencedores em 29 de julho. E, entre os dez, o Educador do Ano será conhecido em um evento em 30 de setembro.

Cada um dos dez vencedores ganha um vale-presente de R$ 15 mil, e o Educador do Ano ganha outro vale-presente, também no valor de R$ 15 mil. As escolas vencedoras também recebem uma verba para celebrar a premiação.

Edições passadas
Em 2018, o prêmio de Educador do Ano foi para José Marcos Couto Júnior, professor de história de uma escola pública do subúrbio do Rio de Janeiro com o projeto "Caravanas, limites da visibilidade".

Em 2017, Elisângela Dell-Armelina Suruí, uma professora que desenvolveu um projeto de alfabetização na língua indígena Paiter Suruí em Cacoal (RO), foi a escolhida como Educadora do Ano.

Prêmio Educador Nota 10
O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita. O objetivo é reconhecer professores do ensino infantil e médio, além de coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país.

Desde 2014, a iniciativa é apresentada pela Abril e Globo, realizada pela Fundação Victor Civita, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, e desde 2018 ela é associada ao Global Teacher Prize, prêmio global de Educação.

Neste ano, o apoio ao prêmio é feito pela Nova Escola, pelo Instituto Rodrigo Mendes e pelo Unicef, com patrocínio da Fundação Lemann e do grupo SOMOS Educação.

G1
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