Novembro 27, 2024
Arimatea

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Em um jogo de alta intensidade, São Paulo e Flamengo empataram em 1 a 1 no Morumbi, neste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Berrío abriu o placar para o clube carioca logo aos sete minutos de jogo, surpreendendo o adversário em uma bela troca de passes com Diego e Hugo Moura. O empate só aconteceu aos 37 minutos do segundo tempo, com Tchê Tchê, que aproveitou o rebote de César em cabeçada de Hernanes.

Garotos do Ninho
O Flamengo poupou o time titular inteiro de olho no jogo contra o Peñarol, quarta-feira, em Montevidéu, que definirá a classificação para as oitavas de final da Libertadores. Com isso, seis dos jogadores escalados entre os titulares neste domingo foram revelados nas categorias de base do clube, sendo o goleiro César o mais velho deles, com 27 anos de idade, seguido de Ronaldo, com 22.

Cotia presente
O São Paulo também apostou na juventude, mas entrou em campo com seus titulares. Antony, Liziero, Walce e Toró representaram as categorias de base em campo. Antony e Toró levaram muito perigo durante todo o jogo, e Walce atuou em três posições nos 90 minutos: lateral, zagueiro e volante.

Sustos em campo
Alexandre Pato e Berrío foram substituídos no jogo ainda no primeiro tempo depois de trombadas. O atacante do São Paulo levou um tranco por trás de Thuler, que na opinião do comentarista Paulo César de Oliveira seria para expulsão, e chegou a ir para o hospital. O jogador do Flamengo chegou a apagar em campo depois de um choque com Walce, mas foi examinado e ficou no Morumbi acompanhando o restante do jogo.

Próximos jogos
Com o resultado, o São Paulo deixou o Atlético-MG sozinho na ponta da competição. O próximo jogo será contra o Fortaleza, domingo, fora de casa. O Flamengo terá pela frente a Chapecoense, no mesmo dia, no Maracanã

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O Botafogo aproveitou bem os dois jogos seguidos que teve em casa no início deste Campeonato Brasileiro. Depois de bater o Bahia na última quinta-feira, desta vez a equipe de Eduardo Barroca superou o Fortaleza no Nilton Santos e chegou aos seis pontos ganhos. Alex Santana saiu do banco no segundo tempo e marcou o gol do jogo: 1 a 0.

O jogo
O Fortaleza foi quem levou perigo primeiro, com bola na trave de Wellington Paulista logo aos sete minutos. Mas o grande destaque da equipe visitante no primeiro tempo acabou sendo Felipe Alves. Em duas ótimas chances de Erik, o goleiro salvou o time. Na etapa final, Felipe parou Erik novamente, mas desta vez os alvinegros aproveitaram o rebote. Alex Santana, que entrou na vaga de Gustavo Bochecha aos 13 do segundo tempo, teve só o trabalho de empurrar para o gol vazio.

VAR, reclamações e erros
Perto do fim do primeiro tempo, Wellington Paulista caiu na área em dividida com Gilson e pediu pênalti. O árbitro não marcou de primeira, foi consultar o VAR e manteve sua decisão. O atacante do Fortaleza reclamou bastante, assim como o técnico Rogério Ceni. Na etapa final, foi o Botafogo que pediu a marcação de uma penalidade, em disputa entre Quintero e Diego Souza. O VAR não foi acionado e o jogo seguiu. Na opinião de Sandro Meira Ricci, na Central do Apito, as duas decisões do árbitro Wagner Reway foram equivocadas.

Panorama
O Botafogo chegou a 6 pontos e entrou no G-6 do Brasileiro - pode ser ultrapassado pelo Bahia, que joga às 19h. O Fortaleza, por sua vez, segue com 3 e fica à beira da zona de rebaixamento. Na próxima rodada, os cariocas têm clássico contra o Fluminense no Maracanã, enquanto os cearenses recebem o São Paulo no Castelão.

Globo Esporte
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O Campinense garante foi até a Arena Pernambuco, neste domingo, encarar o Vitória-PE e conquistou um importante e merecido triunfo fora de casa. A equipe de Francisco Diá foi amplamente superior ao time pernambucano, mas o ataque rubro-negro ficou devendo. O nigeriano Yérien marcou o gol da vitória da Raposa, mas Erivan e Lopeu desperdiçaram diversas chances, que poderiam ter resultado em gol e elastecido o resultado.

PRIMEIRO TEMPO
Logo nos primeiros minutos o Campinense tratou de deixar claro ao Vitória das Tabocas que as ações do jogo seriam dominadas pelo lado rubro-negro. O time de Francisco Diá exerceu uma forte pressão no campo defensivo, jogando com a linha de defesa muito alta, na altura da linha que divide o campo, durante a maior parte da primeira etapa. As chances se acumulavam, mas os atacantes, sobretudo Erivan e Lopeu, não as aproveitaram. Erivan ainda chegou a balançar as redes, mas o gol foi anulado por um impedimento apontado pelo assistente Renan Aguiar da Costa. O Vitória apareceu no jogo apenas com duas cobranças de falta. Uma do experiente Val, ex-Flamengo e Botafogo-PB, que exigiu grande defesa de Wagner Coradin. Para além disso, os mandantes da partida nada fizeram.

SEGUNDO TEMPO
A tônica do primeiro tempo se repetiu na segunda etapa, mas logo aos 5 minutos de jogo, o atacante nigeriano Yerien completou um chute cruzado de Lopeu, que o goleiro Dida não conseguiu interceptar, e empurrou para o fundo das redes, abrindo o placar. Daí em diante, o Campinense foi só pressão. O Vitória, por sua vez, ainda levou perigo no fim da partida, mas Ferreira apareceu para salvar o Campinense. Erivan e Lopeu desperdiçaram mais duas chances claras e o placar permaneceu inalterado.

COMO FICA A TABELA?
Com o triunfo desta tarde, a Raposa conquista os primeiros três pontos e fica com a segunda colocação, pois a Jacuipense tem saldo de gols mais positivo, após vencer o ASA por 2 a 0. O Vitória está na terceira posição, também por conta do saldo de gols.

PRÓXIMOS COMPROMISSOS
Na próxima rodada, o Campinense recebe a Jacuipense no Estádio Amigão. A partida está agendada para o próximo domingo, às 16h.

Globo Esporte
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Treze e ABC entraram no campo do Estádio Amigão com o mesmo objetivo: somar três pontos no Grupo A da Série C. O Galo da Borborema entrava mais pressionado, tanto por jogar em casa quanto pelo empate frustrante na estreia contra o Santa Cruz. Dentro de campo, o que se viu foi um duelo bem franco, aberto, com o Alvinegro da Paraíba desperdiçando as melhores chances. No entanto, o Elefante não ficou atrás e também teve oportunidades perdidas, chances claras para sair com a vitória. Após 90 minutos, o empate acabou sendo o mais justo.

Primeiro tempo
A primeira etapa foi bastante equilibrada. No início, o ABC comandou melhor a troca de passes, enquanto o Treze apostava na velocidade, em jogadas de contra-ataque, para buscar abrir o placar. Porém, diferente da partida de estreia, o Galo não se impôs da mesma forma, tendo mais dificuldade para deslanchar. Os destaques foram o lateral Edy e o atacante Gil, além do goleiro Mauro Iguatu. Por sinal, o time potiguar foi quem teve boas oportunidades, com o atacante Rodrigo Rodrigues e o meia Anderson Rosa. Ao fim dos primeiros 45 minutos, tanto o Galo quanto o Elefante foram para o vestiário sem balançar as redes.

Segundo tempo
No segundo tempo, o Galo da Borborema começou com tudo, se lançou ao ataque buscando abrir o marcador. No entanto, o time comandado por Flávio Araújo acabou falhando demais na hora de balançar as redes. E diante do desgaste, o técnico acabou substituindo peças importantes, o que não surtiu efeito ao longo da partida. No lado do ABC, o melhor momento foi mesmo na reta final, quando a equipe potiguar controlou o confronto, mas também não conseguiu vazar a meta de Mauro Iguatu.

A classificação
Com os resultados de momento, o ABC está na segunda colocação do Grupo A, com quatro pontos somados em duas partidas. Já o Treze, que chegou ao segundo empate na competição, acumula dois pontos, dividindo a sétima colocação com o Botafogo-PB, o outro clube paraibano na disputa.

Na próxima rodada
No próximo fim de semana, pela terceira rodada da Série C, o Treze vai até o Maranhão enfrentar o Imperatriz. A partida acontece no sábado, às 19h, no Estádio Frei Epifânio. O ABC também permanece atuando longe de Natal. No domingo, o Elefante visita o Confiança, às 16h, no Estádio Batistão, em Aracaju.

Globo Esporte
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Bolsonaro participou de cerimônia em comemoração ao 130º aniversário do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Ele destacou a excelência do ensino e o sucesso dessas instituições nas avaliações da educação básica. “Precisamos promover uma educação que prepare nossos jovens para os desafios da quarta revolução industrial”.

De acordo com o presidente, já está em andamento a construção do maior colégio militar do Brasil, no Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

Protesto

Pais, alunos e professores dos colégios Pedro II (CPII), Aplicação e Centro Federal de Educação Celso Suckow da Fonseca ocuparam as ruas em frente ao Colégio Militar para protestar contra a redução de 36,37% no orçamento anual do CPII, anunciada na semana passada pelo Ministério da Educação.
As ruas Morais e Silva e São Francisco Xavier estavam interditadas de manhã para a visita do presidente Jair Bolsonaro. Uma das oito unidades do Pedro II no estado fica em frente ao Colégio Militar, na Tijuca, zona norte do Rio.

Agência Brasil
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), prepara uma lista de propostas já aprovadas na Casa que não avançaram na Câmara. A ideia, segundo o parlamentar, é reunir até 30 matérias e pedir que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), inclua as propostas na pauta, em nome da reciprocidade. “Os senadores estão cobrando, com legitimidade, o princípio da reciprocidade: que a Câmara possa também fazer uma pauta de votação de matérias que o Senado já encaminhou e que não são pautadas”, disse Alcolumbre.

A lista de projetos do Senado com tramitação prioritária na Câmara dos Deputados foi proposta pelos líderes da Casa. Na lista, há desde penas mais duras para crimes ambientais a diretrizes nacionais para o combate ao diabetes.

O Projeto de Lei (PL) 550/2019, considerado uma resposta do Senado ao rompimento da Barragem em Brumadinho (MG), está na lista. O texto torna mais rígida a responsabilização civil, penal e administrativa das mineradoras, além de estabelecer multas de R$ 10 mil a R$ 10 bilhões para crimes ambientais — o valor varia conforme a extensão do dano e do potencial econômico do infrator.

A multa, quando aplicada, deverá ser revertida obrigatoriamente à região afetada. O texto também classifica como hediondo o crime de poluição ambiental quando resultar em morte, o que permite o aumento da pena em até quatro vezes. Na Câmara, a matéria será tema de uma comissão especial, ainda não constituída, antes de seguir para o Plenário da Casa.

Outra proposta que integra a lista é o PDS 61/2018, aprovado em junho de 2018, que autoriza a venda de etanol diretamente do produtor aos postos de combustíveis. De autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), o projeto foi uma resposta às reivindicações de caminhoneiros que organizaram uma greve em todo o país. Na Câmara, o texto precisará passar pelas comissões de Minas e Energia (CME) e de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a Plenário.

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 133/2017, aprovado no início de março, cria a Política Nacional de Prevenção do Diabetes, a ser adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto teve origem na Câmara, recebeu emendas no Senado. Agora, essas alterações precisam ser confirmadas pelos deputados.

Basicamente, nesse caso, os senadores retiraram do texto obrigações já previstas em lei como menções ao direito às medicações e aos materiais de monitoramento da doença e a obrigatoriedade de exames de glicemia e de teor de açúcar em pronto-atendimentos e triagens, já feitos pelo SUS.

Agência Brasil
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O presidente da República, Jair Bolsonaro, afastou qualquer possibilidade de fazer uma regulamentação da mídia no país. Ele, inclusive, citou as redes sociais como veículo de mídia excluído de possibilidade de regulação.

“Em meu Governo a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluída as sociais”, disse o presidente em sua conta no Twitter, neste domingo (5).

A regulação da mídia chegou a ser tema de discussões em 2015, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. À época, o governo entendia que a medida democratizaria a comunicação e combateria oligopólios e monopólios no setor. O debate, no entanto, não foi à frente.

Reintegração de posse
Em outra postagem no Twitter, Bolsonaro disse que órgãos federais foram orientados pela Advocacia-Geral da União (AGU) a proceder com a reintegração de posse de imóveis públicos ocupados por causa de algum protesto. Segundo o presidente, a reintegração de posse não deverá aguardar decisão judicial correspondente.

“Por meio da Advocacia-Geral, o governo orientou os órgãos federais a fazer reintegração de posse de imóveis públicos ocupados ou invadidos por ‘manifestantes’ sem aguardar demoradas decisões, agilizando os serviços dos pagadores de impostos. Tudo dentro da lei”, postou o presidente.

Agência Brasil
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A comissão especial que vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara terá a primeira reunião ordinária nesta terça-feira (7), às 14h30. Segundo cronograma apresentado pelo presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), serão realizadas 11 audiências públicas com cerca de 60 convidados para debater o tema.

Segundo Ramos, apesar de haver sugestões para ouvir 130 pessoas, esse número deve ser reduzido. “Não posso usar o argumento de fazer audiência pública e inviabilizar o momento da matéria de ser votada. Vou tentar coordenar para que a gente possa ter mais tempo para discutir as emendas”, afirmou.

O parlamentar disse ainda que os trabalhos no colegiado têm de ser coordenados com a construção de maioria no plenário. “Não adianta votar na comissão sem a garantia no plenário”, disse. Marcelo Ramos quer aprovar a reforma na comissão e entregar o texto para análise do Plenário da Câmara até julho.

Gabinete de inteligência
Para garantir os 308 votos necessários para a aprovação da medida na Câmara, o governo porá à disposição dos deputados, a partir da próxima terça-feira (7), técnicos do Ministério da Economia para tirar dúvidas sobre a proposta.

Segundo a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), esse “gabinete de inteligência” da Previdência será montado em uma sala da liderança do governo no Congresso e vai funcionar principalmente às terças, quartas e quintas-feiras.

“O grupo do Ministério da Economia vai dar informações aos parlamentares tirando qualquer dúvida que possa haver em relação ao texto, inclusive por região. Queremos dar segurança para o parlamentar explicar para seu eleitor por que a nova Previdência é tão importante”, explicou Joice.

Tramitação
A comissão especial será composta por 49 membros e 49 suplentes de 25 partidos com representação na Câmara. Na comissão especial, será examinado o mérito da proposição. Essa comissão terá o prazo de até 40 sessões do Plenário, contados a partir de sua formação, para aprovar um parecer.

Somente na comissão especial poderão ser apresentadas emendas, com o mínimo de 171 assinaturas de deputados cada uma, no prazo de dez sessões do Plenário. A relatoria da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019) está sob a responsabilidade do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

Após a publicação do parecer da comissão especial e o intervalo de duas sessões, a proposta será incluída na ordem do dia do Plenário da Câmara, onde será submetida a dois turnos de discussão e votação.

Entre os dois turnos, há um intervalo de cinco sessões do Plenário. Para ser aprovada, a proposta precisa ter, em ambos os turnos, três quintos dos votos dos deputados – 308, em votação nominal. Em seguida, o texto vai para o Senado onde será submetido a uma nova tramitação.

Agência Brasil
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Com uma despesa de aluguel prevista em R$ 1,2 bilhão neste ano, o governo Jair Bolsonaro encomendou um pente-fino nos contratos de locação de imóveis herdados de gestões anteriores. A intenção é rever os acordos e, em alguns casos, desocupar salas e prédios usados por ministérios e órgãos públicos. Uma das medidas de economia já adotadas pelo Planalto foi providenciar a devolução de uma área de mil metros quadrados na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, um dos endereços comerciais mais caros de São Paulo.

O local, que será devolvido, abriga o escritório da Presidência, usado com frequência pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer quando iam à capital paulista. O espaço pertence à Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), com custo mensal de cerca de R$ 66 mil. O imóvel já foi alvo de protestos e chegou a ser ocupado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e por alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A revisão dos gastos de aluguéis, considerados “muito salgados” por integrantes do governo, já foi objeto de discussão nas reuniões ministeriais com o presidente Jair Bolsonaro. Entre as medidas previstas está agrupar órgãos diferentes em um só local, sempre que possível.

No Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, a ministra Damares Alves já avisou que pretende desalojar a Fundação Nacional do Índio (Funai) de um luxuoso prédio em uma área comercial de Brasília. Entre aluguel e condomínio, o gasto é de R$ 1 milhão por mês, mesmo com a situação de “penúria” em que vive o órgão, segundo afirmou a ministra ao Estado.

“Temos índios morrendo de fome nas aldeias e nós aqui em Brasília, pagando aluguéis absurdos, em prédios luxuosos, em áreas nobres”, disse. “É um dos prédios mais chiques da cidade. Os próprios índios se intimidam com o prédio. É um dos mais chiques de Brasília, sem necessidade nenhuma. Um prédio para índio não pode ter elevador. Tem de ser um prédio mais plano, no máximo com dois andares, para eles usarem escada”, disse Damares, que já procura um lugar para mudança.

A fatura inclui ainda despesas com a locação de imóveis no exterior, com pagamento em dólar e euro. Por causa disso, o Itamaraty, responsável por manter as embaixadas, aparece como campeão de gastos, com desembolso anual de R$ 218,2 milhões, segundo o Ministério da Economia.

O valor levou o Ministério das Relações Exteriores a determinar aos titulares das representações estrangeiras que negociem “melhores condições” nos contratos atualmente em vigor. Em 2018, segundo informou o próprio Itamaraty, a despesa com todos os 225 postos no exterior foi ainda maior – de R$ 223 milhões. O montante inclui gastos como condomínios.

O segundo no ranking de despesas com é o Ministério da Economia, com R$ 136 milhões – sem contar contratos herdados das pastas incorporadas, como Trabalho e Planejamento. O ministro Paulo Guedes, no entanto, já declarou que pretende vender o que chama de “imóveis inservíveis à administração pública” e “racionalizar os imóveis de uso”.

Desocupados. Também na lista dos campeões de despesas, Advocacia-Geral da União (AGU) gasta R$ 126,2 milhões com aluguéis, de acordo com o Ministério da Economia. O ministro André Mendonça afirmou que, ao assumir o cargo, “determinou a revisão e negociação dos contratos com vistas a reduzir o valor pago” e está procurando alternativas também em prédios desocupados da União.

A AGU informou ainda que, para 2019, já conseguiu a redução de R$ 13,9 milhões – conforme a instituição, somente com a mudança da sede das unidades da AGU em São Paulo, em março deste ano, a locação de R$ 1,9 milhão foi reduzida para R$ 847 mil.

A mesma revisão foi repetida em outras cidades como Salvador, Rio, Niterói, entre outras. A sede da AGU, por sua vez, ocupa um edifício de 14 andares, no Setor de Autarquias Sul, no centro de Brasília, pelo qual paga mensalmente um aluguel de R$ 1,6 milhão.

O Ministério do Turismo, que tem seus gastos previstos em R$ 2 milhões com aluguel, também determinou a revisão de todos os contratos vigentes. A pasta desembolsa R$ 166,2 mil por um prédio de 4 mil m² em Brasília, com sete andares e 35 vagas de garagem. O atual imóvel foi alugado no ano passado e, segundo a pasta, já representa uma economia de R$ 880 mil em relação ao contrato anterior.

O Ministério da Cidadania, por sua vez, tem despesas com aluguel que somam R$ 103,9 milhões por ano. Deste total, R$ 16,7 milhões são referentes ao antigo Ministério do Esporte, incorporado à pasta no governo Bolsonaro. A assessoria do ministro Osmar Terra afirmou que todas as despesas com aluguel de imóveis para funcionamento do atual ministério é decorrente dos contratos que já se encontravam em vigor em 1.º de janeiro de 2019. “Não houve nenhum novo contrato de aluguel assinado, nem rescisão dos já existentes.”

Estadão
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Sob pressão de partidos do centrão que querem mudar a organização ministerial do Poder Executivo, o governo admite barganhar para tentar manter enxuta a quantidade de 22 pastas. Um dos pontos que podem ser cedidos é o retorno do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) , hoje no Ministério da Justiça, à pasta de Economia.

Relator do projeto que altera a Medida Provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro para montar seu governo, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) afirmou ontem que esse é um dos pontos que Palácio do Planalto poderá aceitar. Bezerra Coelho é líder do governo no Senado.

— Já admitimos rever as questões de competência, do que cabe a cada ministério, para manter o mais importante, que é a quantidade de ministros — afirmou.

Segundo ele, o retorno da Funai e da demarcação de terras indígenas ao Ministério da Justiça, assim como a atribuição do registro sindical e do Coaf à pasta de Economia são as alterações prováveis. Já a ideia de reverter a extinção do Ministério do Trabalho, defendida por partidos de esquerda, não está na mesa.

A comissão especial para analisar a MP deve se reunir nesta terça-feira à tarde. Ela é de composição mista, ou seja, de deputados e senadores. Parlamentares pediram, ainda, que seja explicitado qual órgão é responsável por políticas LGBT, tema que não é tratado na MP que estruturou o governo Bolsonaro, e a recriação do Conselho de Segurança Alimentar.

Reunião
Bezerra informa, porém, que as mudanças serão discutidas com líderes partidários hoje pela manhã e levadas ao presidente e ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no fim da tarde. Só com o aval de Bolsonaro será definido o texto do relatório, que deve ser apresentado na terça-feira.

— O objetivo é aprovar o relatório na quarta-feira. O texto só será definido hoje, após conversar com os líderes e com o presidente Jair Bolsonaro, para que ele esteja de acordo — afirmou.

No fim do mês passado, em um café com jornalistas, Jair Bolsonaro havia admitido a mudança do Coaf. A declaração, porém, gerou uma reação do próprio ministro Sergio Moro, que se opõe à retirada do órgão de sua pasta. “O Coaf é órgão de inteligência contra a lavagem de dinheiro. Não se combate o crime atualmente sem enfrentar a lavagem de dinheiro”, escreveu Moro em rede social.

Logo depois, na segunda-feira da semana passada, o porta-voz do Planalto, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o órgão permaneceria na Justiça, se dependesse da vontade “pessoal” do presidente, e que a “posição do presidente é de manutenção do Coaf junto ao Ministério da Justiça”.

Partidos do centrão, em especial o líder do PP, Arthur Lira (AL), que tem criticado duramente o governo, não ficaram contentes. Ameaçaram se unir à oposição, em especial ao PT, para apresentar uma emenda ao relatório e exigir a retirada do Coaf do Ministério da Justiça na comissão. Aliados chegaram a cogitar a ideia de apresentar um relatório separado ao de Bezerra, unindo partidos do centrão e os petistas em torno de uma proposta paralela à do governo, para mandar um recado ao governo Bolsonaro de que cabe ao Congresso decidir sobre a estrutura ministerial.

Por enquanto, porém, a ideia está suspensa até as conversas de hoje, com a expectativa de que o resultado torne desnecessária a jogada para desgastar o governo. A ideia é que Bezerra convença o presidente da necessidade de tirar o Coaf das mãos de Moro, entre outras mudanças, antes de apresentar o relatório. Bezerra já parte do pressuposto, porém, de que deputados e senadores vão apresentar discordâncias pontuais do relatório, que podem ser votadas na comissão. O texto também pode passar por ajustes quando chegar ao plenário.

Segundo o líder do PR na Câmara dos Deputados, Wellington Roberto (PR-PB), é inevitável que o tema do Coaf seja votado na comissão caso Fernando Bezerra não inclua a alteração em seu relatório, e que a proposta conta com o apoio de diversos líderes.

— Acredito que isso seja maioria (no Congresso). Será apresentada uma emenda, com certeza, e grande parte dos líderes vai se posicionar a favor. É muito mais prudente o governo já aceitar nossa posição do que a gente brigar para mudar ( o relatório) depois.

Parlamentares defendem que o Coaf no Ministério da Justiça representa risco de vazamentos sobre a atividade financeira de políticos. O presidente da comissão que analisa a MP no Congresso, deputado João Roma (PRB-BA), conversou com Moro sobre o tema e disse ao ministro que os políticos precisam de garantias de que o sigilo bancário será preservado, estando o Coaf no Ministério da Economia ou na Justiça. A preocupação é que o órgão seja usado como instrumento para pressionar a classe política.

— Quem tem medo do Coaf com o Moro? O PSL não tem medo do Coaf com o Moro, e acredito que os parlamentares não tenham medo também — diz Delegado Waldir (GO), líder do PSL na Câmara dos Deputados.

Na última sexta-feira, o ministro da Justiça reagiu à pressão exercida por parlamentares, dizendo, em entrevista coletiva, que a discussão sobre a mudança no Coaf é “um pouco baseada numa certa incompreensão do que nós pretendemos fazer”, e que as informações sobre lavagem de dinheiro fornecidas pelo Coaf são “extremamente úteis” para combater organizações criminosas.

O Globo
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