Novembro 24, 2024
Arimatea

Arimatea

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que questionava a atuação do então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, nos processos contra ele. Fachin arquivou o caso por motivos processuais, sem avaliar o mérito do pedido. Segundo o magistrado, o tema não poderia ser avaliado porque o tipo de recurso apresentado não permitia a análise de provas.

O recurso da defesa já foi negado pela primeira e pela segunda instância. Ambas analisaram o mérito do pedido. Os advogados do ex-presidente acusaram Moro de imparcialidade por vários motivos – entre eles, o fato de ter participado de eventos promovidos pelo governador de São Paulo, João Dória, do PSDB.

“Verifico que o acórdão recorrido encontra-se fundamentado, ainda que suas razões sejam contrárias aos interesses do recorrente”, escreveu Fachin. “As instâncias ordinárias reputaram não comprovada a quebra de imparcialidade do julgador”, concluiu o ministro.

Lula está preso desde abril do ano passado em Curitiba. Ele cumpre pena pela condenação no processo do tríplex do Guarujá.

O Globo
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Em discurso durante café da manhã com deputadas federais e senadoras, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu e exaltou a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, no encontro realizado nesta quinta-feira. No pronunciamento, ele disse que a Justiça está "ao nosso lado" e do que é certo, razoável e bom para o país.

— (Toffoli) Não está aqui como reforço a mim não, pode ter certeza, está como reforço a vocês — disse o presidente, à bancada feminina do Legislativo. Ele afirmou ainda que o presidente do Supremo "tem sido uma pessoa excepcional" desde que ele chegou ao Palácio do Planalto.

— Bem como o café podia estar um pouco amargo na segunda-feira, ao lado do Davi Alcolumbre e do Rodrigo Maia, mas as boas ideias, o entendimento para bem conduzirmos o destino da nação falou muito mais alto naquele momento — declarou, em referência à reunião no Palácio da Alvorada, na qual os chefes dos três Poderes trataram da assinatura de um "pacto pelo Brasil", prevista para o mês que vem.

Às parlamentares, Bolsonaro disse ainda que os congressitas podem ter certeza que a Presidência da República pertence a eles.

— A força do Executivo e do Legislativo juntos, com todo o respeito ao Dias Toffoli (risos), é muito forte. E é muito bom nós termos aqui a Justiça ao nosso lado, ao lado do que é certo, ao lado do que é razoável e ao lado do que é bom para o nosso Brasil — afirmou.

O presidente concluiu a fala dizendo que está preocupado e interessado em fazer um país que vá no sentido certo, da prosperidade, da igualdade e da Justiça.

— E nós juntos agora, juntamente com o Poder Judiciário, atingiremos esse objetivo, porque acima de tudo nós temos Deus no coração.

De acordo com a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que também participou do café da manhã, Toffoli foi convidado por Bolsonaro na quarta-feira para participar do café da manhã.

"Quebrando o gelo"
Bolsonaro começou seu pronunciamento dizendo que a presença de todas as parlamentares "realmente quebra um pouco o gelo daquilo que foi pregado ao longo dos últimos anos" contra ele. E ressaltou que, quem o conhece, sabe que a realidade "é completamente diferente".

— A cada legislatura, a bancada feminina não só cresce, como fica mais bonita. E não tô sofrendo de catarata não, pode ter certeza disso. Então, a presença de vocês é muito bom (sic), ela quebra gelo, ela nos torna mais humanos e nos faz respeitar cada e fazer mais — disse, entre risos.

Ele comentou ainda que está alinhado com as lutas que as parlamentares travam há muito tempo e declarou "ninguém mais" do que ele está ao lado delas "no tocante a certas pautas como conquistas, a questão da violência, a questão da harmonia que tem que existir entre nós".

— Obrigado a Deus por vocês existirem, por muitas vezes vocês são um norte para nós e um ponto de equilíbrio. E a razão sempre fala muito mais alto ao lado das mulheres.

Durante o café da manhã, ele ganhou das parlamentares presentes, como um pacote de café, uma lata de leite moça, uma pedaço de goiabada cascão e uma garrafa de aguardente, que ficaram dispostos sobre a mesa, diante do presidente.

O Globo
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Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra o hoje presidente da República, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, afirmou durante avaliação psiquiátrica que tentou assassinar o então candidato porque, se eleito, Bolsonaro “entregaria nossas riquezas ao FMI, aos maçons e à máfia italiana”.

Para Adélio, de acordo com o que disse na avaliação, seriam mortos “os pobres, pretos, índios, quilombolas, homossexuais, só ficando os ricos maçons dominando as riquezas do Brasil”. O autor do atentado, cometido à faca, na cidade mineira em 6 de setembro do ano passado, está preso em Campo Grande (MS).

Adélio Bispo disse ainda que, quando sair da prisão, vai “cumprir sua missão de matar Bolsonaro e também Michel Temer (ex-presidente da República), que também participaria do complô maçônico para conquistar as riquezas do Brasil”.

As declarações constam na decisão do juiz Bruno Savino, da 3.ª Vara Federal de Juiz de Fora, que julgou inimputável (impossibilidade de ser condenado) o agressor de Bolsonaro por sofrer de Transtorno Delirante Persistente.

Em carta enviada à direção do presídio onde está, Adélio Bispo pede transferência para Montes Claros, Região Norte de Minas, onde já morou, “em razão daquele prédio ter sido construído com características da arquitetura maçônica, além do local estar impregnado de energia satânica”.

A decisão reproduz trecho do laudo psiquiátrico de Adélio Bispo e como surgiu a doença. “O periciado é portador de Transtorno Delirante Persistente. A raiz da doença é genética, reforçada por vivência traumática na mais tenra infância. O periciado em nenhum momento citou qualquer relação afetiva. Da mesma forma, tanto no primeiro quanto no segundo (tempo pericial) não se referiu a nenhum amigo (...) Ou seja, apresenta uma total falta de capacidade de vinculação (...)”.

O relatório diz ainda que o agressor de Bolsonaro em momento algum relatou qualquer relação com parentes. “Na curva vital do periciado vemos como e depois se manifesta essa personalidade paranoide, culminando na eclosão da doença. Não nos conta nada sobre irmãos, parentes, amigos, dando-nos a impressão de como não existissem. O que nos leva a concluir que já naquela época se tratava de um indivíduo isolado, com poucos relacionamentos, contatos com outras pessoas”.

E, ainda, problemas no trabalho. “Começam a surgir com mais clareza as mudanças de emprego – ‘não me adaptava, achavam que tinha que fazer de um jeito e eu achava que era de outro’ (...) Sentindo-se sempre inferiorizado diante disso, pede demissão”. Bispo teria passado por mais de 30 empregos em 20 anos, conforme consta na decisão.

A doença mental de Adélio Bispo, conforme relatada no posicionamento do juiz, se caracteriza pela “presença de delírios persistentes. Descrevendo complôs imaginários de entidades poderosas nos quais se vê enredado. Não é raro que acompanhe o indivíduo ao longo da vida”. E que pessoas que convivem com quem tem a doença raramente percebem a intensidade da patologia e subestimam os riscos que ela pode apresentar”.

O advogado de Adélio Bispo, Zanone Manuel de Oliveira, afirmou que todas as declarações de se cliente condizem com o resultado do laudo pela inimputabilidade e a decisão do juiz. “No início, acharam que era lero-lero da defesa a alegação de problemas mentais de Adélio Bispo. Mas hoje está provado que não era”, disse.

Estadão
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A votação da medida provisória que estabelece um pente-fino em benefícios previdenciários, prevista para ser votada nesta quinta-feira (30) pelo Senado, foi adiada para a próxima segunda-feira (3), data em que o texto perde a validade.

O adiamento da votação, que já havia sido confirmada para esta quinta-feira pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), aconteceu após o senador Rogério Carvalho (PT-SE) informar que o partido pediria verificação de quórum da sessão, que era insuficiente.

A expectativa de Alcolumbre era fazer uma votação simbólica do texto, aprovado na madrugada pela Câmara dos Deputados.

"Neste momento, não vai ser possível a gente construir um acordo que possa votar essas MPs porque a maioria dos líderes que estão aqui tem uma posição, que é de pedir a verificação de quórum, e com certeza não teremos número suficiente para fazer a sessão ocorrer", disse Carvalho.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), chegou a sustentar que o texto poderia ser votado na próxima terça-feira.

Segundo ele, o prazo para a medida provisória só começaria a contar a partir da primeira sessão deliberativa, realizada no dia 5 de fevereiro, e não quando o Congresso abriu seus trabalhos, no dia anterior.

Portanto, por esse entendimento, a MP só caducaria na próxima terça-feira (4).

A questão de ordem, porém, não foi acordada entre os líderes. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que é "melhor não correr riscos" e colocar o texto para votação na segunda.

"Os líderes acordaram para que seja votada na próxima segunda-feira. E aí é o último prazo, é o dia final, é o 'dia D' da medida provisória anti-fraude", disse Joice.

Segundo ela, o governo acredita que haverá quórum para votar as medidas mesmo com a sessão realizada na segunda-feira, quando normalmente há poucos parlamentares no Congresso.

"Agora vai ser essa operação telefone, liga para todo mundo, liga para líder, liga para senador, para tentar fazer essa movimentação para ter o quórum aqui suficiente para, caso haja um novo pedido de verificação, uma nominal, nós tenhamos gente no plenário para fazer isso", afirmou a líder do governo no Congresso.

Alcolumbre confirmou que a convocação de sessão deliberativa extraordinária na próxima segunda-feira, às 16h, já foi feita pelo primeiro vice-presidente, senador Antonio Anastasia, que presidia a sessão plenária desta quinta-feira.

O presidente do Senado, que não estava presente à sessão, foi informado do ocorrido e disse que já está em contato com os líderes partidários para assegurar o quórum na segunda-feira.

"Já estamos falando com todos os líderes para garantir o quórum necessário. Caso haja o pedido de verificação, que a gente tenha no plenário uma quantidade suficiente de senadores para manter a verificação e aprovar a medida provisória", afirmou Alcolumbre ao deixar a Convenção nacional do seu partido, o DEM.

Estimativa de economia
O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, esteve no plenário nesta quinta e disse não acreditar que a sessão da próxima segunda-feira possa ser cancelada por falta de quórum.

"Nós vamos com certeza contar com o espírito de colaboração do Senado da República, que trata de uma MP extremamente importante que trata de combate à fraude no sistema previdenciário", afirmou o secretário.

Questionado sobre quais seriam os riscos para o país se a MP não fosse aprovada, o secretário respondeu que "não vê essa hipótese" e que o texto "vai ser aprovado".

Nos cálculos do governo, o texto poderá trazer uma economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões em 12 meses. O secretário confirmou a estimativa e disse que a economia ainda vai crescer nos anos seguintes, sem fazer uma previsão exata.

"[A economia] Vai crescer de forma geométrica a partir do ano subsequente já que a eficácia do projeto vai se dar no período anualizado. Pode crescer em função dos resultados que esperamos obter", disse Marinho.

Outras MPs
Além da análise desta matéria, os senadores também devem votar a MP 872, que prorroga até dezembro de 2020 o pagamento de gratificação aos funcionários requisitados que trabalham na Advocacia-Geral da União (AGU).

Já a medida provisória 867, que promove alterações no Código Florestal, não deverá ser votada, como afirmou novamente o presidente do Senado.

"Reitero que o Senado Federal não votará Medida Provisória 867, que flexibiliza exigências do código florestal. Essa é a decisão do parlamento", escreveu Alcolumbre em uma rede social.

No fim da sessão de quarta-feira, o presidente do Senado informou que a decisão foi tomada após acordo com os líderes partidários. Alcolumbre afirmou que há uma "reclamação constante" dos senadores em relação a medidas provisórias que chegam ao Senado próximas de caducar, sem tempo suficiente para discussão.

Medida provisória é um texto editado pelo presidente da República que tem força imediata de lei, porém deve ser votado pelo Congresso para se tornar legislação permanente.

"O presidente atendeu aos apelos dos senadores que argumentaram ter divergências com as matérias, mas nenhum tempo para debater e aprimorar o texto", diz nota da assessoria de Alcolumbre.

G1
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O PL (antigo PR) decidiu apresentar um texto substitutivo à reforma da Previdência na comissão especial da Câmara que analisa o tema.

Um substitutivo é um texto alternativo que pode ser proposto durante a tramitação de uma matéria no Congresso.

Os pontos da proposta do PL devem ser apresentados ainda na tarde desta quinta-feira (30) por integrantes do partido. O texto será assinado pelo líder da bancada na Câmara, deputado Wellington Roberto (PL-PB).

Integrante do Centrão, o PL é o partido do presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

O texto do PL, ente outros pontos, deve:

  • excluir da reforma o sistema de capitalização;
  • manter a aposentadoria especial para professores nos moldes como é atualmente;
  • desconstitucionalizar o tema da Previdência, para facilitar futuras alterações (este ponto coincide com a proposta do governo);
  • excluir da reforma os regimes próprios de servidores públicos estaduais e municipais;
  • excluir da reforma as alterações no benefício de prestação continuada (BPC) e na aposentadoria rural.

A decisão do partido de apresentar um substitutivo entra em choque com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já se posicionou recentemente contra um texto alternativo. A iniciativa também cria um desconforto para o governo e para o relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

Segundo integrantes do PL ouvidos pelo blog, a movimentação para apresentar o substitutivo mostra que há dificuldade de diálogo entre alguns partidos do Centrão e Rodrigo Maia.

G1
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Termina nesta sexta-feira (31) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, destinada a vacinar exclusivamente o público prioritário, entre eles, idosos, crianças, gestantes, profissionais de saúde e professores. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de segunda-feira (3), as doses restantes da campanha ficarão disponíveis para a população em geral. Até esta quarta-feira, 44,6 milhões de pessoas que buscaram os postos de vacinação, o que representa 75% da população-alvo.

“Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

A meta do ministério é vacinar 90% do público-alvo, formado por 59,4 milhões de pessoas. Dois estados já bateram a meta de 90%: Amazonas (94,4%) e Amapá (94,7%). Os estados com menor cobertura vacinal são Rio de Janeiro (57,6%), Acre (64,9%) e São Paulo (65,4%). Segundo a pasta, a campanha mantém, em todo o país, uma estrutura com mais de 41,8 mil postos de vacinação e a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas.

Os dados divulgados pelo ministério indicam que, entre a população prioritária, os funcionários do sistema prisional registram a maior cobertura vacinal, com 94,2%, seguido pelas puérperas (91%), indígenas (86,7%), idosos (85,3%) e professores (82,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (32,2%), população privada de liberdade (50,4%), pessoas com comorbidades (66,6%), crianças (69,9%), gestantes (70,8%) e trabalhadores de saúde (72,9%).

No Brasil, a escolha do público prioritário obedece recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias”, diz a pasta da Saúde.

Agência Brasil
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Cerca de 83,1% do público-alvo da campanha de imunização contra a gripe já recebeu a dose da vacina na Paraíba, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), contabilizados até as 16h20 desta quarta-feira (29). A meta da ação, que começou no dia 10 de abril e deve seguir até a sexta-feira (31), é atingir 90% de cobertura em cada estado.

Esse percentual indica que, em todo o estado, 986.502 doses foram aplicadas. Segundo a SES, a vacina está disponível em todos os 223 municípios paraibanos e, até a terça-feira (28), 47 cidades já haviam atingido a meta.

A imunização, feita com o vírus atenuado e fragmentado, protege contra três tipos do influenza: H1N1, H3N2 e B. A campanha é voltada para os grupos prioritários, uma vez que, conforme a Secretaria, as pessoas que se encaixam nessas categorias estão mais propensas a desenvolver complicações ou quadros graves, devido à doença.

  • Grupos de risco
  • pessoas com 60 anos ou mais de idade
  • crianças na faixa etária de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias
  • gestantes
  • puérperas (até 45 dias após o parto)
  • trabalhadores da saúde
  • professores das escolas públicas e privadas
  • povos indígenas
  • grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
  • adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
  • população privada de liberdade
  • funcionários do sistema prisional e profissionais das forças de segurança e salvamento (policiais, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas)

Outras formas de prevenção devem ser adotadas, como informado pela gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares. Entre essas medidas estão higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel; evitar tocar os olhos nariz ou boca após manter contato com superfícies que podem estar contaminados; e manter hábitos de alimentação saudáveis.

João Pessoa
A capital paraibana tem uma cobertura vacinal de 72% dos grupos prioritários, o que representa 151 mil doses aplicadas, conforme informado pela Secretaria Municipal de Saúde na manhã desta quarta-feira (29). Em João Pessoa, a meta é vacinar 190 mil pessoas.

G1 PB
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O Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota no início da tarde sobre as manifestações de hoje (30). Para o ministério, nenhuma instituição pública de ensino "tem prerrogativa legal para incentivar movimentos político-partidários e promover a participação de alunos em manifestações". Segundo a pasta, professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados "a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar".

Nesta quinta-feira, estudantes e representantes de entidades estudantis e de sindicatos de trabalhadores participam, em várias cidades do país e também no exterior, de atos contra o contingenciamento de verbas públicas para universidades federais. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), há previsão de mobilizações em 143 municípios do país. É a segunda vez este mês em que os manifestantes se reúnem em defesa de manutenção de recursos para o ensino superior.

"Vale ressaltar que os servidores públicos têm a obrigatoriedade de cumprir a carga horária de trabalho, conforme os regimes jurídicos federais e estaduais e podem ter o ponto cortado em caso de falta injustificada. Ou seja, os servidores não podem deixar de desempenhar suas atividades nas instituições de ensino para participarem desses movimentos", diz a nota do MEC.

O MEC ressalta ainda que a saída de estudantes, menores de idade, no período letivo precisa de permissão prévia de pais ou responsáveis e que estes devem estar de acordo com a atividade a ser realizada fora do ambiente escolar.

Na noite de ontem (29), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse, em vídeo publicado no Twitter, que o governo "acredita que as manifestações democráticas e pacíficas são direito de todos os brasileiros. Contra ou a favor. O que não pode acontecer é a coação de pessoas, [pessoas] que no ambiente escolar público criem algum constrangimento aos alunos a participarem dos eventos".

De acordo com o ministro, a pasta recebeu cartas e mensagens de pais de alunos dizendo que alguns professores coagiram os estudantes a participarem das manifestações e disseram que irão puni-los caso não compareçam aos atos. "Somos contra qualquer forma de constrangimento, seja de qual for a matriz ideológica", afirmou. Segundo o ministro, isso é ilegal e aqueles que se sentirem agredidos devem enviar as provas do ocorrido por meio do Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal.

Direito à manifestação
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, o governo quer garantir “uma vontade única”. De acordo com ele, as manifestações de hoje revelam a diversidade do povo brasileiro e o descontentamento com as ações do governo federal.

"O que precisamos nesse país, para melhorar a educação é colocar em prática as leis que já conquistamos", defende Araújo. Ele cita, entre elas, o Plano Nacional de Educação (PNE), lei 13.005/2014, que estabelece metas e estratégias desde a educação infantil até a pós-graduação, passando também pela formação e valorização dos professores. Pela lei, as metas devem ser cumpridas até 2024. Entre elas, está o aumento do investimento público em educação pública até o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Atualmente, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de 2015, esse investimento é de 5%.

Segundo o professor de direito do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) Antonio Escrivão Filho, os argumentos usados pelo MEC para impedir o engajamento de professores, funcionários, pais e alunos é contestável legalmente. Ele destaca que a decisão tomada no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) poderia ser aplicada para legitimar expressões em universidades públicas. Em outubro do ano passado, o STF referendou liminar concedida pela ministra Cármen Lúcia na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 548 para assegurar a livre manifestação do pensamento e das ideias em universidades. Em seu voto, seguido por unanimidade, a relatora salientou que os atos judiciais e administrativos questionados na ação contrariam a Constituição Federal de 1988 e destacou que a autonomia universitária está entre os princípios constitucionais que garantem toda a forma de liberdade.

Contingenciamento
Uma das principais pautas das manifestações é a suspensão do bloqueio de verbas feito na área. As instituições públicas federais tiveram também um contingenciamento de 3,4% dos R$ 49,6 bilhões para 2019. Atualmente, o MEC tem R$ 5,8 bilhões contingenciados, valor estabelecido pelo Decreto nº 9.741, de 29 de março. O valor representa 3,9% do orçamento do MEC de R$ 149,7 bilhões para 2019.

Segundo o MEC, o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos.

Agência Brasil
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Grupos de estudantes e professores de universidades e institutos federais fazem atos de mobilização, nesta quinta-feira (30) na cidades de João Pessoa, Campina Grande e Esperança, no Agreste, Sousa, Cajazeiras e Patos no Sertão. Eles protestam contra o bloqueio de verbas na educação anunciado pelo governo federal.

Na Universidade Federal da Paraíba, no campus de João Pessoa, a concentração começou por volta das 15h, na entrada do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA). Os manifestantes saíram em caminhada em direção à Praça da Paz, no bairros dos Bancários, pouco antes das 16h30.

No mesmo local, pela manhã, houve uma panfletagem e caminhada de estudantes e professores para dialogar sobre a previdência. A mobilização começou às 8h e terminou por volta das 11h. Os servidores paralisaram as atividades e não houve aula na unidade de ensino.

Em Campina Grande, a concentração dos estudantes e professores começou por volta das 13h, na Praça da Bandeira. Os manifestantes exibiram trabalhos de pesquisa realizados por estudantes das instituições de ensino de Campina Grande.

Os professores e alunos do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) começaram o ato em Sousa por volta das 9h. O grupo montou tendas no Calçadão, no Centro da cidade, para conversar com as pessoas sobre a previdência social e tirar dúvidas da população.

Nas cidades de Patos e Cajazeiras, no Sertão, e em Esperança, no Agreste, os protestos tiveram início por volta das 9h, com concentração nos campi do IFPB de cada uma das cidades. Estudantes e professores saíram em caminhada na região central das cidades com cartazes contra os cortes na educação, em defesa da educação pública e contra a reforma da previdência.

No IFPB, em João Pessoa, houve paralisação no turno da manhã, a partir das 9h30, para um debate sobre a previdência social, conforme o Sindicato dos Trabalhadores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (SINTEFPB). À tarde, tem expediente até 14h40. Também aderem de forma total ou parcial à paralisação os campis de Itabaiana, Cabedelo, Campina Grande, Patos, Sousa e Guarabira.

Na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), não houve aula porque os professores aderiram à mobilização contra o corte de verbas anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). No entanto, oficialmente, a universidade não suspendeu as atividades e alguns setores administrativos estão funcionando parcialmente, com atividades laboratoriais e de projetos.

Segundo a assessoria do Sindicato de Professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), poucas professores estão ministrando aula nos campi nesta quinta-feira. A maioria dos professores e estudantes aderiu à paralisação após uma assembleia realizada na manhã da quarta-feira (29).

G1 PB
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Uma operação da Polícia Nacional do Paraguai prendeu na manhã desta quinta-feira (30), 13 pessoas, sendo 11 brasileiros e 2 paraguaios em Capitán Bado, cidade paraguaia que faz fronteira com Coronel Sapucaia (MS). Eles são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e na execução de pessoas na região.

De acordo com a polícia paraguaia, também há suspeita de que o grupo estaria envolvido na chacina do último dia 22, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã, a 326 quilômetros de Campo Grande. Seis adultos, entre eles um brasileiro, foram mortos e um bebê ficou ferido.

De acordo com o comissário Rafael González, chefe de investigações no distrito de Amambay, na casa em que os homens foram presos os policiais encontraram duas espingardas calibre 12, uma granada de mão, 5 rádios para comunicação, vários cartuchos de diferentes calibres e 3 carros.

"A suspeita é que eles estariam envolvidos na morte das seis pessoas do último dia 19 e também na disputa pelo controle do tráfico de drogas na região", explica o comissário ao G1.

Segundo o comissário, a operação da polícia nacional do Paraguai começou após colher informações sobre a chacina que aconteceu em Pedro Juan Caballero.

"Esse grupo preso é de pistoleiros e eles eram contratados por grupos que queriam matar outras pessoas na região", explica.

De acordo com a polícia paraguaia, os presos então e Capitán Bado, mas serão transferidos ainda esta semana para um presídio de Pedro Juan Caballero.

Relembre o caso
Seis adultos foram mortos e um bebê ficou ferido na madrugada do último dia 22 de abril, em Pedro Juan Caballero. A suspeita é de que o caso tenha relação com o tráfico de drogas.

Segundo a polícia paraguaia, a chacina aconteceu por volta da 1h (de MS). Pistoleiros com fuzis chegaram atirando nas vítimas, que estavam na frente de uma casa.

No dia 28, a Polícia Nacional do Paraguai encontrou um veículo queimado e este teria sido usado pelos pistoleiros na execução das seis pessoas.

De acordo com investigadores da Direção de Investigações Criminais de Casos Puníveis, coordenado pelo Comissário Rafael Gonzalez, o veículo, modelo Jeep Compass, usado na chacina na última quarta-feira (22), estava abandonado em em um pátio, na rua Juan Pablo II do bairro San Juan.

G1
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