O presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou, nesta sexta-feira (5), que proibirá o ingresso no Chile de mais de cem venezuelanos ligados ao governo de Nicolás Maduro.
A decisão acontece um dia depois da divulgação do relatório da ONU sobre a situação de direitos humanos na Venezuela.
Com base no informe sobre Venezuela apresentado em Genebra pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, Piñera anunciou três medidas para enfrentar a crise venezuelana.
"Vamos proibir o ingresso no Chile de mais de cem pessoas que estão diretamente ligadas à ditadura da Venezuela. São pessoas que fazem parte do governo venezuelano", disse Piñera, em entrevista coletiva.
Piñera anunciou também que pedirá pra que Bachelet entregue todos os antecedentes e provas que sustentam o relatório ao Tribunal Penal Internacional.
O informe da ONU relata o assassinato de milhares de pessoas por parte das forças de segurança e afirma que o exercício das liberdades e dos direitos fundamentais, como a liberdade de expressão no país sul-americano, são um risco de represálias e de repressão.
"É um relatório necessário e útil para poder avançar frente aos graves e trágicos problemas que afetam a Venezuela", afirmou Piñera.
Chileno já havia pedido para Maduro renunciar
O presidente chileno foi um dos mais duros críticos do governo de Maduro. Piñera já pediu para que o venezuelano pusesse fim à ditadura e convocasse novas eleições no menor tempo possível.
Também reconheceu o líder parlamentar de oposição Juan Guaidó como legítimo presidente da Venezuela.
Com cerca de 400 mil pessoas chegadas nos últimos anos fugindo da grave crise na Venezuela, o Chile é o terceiro maior receptor de venezuelanos na região, atrás de Colômbia e Peru.
A comunidade se tornou a maior colônia estrangeira no país, representando 30% da população imigrante.
O governo chileno estima que, até 2020, devem entrar outros 300 mil venezuelanos no país, pondo as autoridades em alerta diante das complicações que esse êxodo em massa pode causar internamente.
France Presse
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Três pessoas morreram nesta sexta-feira (5) em uma explosão de carro na cidade turca de Reyhanli, perto da fronteira com a Síria. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que pode ter sido um "ato terrorista".
"As primeiras pistas sugerem que pode haver mais do que uma ligação com o terrorismo. Está claro que havia uma bomba no carro", disse Erdogan à imprensa em Istambul.
A explosão ocorreu a menos de um quilômetro do gabinete do governador na região de Reyhanli, não muito longe da fronteira com a Síria, segundo a agência de notícias Anadolu.
Em imagens transmitidas pela mídia turca, uma fumaça espessa saía de um veículo em chamas, enquanto os bombeiros tentavam apagar o fogo.
Em maio de 2013, uma explosão causada por dois carros-bomba matou 53 pessoas em Reyhanli, em um ataque que Ancara atribuiu a "Acilciler", um grupo turco clandestino de ideologia marxista ligado aos serviços de inteligência sírios.
A Turquia também foi abalada por uma série de ataques em 2015 e 2016, atribuídos ao grupo terrorista Estado Islâmico e ativistas curdos. Os ataques deixaram centenas de mortos.
France Presse
Portal Santo André em Foco
Um comandante da Guarda Revolucionária do Irã ameaçou apreender um navio do Reino Unido nesta sexta-feira (5) em retaliação depois que fuzileiros navais britânicos capturaram um petroleiro iraniano em Gibraltar.
"Se o Reino Unido não liberar o navio-petroleiro iraniano, é tarefa das autoridades apreender um navio-petroleiro britânico", disse Mohsen Rezai no Twitter.
O governo de Gibraltar disse que os tripulantes do petroleiro iraniano Grace 1 estão sendo interrogados como testemunhas, não suspeitos de crime, na tentativa de se estabelecer a natureza de sua carga e seu destino final.
Fuzileiros navais britânicos desceram de corda no navio situado no litoral do território britânico na quinta-feira e apreenderam o Grace 1, que estaria violando as sanções impostas contra a Síria ao transportar petróleo iraniano até Damasco. Eles pousaram um helicóptero na embarcação em movimento na escuridão total.
Irã x Ocidente
A manobra agrava um confronto entre o Irã e o Ocidente poucas semanas depois de os Estados Unidos cancelarem ataques aéreos minutos antes do impacto, e arrasta o aliado mais próximo de Washington a uma crise na qual potências europeias têm se esforçado para permanecer neutras.
Teerã convocou o embaixador britânico na quinta-feira (4) para expressar "sua objeção muito forte à apreensão ilegal e inaceitável" de seu navio, uma medida que também eliminou a dúvida sobre a propriedade da embarcação.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, disse que o carregamento de petróleo cru é de seu país. Segundo os documentos do navio, o petróleo é do vizinho Iraque, mas dados de monitoramento vistos pela Reuters indicam que ele foi carregado em um porto iraniano.
Países europeus vêm andando na corda bamba desde o ano passado, quando os EUA ignoraram seus apelos e se desligaram de um pacto entre o Irã e potências mundiais que deu a Teerã acesso ao comércio global em troca de limitações em seu programa nuclear.
Nos últimos dois meses, Washington endureceu as sanções contra Teerã visando interromper totalmente suas exportações de petróleo. Isso praticamente interditou os principais mercados ao Irã e o forçou a encontrar maneiras heterodoxas para vender seu petróleo cru.
Ainda na quinta-feira, Gibraltar disse ter razões consideráveis para acreditar que o Grace 1 estava transportando petróleo cru para a refinaria de Baniyas, na Síria, mas não mencionou a propriedade da embarcação ou a origem da carga.
Especialistas em navegação dizem que ele pode ter tentado evitar a rota mais direta pelo Canal de Suez, onde um grande petroleiro normalmente seria instruído a descarregar parte de sua carga em um oleoduto para passar, o que poderia expô-lo a uma apreensão.
Reuters
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O governo da Venezuela soltou 22 pessoas que estavam presas — entre eles a juíza Maria Afiuni, o jornalista Braulio Jatar e outros 20 estudantes, anunciou em comunicado a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, nesta sexta-feira (5).
Uma porta-voz disse que Bachelet pediu as libertações diretamente ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de acordo com a Reuters.
Maria Afiuni cumpria prisão domiciliar. Ela foi detida em 2009, sem mandato de prisão, pouco depois de o ex-presidente Hugo Chávez criticar um de seus vereditos — no qual a juíza soltou o empresário Eligio Cedeño, acusado de corrupção. Em março, um tribunal emitiu uma sentença de cinco anos de prisão contra ela.
Procuradores acusaram Afiuni de aceitar suborno para libertar Cedeño. Ela negou as acusações, insistindo que agiu daquela forma porque ele esperava julgamento há mais tempo do que o permitido pela lei.
Mais tarde, Afiuni disse ter sido estuprada na prisão, e recusou tratamento de saúde das autoridades. Líderes do governista Partido Socialista rejeitaram as alegações, dizendo se tratarem de uma farsa para angariar solidariedade. Ela foi, então, posta em prisão domiciliar.
Jatar, jornalista e advogado destacado que ficou encarcerado na ilha Margarita, foi preso depois de publicar um protesto contra Maduro e acusá-lo de lavagem de dinheiro.
"Nós vemos essas solturas com bons olhos e incentivamos as autoridades a libertarem outras pessoas detidas pelo exercício de seus direitos humanos", declarou Bachelet, que esteve em Caracas há duas semanas. Lá, ela se reuniu com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Juan Guaidó, além de setores do governo e representantes da Igreja Católica.
Os 22 prisioneiros foram libertados na quinta (4). Outras 793 pessoas continuam, entretanto, "arbitrariamente privadas de liberdade" na Venezuela, diz a ONU.
Apesar de ter ressaltado o acesso que teve às autoridades do país, Bachelet destacou que "as instituições essenciais e o Estado de direito na Venezuela foram profundamente corroídas".
"O exercício da liberdade de opinião, expressão, associação e reunião, e o direito de participar da vida pública [na Venezuela] implicam risco de represálias e repressão", declarou Bachelet.
De acordo com a comissária, o relatório do escritório de Direitos Humanos da ONU, divulgado nesta quinta (4), registrou "ataques contra defensores dos direitos humanos, desde ameaças e campanhas de difamação até detenções arbitrárias, tortura e maus-tratos, violência sexual, assassinatos e desaparecimentos forçados".
Além da restrição à liberdade, Bachelet destacou a pobreza que atinge a população venezuelana.
"O salário mínimo, que é estimado em cerca de US$ 7 por mês (cerca de 62,3 mil bolívares), não pode cobrir nem 5% da cesta básica para uma família de cinco pessoas", afirmou.
Execuções e falta de recursos
No texto de quinta-feira, o escritório de Bachelet destacou que o número de execuções extrajudiciais supostamente cometidas pelas forças de segurança da Venezuela, particularmente as Forças Especiais (Faes), são grandes: em 2018, o governo registrou 5.287 assassinatos, e, entre 1º de janeiro e 19 de maio deste ano, outras 1.569 pessoas foram mortas.
O termo "execução extrajudicial" é usado para descrever o assassinato deliberado, cometido por um agente de Estado ou com seu consentimento, sem julgamento prévio e garantias processuais.
Além das execuções, a ONU destacou que a falta de recursos em hospitais causou, entre novembro de 2018 e fevereiro deste ano, a morte de 1.557 pessoas.
"Espero sinceramente que as autoridades analisem de perto todas as informações incluídas neste relatório e sigam suas recomendações", afirmou Bachelet quando o texto foi divulgado.
No dia 29 de junho, o governo da Venezuela também libertou outros 59 presos colombianos que haviam ficado detidos por quase três anos, de acordo com o escritório para Direitos Humanos. Segundo a organização, essa soltura foi "um sinal positivo" de que o governo venezuelano estava cumprindo com os compromissos firmados durante a visita de Bachelet ao país no mês passado.
G1
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Em construção há três décadas e peça-chave da investigação que levou à prisão do ex-presidente Michel Temer, a usina nuclear de Angra 3 deverá ficar pronta em até cinco anos. Foi o que afirmou nesta sexta-feira (5), durante palestra no Rio de Janeiro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
“Vamos iniciar, reiniciar e finalizar Angra 3 nos próximos quatro ou cinco anos”, declarou o ministro no início de sua palestra direcionada a empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Tratada como prioridade na área energética pelo atual governo, Angra 3 já teve mais de R$ 7 bilhões investidos. Para finalizá-la, são estimados mais cerca de R$ 15 bilhões.
Alvo de escândalos de corrupção, a usina de Angra 3 está com as obras paralisadas desde 2015. A usina nuclear está no centro das investigações que chegaram a levar para a prisão o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco.
Também presente no evento da ACRJ, o atual presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, classificou como “árduo” o caminho a ser percorrido até a conclusão da usina. “Mas está sendo trilhado [esse caminho] e buscamos otimizar”, disse.
Segundo Guimarães, a expectativa é de que o canteiro de obras de Angra 3 seja retomado no segundo semestre de 2020. Os primeiros testes na geração de energia, enfatizou, devem ocorrer em 2025.
Empresas privadas na mineração de urânio
Ao conversar com jornalistas após a palestra, o ministro Bento Albuquerque disse que o governo quer abrir para a iniciativa privada a oportunidade de explorar urânio no país, cuja mineração foi paralisada, segundo o ministro, há cerca de cinco anos.
“Nós temos que viabilizar novamente a mineração do urânio e isso está sendo estudado. Nós estamos considerando inclusive a participação do setor privado nessa retomada”, disse Albuquerque.
Segundo o ministro, o Brasil ocupa atualmente a 7ª posição entre os países que possuem reservas de urânio, mas pode subir ainda mais no ranking se explorar novas áreas.
“A gente já tem evidências de que temos reservas significativas na região Norte do país, que nos levaria para o 3º lugar”, afirmou.
O ministro defende, desde que assumiu o cargo, que o Brasil invista mais em energia nuclear. “Temos o domínio do combustível e temos a vantagem de não necessitarmos nem da tecnologia para explorar e produzir”, ratificou no evento com os empresários fluminenses.
Mudanças na matriz energética
Em sua palestra, o ministro afirmou que “a nossa base hídrica está chegando ao limite do seu aproveitamento” e que isso evidenciaria ainda mais a necessidade do país alterar sua matriz energética com “visão de longo prazo e planejamento”.
Aos jornalistas, ele disse que deverá ser apresentado até dezembro deste ano o Plano Nacional de Energia (PNE), que tende a apontar para a possibilidade de o país construir outras usinas nucleares.
“Eu acredito que o modelo [do PNE] que nós estamos em fase final de elaboração para a conclusão e Angra 3 serão muito importantes para que, independente daquilo que o plano apresentar, aponte para a necessidade de novas usinas”, disse.
Albuquerque afirmou ainda o novo PNE está sendo feito com base “em um planejamento que não é feito a portas fechadas, mas que está sendo consolidado com base em estudos e discussões”, disse.
Sobre a abertura ao setor privado para atuar com energia nuclear, o ministro enfatizou que a produção de combustível tem monopólio estatal garantido pela Constituição. O que o governo quer é contar com agentes privados na extração de urânio das reservas.
“Hoje, as indústrias nucleares do Brasil estão perdendo a sua capacidade de investimento, por ser dependente [do Estado], e as contas públicas estarem do jeito que estão”, disse.
R$ 2,1 trilhões em investimentos
Em sua apresentação, o ministro apontou que o governo espera que sejam investidos, até 2027, R$ 1,47 trilhão em petróleo, gás e biocombustíveis e R$ 550 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Outros R$ 80 bilhões devem ser investidos em mineração até 2022.
G1
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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou duas resoluções relacionadas à transparência de preços. Uma delas é relativa aos principais derivados de petróleo, como gasolina A comum e premium; diesel S-10, S-500, marítimo e rodoviário; querosene de aviação; gasolina de aviação; gás de botijão (GLP); óleo combustível; cimento asfáltico e asfalto, nos segmentos produção, importação e distribuição.
A outra resolução se refere ao gás natural. De acordo com a ANP, a intenção é reduzir a assimetria de informações e proteger os interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos, que para a agência reguladora vai promover a livre concorrência, no curto e no longo prazo. A aprovação das novas resoluções foi feita ontem (4).
Regras
Conforme a ANP, resolução é baseada no tratamento igualitário aos agentes regulados, transparência total e imediata dos preços vigentes na etapa de produção e importação, flexibilidade total na indicação de preços no âmbito dos contratos homologados, sendo assim, não há necessidade, por exemplo, de criação de fórmulas e, por fim, agilidade na alteração das condições contratuais de preço.
O órgão regulador informou que o novo regulamento é resultado de um processo de discussão e estudos intensificados a partir de meados de 2018. Para isso foi feita uma Tomada Pública de Contribuições (nº 1/2018), duas Consultas/Audiências Públicas (nº 20/2018 e nº 4/2019) e três Notas Técnicas (68/2018/SDR, 142/2018/SDR e 89/2019/SDR-e). As regulamentações entram em vigor 30 dias após a publicação no Diário Oficial da União (DOU) e não serão aplicadas em contratos já homologados pela ANP
.No prazo de até 24 meses contados a partir da publicação no DOU, a ANP realizará uma Avaliação de Resultado Regulatório (ARR), para verificar os efeitos das novas regras. A agência destacou que os prossegue com os estudos para a ampliação da transparência no processo de formação de preços de derivados na etapa de revenda de combustíveis, considerada prioritária.
Agora, com as novas regras, os produtores e importadores dos principais derivados deverão publicar os preços vigentes de venda, sem tributos, para pagamento à vista, por ponto de fornecimento e modalidade de venda, bem como os praticados nos 12 meses anteriores. As informações serão divulgadas no site da própria empresa.
Tem obrigação também referentes aos contratos de compra e venda dos principais derivados de petróleo feitos entre produtores e distribuidores. Atualmente, eles são submetidos à homologação da ANP, mas passarão a conter obrigatoriamente o preço indicativo, ou seja, as condições de sua formação e dos seus reajustes. As eventuais alterações contratuais do preço indicativo terão validade de imediato, mas são sujeitas a posterior homologação pela ANP.
O envio das informações relativas ao valor unitário e a modalidade de frete, que é realizado por meio do Sistema de Informação de Movimentação de Produto da ANP (SIMP), com ênfase na etapa de distribuição, continuará a ser disciplinado pela Resolução ANP nº 729, de 11 de maio de 2018.
Gás natural
Para o gás natural, a transparência da formação de preços, considerada pela ANP como fundamental para a transição para um mercado concorrencial, a nova regra está em linha com a resolução nº 16/2019 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), publicada recentemente, que cita o princípio da transparência de preços. Esse tema já vinha sendo discutido há algum tempo na ANP.
A agência informou que, neste caso, as novas regras entrarão em vigor 60 dias após a publicação, prazo necessário para o órgão adequar e classificar os contratos, que não se resumem apenas ao gás natural vendido às companhias locais de distribuição de gás canalizado, mas também à cadeia do gás natural, que inclui desde os volumes comercializados na boca do poço, assim que produzido e ainda sem especificação para transporte e consumo até os city gates (pontos de entrega de gás) das companhias distribuidoras de gás natural.
Com as novas regras foi alterada a resolução ANP nº 52/2011 para permitir a divulgação dos preços médios ponderados por volume e demais informações relevantes, baseados nas informações fornecidas pelos agentes vendedores.
Caberá ainda a agência dar publicidade integral aos contratos de compra e venda de gás natural, firmados com as distribuidoras locais de gás canalizado para atendimento a mercados cativos, que são os que os clientes em potencial possuem um limitado número de fornecedores concorrentes ou apenas um.
Agência Brasil
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O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que calcula a variação de preços da cesta de compras de famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou inflação de 0,07% em junho deste ano. A taxa ficou abaixo do 0,26% de maio. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador acumula taxas de 2,72% no ano e de 3,85% nos últimos 12 meses.
Apesar da queda de maio para junho, o IPC-C1 de junho ficou acima do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda. O IPC-BR teve deflação (queda de preços) de 0,02% em junho. Em 12 meses, o IPC-BR acumula inflação de 3,73%.
Em junho, quatro das oito classes de despesas que compõem o IPC-C1 tiveram queda da taxa de maio para junho: habitação (de 0,79% em maio para -0,24% em junho), transportes (de 0,28% para -0,38%), saúde e cuidados pessoais (de 0,75% para 0,31%) e despesas diversas (de 0,08% para -0,23%).
Por outro lado, tiveram alta de maio para junho os grupos educação, leitura e recreação (de 0,03% para 0,78%), alimentação (de -0,26% para -0,16%), vestuário (de 0,13% para 0,60%) e comunicação (de -0,12% para 0,07%).
Agência Brasil
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O dólar opera em alta nesta sexta-feira (5), após dados melhores que o esperado de criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, tendo como pano de fundo alívio na cena interna após aprovação da reforma da Previdência na comissão especial.
Às 15h35, a moeda norte-americana subia 0,48%, vendida a R$ 3,8171.
Cenário local
No cenário local, os investidores monitoram os próximos passos da votação da reforma. De acordo com o ValorOnline, os agentes analisam o resultado da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, com aprovação por 36 votos a 13, que aumenta as chances de votação no plenário antes do recesso parlamentar (de 18 a 31 de julho).
A proposta agora seguirá ao plenário da Câmara, onde será alvo de novos debates. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a reforma começará a ser analisada pelo plenário na próxima terça-feira (9).
De acordo com o ValorOnline, o mercado tem pressa com a primeira votação porque o Comitê de Política Monetária (Copom) atrelou a decisão de cortar juros ao avanço da reforma. Portanto, a escolha que será feita na reunião marcada para o fim deste mês depende da aprovação ou não em plenário no primeiro turno.
Ainda que a PEC tenha concluído uma parte importante de sua tramitação com a aprovação na comissão especial, a proposta não deve ter vida fácil no plenário e isso mantém agentes financeiros em cautela, segundo a Reuters.
Em função da cautela ligada à Previdência e também em antecipação a um feriado estadual em São Paulo, na terça-feira (9), o que deve refletir em baixa liquidez também na segunda-feira, investidores evitam adotar posições de risco, destaca a agência.
Cenário externo
No cenário externo, dados de emprego nos EUA mostraram que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos se recuperou com força em junho.
A criação de vagas é um dos números monitorados de perto pelo Federal Reserve (BC dos EUA) na decisão de política monetária.
Por outro lado, o ganho salarial, outro ponto de atenção, permaneceu fraco, o que, somado a evidências crescentes de desaceleração na economia, ainda pode encorajar um corte de juros pelo Fed.
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Mas se, ao contrário, o Fed decidir não aumentar os juros agora, recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, tendem a não migrar para aos Estados Unidos, o que afastaria essa pressão de alta do dólar em relação a outras moedas.
Pregão anterior
No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,67%, vendida a R$ 3,7993 - menor patamar de fechamento desde 20 de março (R$ 3,7641). Em julho, a moeda já caiu 1,04%. No ano, tem queda de 1,93%.
G1
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Duas mulheres relataram à polícia terem sido vítimas de "agulhadas" na tarde desta quinta-feira (4), no Centro de Campina Grande. Após serem atendidas no Hospital de Emergência e Trauma da cidade, as vítimas registraram Boletins de Ocorrência na Polícia Civil e, nos dois casos, contaram que, ao sentirem as agulhadas, perceberam uma mulher correndo do local.
Conforme o delegado Pedro Ivo, que está acompanhando os casos, os registros estão sendo tratados pela polícia como lesão corporal leve com objeto perfurante. “A polícia não trata os casos como ‘agulhadas’, porque pode ter sido utilizado um outro objeto, e possa ser que essa pessoa tenha feito isso na tentativa de praticar outro crime, como roubo, por exemplo”, explicou.
De acordo com o primeiro boletim registrado na polícia, a vítima, uma estudante de 22 anos, passava próximo a uma agência bancária, no Centro da cidade, por volta das 15h30. Foi quando ela sentiu uma agulhada nas costas e, em seguida, percebeu uma mulher correndo.
Ao constatar que havia sido ferida nas costas, a estudante foi ao Trauma de Campina Grande. Ela foi atendida e depois liberada. Ainda conforme o boletim, a vítima não quis ser encaminhada para realizar exame de corpo de delito.
O segundo Boletim de Ocorrência foi registrado na noite da quinta-feira. A vítima, uma mulher de 25 anos, contou à polícia que, também por volta das 15h30, passava na Praça da Bandeira, no Centro da cidade, quando sentiu uma agulhada no braço direito e percebeu um pequeno ferimento no local.
Ao perceber o ferimento, a mulher também foi para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Ela foi atendida, medicada e liberada em seguida. A vítima também não quis ser encaminhada para exame de corpo de delito.
Segundo o delegado Pedro Ivo, até então não houve nenhum registro de casos parecidos dentro do Parque do Povo, onde acontece o Maior São João do Mundo, como foi registrado na festa do ano passado.
“É importante deixar claro que os casos não têm nenhuma relação com os locais das festas juninas de Campina Grande e durante todo o período junino não houve nenhum registro desse tipo no Parque do Povo", explicou o delegado.
Ainda de acordo com Pedro Ivo, inicialmente os casos estão sendo tratados como de menor gravidade. “A polícia está atuando nesse sentido, tudo está sendo investigado para entender o que de fato aconteceu e imagens de câmeras de segurança desses locais serão analisadas pra ver se tem algum registro dessa situação. Mas é preciso que a população fique tranquila em relação a isso, porque não temos nenhum registro parecido nos últimos dias”, enfatizou.
G1 PB
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Um homem foi atropelado por uma moto por volta das 5h30 desta sexta-feira (5). O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Dr. Elpídio de Almeida e Noujaim Habib, no bairro do Catolé, em Campina Grande, quando ele estava a caminho do trabalho, na feira central da cidade.
De acordo com o relato da vítima à equipe da TV Paraíba, no momento em que atravessava a avenida, na faixa de pedestres, ele foi surpreendido por um motociclista em alta velocidade que não respeitou a sinalização, avançou o sinal vermelho e o atropelou.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e realizou os primeiros atendimentos. Segundo o médico da equipe, o homem, de 54 anos, pode ter fraturado a tíbia. Ele foi encaminhado ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande para realização de exames e procedimentos necessários.
O motociclista fugiu do local do acidente sem prestar socorro à vítima. As testemunhas não conseguiram identificar a placa do veículo.
G1 PB
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