O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (02) uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que inclui a proteção de dados pessoais – inclusive nos meios digitais – na lista de direitos e garantias fundamentais do cidadão. O projeto foi aprovado em dois turnos e segue para a Câmara dos Deputados.
De acordo com a PEC, somente a União poderá legislar sobre a proteção e o tratamento de dados pessoais. A proposta foi aprovada com 64 votos favoráveis no primeiro turno e 62 no segundo. Nenhum senador votou contra o texto.
O quinto artigo da Constituição, aquele que garante que todos os cidadãos são iguais perante a lei, determina que é "inviolável" o sigilo de telefonemas e mensagens. A proposta inclui neste artigo a "proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais".
Em agosto de 2018, o então presidente Michel Temer sancionou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regulamentou o uso, proteção e transferência de dados pessoais no país.
“Convictos de que o Brasil necessita muito mais do que uma lei ordinária sobre o assunto, apesar da envergadura jurídica da LGPD, propomos a presente mudança à Constituição Federal”, afirmou o autor da proposta.
G1
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O Senado deve promover mudanças importantes no texto da proposta de reforma da Previdência que vier a ser aprovada pela Câmara. Entre as prováveis alterações que serão operadas pelos senadores está a reinclusão de estados e municípios na proposta de emenda à Constituição (PEC).
A informação foi dada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quando o assunto foi discutido na noite desta segunda-feira (1º) com governadores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ao apresentar voto complementar nesta terça (2), o relator da PEC na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), manteve servidores de estados e municípios fora da reforma previdenciária.
Na reunião realizada na residência oficial da presidência do Senado, Alcolumbre e Maia tentaram fechar um acordo com governadores de partidos de esquerda para devolver estados e municípios à PEC já no voto complementar que seria apresentado nesta terça por Samuel Moreira. Porém, a negociação fracassou.
"Aí, sim, vai ter um impasse! A Câmara vai tirar isso do texto ou vai manter?", questionou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
A versão original da PEC enviada ao Congresso Nacional pelo presidente Jair Bolsonaro previa alterações nas previdências estaduais e municipais, porém, o relator do texto na comissão especial da Câmara retirou os entes federados ao apresentar o parecer.
Se o Senado introduzir mudanças no texto aprovado pela Câmara, a proposta de reforma da Previdência terá que ser submetida, novamente, à apreciação dos deputados e só prevalecerá se, pelo menos, 308 deputados votarem a favor em dois turnos. Ainda assim, a inciativa do Senado é considerada uma "ajuda" em favor da inclusão de estados e municípios na reforma.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que já escolhido para relatar a reforma da Previdência no Senado, tem feito reuniões com técnicos para avaliar a proposta . O tucano tem admitido que pretende fazer mudanças no texto.
G1
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Convocado para depôr na CPI do BNDES , o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci disse a deputados que, no governo Lula , os empréstimos a empresas como JBS e Odebrecht eram cedidos em troca de recursos de campanha para petistas em campanhas majoritárias e proporcionais. A reunião foi fechada.
Relator da delação premiada de Palocci no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin autorizou que o ex-petista falasse à CPI somente sobre assuntos relacionados ao BNDES. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou a Fachin que o único anexo da delação relacionado ao tema é o termo de depoimento 21, cujo título é "Negócios em Angola".
Segundo a PGR, neste anexo Palocci relata "pagamentos de vantagens indevidas ao Partido dos Trabalhadores, intermediado por Paulo Bernardo, no valor de R$ 64 milhões de reais, em razão do auxílio politico concedido à empresa Odebrecht, no tocante ao aumento de linha de crédito junto ao BNDES para atuação da empresa nos empreendimentos existentes em Angola".
A taxa de risco de países como Angola e Venezuela foi diminuída sem critério técnico por uma decisão política de Lula, disse Palocci na CPI. A escolha dos "campeões nacionais" favorecidos por empréstimos também partia de Lula, contou. Ele disse que discordava dessa estratégia.
O ex-ministro reiterou também o relato de que repassou R$ 300 milhões da Odebrecht a Lula, no fim do mandato do ex-presidente. O valor teria sido pago para que o favorecimento da empreiteira continuasse.
Segundo parlamentares presentes na audiência, na tarde desta terça-feira, Palocci disse também que sugeriu a Lula fazer um "mea culpa" pelos erros, e o ex-presidente teria respondido que não, apostando no fim da Operação Lava Jato.
Questionado sobre as contas no exterior usadas pela JBS para propina, Palocci disse que não podia responder. Esse assunto é objeto de outro anexo de sua delação premiada.
Procurada, a defesa do ex-presidente Lula afirmou que não poderia se manifestar sobre um "suposto depoimento secreto". "Não há como a defesa do ex-presidente Lula se manifestar sobre um suposto depoimento secreto. Já demonstramos em diversas oportunidades que Palocci faz acusações sem prova contra Lula, atuando como instrumento de perseguição política contra o ex-presidente", afirmam os advogados. A defesa de Paulo Bernardo disse que o assunto já é objeto de uma ação penal em tramitação na Justiça e que só vai se manifestar nos autos.
O Globo
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O clima na sessão da Câmara em que o ministro da Justiça, Sergio Moro, falou sobre a divulgação de diálogos atribuídos a ele e a procuradores da Lava-Jato piorou de vez por volta das 21h30 desta terça-feira, após o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) chamar Moro de "juiz ladrão e corrompido". O deputado Eder Mauro (PSD-PA) partiu para cima. Com dedos em riste, eles ficaram muito próximos de brigarem. A confusão se espalhou e um grande bate-boca tomou conta da sessão. Em seguida, Moro deixou a sala sob os gritos de "fujão". Houve uma tentativa de retomar a audiência, que não teve resultado, e ela foi encerrada por volta das 21h50.
— O senhor vai estar sim nos livros de História como um juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão. A população brasileira não vai aceitar como fato consumido um juiz ladrão e corrompido que ganhou uma recompensa por fazer com que a democracia brasileira fosse atingida. É o que o senhor é: um juiz que se corrompeu — disse Glauber Braga, antes de a confusão começar.
Após o fim da sessão, Moro contra-atacou.
— Um deputado absolutamente despreparado, que não guarda o decoro parlamentar. Fez uma agressão, ofensas. São inaceitáveis. Infelizmente teve que encerrar a sessão. A culpa é desse deputado totalmente despreparado. Glauber, acho. Glauber alguma coisa. Sabe Deus de onde veio isso aí — disse Moro.
Como já havia feito no Senado, Moro aceitou convite dos deputados para ser sabatinado sobre os diálogos divulgados pelo site "The Intercept Brasil". Ao longo de mais de sete horas de sessão , o ministro disse que não reconhece a autenticidade das informações e pontuou que, em sua opinião, os vazamentos partiram de criminosos interessados em enfraquecer a Operação Lava-Jato.
Também depois da sessão, o líder do PT, Paulo Pimenta (RS), disse que vai tentar a convocação do ministro. Para isso, será preciso apresentar um requerimento na comissão e aprová-lo. Enquanto durou a reunião, 59 deputados fizeram perguntas a Moro. Deles, 38 criticaram Moro, 19 se colocaram do seu lado, e dois ficaram neutros.
Ao fim da sessão, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), reclamou da oposição, disse que a sessão se transformou num "circo" e arrematou:
— Não vai ter Moro na CCJ nunca mais. Sem chance.
O Globo
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Em depoimento na Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça, Sergio Moro, reforçou o discurso de que a divulgação de supostas mensagens trocadas com o coordenador da Lava-Jato , o procurador Deltan Dallagnol , caracteriza uma tentativa de atrapalhar a operação e invalidar condenações. Moro afirmou temer que os vazamentos envolvam criminosos que não querem que as investigações cheguem até eles.
Nas últimas semanas, o site "The Intercept Brasil" publicou uma série de reportagens que apontariam um conluio com a acusação — representada pelo Ministério Público Federal (MPF) — em processos que Moro julgou na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Ele e Dallagnol contestam a autenticidade das conversas e negam irregularidades.
— A meu ver existe uma tentativa criminosa de invalidar condenações e o que é pior: a minha principal suspeita é que o objetivo principal seja evitar o prosseguimento das investigações. Criminosos que receiam que as investigações cheguem até eles e estão querendo se servir desse expediente para impedir que as investigações prossigam — disse Moro na abertura da sessão.
O depoimento ocorre na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em conjunto com outras três comissões da Câmara: de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias; e de Fiscalização Financeira e Controle.
Quatro horas antes do horário previsto para o início da audiência do ministro da Justiça, parlamentares já faziam fila à porta da sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados . Antes da abertura da sabatina, Moro fez suas colocações iniciais. Como já havia feito no Senado, em 19 de junho, voltou a negar irregularidades e conluio com o MPF, destacou as discordâncias entre ele e procuradores e relembrou resultados da operação. Ele também atacou o que chamou de "invasão criminosa" de aparelhos celulares de agentes públicos. Iniciou o discurso mencionando o conteúdo de sua fala direcionada a senadores.
— Peço escusas pela repetição (do que foi dito no Senado), mas não há novidades significativas desde então — afirmou.
Em seguida, Moro colocou em dúvida a veracidade das informações veiculadas pelo "The Intercept".
— O objetivo principal seria invalidar condenações e evitar investigações da Lava-Jato — disse Moro, acrescentando: — São supostas mensagens. Não reconheço a autenticidade dessa mensagens. Não tenho mais no meu celular. Podem algumas delas serem verdadeiras, podem algumas terem sido adulteradas parcial ou totalmente.
Como também havia feito no Senado, o ministro defendeu que o diálogo entre as partes de uma ação é "comum":
— É comum que juízes falem com procuradores, é comum que juízes falem com advogados — declarou.
Clima esquentou
Já nas primeiras perguntas direcionadas a Moro, o clima da sessão esquentou. O deputado Rogério Correia (PT-MG) chegou a chamar o procurador Deltan Dallagnol de "cretino", o que provocou a reação de outros deputados. Depois, enumerou uma série de fatos negativos atribuídos por ele ao governo Bolsonaro.
— PIB 0,8%, 14 milhões de desempregados, cocaína no avião do presidente, 798 quilos de cocaína em navio brasileiro no Senegal, Queiroz, Marielle, laranjal, ministro do Turismo. Tudo isso parado porque o senhor está respondendo a um crime que pode ter cometido e não quer que a Polícia Federal investigue. Eu peço ao senhor que responda: não é o caso de a Polícia Federal investigar também o conteúdo das denúncias feitas contra o senhor? — questionou Correia.
Dos primeiros seis deputados a fazer perguntas, cinco são da oposição e fizeram discursos contra Moro. Apenas Darcisio Perondi (MDB-RS), autor do requerimento de convite que levou Moro à Câmara, saiu em defesa do ministro. Disse, entre outras coisas, que as mensagens foram obtidas de forma criminosa.
Antes de Moro começar a responder às questões dos parlamentares, houve bate-boca e o presidente da sessão, Felipe Francischini (PSL-PR), ameaçou duas vezes acabar com a sessão. Irritado, ele chegou a comparar a sabatina com o humorístico "Escolinha do Professor Raimundo".
Audiência remarcada
Moro chegou a combinar com deputados que falaria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no dia 24 de junho, mas desmarcou a audiência . Na ocasião, ele viajou aos Estados Unidos em visita oficial a órgãos de segurança e de inteligência. Na semana passada, informou à CCJ da Câmara que poderia falar aos parlamentares a partir das 14h desta terça-feira. Esta comissão havia aprovado um requerimento que convidava o ministro a prestar esclarecimentos sobre o caso em debate conjunto com as comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias; e de Fiscalização Financeira e Controle.
Moro é ouvido e questionado pelos deputados dois dias depois de receber homenagens e manifestações de apoio em atos pelo país neste domingo. Apoiadores do ministro e do governo de Jair Bolsonaro foram às ruas de ocorreram em 88 cidades de 26 estados e Distrito Federal com faixas de exaltação ao ex-juiz e à Operação Lava-Jato.
O requerimento para convidá-lo às comissões da Câmara foi de autoria dos deputados Darcísio Perondi (MDB-RS), Bia Kicis (PSL-DF) e Delegado Waldir (PSL-GO).
No Senado, a oitiva durou nove horas. Moro repetiu diversas vezes, durante a audiência com senadores, que não podia comprovar a autenticidade das mensagens, porque não lembrava delas e porque não possui mais o aplicativo Telegram, e levantou a possibilidade de adulteração dos diálogos. Mesmo assim, disse, de forma genérica, que não há qualquer crime nas conversas divulgadas e comentou algumas delas diretamente.
Sobre o episódio em que teria repassado a Dallagnol uma "fonte" que estaria disposta a prestar informações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-juiz afirmou aos senadores que repassar notícias-crime ao Ministério Público é um ato "trivial" e "corriqueiro".
Jornalista vê conluio entre ex-juiz e procurador
Um dos autores das reportagens do "The Intercept Brasil", Glenn Greenwald falou à Comissão de Direitos Humanos da Câmara em 25 de junho e classificou como "chocante" o que aponta como conluio entre o ex-juiz e o coordenador da Lava-Jato. Segundo ele, se fosse nos Estados Unidos, Moro teria sido afastado da magistratura e, depois, não poderia nem mesmo advogar. O jornalista rebate que o ex-juiz, até o momento, não apontou nenhum trecho específicos dos diálogos que tenha sido adulterado.
Segundo o site, Moro deu orientações ao procurador sobre como atuar em processos da Lava-Jato, inclusive em um que investigava o ex-presidente Lula. O ex-juiz teria orientado os procuradores a divulgar uma nota para rebater pontos de contradição no depoimento de Lula, após "showzinho da defesa" do petista.
Moro tomou a iniciativa de marcar as audiências no Senado e na Câmara assim que o caso veio à tona, com o objetivo de enfraquecer as iniciativas da oposição de propor uma CPI com base nas conversas divulgadas.
O Globo
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O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse no início da tarde desta terça-feira (2) que "talvez o melhor" seja deixar para o plenário da Câmara o debate sobre incluir estados e municípios nas novas regras de aposentadoria.
Havia uma expectativa de que a inclusão pudesse ocorrer no parecer de Moreira, a ser lido na tarde desta terça na comissão especial da reforma.
Estender as novas regras para estados e municípios é um desejo da equipe econômica do governo e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Nesta terça, Maia recebeu governadores e líderes partidários na residência oficial da Câmara. Moreira foi um dos primeiros a sair do encontro e falar com a imprensa.
“Talvez o melhor procedimento é que possa ocorrer no plenário [a inclusão de estados e municípios na reforma]. Não é ruim. É bem possível, e talvez até mais fácil que na comissão”, afirmou o relator.
Além de Maia e Moreira, alguns dos outros parlamentares presentes eram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); o líder da maioria Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO) e o líder do governo na Câmara, Major Vítor Hugo (GO).
Os governadores no encontro eram: Wellington Dias (PT-PI); Renato Casagrande (PSB-ES), Camilo Santana (PT-CE), Renan Filho (MDB-AL), João Azevêdo (PSB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Também esteve presente o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Votação sem estados e municípios
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou ao sair da reunião que a votação na comissão especial deve ocorrer sem a presença de estados e municípios no texto.
Ele fez críticas ao que chamou de falta de sensibilidade dos governadores.
"Infelizmente, os governadores não tiveram ainda a sensibilidade necessária para perceber a importância do envolvimento de estados e municípios nessa reforma. Ao que tudo indica, teremos a leitura hoje [terça] do relatório, e a votação amanhã [quarta] sem a presença de estados e municípios”, afirmou o deputado.
“Se houver esse consenso e os governadores tiverem essa certeza de que conseguem exercitar essa liderança para que o seus deputados votem a favor da reforma, nós podemos incluir no plenário estados e municípios", concluiu Sampaio.
O deputado ainda disse que houve acordo entre os partidos que apoiam a reforma de não apresentar destaques (sugestões de modificação) ao texto apresentado pelo relator. O objetivo é acelerar a aprovação na comissão e enviar o quanto antes reforma para o plenário da Câmara.
“O que foi combinado com os líderes que apoiam a reforma da Previdência é que não haveria destaques na comissão no momento da votação do voto complementar do relator. Votaremos o voto do relator sem destaques por parte dos líderes que apoiam a Reforma da Previdência”, disse Sampaio.
Decisão cabe a líderes, dizem governadores
Os governadores Renato Casagrande (PSB) e Wellington Dias (PI) responderam à fala do líder do PSDB. Ambos afirmaram que os governadores já se manifestaram favoravelmente à inclusão dos estados e municípios na reforma e que cabe agora aos líderes partidários definirem a questão.
“Manifestamos apoio de todos os governadores à reforma da Previdência. Todos os governadores estão com muita boa vontade de criar um ambiente propício para a votação da reforma, incluindo estados e municípios. Mas, infelizmente, ainda não temos uma posição definitiva”, afirmou Casagrande.
“A decisão está na verdade nas mãos dos líderes dos partidos, para que possam tomar uma decisão com relação a entrada dos estados ou não”, acrescentou.
Dias disse que o texto inicial da reforma não tinha apoio dos governadores, mas destacou que as retiradas das alterações no Benefício de Prestação Continuada e a aposentadoria rural tiraram o “peso dos mais pobres”.
“Tivemos inclusive um melhoramento no texto. A proposta, segundo o relator, contempla inclusive mais alguns eixos que são fundamentais para garantir num contrato de longo prazo a presença na Constituição. Tivemos também um entendimento em relação a um tratamento diferenciado para professores, mulheres, policiais”, declarou Dias.
“Os líderes vão ter que tomar uma decisão. Aceitam ou não aceitam incluir estados e municípios junto com o União e setor privado na reforma”, completou o governador.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (2) na Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados que, para incluir estados e municípios, é preciso que os governadores do Nordeste e de esquerda votem a favor, mesmo que isso gere desgaste com suas bases de apoio. Ele disse ainda que espera que relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) seja lido ainda hoje (3).
“Para entrarem estados e municípios, os governadores, em especial os do Nordeste e de esquerda, têm que votar favorável. Até pouco tempo, eles queriam que fosse aprovada a reforma com voto contrário deles para eles não terem desgaste. Porque tem desgaste o parlamento, sim tem. Agora, há um sentimento dentro do parlamento e fora também de que temos que mudar. Se não mudar, o Brasil vai ter mais problemas econômicos pela frente do que já temos no momento”, disse.
Nos últimos dias tem ocorrido negociações entre equipe econômica, líderes partidários e governadores para uma possível reinclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, ainda na comissão especial que trata do tema.
Pelo projeto enviado pelo governo federal, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19 da reforma da Previdência valeria automaticamente para servidores dos estados e dos municípios, sem necessidade de aprovação pelos legislativos locais, mas esse ponto foi retirado do parecer do relator.
Sobre reivindicações de militares em relação a regras diferenciadas de aposentadoria, o presidente Bolsonaro disse que isso está em negociação e que todo mundo vai ter sua cota de sacrifício
Ministro do Turismo
Questionado por jornalistas se o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, permanece no cargo, Bolsonaro respondeu que é preciso haver uma acusação formal contra ele para que se tome alguma providência. “Por enquanto tenho 22 ministros sem problema. Tem que ter acusação grave, acusação com substância. Por enquanto não tem nada contra ele ainda. Tem do assessor. Se o assessor falar e for confirmado que ele tem participação, aí a gente toma providência”, disse.
No dia 27 de junho, a Polícia Federal (PF) deteve o assessor especial do Ministério do Turismo, Mateus Von Rondon Martins por suspeita de integrar um suposto esquema que fraudava candidaturas eleitorais em Minas Gerais. Ontem (1°), o assessor foi liberado pela polícia.
Outros dois ex-assessores do ministro do Turismo também foram presos em caráter temporário nesta mesma operação.
Agência Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (2) que é "bem-vindo" um projeto de lei que tramita no Senado que obriga presos a ressarcirem o estado pelas despesas da detenção. Para Bolsonaro, presos deveriam ser obrigados a trabalhar.
A proposta sobre o pagamento das despesas pelos presos consta na pauta de votações do plenário do Senado para a tarde desta terça.
Bolsonaro foi questionado sobre sua opinião a respeito do projeto ao chegar para uma reunião no Ministério da Defesa. O presidente disse que considera o projeto "bem-vindo" e apontou como um "problema" trecho da Constituição que proíbe penas de trabalhos forçados.
"Acho que o preso tinha que ser obrigado a trabalhar. Sei que muitos trabalham por livre e espontânea vontade e é abatido na pena no final das contas, mas o trabalho obrigatório deveria existir", disse Bolsonaro.
O inciso 47 do artigo 5º da Constituição, que trata de diretos e garantias fundamentais, determina que no país "não haverá penas":
O projeto
O projeto, do ex-senador Waldemir Moka (MS), altera a Lei de Execuções Penais e deve passar pelo plenário do Senado e pela Câmara antes de seguir para a sanção de Bolsonaro.
Pelo texto do projeto, os presos que não tiverem dinheiro para custear as despesas deverão trabalhar durante o cumprimento da pena e ter os valores descontados do salário. O montante descontado do salário não poderá ultrapassar um quarto do que o preso recebe. O trabalho de presos já é previsto na legislação em vigor no país.
O projeto ainda determina que presos que não pagarem pelas despesas deverão ser cobrados nos mesmos moldes das cobranças de dívida ativa da União. Se ao final do processo o preso for absolvido da pena, os valores pagos serão devolvidos.
G1
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse nesta terça-feira (2), em uma comissão da Câmara dos Deputados, que o Poder Judiciário, em parceria com os tribunais de contas, deve concluir até o próximo mês um levantamento das obras públicas paralisadas no país.
O objetivo, segundo Toffoli, é identificar os processos judiciais que culminaram nas paralisações e tentar, por meio de conciliação e mediação, encontrar soluções.
“No tocante às grandes obras paralisadas, iniciamos um projeto que tem o objetivo de chegar a um diagnóstico da situação em parceria com Tribunal de Contas da União e a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil [Atricon], que envolve todos os tribunais de contas estaduais e municipais”, disse Toffoli.
O presidente do Supremo citou o levantamento ao participar da reunião de instalação de uma comissão externa formada por deputados para acompanhar o andamento das obras inacabadas no país.
Toffoli ressaltou que apenas um percentual pequeno das obras paradas resulta de pendências jurídicas, mas que nem por isso o Judiciário pode se "eximir de sua responsabilidade".
De acordo com uma prévia do levantamento citada por Toffoli, foram identificadas 2.115 obras paralisadas relacionadas à área de educação, sendo que 728 são de educação infantil, como a construção de creches ou pré-escolas.
O ministro disse ainda que sete unidades da federação concentram cerca de 75% dos casos que estão judicializados: Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Ao deixar a comissão, Toffoli explicou a jornalistas que, a partir do mapeamento, serão estabelecidas metas e um calendário. "Às vezes, tem casos que está com liminar e a liminar. Fica três, quatro anos sem uma definição. Isso não tem condições. Quando libera, não está mais previsto no Orçamento, e aí não tem orçamento mais para continuar", afirmou.
Ele acrescentou que a ideia também é evitar novas obras enquanto as paradas não são retomadas. "Você faz uma emenda parlamentar, coloca para valer para 20% da obras. Depois, no outro ano, não coloca Orçamento e aí aquilo para. Então, tem que ter uma racionalidade maior", disse.
G1 PB
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Os resultados da 2ª chamada do Programa Universidade Para Todos (Prouni) deste 2º semestre foram divulgados na tarde desta terça-feira (2). A lista com os nomes dos aprovados pode ser consultada no site do programa.
Candidatos convocados devem, agora, se apresentar na instituição para a qual foram pré-selecionados. Eles terão até 8 de julho para entregar os documentos que comprovem o cumprimento dos requisitos e, assim, garantir a matrícula. Veja quais documentos é preciso levar.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), quem não foi pré-selecionado nem na primeira nem na segunda chamada poderá manifestar interesse na lista de espera. Isso deve ser feito entre os dias 15 e 16 de julho, sempre por meio do site.
O Prouni oferece bolsas de estudo integrais e parciais no ensino superior. Em 2019, foram oferecidas 243.888 bolsas de estudo, um recorde histórico desde o início do programa. Para participar, era preciso ter feito o Enem de 2018, ter obtido no mínimo 450 pontos na média das notas e não ter zerado na redação.
Próximas datas do Prouni 2019
G1 PB
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